DUAS RÁPIDAS

O curta Reverso, do cineasta maranhense Francisco Colombo acaba de ser, mais uma vez, premiado: melhor roteiro no III Bahia Afro Film Festival.

O filme já havia recebido outras premiações: melhor ator (Gilberto Martins), melhor filme e júri popular (no 32º. Festival Guarnicê de Cine-Vídeo, em São Luís, ano passado) e melhor filme (júri popular na VI Mostra Curta Pará Cine Brasil).

Junto com O incompreendido (outra realização de Colombo), o filme tem rodado festivais Brasil e mundo afora: em abril foi exibido também no III Festival de Cine Latinoamericano de Moscou, na capital russa.

Parabéns ao cineasta e vida longa a ele e aos curtas!

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ARTE NO OLHO DA RUA

Hoje, logo mais às 19h, tem a segunda edição do projeto, que desta vez será realizado na Rua do Trapiche, na Praia Grande, em frente ao Bar do Porto. Vou perder. Mas deixo o recado aos poucos mas fieis leitores deste blogue: pintem lá! É grátis!

Haverá sessão de autógrafos dos livros Breganejo blues – Novela trezoitão, de Bruno Azevedo, Balaiada – A guerra do Maranhão (HQ), de Iramir Azevedo, e A lenda da carruagem encantada de Ana Jansen, de Beto Nicácio. Recital poético com André Bandeira, Bruno Azevedo e Wilson Martins. Performance teatral da Tapete Criações Cênicas. Apresentações musicais de Erivaldo Gomes, Didã, Zezé da Flauta e Josias Sobrinho. Discotecagem em vinil de Paulo du Vale. Roda de Capoeira com as turmas do Laborarte e Matroá.

Sebos e brechós – O Matriosca Brechó e Customizados, Laborarte, Matroá, Milla e Sissinha Bazar estarão vendendo usados: livros, discos, roupas etc.

DOSE TRIPLA

Também está matadora a programação do Marisco, esta semana. Vou perder: viagem a trabalho provavelmente condenará este blogue a mais uns dias de poeira e mofo. Abaixo, os serviços (sempre às 21h30min, ingressos para cada show apenas R$ 10,00, apenas em dinheiro), não percam!

Quinta-feira, 27: Tássia Campos, no show Trilha sonora do universo.

Sexta, 28: Augusto Pellegrini & Trio.

Sábado, 29: Léo Capiba.

O Marisco Bar fica na Lagoa da Jansen (rua da boate Red). Reservas: (98) 3268-9271. Realização: Satchmo Produções.

RÁPIDAS E URGENTES


[Samba de minha aldeia. Capa. Reprodução]

“Nem só de Sarneys vive o Maranhão. Tem muita gente boa fazendo música por lá também”. Assim o jornalista Nelson Motta começou seus elogios à cantora Lena Machado, antes de tocar Colher de chá (Patativa), interpretada por ela com participação especial de Zé da Velha e Silvério Pontes, hoje à tarde, em seu Mistura Fina, na Rádio MPB Brasil (RJ), 90,3MHz.

Para quem quiser ouvir, basta acessar o site da rádio e clicar em Destaques da programação e em seguida em Mistura Fina.

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TEQUILA


[Gustavo Jansen (contrabaixo), Antonio Gaspar (guitarra), Fred Estrela (voz) e Leonardo Estrela (bateria): a Tequila Blues]

A banda Tequila Blues volta aos palcos ilhéus hoje à noite, a partir das 22h, no Espaço Armazém (Praia Grande). Os ingressos custam apenas R$ 10,00 e após o show dos meninos haverá discotecagem com Andrezinho Vibration. A banda está gravando o disco de estreia, que sai ainda em 2010.

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VIDA LONGA!

A Vida é uma Festa! completa oito anos de atividades ininterruptas hoje. Um viva para ZéMaria Medeiros e cia. ilimitada e bóra lá brindar o acontecimento…

O DESTRUIDOR DE ILHAS

Gostei muito deste desenho desde que o vi pela primeira vez no blogue de Ricardo Sanchez, seu autor. É claro que ele aumenta minha curiosidade pelo filme do Denis Carlos, O destruidor de ilhas, que será lançado dia 28 no Cine Praia Grande e sobre o qual não tenho (ainda) maiores informações. Alguns nomes do elenco também chamam a atenção, o do próprio desenhista entre eles. Bóra lá ver qual é…

NOTA DE UTILIDADE PÚBLICA

O produtor Bruno Anderson Ferreira Martins está internado no Hospital Dutra, onde se submeterá a uma cirurgia para a retirada de um tumor no cérebro.

Bruno está na Enfermaria 5, Leito 126, no 3º.andar daquele hospital e precisa de três bolsas de sangue tipo A (mas se seu tipo sanguíneo for outro, você pode doar e a troca é feita no Hemomar).

Para doar: ir até o Hemomar (Rua 5 de janeiro, Jordoa, ao lado do antigo Mateus, esquina com Av. São Marçal) com estes dados e pegar o recibo, que deverá ser entregue à família do paciente.

Maiores informações e contato para a entrega dos recibos: (98) 8845-0287.

