PENSAMENTO

 

Reunião. A garota ao lado anotava coisas em sua agenda. Em cada página, um pensamento, uma frase, um trecho de letra de música. Colhi o abaixo, de um certoRámon Llull:

“a paciência começa com lágrimas e, ao final, sorri”

Paciência é o que ela me pediu; paciência e amor é o que tenho dado.

Esses dias eu tenho sorrido um bocado.

E VAMOS NELSON!

 

(ou AINDA BRASÍLIA)

Nelson de Oliveira lançou ontem O oitavo dia da semana, seu mais novo romance. E eu venho falar aqui de outro Nelson: o Nelson Luiz de Oliveira, que tive a honra de conhecer pessoalmente na Capital Federal. Mineiro de Itapagipe, jornalista, músico e poeta, o homem é capaz de coisas assim:

POESIA

para Gabriel Garcia Marques

de repente,
na alameda – verde –
da prosa,
irrompe
– abrupta e vermelha –
uma rosa.

(do livro O Velho Testamento, 1988, edição do autor)

Obrigado, Glauco Porto Barreto, que proporcionou o encontro. Obrigado, Gildomar Marinho, ponto de partida da história toda. E como o Nelson Luiz de Oliveira diz numa música sua:

“(…)
reconheça e abrace seu herói
ou esqueça e veja como dói
(…)”

A todos vocês, um abração! Para a garota big-big (eu sei que eu sou chato!), um beijo!

ONTEM…

 

Talvez daqui a pouco eu comece a ler/ouvir reclamações de leitores dizendo que “isso aqui virou um diário de adolescente”. Não se trata disso. Acontece que é tão bom estar feliz, e felicidade, ao contrário de matemática, você tem mais quando dá. Então eu quero compartilhar com vocês aquilo que é bom, aquilo que me faz bem. Por isso esses textos (?) todos falando do mesmo tema.

***

Reuben da Cunha me linkou em seu blogue. Isso me deixou contente. Reuben é um dos caras em que acredito. Ele tem algo a dizer. Ouçam!

***

Bar do Léo. Ajudando Edvaldo a fazer um trabalho de Antropologia. Entrevista com Léo. Encontro com Paulo Gilmar (pai de Bruno Batista) e Naeno, grande compositor piauiense, passando uns dias na Ilha. Cervejas por lá, no BNB Club e no Ponto de Fuga.

***

Noite: eu estudando com “algodão doce” (Mais um apelido dado à garota big-big; esse batismo agora é da Cris Ribeiro). Meu olhar (des)concentrado entre Machado de Assis e o belo semblante concentrado da baixinha. Paixão ao som do Cake.

***

“Dentre todos os felizes, sou o mais feliz”. Luiz Tatit, de novo, na mesma “Felicidade” certeira.

MAIS FELICIDADE

 

Entre os dias 6 e 8 de junho, estive em Brasília. Fui a trabalho, participar dum treinamento pelo Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) e Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP).

É claro que aproveitei brechas para fazer algumas farrinhas e encontrar algumas pessoas: Glauco Porto Barreto, que organizou uma roda de violão na cobertura de seu apartamento para me receber; Nelson Oliveira (de quem ganhei um exemplar de “O Velho Testamento”, livro seu de poemas de 1988, sobre o qual ainda escreverei por aqui); Pedro Ivo; Paulo Sá (ou Paulão) e Fátima, sua esposa; estes, eu conhecia apenas virtualmente até então. Encontrei também o Rogério Tomaz Jr. (que está por lá na Ação Brasileira pela Nutrição e Direitos Humanos-ABRANDH) e Yanna Nóbrega, que me levou para comprar discos e, com Rogério, para tomar as bohemias mais caras de minha vida (risos), e depois ao aeroporto; Márcio Jerry, que também está lá pela Capital Federal, eu encontrei no vôo de volta.

