Eterno

 

Em breve, espero poder revelar sua identidade. Por enquanto, um poema cometido hoje, para M. M.:

de efêmero,

só quero

teu beijo

que dura

o tempo

do desejo

até o próximo

beijo-capítulo

de nossa novela

de final (?) feliz

 

de eterno

te quero

 

de passageiro

quero carona

do estrangeiro

talvez lembranças

dança?

só se for

pra aproveitar

teu abraço

 

de eterno

te quero

ao menos

enquanto dure

mas

que dure

pra sempre

aos quarenta e sete do segundo tempo…

… fiquem com Cesar Teixeira. Versos de “Dolores”, música gravada por Flávia Bittencourt em seu disco de estréia.

(…)
seu pai caiu por terra
crivado de flores
sua mãe bebeu as trevas
e morreu de amores
nos olhos de Dolores
era tanta chuva
que seu pranto fez-se um rio
onde a vida era viúva
(…)

E em breve: 3ª Semana Cultural do Desterro. E em breve mais detalhes por aqui.

[formatação prejudicada por conta do micro que estou usando. Pra quem não vai ao re-lançamento de Alguma Trilha Além, logo mais, até amanhã!]

Estilhaço(s)

 

Pra mesma garota que disse “olho de boi ponto zip ponto net”. Um poema inspirado em comentários. É isso aí:

estilhaçou meus óculos de grau
entre a sola de seu calçado
e os paralelepípedos do chão
sei que não fez isso “de mal”
e assim, me fez recuperar a visão

e assim, pude vê-la, plena, bela
e assim pude dizer-lhe que não
que já não amava mais ninguém
além dela, a quem de agora em
diante só chamaria “meu bem”

DA PAIXÃO DO CRONISTA

 

Nova edição do Almanaque JP Turismo nas bancas. No Quintal Poético desta edição, assino a presente, já lançada em “Uma crônica e um punhado de poemas de amor crônico”. Dia 7 de setembro, relançamento da (s)obra, no Bumba Lanches (em frente ao Convento das Mercês), durante a realização da 3ª Semana Cultural do Desterro [Mais detalhes por aqui, em breve].

***

O amor dói, é claro, mas dá prazer. É droga que vicia, é igreja que liberta. Sacro e profano no mesmo altar/terreiro. A antítese mais gostosa, como nos versos de Camões, musicados pela Legião Urbana. O cronista está apaixonado. “Mais uma vez”, aporrinham alguns amigos. “Mas dessa vez é pra valer”, retruca.

O destino nos prega peças agradáveis. Digo isso por que é vontade do cronista namorar alguém que detesta as músicas que ele ouve; e pior: ele detesta as músicas que ela ouve. Tem andado com cara de bobo e bebido um bocado, arranhando os cotovelos no balcão de um bar vizinho à faculdade onde ambos estudam, à espera de sua musa; enquanto espera, ouve música ruim. O cronista tem escrito poemas quase diariamente; ela lê, e demonstra gostar.

Cansado de escrever sobre uma mulher diferente a cada revista, o cronista quer fazer de sua musa, a musa eterna – ao menos enquanto dure, como já diria o saudoso poetinha. Fazê-la personagem. A sua “baixinha de olhos graúdos e brilhantes”, como a “menina triste de olhos verdes” das crônicas de João Paulo Cuenca. Ela receia, “não serei mais uma?”, deve se perguntar. O cronista imagina, pois vive também de ficção, embora saiba o quanto é real tudo o que sente por ela.

O cronista não consegue se concentrar em nada. Começa a ler diversos livros, mas pensa tanto nela, que acaba desistindo antes do fim do primeiro capítulo; isso, quando consegue vencer a barreira da primeira página, por mais interessante que seja o livro. Só um romance interessa: o próprio. Outrora, palavrões em cada frase. Agora, só diz poemas. Não consegue escrever outra coisa que não poemas para a musa. E da redação, ligam: “cadê a crônica?”. Detesta ser irresponsável e decepcionar. Mas desta vez não haverá crônica. Desistam, o cronista não mais escreverá. Virou poeta.