Bruno e sua família agradecem.

CRIOLINA: É HOJE!

Vocês não estão pensando em perder essa sessão de Cine Tropical, estão?

Nem foi a habitual preguiça (de transcrever entrevista) que lhes confessei quando da entrevista. Mas a minha ideia de escrever sobre o show do Criolina e ajudar na divulgação acabou não rolando, semana corrida…

Os poucos mas fieis leitores deste blogue, no entanto, podem aguardar meus comentários sobre o show, mesclados ao papo que este blogueiro bateu com o duo segunda-feira passada.

Colo abaixo o release da Pegada. Para maiores informações, cliquem na figura.

SHOW DO CRIOLINA LANÇA PROJETO PALCO CULTURA INGLESA NO TEATRO ARTHUR AZEVEDO

Alê Muniz e Luciana Simões, do Criolina, lançam seu novo álbum, Cine Tropical, dia 14 de maio, às 21h, no Teatro Arthur Azevedo. O show marca o lançamento do Projeto Palco Cultura Inglesa em São Luís, uma iniciativa da escola de idiomas Cultura Inglesa, com o objetivo de apoiar a cultura e os artistas locais. Além da produção de shows e peças teatrais, o projeto promove o intercâmbio de artistas do cenário nacional e regional nas cidades em que atua.

Cine Tropical é o segundo álbum da dupla que estreou com Criolina, considerado pelo jornal O Estado de S. Paulo um dos vinte melhores discos produzidos em 2008. No repertório do show, algumas canções do primeiro CD como Quebra Pote e Veneno, e faixas do Cine Tropical que têm uma pegada forte como Eu vi maré encher e O santo, além de algumas versões como Divino Maravilhoso (Caetano e Gil) e Você não serve pra mim (Roberto e Erasmo).

O show conta com músicos que acompanham a dupla desde a concepção do disco, ajudando a criar a sonoridade de Cine Tropical. João Paulo (baixo), George Gomes e Luiz Cláudio (bateria), Edinho Bastos (guitarra), Marcos Cliff (teclado e samplers) e Fortes (trumpete). E para completar o clima de cinema será exibido um vídeo no telão do TAA, montado pelo cineasta Beto Matuck e o músico André Lucap.

O álbumCine Tropical tem 14 faixas baseadas em fatos reais. “Qualquer semelhança não é mera coincidência”, afirma Alê Muniz. Romance, aventura, bang bang, ficção científica e até chanchada compõem as trilhas que conduzem a diversos cenários e paisagens musicais do cinema mundial.

As músicas foram criadas com base em imagens que marcaram a história de Alê Muniz e Luciana Simões. São referências visuais e sonoras do cinema antigo, como Barbarella, John Wayne, Mazzaropi, Brigitte Bardot, Glauber Rocha, Bye Bye Brasil, as trilhas de faroeste de Ennio Morricone, Serge Gainsbourg, surf music e Jovem Guarda.

“Misturamos tudo isso à cultura maranhense, às nossas imagens cotidianas e aos nossos ícones ultra tropicais: os mestres da cultura popular do Maranhão, os pregoeiros, a nossa linguagem”, afirma Luciana Simões.

O encarte do CD traz a sinopse de cada uma das faixas, transportando os ouvintes para a cena da música apresentada. Cine Tropical, por exemplo, conta a história de “um casal e uma fantasia de viver o romance eterno dos filmes, sem a rotina de compromissos, sem a tensão das expectativas. Tudo se passa numa praia a 2 graus da Linha do Equador à luz dourada do fim de tarde”.

O trabalho conta com participação especial do poeta Celso Borges, que compôs com Alê e Luciana a faixa caribenha São Luis-Havana, e do saxofonista Célio Muniz, pai de Alê, ex-integrante da saudosa Orquestra do Silvio Mazuca. O instrumentista toca na faixa Cine Tropical, dando uma textura antiga à música título do disco.

O novo trabalho segue a trilha inaugurada no CD de estreia (Criolina, 2008), usando samplers e programações eletrônicas misturados com rock, funk, ska e levadas regionais como tambor de crioula, toadas de bumba-meu-boi, coco, carimbó, merengue e bolero.

Ponte São Luís-São Paulo – As gravações de Cine Tropical começaram em São Luís, onde foram escolhidos os timbres e os instrumentos. Produzido em parceria com o engenheiro de som Evaldo Luna, que trabalha com o maranhense Zeca Baleiro, o CD foi finalizado em São Paulo, no estúdio Saravá, de Zeca, com participação especial de músicos da banda do compositor maranhense em algumas faixas.

O guitarrista Tuco Marcondes imprimiu romance a Cine Tropical e ação a Barbarella; o baixista Fernando Nunes dirigiu e produziu Namoradinho Refém e Vacinado; o trompetista João Lenhare (banda de Roberto Carlos) “derramou sangue” em Revanche e “surfou” em Meu Louquinho; o trompetista Hombre representou la Revolucion em São Luis-Havana e drama em Eu vi Maré Encher e René Parise em Meu Louquinho acendeu uma brasa, mora?

