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Caravana com 11 artistas maranhenses participa da Virada Cultural no CCBNB na capital cearense
Invariavelmente apontado como um dos estados de maior riqueza e diversidade cultural do país, o Maranhão terá uma caravana na Virada Cultural promovida pelo Centro Cultural Banco do Nordeste, em Fortaleza/CE, no próximo dia 8 de dezembro. A apresentação acontece às 19h, na sede do CCBNB, com entrada franca.
Camila Reis, Dicy, Elizeu Cardoso, Klícia, Lena Garcia, Regiane Araújo, Santacruz, Wilson Zara e Zeca Tocantins, acompanhados por Isaías Alves (bateria) e João Simas (violão, guitarra e direção musical), além do baixista cearense Lucas Arruda, irão se apresentar no Palco Papete, montado no CCBNB, cujo nome homenageia o cantor, compositor e percussionista José Ribamar Viana (1947-2016), um dos mais destacados artistas da música maranhense em todos os tempos.
Os 11 artistas, um time de craques, selecionados pela curadoria do evento representam diversos segmentos da música popular brasileira produzida no Maranhão. “Levamos em conta, além da qualidade artística, obviamente, questões de representatividade: há artistas da capital e do interior, homens e mulheres, negros, artistas consagrados e revelações em seus modos diversos de fazer música”, afirma Gildomar Marinho, gerente do CCBNB.
O repertório da apresentação passeará por temas autorais e clássicos de compositores maranhenses, revelando um amplo leque tanto em se tratando de estilos quanto de tempo, abordando clássicos que vão de João do Vale (1934-1996), considerado o maranhense do século XX, a Josias Sobrinho – um dos compositores gravados por Papete em “Bandeira de Aço” (Discos Marcus Pereira, 1978), considerado um divisor de águas na música popular brasileira produzida no Maranhão –, que completou ano passado 50 anos de carreira.
“Emaranhando em Fortaleza”, o título do espetáculo, brinca com um verso de “Devoluto”, poema de Sérgio Natureza musicado por Kléber Albuquerque gravado por este com o homenageado Celso Borges (1959-2023) em seu livro-disco “Música” (2006). À época, o poeta morava em São Paulo e um dos versos do poema diz “emaranhando em Sampa” – a escolha é também uma homenagem dos artistas ao poeta, cuja obra também inclui letras de música.