A Divina Comédia dos Malucos

 

Este é o título dum poema que cometi, tempos atrás, para Vivi Queiroz. Éramos, à época, psicológos, um do outro. Dois “loucos” se consultando. Ninguém nunca sabia quem era o médico e quem era o paciente. Apesar da distância entre Fortaleza/CE (a mineira mora lá) e São Luís. Mas ela tá na Ilha, e publico aqui o poema:

sob seus pés o céu
de são luís vai parar no chão
paralelepípedos viram nuvens
como as pedras irregulares
do calçamento de alcântara.
o sol a pino; seu suor mata-me a sede
bebo do perfume que escorre
embriago-me e já só sei andar
pelas curvas exóticas de seu corpo.

seu tato fino e hábil, pele seda
minha incômoda barba por fazer
escultura divina, boneca, menina,
santa pecadora, me leva ao inferno
do calor de seu corpo-paraíso.
entras pelo meu sorriso
porta aberta pelo teu.
mãos dadas, dois corpos unidos,
nus, onde a gente se meteu?

15/2/2005

Terça-feira

 

Finalmente. A Secretaria de Estado da Cultura vai lançar as obras contempladas no plano editorial em 2003 (isso mesmo!). A noite coletiva de autógrafos acontece no Museu (Rua do Sol). Terça-feira, 19h.

De lá, o poeta Eduardo Júlio comanda outra festa no Bagdad Café, algo tipo 22h,Alguma Trilha Além.

E dia 7 de setembro, Joãozinho Ribeiro (finalmente, digo eu novamente!) lançaPaisagem Feita de Tempo. E em tempo: na mesma ocasião eu relanço Uma crônica e um punhado de poemas de amor crônico. Na 3ª Semana Cultural do Desterro. E em breve: mais detalhes por aqui.

rápidas (mas nem tanto!)

 

apesar da belíssima [e hilária, a platéia inteira riu!] interpretação de joão simas, ontem, para meu poema “canção para os dias de tpm da mulher amada”, o poema não foi classificado. mas valeu ter participado. valeu, joão! e valeu, carolina libério, que classificou sua “felícia” para a final. e abaixo, transcrevo meu poema, que js vai musicar:

nem tua tensão pré-menstrual
me tira o bom humor
nada pode fazer mal
ao nosso amor

nem tua chatice
me tira o tesão
eu já te disse:
isso é paixão

nem tua feição zangada
me tira a alegria
já disse: nada
me estragará o dia

nem o teu franzir o cenho
me amedrontará
o gosto bom do vinho
em minha boca há

de chegar à tua
língua que queima
a minha boca nua
que teima

em te cantar em poesia
em dizer-te tão bela
e mesmo “naqueles dias”
sempre, para sempre, tê-la

e após a eliminatória, uma volta pela praia grande, com joão simas e marlementa; joão encontra um trio de amigas e uma delas me diz: “olho de boi ponto zip ponto net; sempre leio teu blogue; através do de jana cheguei ao de jane e ao de reuben, e daí ao teu” [reuben, tu tá em todas, hein?]. a essa belíssima menina-mulher, o poema abaixo, cometido ontem, antes do sono chegar:

toda vestida de preto
como quem estava de luto
pra responder à sua beleza
eu ria o meu riso fajuto

e meio amarelado
como, pelo tempo, um retrato
em minha mente, um quadro
ela, imagem, eu, tato

embora não a tenha tocado
senti sua maciez
ao ver seu belo sorriso
meu cenho, a sua tez

à noite, todos os gatos são pardos
mentira, balela, conversa fiada
alguns se diferenciam
outros, como eu, não são nada

então, penso eu, cá, sozinho
em tê-la, livre, em meus braços
alva, mas suja do vinho
o meu veneno, que a enlaça

24/8/2005

RELATORES NACIONAIS EM DHESCA EM SÃO LUÍS

(release enviado a diversos veículos de comunicação do Maranhão)

Encontram-se em São Luís os Relatores Nacionais em Direitos Humanos, Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (DHESCA) para Alimentação, Água e Terra Rural, Flávio Valente; Meio ambiente, Lia Giraldo da Silva; e Moradia e Terra Urbana, Lúcia Maria Moraes. As relatorias são projetos da Plataforma Interamericana de DHESCA, Capítulo Brasileiro, e conta com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU).

A comitiva está em missão, cujo objetivo é estudar impactos causados aos direitos humanos com a implantação do pólo siderúrgico em São Luís do Maranhão. Entre as atividades previstas estão visitas às comunidades que serão atingidas, audiências públicas com autoridades e moradores daquelas áreas. Serão visitadas as localidades de Rio dos Cachorros, Vila Maranhão, Cajueiro e Taim.Estão agendadas audiências com a Assembléia Legislativa, IBAMA, INCRA, Câmara de Vereadores, Prefeitura Municipal, Governo do Estado e Secretarias de Meio Ambiente, Industria e Comércio, Justiça e Segurança.A missão fica em São Luís até o dia 24 de agosto, quando segue para o Baixo Parnaíba, onde permanece até o dia 26, quando estudará a grave crise que lá se vive, e as violações aos direitos humanos à alimentação e meio ambiente, provocados constantemente pelo agronegócio, em particular, pela monocultura da soja.

Diversas entidades, articuladas em torno da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH), entidade filiada ao Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), estão acompanhando as atividades da missão, cujos resultados serão apresentados já nas audiências públicas com autoridades e população. Após isso, serão sistematizados e integrarão o Relatório Anual de Impactos aos Direitos Humanos no Brasil.

 

“RIO DOS CACHORROS” RESISTE AO PÓLO SIDERÚRGICO

por Ed Wilson Araújo (*)

 

O toque das caixeiras convida os moradores de Rio dos Cachorros para o ritual de carregamento do mastro que vai enfeitar o largo da festa em homenagem a Santana, uma das tradições religiosas do lugar. Celebrações como esta integram o calendário cultural da comunidade rural da ilha de São Luís, acessada pela BR-316, na área pretendida para a instalação do Pólo Siderúrgico. Na rodovia que leva a Rio dos Cachorros, um outro som desperta atenção: os comboios de carretas de soja que vêm do sul do Maranhão descarregar no Porto do Itaqui, para onde convergem também os grandes projetos de minério e aço do Maranhão.

Na área do suposto Pólo Siderúrgico existem mais nove comunidades: Taim, Limoeiro, Porto Grande, Vila Maranhão, Cajueiro, Camboa dos Frades, São Benedito, Coliê e Vila Conceição. Elas estão no centro da disputa que pretende transformar a zona rural e residencial em zona industrial para viabilizar a implantação de três gigantescas usinas de aço, cada uma com capacidade de 7,5 milhões de toneladas anuais.

Em Rio dos Cachorros moram cerca de 500 famílias, numa área margeada por manguezal e irrigada de brejos, com fruteiras nativas, pequenas roças e jazidas de areia, pedra e piçarra.

A comunidade é o principal foco de resistência à implantação do Pólo Siderúrgico dentro da Ilha de São Luís. Os moradores têm participado ativamente das audiências públicas que debatem a implantação do pólo, realizam oficinas para discutir o impacto do empreendimento e integram o fórum Reage São Luís, que congrega várias organizações contrárias à concretização do projeto na ilha.

Maria Máxima Pires, 46 anos, uma das lideranças de Rio dos Cachorros, questiona a relação autoritária dos gestores do empreendimento com a comunidade. Em meados de 2004, a Vale (CVRD), a empresa Diagonal e o Governo do Estado começaram a fazer o cadastro das famílias e o levantamento de bens, numerando as casas. “Invadiram as comunidades, informando que tinham até dezembro para limpar a área. Os idosos e crianças ficaram apavorados”, relata. Para amenizar o impacto, os técnicos lançavam a promessa de que os moradores teriam prioridade na inscrição para obter emprego no pólo.

“Passaram de meio dia até cinco horas da tarde conferindo pé de planta, mediram e anotaram tudo”, lembra o quitandeiro Inácio de Moraes, 78 anos. Moraes nasceu em Taim e há quase 60 anos mora em Rio dos Cachorros, onde criou 16 filhos. “Eu acho aqui muito beleza, é tranqüilidade. Pra mim sair daqui eu sou contra eles botar a gente lá pro lado de um lixeiro (na Ribeira). Me choca quando diz que vamos sair”, lamenta.

O sentimento do comerciante é compartilhado por quase todos os moradores de Rio dos Cachorros. Andando pela vila, conversando com as pessoas, é difícil encontrar alguém que queira sair do lugar onde já viveram os avós e bisavós. Aos 64 anos, Rosilda Vera Gomes lembra passagens da infância que deram nome ao povoado. Ela conta que uma família morava na beira do porto e mudou-se, ficando só os cachorros. Quando os pescadores iam embarcar os cães latiam e avançavam. “Então ficou assim, sair para pescar era no rio dos cachorros”, conta às gargalhadas, registrando que foi mordida por um deles quando criança.

 

“Quem é nativo não quer sair da área. A terra é nossa de fato e de direito. Não vamos abrir mão. Não tem dinheiro que pague a nossa qualidade de vida aqui”, adverte Máxima Pires, referindo-se à reduzida taxa de violência do lugar e às múltiplas alternativas de sobrevivência da população: mineração, pesca, economia doméstica, pequena agricultura, extrativismo e empreendimentos como a produção de mel de José Raimundo da Cruz Pires. De junho a dezembro, a cada 18 dias ele colhe, em sete colméias, uma média de 40 litros. Ao redor das colméias plantou 200 pés de murici. “A flor do murici alimenta as abelhas e dá o mel amarelo. Na época da juçara o mel é escuro, porque o alimento é rico em ferro”, detalha.

O ambiente bucólico sintonizado na modernidade é partilhado principalmente pelas mulheres. São elas que lideram a resistência e vão aos embates nas audiências públicas e nas oficinas, como as lavradoras Carla Santos Dias, 23, e Maria Laura Vera Gomes, 35, sempre com fortes argumentos para contestar a prosperidade prometida pelo empreendimento. Laura e Carla são freguesas da cabeleireira Maria de Jesus Araújo. Aos domingos, ela sai do bairro João de Deus para atender de casa em casa às clientes em Rio dos Cachorros. “Elas gostam de se cuidar. Você precisa ver como ficam arrumadas nas reuniões. Nem parece mulher que trabalha na roça. Não é pelo fato de serem lavradoras que não sejam vaidosas”, ilustra a cabeleireira itinerante.

A favor – Logo na entrada de Rio dos Cachorros, uma família de japoneses cultiva mamão, maracujá, pimentão e pepino em uma área de 26 hectares. “A produção é pequena e abastece algumas feiras livres, mercados e sacolões. A maior parte nós trazemos de fora, do Ceará e Pernambuco”, explica o empresário Roberto Kunihiko Tasaka. O “japonês”, como é conhecido, é favorável ao pólo, afirmando que não sobrevive da produção de Rio dos Cachorros. Sua principal fonte de renda é a comercialização de produtos agrícolas na Coortifrut, antiga Ceasa.

Mas a disseminação da idéia do Pólo Siderúrgico está ativando tensões entre os moradores, proporcionando a atuação de especuladores de outros bairros que vêem possibilidade de lucro com a venda de terras. Além disso, os defensores do empreendimento operam a cooptação e aliciamento nas comunidades. As promessas de indenização e emprego também alimentam expectativas. É o caso de Manoel Alves de Oliveira, 62 anos, há dez em Rio dos Cachorros, que está interessado em pegar o dinheiro e desocupar a área. “Essa região aqui é deles mesmo. Há muito tempo o governo vendeu para a Vale”, justifica.

