ok, passaram-se as eleições, passou o reveião. é 2007, meu povo! viva!
o negócio é o seguinte: gilberto gil permanece à frente do ministério da cultura, “fico” que merece aplausos deste blogue(iro).
sabe-se lá o porquê (ao menos é o que chegou aos ouvidos/olhos deste que vos perturba), está pedindo os cargos de márcio meira (secretário de articulação institucional do minc) e antonio grassi (presidente da funarte).
sabedores que somos da importância destes/as dois/duas homens/peças para o bom funcionamento do minc, como bem frisa a carta que segue publicada ao fim do post, engrossamos o coro dos descontentes e bradamos: gil, deixa os moços!
a carta, a propósito, é (ao que nos consta) o primeiro “pronunciamento” de joãozinho ribeiro à frente da secretaria de cultura do estado do maranhão (este blogue dá antes e gosta, alô, trip!).
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momento coluna social (blogue de celebridades e/ou fofocas e/ou coisa que o valha) deste post desordenado: gisele brasil e marcos ramon (vulgo ramon de gisele) casam amanhã. a coluna, digo, o blogue(iro) faz votos de felicidades mil ao belo par.
e via msn este blogue de fofocas (ao menos neste brevíssimo instante) descobriu que, no rio grande do sul, jana campos lobo e alexandre vieira também oficializaram a união. para eles, idem: votos de felicidades mil. para os quatro e todos os que nos lêem, felicidades mil e um ótimo 2007!
voltemos, pois.
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a carta:
São Luís, 3 de janeiro de 2007
Prezados camaradas da vida e da arte de todo o Brasil,
O espaço da cultura permanecerá sendo o espaço das trocas por excelência, graças as nossas diferenças e não apesar delas. Assim, a generosidade dos seres e a harmonia entre cultura e natureza neutralizarão qualquer tentativa de condução à barbárie e ao desencantamento do mundo. Não pode nem deve ser diferente para a equipe do Ministério da Cultura, que, apesar de permanecer pobre em termos de orçamento, tem enriquecido com o árduo trabalho de todos os seus integrantes – do Ministro Gilberto Gil ao mais modesto servidor – a luta dos pensadores e fazedores da Cultura deste País, que têm no MinC, e em camaradas da vida e da arte, como MÁRCIO MEIRA e ANTONIO GRASSI, verdadeiros paladinos da instituição, que hoje serve de referência e orgulho para todos nós que contribuimos com todas as nossas melhores intenções e gestos para a construção de uma Política Pública participativa, plural e descentralizada.
Em 2004, compartilhei uma mesa com o Ministro Gilberto Gil, num seminário realizado na cidade de Rio Claro/SP, onde ele transmitia a todos um ensinamento de um filósofo americano (se não me engano), que assim dizia: “O silêncio é a linguagem dos Deuses; o resto é má tradução”. Como não somos deuses, apenas homens, continuamos andando com fé, “pois a fé não costuma faiar”; traduzindo, em boas novas, palavras de solidariedade aos companheiros MEIRA e GRASSI, que tanto têm honrado a vida pública deste país com seus exemplos de cidadãos do mundo. Merecedores de um reconhecimento decente e a altura dos seus feitos, que aqui não carecem de enumeração, pois fazem parte de um trabalho de equipe, tocado pela batuta do afinado Ministro maestro.
Hoje, na condição de Secretário de Estado da Cultura do Maranhão, um dos estados mais pobres da Federação, sinto-me um verdadeiro exemplo de comunhão e tolerância, indicado por segmentos culturais das mais diversas estirpes para ocupar o cargo: hip hop, quilombolas, sem-terra, professores, estudantes, artistas, produtores culturais, sem-teto, partidos, enfim, um conjunto de sujeitos da história, com suas diferenças, que acreditam ser através da mudança da cultura política que se mudará definitivamente a política cultural deste imenso território humano chamado Brasil.
Deste território devemos extirpar os mais elementares resquícios de intolerância, e fazer com que, no segundo mandato do Presidente Lula, o Ministério da Cultura sirva de exemplo para o Brasil e o mundo do equilíbrio e da capacidade dos homens de conviverem e contribuir para a justificação de suas presenças na terra, onde a natureza para ser comandada precisa, simplesmente, ser obedecida.
Assim traduzo meu apoio ao novo mandato do Presidente Lula, do Ministro Gil e à permanência dos valorosos companheiros ANTONIO GRASSI e MÁRCIO MEIRA a frente das suas respectivas pastas no Ministério da Cultura, por tudo que já fizeram e que podem fazer muito mais.
Joãozinho Ribeiro
Poeta e compositor
Secretário de Estado da Cultura do Maranhão
Fundador do Partido dos Trabalhadores