(ou QUATRO POEMAS SOBRE “FIM”)
Em breve publico “Uma Crônica e Um Punhado de Poemas de Amor Crônico (Declarações de Amor para Ellen Carol)”. A (s)obra sairá em formato cordel, para ser vendida por um preço baixo (R$ 3,00) e trará tudo o que escrevi para a moça desde 27 de abril, data em que “ficamos” (detesto o termo, mas foi isso que aconteceu) pela primeira vez. A (s)obra sai, mas o amor não mais. Ela o assassinou. Os poemas abaixo não estarão no livreto (não foram cometidos para ela, falam de outros momentos de minha “vida louca vida, vida breve”), mas traduzem (muito) bem, tudo o que estou sentindo.
cenas do último capítulo
eu queria que tudo que a gente dissesse:
“ah! esquece!”
fosse
assim
tão fácil
mas nem tudo é como a gente quer
você quer que eu te esqueça
mas não pensa
que você
se eternizou em mim
é como passar um ano assistindo a uma novela
e ver que não vale
a pena
não ter perdido uma cena
até chegarmos a esse fim
(a vida é assim)
fim (samba melancólico)
resolvi não sorrir mais
percebi que sou um homem
condenado a viver amargamente
você foi embora, simplesmente
me abandonou sem olhar para trás
e sozinho eu não vou conseguir
sequer mostrar os dentes
o fim do mundo
o mundo acabou
por que o mundo é um cata-vento
e cessou o vento
o mundo acabou
por que o mundo é um moinho
e águas passadas não movem moinho
o mundo acabou
por que você era meu mundo
e tu não me amas mais
o fim do mundo nº 2
e eis que o mundo era um poema
e este é o fim do poema:
