Para lembrar Nelson Jacobina

Faleceu na manhã de hoje (31), em decorrência de um câncer (dado como curado há alguns anos), o músico Nelson Jacobina. Coadjuvante, mas não menos importante, Jacobina talvez estivesse para Jorge Mautner como Vadico para Noel Rosa, para dar apenas um exemplo. Atualmente era também integrante da Orquestra Imperial.

Topei com ele há alguns anos no camarim de um show que fez com o parceiro no Circo da Cidade, produção de Ópera Night. Entre nomes como Tom Zé, Elomar, Jards Macalé e tantas outros que só Ópera opera a vinda à Ilha, a plateia para Jorge Mautner (voz e violino) e Nelson Jacobina (violino) foi uma das menores em que já estive. O que não os impediu de fazer um grande show.

No encontro no camarim após o show, Mautner sem camisa no calor de São Luís exibia no peito uma profunda marca de anos de instrumento. Não tirei foto nem peguei autógrafo. Contei uma história ouvida dias antes, que lembrava uma passagem deles (ou só de Mautner?) por Imperatriz, ocasião em que Neném Bragança sentou em cima (e obviamente quebrou) os óculos de Mautner. Este lembrava do episódio e os dois riram um bocado.

Os vídeos abaixo dão uma ideia da importância de Nelson Jacobina para a música brasileira, quer como compositor quer como músico, embora seu nome quase nunca seja lembrado de imediato, de tão atrelado a Mautner. É a melhor forma de lembrá-lo e homenageá-lo.

Por exemplo, quando Mautner (violino) e Jacobina (violão) acompanham Jards Macalé nesta magistral execução ao vivo de Vapor Barato (Jards Macalé/ Wally Salomão):

Ou nessa versão dos autores para o clássico Maracatu Atômico (Jorge Mautner/ Nelson Jacobina), em que louvam Renato Russo, Cazuza, Raul Seixas e, claro, Chico Science, que com sua Nação Zumbi gravou a versão mais conhecida da música (também gravada por Gilberto Gil):

Agora a versão dos malungos:

Suas Lágrimas negras (Jorge Mautner/ Nelson Jacobina) por Nina Becker, sua companheira de Orquestra Imperial, a música também já gravada por Gal Costa, Olívia Byington,  e em dueto por Otto e Julieta Venegas:

And last but not least sua Ela rebola (Jorge Mautner/ Nelson Jacobina), com sua Orquestra Imperial:

Papoético premiará hoje vencedores de seu I Festival de Poesia

Dos 110 inscritos, 21 poemas concorrem hoje na final do I Festival de Poesia do Papoético – Prêmio Maranhão Sobrinho, organizado pelo poeta e jornalista Paulo Melo Sousa. Os poetas Celso Borges e Josoaldo Rego compuseram a comissão julgadora da categoria, que terá ainda Mariano Costa e Gilson César julgando as interpretações, na noite de hoje. O evento, com entrada franca, terá início às 19h, no Teatro Alcione Nazaré, no Centro de Criatividade Odylo Costa, filho (Praia Grande).

Doações, em dinheiro e produtos culturais, e rifas garantiram os quase 3 mil reais necessários à realização do festival, fruto da necessidade de expansão dos encontros semanais do Papoético, onde se discute cultura e arte de modo geral, embora o espaço não se furte a debater temas outros, qual quando abrigou o lançamento da Campanha Estadual de Combate à Tortura, organizada pela Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH) e outras entidades da sociedade civil, em 22 de março, data em que o bárbaro assassinato do artista popular Jeremias Pereira da Sivla, o Gerô, completou cinco anos.

Cato da matéria Noite de premiação para a literatura (acesso exclusivo para assinantes do jornal, com senha), capa do caderno Alternativo no jornal O Estado do Maranhão de hoje (31), o seguinte depoimento de Paulão, como é mais conhecido o organizador do Papoético, de seu festival de poesia e de um concurso de fotografia que será lançado hoje, com inscrições abertas a partir de amanhã (1º.): “Infelizmente o que temos é uma omissão dos poderes públicos, dos quais não conseguimos nenhum apoio. No entanto, recebemos apoio de pessoas que acreditam na proposta, na literatura, na arte como instrumento transformador”.