Bom, a viagem valeu a pena, pelas pessoas, pelo treinamento, enfim. Infelizmente não deu para ver o Liga-Tripa, mas me aguardem! Irresponsavelmente eu não escrevi nada sobre ela por aqui (ou noutro lugar).

Mas o Rogério fez isso. O texto, que muito me deixou lisonjeado (pois o cabra é uma referência e um incentivo para que eu continue trilhando os bons caminhos… ei, eu tô no bom caminho, não? risos), está publicado no blogue dele, As Veias Abertas, linkado ao lado. Confiram!

FELICIDADE

 

Na opinião do insuspeito e genial Tom Zé, Luiz Tatit é o maior compositor vivo do Brasil. O homem é realmente muito bom. Transcrevo abaixo, trecho da letra de Felicidade, composição dele. Traduz um pouco o que estou sentindo: estou muito feliz!

Este post é dedicado à “baixinha de olhos graúdos e brilhantes”, ou “garota big-big, como ficou conhecida por uns próximos após poema que publiquei por aqui. Um beijo, amor!

FELICIDADE
(Luiz Tatit)

(…)
não sei porque eu tô tão feliz
e já nem sei se é necessário ter um bom motivo
a busca de uma razão me deu dor de cabeça, acabou comigo
enfim, eu já tentei de tudo, enfim eu quis ser conseqüente
mas desisti, vou ser feliz pra sempre
peço a todos com licença, vamos liberar o pedaço
felicidade assim desse tamanho
só com muito espaço!

BLOGOSFERA, AUTOMARKETING, ETC.

 

(coisas que aparentemente não têm nada a ver umas com as outras)

Visito a lista de blogues e sítios linkados aí ao lado quase diariamente. Isso só não acontece quando, por um motivo ou outro, ou vários, eu realmente não tenho tempo. E ainda visito alguns espaços da blogosfera que, por pura irresponsabilidade deste que vos escreve, não estão linkados (por enquanto).

Mas vamos lá: hoje tem entrevista do Santiago Nazarian no programa do Jô.

E eu achei superinteressante a idéia do (e a realização, claro, e a matéria no Cronópiossobre) SÁideira, programa que reuniu gentes boas como Xico Sá e Marcelino Freire (e outros) na Mercearia (confiram, Cronópios, link ao lado!). Não posso negar minha vontade de plagiar a coisa localmente e fazer algo parecido por aqui, no Bar do Léo. Caso alguma emissora de tv tope, é só me procurar (celular abaixo, blogue, e-mail:zemaribeiro@gmail.com); a gente negocia com os cabras e manda ver!

A MÚSICA QUE EU MESMO TOCO EU TENHO QUE DANÇAR

 

Cesar Teixeira se apresenta no arraial da Praça Maria Aragão na sexta-feira, 24/6, dia de São João. Sobe ao palco por volta de 21h30min.

(O título deste post é verso de “Namorada do Cangaço”, belíssima música de CT, e batizou matéria minha escrita para o Suplemento Cultural e Literário J P Guesa Errante, quando do lançamento de seu disco).

FESTA POLICIADA

 

“Dizem que ela existe pra ajudar
dizem que ela existe pra proteger
eu sei que ela pode te parar
eu sei que ela pode te prender
polícia para quem precisa
polícia para quem precisa de polícia”
(Toni Belotto, “Polícia”, 1986)

“A polícia é a justiça de um mundo cão”
(Mamonas Assassinas, “Cabeça de Bagre II”, 1995)

“E o chefe da polícia
pelo telefone mandou avisar
que lá na Praia Grande
tem A Vida é uma Festa!
para perturbar”
(Luiz Lobo, brincando com “Pelo Telefone”,
de Donga e Mauro de Almeida, ontem, ao
retornar ao palco; trecho recuperado na
memória do blogueiro, já comprometida à
altura do acontecido)

(des)aviso: isso não é jornalismo!

E ontem A VIDA ERA UMA FESTA quando cinco policiais militares fardados aportaram na Praia Grande interrompendo a apresentação de Luiz Lobo, durante a sagrada celebração semanal; segundo eles, após uma reunião na SEMTHURB (órgão de urbanismo do poder municipal), ficou decidido que “vias públicas não poderiam ser obstruídas para o exercício da arte”.

Mas peraí: e bares que ocupam ruas com mesas e cadeiras? Pode? Basta andar alguns metros para ver isso, na própria Praia Grande. E a via não estava obstruída. Até onde sei, por ali não é permitida a passagem de veículos, e qualquer pedestre passa, livre e tranqüilamente.

Como se já não bastasse a inexistência de uma política cultural clara por parte das esferas municipal e estadual do poder, querem silenciar a voz do povo. E bem diz o ditado, que essa é a voz de Deus.

“A Vida é uma Festa!” é um acontecimento que mescla as mais diversas formas de expressão artística. Acontece uma vez por semana, sempre às quintas-feiras, a partir de 20h30min, em frente à Cia. Circense de Teatro de Bonecos. A continuidade do projeto é fruto da vontade do povo, fato já percebido quando as apresentações aconteciam ainda no Bar de Seu Adalberto. Quem quiser comprovar, é só aparecer.

Depois de alguma conversa (não houve violência, pelo menos até a hora em que me retirei) e da intervenção de João Bentivi, Zé Maria Medeiros e cia. tiveram permissão para continuar. Mas não sem antes rearmar o palco, que ficou dentro da Cia. Circense. O povo permaneceu na rua, cantando, dançando e bebendo, essa a verdadeira essência da festa.

UM POEMA TOLO E ANTIGO…

 

(não sei o porquê de ter guardado isso;
não sei para quê estou publicando isso;
só sei que é mais ou menos isso o que sinto agora)

proibido retornar

 

não adianta

você não vai conseguir ter-me de volta

o que foi não vai ter volta

eu não quero fazer papel de idiota

 

não sou brinquedo

pra você ser criança

nem você é música

pra que eu seja dança

 

nem tente

você não vai me ter de volta igual

nem diferente

 

não perca seu tempo

ele é precioso

corra pro abraço de outro

RODA CULTURAL

O projeto Roda Cultural, desenvolvido em parceria pelas coordenações dos cursos de Comunicação Social da UFMA e Faculdade São Luís, terá mais uma edição realizada na próxima sexta-feira, 17/6, às 17h30min, no auditório do Centro de Negócios da São Luís (Rua Osvaldo Cruz, 1455 – Centro). Em debate, os impactos culturais causados com a eventual instalação do pólo siderúrgico na Ilha. Com Suely Gonçalves, especialista em Gestão de Cidades. Entrada franca, aberto à comunidade.

NUNCA MAIS

 

Sumi uns dias. Agora entendo o porquê de dizerem que blogar vicia. A crise de abstinência foi horrível. Entrei de férias (do trabalho), entre os dias 6 e 8 estive na Capital Federal, num treinamento, parceria entre o Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) e a Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), para um trabalho de pesquisa que será desenvolvido em oito estados brasileiros, o Maranhão um deles.

Meu computador me deixou na mão, literalmente.

Por enquanto, marcando minha volta, um poema cometido ontem (ironicamente dia do santo casamenteiro), fruto de uma experiência vivida. Mais uma desilusão amorosa.

Espero, sinceramente, não passar mais tanto tempo ausente.

NUNCA MAIS

nunca mais eu tento
beijar tua boca
nunca mais cometo
atitude louca
nunca mais escrevo
poema de amor
nunca mais desejo
ser quem eu não sou
só pra te agradar

nunca mais terás
minha paciência
nunca mais eu tento
aprender ciência
nunca mais escrevo
fórmula matemática
nunca mais serás
a temática
de minha poesia

nunca mais serei
o teu poeta predileto
(se é que um dia fui)
nunca mais perco o juízo
nunca mais paraíso
nunca mais imaginação
nunca mais nada
nunca mais sim
nunca mais, se não…