Entraves – O Pólo Siderúrgico é uma parceria da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), Governo do Estado, Prefeitura de São Luís e as multinacionais Baoosteel (chinesa), Posco (sulcoreana) e Arcelor (européia), visando instalar (em uma área de 2.472 hectares) três usinas e duas gusarias com capacidade de produção de 72% do aço nacional. Os impactos ambientais e sociais são gravíssimos. Além disso, é necessário alterar a Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo Urbano, transformando a Zona Rural Rio dos Cachorros em Zona Industrial, desalojando 11 comunidades onde vivem cerca de 15 mil pessoas. Nas audiências públicas realizadas para debater o tema, a resistência ao pólo argumenta que é necessário, primeiro, fazer a revisão do Plano Diretor de São Luís, conforme determina o Estatuto das Cidades.

Fora da Ilha – Os argumentos contrários ao pólo na ilha, sustentados nos impactos à qualidade de vida de todos os moradores de São Luís, começam a ampliar a corrente de opinião que defende a instalação das siderúrgicas além do Estreito dos Mosquitos. Na Câmara Municipal e na Assembléia, respectivamente, Adbon Murad (PMDB) e Helena Heluy (PT), contrariando a subserviência da maioria do legislativo aos megaprojetos internacionais, defendem o empreendimento fora de São Luís. Até o PV, comandado pelo deputado federal Sarney Filho, publicou nota contra o pólo na ilha. Em Rio dos Cachorros, um pescador que saboreava um milho assado recém-colhido no quintal, desconfia: “Sô, eu vi a mesma ‘guerra’ na época da Alumar. É tudo só uma questão política”, filosofou, referindo-se à disputa entre os grupos alinhados ao senador José Sarney e ao governador José Reinaldo. Ambos são favoráveis ao aço na ilha, pressionados pelo capital internacional e pela CVRD, mas aguardam com cautela o desenrolar dos acontecimentos, operando nos bastidores.

(*) jornalista e professor universitário

 

Frases (da apresentação de Elomar, sexta-feira passada)

 

“Eu estou vendo Deus”
(Zema Ribeiro ao ouvido de Diana Melo, sentada ao seu lado, assim que Elomar entoou os primeiros versos de “Parcelada”, abrindo o espetáculo)

“Bem que achei estranho… tava em Teresina, peguei um avião para cá e passei seis horas pra chegar. Só depois descobri que eu fui até Brasília”
(Elomar, durante a apresentação)

“Amanhã, para ir até Salvador, passo antes na Argentina”
(o compositor baiano, novamente)

“Calma! Vamos chegar lá, por enquanto vamos seguir o script”
(Elomar, respondendo a algum mal-educado na platéia. Por que é que o povo de São Luís acha que Elomar e Xangai só sabem cantar uma música?)

“Só lembrando: script é latim, não é inglês”
(Elomar, reforçando sua aversão ao idioma inglês e à cultura americana de modo geral)

“Que bom ter público. Pensei que ninguém mais quisesse ouvir minhas músicas. Minha obra está cafona”
(Elomar)

“Tenho 23 anos e já posso morrer feliz”
(Zema Ribeiro, ao abraçar Elomar no camarim)

“Deus te abençoe e te dê muitos anos de vida. Morrer agora, nunca!”
(Elomar, respondendo a Zema Ribeiro)

“Mas eu toquei pouco ali”
(João Omar, filho do homem, respondendo a Zema Ribeiro, impressionado ao saber que o músico tinha apenas quinze anos de idade quando tocou no disco “Xangai canta cantigas, incelenças, puluxias e tiranas de Elomar”, de 1986)

TAMBÉM EM TEMPO

 

[Em cima da hora. Mas eu não podia deixar de postar sobre isso aqui. Se eu estivesse em SP, não perderia. No Itaú Cultural, a partir de hoje, sempre às 19h30min.]

quarta 17
celso borges poesia dub
frederico barbosa pedras de raio

quinta 18
artur gomes fulinaíma outras vozes outras falas
rodrigo garcia lopes polivox

sexta 19
marcelo montenegro tranqueiras líricas
chacal irmãos abdalla

sábado 20
ricardo aleixo um ano entre os humanos
ademir assunção rebelião na zona fantasma