Este blogue acompanhou o processo de perto: cedeu seu espaço ao abrigar em uma aba regulamento e ficha de inscrição para o festival, esteve presente a algumas edições do Papoético, acompanhou por e-mail cada agradecimento que Paulão enviava a cada um que doou livros, revistas, discos, dinheiro, aos que, como o blogueiro, compraram pontos de duas rifas realizadas e por aí vai. Além de um gesto de educação e gratidão, a garantia da transparência e lisura do processo.

Tardios e recalcados ufanistas ainda se orgulham de dizer que moram na Athenas Brasileira, embora já quase não se encontrem livrarias e lojas de discos por aqui. Gestores públicos ainda se orgulham de adjetivos que talvez já não façam sentido (se é que um dia o fizeram), à guisa de propagandear aos quatro(centos) ventos a beleza exclusividade televisiva da cidade quatrocentona. Um festival como o que se encerra hoje, que busca descobrir novos talentos, valorizar a tão propagada “terra de poetas”, é solenemente ignorado pelos poderes públicos: ao pedido de apoio do comitê organizador ao Comitê Gestor dos 400 anos de São Luís sequer (h)ouve resposta.

Este blogue continua aliado a iniciativas desta natureza: amanhã a aba [PAPOÉTICO], onde você encontra, por exemplo, a lista dos 21 poemas classificados para a final de logo mais à noite, será trocada por outra que trará regulamento, ficha de inscrição e notícias acerca do concurso de fotografia que será lançado hoje. Para 2012 está previsto ainda um concurso de contos, que este blogue também divulgará em momento oportuno. “Após a premiação, haverá comemoração no Chico Discos”, avisa Paulão.

DoBrado ResSonante na Ilha

Chico Saldanha e Josias Sobrinho reapresentam, em São Luís, show que estrearam em Brasília mês passado. A causa é boa: um concurso de fotografia que em breve será anunciado pelos teimosos, graças a Deus!, organizadores do Papoético, os mesmos que realizaram seu I Festival de Poesia, cuja final acontece amanhã (31), no Teatro Alcione Nazaré (Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, Praia Grande), de graça, às 19h.

A renda do show será revertida para o citado concurso de fotografia. Faça parte dessa história e ajude a realizá-lo. O show acontece no Bar Chico Discos, onde cabem confortavelmente 60 pessoas. Garanta o seu antecipadamente, detalhes na imagem que ilustra este post.

Fito bem podia ser sigla de Fábrica de Invenção de Tom Zé

[antes, dois avisos: um: isso não é jornalismo; e outro: o blogueiro viajou às próprias expensas]

A plateia cantou junto o show inteiro. No repertório, várias fases da carreira

Há coisa de 10 anos, eu, menino recém-entrado na boemia, assisti a um maravilhoso show de Tom Zé no Circo da Cidade, em São Luís. A abertura ficou por conta de Cesar Teixeira e na plateia, lotada, estava o saudoso Mestre Antonio Vieira, cuja obra o baiano elogiaria durante o show.

Passei o espetáculo inteiro entre assisti-lo e conversar com dona Neusa Santana Martins, esposa e memória do gênio de Irará. Lembro que, ao saber de sua apresentação na Ilha, fiz contato com o escritório do tropicalista em São Paulo e consegui comprar alguns discos que me faltavam na coleção.

Eufórico, furei a fila dos autógrafos, levado por dona Neusa: apertei a mão da banda inteira, abracei Tom Zé, lembrei de Caetano Veloso, em seu Verdade Tropical, escrevendo algo sobre o brilho dos olhos daquele homem miúdo na estatura, gigante no que faz – pude comprová-lo pessoalmente. Peguei autógrafo em Jogos de armar – Faça você mesmo, então seu disco mais novo, cuja turnê chegava ali por 2002 ou 3 em São Luís. Algum fotógrafo, no camarim, fez um retrato nosso, eu, o fã, e Tom Zé, o ídolo – jornalismo era algo em que eu apenas engatinhava ainda e, como não ia resenhar o show, não primei pelo “distanciamento”. Na ocasião eu era tiete mesmo. O fotógrafo pegou meu telefone. Deveria me cobrar no trabalho, dias depois, e entregar a foto. Nunca cobrou. Nunca vi a foto (se ela existir e o fotógrafo por acaso estiver lendo isto aqui, ainda estou disposto a pagar).

10 anos depois ou quase isso, estou a passeio em Curitiba e, conhecendo a urbe num ônibus de turismo, próprio para tal, descemos, eu e minha esposa, no Museu Oscar Niemeyer, também conhecido como Museu do Olho, por causa de uma das formas extravagantes da arquitetura do gênio centenário e damos de cara com a programação do Fito, o Festival Internacional de Teatro de Objetos, invenção do Sesi.

O público era enorme em uma área montada ao lado do museu, com várias salas onde aconteciam os espetáculos, em que, pelos anúncios que vimos espalhados pela cidade, um saca-rolhas se transformava em uma bailarina, uma chaleira vermelha virava uma senhora irada e assim sucessivamente. Éramos turistas, minha esposa já havia concluído as obrigações de trabalho que a haviam levado à capital paranaense e agora curtíamos a cidade. Adentrando o recinto do Fito, Naná Vasconcelos encerrava um show e um locutor anunciava outras atrações. A última do dia (sábado, 26) seria Tom Zé. Em meio ao “teatro de objetos”, ele era anunciado como “música/contramúsica”, eu leria depois, no programa. “Vamos terminar o passeio e voltar para cá”, decidi sozinho pelo casal. A jardineira, um ônibus aberto que de meia em meia hora circula por nem lembro quantos pontos turísticos curitibanos, ainda nos levaria à Ópera de Arame e Pedreira Paulo Leminski – o poeta mereceria um capítulo à parte, que talvez eu escreva por aqui em breve – e em Santa Felicidade, onde degustamos lasanha e vinho artesanal deliciosos. Antes, já havíamos passado pelo Passeio Público.

Niemeyer sempre me interessa, mas, qual “os barzinhos do Largo da Ordem”, o Museu Oscar Niemeyer estava entre as dicas do amigo Ademir Assunção. “Grande Ademir!”, eu repetia enquanto passeávamos, por lá, na noite anterior, entre bonitos botecos como o Bar do Alemão e o Sal Grosso. Ali ainda voltaríamos no domingo, para comprar lembranças para as sobrinhas e uns poucos parentes, a grana era curta. “Só nós mesmo para fazermos turismo assim”, eu dizia. Felisos. Lisos, mas felizes.

Tom Zé apresentou um show bastante interessante, passeando por diversas fases da carreira: músicas compostas no período da ditadura militar, como Todos os olhos (primeiro verso: “de vez em quando todos os olhos se voltam pra mim”; último verso: “eu sou inocente”) e Augusta, Angélica e Consolação aos estudos de samba, Hein?, e pagode, O amor é um rock e ElaEu – esta, abriu o show e foi repetida no meio, a pedido de uma fã mais próxima ao palco. Em Menina, amanhã de manhã, ele lembrou, generoso mas não modesto, da gravação de Mônica Salmaso, talvez definitiva, para a canção. “Eu sou a Mônica, ele é o Salmaso”, disse apontando para Jarbas Mariz, com quem dividiu os vocais, “uma dupla caipira”, prosseguiu, “menina amanhã de manhã quando a gente acordar quero te dizer que a felicidade vai desabar sobre os homens”.

O baiano ri e faz rir, conta histórias, diverte-se divertindo. Tira sons percussivos de agogôs e esmeris – com as luzes apagadas, as faíscas-estilhaços iluminam aquela espécie de galpão, completamente lotado. Em O jingle do disco, faixa pouco conhecida de The hips of tradition, do período de sua redescoberta a partir do interesse de David Byrne por sua música na década de 1990, ele exibe réplicas de vinis, cujos cds eram vendidos por dona Neusa, além de esposa e memória, assistente, secretária, produtora, empresária e quantos ofícios ela puder dar conta, sempre simpática.

Cumprimentei-a, antes do show, comprei dois discos que ainda não tinha. Depois acompanhei, cantando, grande parte do show, gratuito. Em Xique-xique foi até possível arriscar uns passinhos de dança, ou balançar o corpo cansado, algo próximo de, o que o espaço permitia, talvez nem dois pra lá, dois pra cá, no galpão entupido de adultos e crianças, remanescentes da programação que teve início à tarde. No bis, 2001, “parceria com Rita Lee”, com a plateia cantando junto, Jimmy renda-se e Moeda falsa: Tom Zé, que já havia tirado onda com os curitibanos, mudou a letra, lembrando-se das colônias germânicas e europeias em geral que ajudaram a formar e ainda habitam a cidade. O show não terminaria com o “eles vão tomar no fiofó”, verso final de Moeda falsa. Educado, “Mister Tom Zí” – a pronúncia de seu nome pelos americanos que o (re)descobririam há algum tempo – agradeceria o carinho dos paranaenses que tão atentamente prestaram atenção em sua música e performance. Aliás, que fique o registro: não é qualquer um que faz aquilo aos quase 80. Muito pulo e jogo de perna que eu, aos 30, não arrisco.

Do Maranhão, estando ali por mera sorte, senti-me contemplado nos agradecimentos. Depois de mais ou menos hora e meia de show preferi não enfrentar a fila do camarim e arriscar finalmente ter minha foto com Tom Zé, embora tenha anunciado a vontade à dona Neusa, antes dele subir ao palco. Mas era preciso acordar cedo no domingo, data em que estava marcado nosso retorno à São Luís: no espaço de tempo que ainda sobrava, ainda havia turismo a fazer.

Blog do Décio atualizado. Não é estranho?

O jornalista Décio Sá foi brutalmente assassinado há pouco mais de um mês, quando se preparava para jantar em um bar e restaurante na avenida Litorânea, local que habitualmente frequentava. Um pistoleiro descarregou seis balas de uma ponto 40 em sua cabeça e tórax, numa história já por demais conhecida, de tão discutida, mais no início, nas horas e dias que se seguiram ao crime. Embora menos, o assunto ainda é pauta de veículos de comunicação e blogueiros independentes (aqui, no sentido de não vinculados, ao menos não diretamente, a qualquer desses veículos, sejam impressos ou eletrônicos), sobretudo pelo fato de, com mais de um mês, as investigações pouco ou nada terem avançado e o crime continuar sem elucidação e impune.

Muito se viu, ao longo dos dias, óticas as mais variadas sobre o assunto. Hipóteses, críticas ao governo, elogios e críticas à vítima, discussões as mais diversas sobre (a volta dos) crimes de pistolagem ao Maranhão, polêmicas sem qualquer sentido e até aproveitadores de plantão, disputando a audiência do blogueiro assassinado, como se leitores pudessem ler apenas um único blogue diariamente e tivessem a obrigação da fidelidade e de uma monovisão sobre os muitos assuntos que comporta a blogosfera maranhense, com ou sem talento, com ou sem diploma, com ou sem caráter.

Após alguns dias sem acessar a internet, hoje dou de cara com a polêmica já bastante repisada em que insistem em tornar vilão o advogado Luis Antonio Câmara Pedrosa, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Maranhão e, por outro lado, “santificar” Décio Sá, o jornalista assassinado, então funcionário do Sistema Mirante de Comunicação, de propriedade da família Sarney, da governadora Roseana Sarney Murad.

A falsa polêmica plantada já comentei (leia pelos links acima ou nos arquivos deste blogue). O que é estranho é que ela volta à carga em um texto de Haroldo Silva (quem é?), jornalista e radialista profissional, como assina, publicado ontem (domingo, 27) no… Blog do Décio. Não é estranho?

A pergunta se justifica: numa empresa como o Sistema Mirante de Comunicação, é muito provável que o setor de informática detenha informações como logins e senhas e outras de seus funcionários, não no sentido de vigiar-lhes 24h ou cobrar-lhes produtividade, “e aí, meninos e meninas?, estão escrevendo suas matérias do dia ou estão de trololó nos msns e gtalks da vida? O quê?, ‘tão atualizando seus facebooks pessoais e o trabalho atrasado?”, não, não é disso que falo.

Falo do seguinte: uma das primeiras hipóteses levantadas quando do assassinato de Décio Sá, seja pelo mais gabaritado especialista em segurança ou pelo mais leigo leitor/ouvinte/espectador comum que acompanharam o crime, foi a possibilidade de queima de arquivo. A tese seria a de que Décio possivelmente teria publicado algo que desagradou a alguém e foi, por isso, eliminado. Este blogue fica com uma das segundas hipóteses: a de que Décio teria sido eliminado por algo que ainda não havia publicado, alguma informação bombástica sobre sabe-se lá quem, certamente com alguma grana, fama e prestígio (seja lá o que signifiquem hoje e no Maranhão), informação cuja “noticiabilidade”, “interesse público” e outros fatores determinantes em jornalismo para sua veiculação ou não, ainda estavam em debate e/ou disputa (ou negociação).

Uma das chaves para sabermos que hipótese estaria/está/estará correta seria sua quebra de sigilo telefônico e eletrônico: as ligações que fez e recebeu no dia e dias antes de sua morte, as senhas de acesso a e-mails, conta do blogue e aparelhos tecnológicos outros. Confesso que não tenho acompanhado o caso com a mesma atenção e interesse de outros blogueiros, por motivos os mais diversos. Mas a morte de Décio Sá, qual um vídeo “para nossa alegria” no youtube ou fotos de Carolina Dieckman nua (nem de longe estou vulgarizando a primeira ocorrência, diga-se), é coisa que nos chega aos óculos mesmo que não queiramos, basta a leitura diária de jornais e blogues e as passadas d’olhos nos telejornais e quetais: invariavelmente ela estará lá, mesmo trazendo novidade nenhuma, mesmo trazendo abobrinhas desinteressantes, mesmo realimentando falsas polêmicas.

Quem tem alguns dos acessos que apresentamos acima como possibilidades sabe como ler (e apagar, se conveniente) comentários publicados ou não no blogue, e-mails, recados nas redes sociais etc. O texto postado ontem no Blog do Décio, mais de um mês após o seu assassinato, voltava a elogiá-lo e a atacar ferozmente, ainda que sem citar o nome, quem ousou colocar os pingos nos is. Até o momento em que clico em publicar, cá neste blogue, já havia recebido nove comentários, todos elogiosos a Décio Sá e/ou a Haroldo Silva (quem é?), autor dos elogios a ele, ou ainda criticando Pedrosa. Ou seja, possivelmente outros comentários passaram pelo crivo do moderador, que detém a senha de acesso ao blogue. Pergunto-me: seria publicado, ali, algum comentário pró-Pedrosa e anti-Décio e anti-Haroldo?

É ou não é estranho? Para dizer o mínimo…

Prezado amigo Afonsinho

O “prezado amigo Afonsinho” que Gilberto Gil cita na clássica Meio de campo, acima na soberba interpretação de Elis Regina, agora é colunista da revista CartaCapital, do que todos já sabiam.

Em sua coluna de estreia ele cita a canção. Semanalmente na Pênalti, coluna outrora ocupada por outro médico, outro craque da bola e da palavra, Sócrates, a quem a estreia é dedicada/dirigida.

Sobre plágio e Clubes do Choro

Postei ontem, cá en el blogue, notícia sobre apropriação que o Clube do Choro de Brasília fez de marca do Clube do Choro do Maranhão, mais precisamente de seu saudoso projeto Clube do Choro Recebe.

Para definir o ocorrido não hesitei em usar o termo ‘plágio’: ato ou efeito de plagiar; imitação ou cópia fraudulenta.

Nem de longe era intenção do blogue, no entanto, qualquer entrevero diplomático-musical entre as capitais federal e maranhense, sobretudo em se tratando de “instituições” irmãs, os clubes do choro daqui e de lá.

Nomes do Maranhão já se apresentaram no Clube do Choro de Brasília; nomes da terra do Liga-Tripa já se apresentaram na de Cesar Teixeira. Oxalá tão logo o local retome suas atividades se continue esse saudável e necessário intercâmbio.

Não tardaram a se manifestar os chorófilos Ruy Godinho e Rudolfo Magalhães, além de um perfil institucional do Clube do Choro de Brasília, por e-mail e na caixa de comentários deste blogue.

Segundo eles, este link, no site Sai do Sofá, seria o causador do mal-entendido todo: lá aparece a logomarca do Clube do Choro daqui como sendo do de lá, usada pelo artista que assina o layout do e-flyer que deu origem a este blá-blá-blá todo.

O ocorrido não é a coisa mais importante do mundo, como também não é a mais desimportante, a menos importante, a menos desimportante. Ao blogue cabe apontá-lo, o que fizemos prontamente.

Depois torcer pelo sucesso das empreitadas dos chorões em Brasília e pelo retorno das dos chorões ilhéus, hoje espalhados por aí, sem um projeto-espaço agregador e permanente.

Uma ‘casa’ nas alturas

“Aqui é minha casa quatro horas por dia”. As palavras foram ditas por Vinicius de Oliveira Melo, 35 anos, bem longe de casa. Pendurado a sete metros de altura, ele é um dos ativistas que estão se revezando para impedir a saída do navio Clipper Hope, próximo a São Luís do Maranhão.

O cargueiro rumava para o Porto do Itaqui, onde seria carregado com ferro gusa – matéria-prima do aço – manchado por desmatamento e trabalho escravo. Nos últimos sete dias de bloqueio, Vinicius se acostumou à rotina. Com uma garrafa de água, algumas frutas e muita disposição, ele tem encarado a tarefa numa boa.

Leia o texto completo.

Poetas sem intérpretes

Trago da caixa de comentários deste blogue para a página principal a lista de poemas classificados para a finalíssima do I Festival de Poesia do Papoético – Prêmio Maranhão Sobrinho. Quem já conhece a lista abaixo (poeta/ poema), já viu se foi classificado ou não etc., pode ir direto pro fim da notícia.

Kissyan Castro/ Poética
Glenda Almeida Matos Moreira/ Arrudêia
Darlan Rodrigo Sbrana/ O lagarto e a serpente
Luciano Leite da Silva/ Spleen (ou Ossuário das coisas sonhadas)
Kátia Dias/ Eu comi Oswald de Andrade
Kaique Leonnes de Sousa Oliveira/ O gavião
Danyllo Santos Araújo/ Sumidouros
Plynio Thalison Alves Nava/ As lesmas
Johnny Sorato Martins Fernandes/ Gota d’água
Sílvio Henrique dos Santos Rayol/ Flor caída
José Rafael de Oliveira/ Bagagem
Joana Golin Alves/ Copo de chuva
Andréia do Nascimento Cavalcante/ Tarde de sábado
Wilka Sales de Barros/ A fome no jardim das delícias
Antonio José de Souza/ Sombra e luz
Elias Ricardo de Souza/ Paisagem vertigem
Patricia Brito Soares/ Ah quem me dera!
João Cobelo Foti/ Desencontro
César Borralho/ Alfama
Rodrigo Pereira/ Ante o espelho
André Rios/ Uma faca só lâmina

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