PROJETO PALCO CULTURA INGLESA – SERVIÇO

Show Cine Tropical, Criolina (Alê Muniz e Luciana Simões)
Dia 14 de maio (hoje), 21h
Teatro Arthur Azevedo
Preço do ingresso: de R$ 20,00 a R$ 30,00
Ingressos antecipados: Cultura Inglesa (Rua das Limeiras, 7, Renascença)
Mais informações: Cultura Inglesa – fone: 3235-9519, Pegada Produções – 3227-0079 e 8179-1113

STÉDILE NA ILHA

João Pedro Stédile, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST), virá à São Luís para participar do XXXI Encontro de Assistentes Sociais do Estado do Maranhão, que acontece dias 13, 14 e 15 de maio (dia da/o assistente social) no SESC Turismo, no Olho d’Água. Lá ele participa da conferência magna Lutas sociais frente à crise do capital: demandas e desafios ao Serviço Social. O tema do encontro é Fortalecer as lutas sociais para romper com a desigualdade. A médica e militante comunista Maria Aragão (1910-1991) e outras personalidades de destaque na luta por direitos humanos no Maranhão serão homenageados.

Stédile chega à Ilha um dia antes do compromisso com o Conselho Regional de Serviço Social – 2ª. Região/MA. Cumpre agenda com o MST/MA e participa também do debate Conjuntura latinoamericana e a criminalização dos movimentos sociais, organizado pelo MST e Associação dos Amigos da Escola Nacional Florestan Fernandes, que acontecerá amanhã (12), às 18h, no Auditório Ribamar Carvalho, na área de vivência da UFMA.

O debate tem entrada franca e é aberto à comunidade.

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INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O CURSO MÍDIA E POLÍTICA

Estão abertas até o próximo dia 21 de maio as inscrições para o II Curso de Extensão Mídia e Política, dedicado ao estudo da conjuntura política no Maranhão neste ano eleitoral e as relações desse processo com os meios de comunicação locais. As inscrições custam apenas R$ 10,00 para estudantes e R$ 20,00 para a comunidade e podem ser feitas das 15h às 18h, no Departamento de Comunicação Social, no CCSo, Campus do Bacanga, UFMA.

O curso será realizado em dois módulos: o primeiro acontece já de 24 a 28 de maio, das 18h às 21h. O segundo módulo acontecerá em novembro, após o resultado das eleições. São responsáveis pela organização do curso o Núcleo de Estudos sobre Poder e Política (Departamento de Sociologia e Antropologia), Grupo de Pesquisa Sociedade, Memória e Poder (Departamento de História), Grupo de Pesquisa História e Religião (Departamento de História) e Núcleo de Estudos sobre Estratégias de Comunicação (Departamento de Comunicação Social). Maiores informações podem ser obtidas pelo e-mail cursoextensaomidiapolitica@gmail.com.

Confira a seguir a programação e os currículos dos professores que ministrarão o primeiro módulo.

Módulo I – Processos eleitorais, sistema partidário e estratégias de comunicação política
24 a 28 de maio de 2010, das 18h às 21h, no Auditório B do CCH, Campus Universitário do Bacanga, UFMA

24
18h Exibição do filme Maranhão 66
18h30min Eleições, representação política e sistema partidário e eleitoral brasileiro
Professora: Arleth Santos Borges (professora do Departamento de Sociologia e Antropologia da UFMA e doutora em Ciência Política pelo IUPERJ)

25
18h Exibição do filme Milagre do Maranhão
18h30min – Partidos, grupos políticos, candidaturas e dinâmicas eleitorais no Maranhão
Professor: Wagner Cabral da Costa (professor do Departamento de História da UFMA e mestre em História Social pela UNICAMP)

26
18h Exibição do filme A saga maranhense
18h30min Mídia, opinião pública e campanhas eleitorais em 2010
Professor: Francisco Gonçalves da Conceição (professor do Departamento de Comunicação Social da UFMA e doutor em Comunicação e Cultura pela UFRJ)

27
18h Exibição do filme O Timoneiro da Nau Libertária
18h30min Mesa Redonda I: Mudanças políticas, disputas de poder e grupos religiosos
Expositores: Lyndon Araújo Santos (professor do Departamento de História da UFMA e doutor em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) e Francisco Gonçalves da Conceição
Debatedora: Arleth Santos Borges

28
18h Mesa Redonda II: Candidaturas, cenários eleitorais e estratégias políticas
Expositores: Francisco José Araújo (professor da UEMA e doutor em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) e Wagner Cabral da Costa
Debatedora: Arleth Santos Borges
20h30min Informações sobre o segundo módulo.

NATUREZA: INDISPENSÁVEL

Minimal necessário traz poemas curtos do letrista.


[Minimal necessário. Capa. Reprodução]

Mais conhecido como letrista, Sergio Natureza tem parcerias com Tunai, Paulinho da Viola, Lenine, Guinga, Zeca Baleiro e Sergio Sampaio, entre outros. É da parceria com o primeiro, um de seus sucessos mais conhecidos: Frisson (“você caiu do céu/ um anjo lindo que apareceu”); também é da lavra da dupla As aparências enganam, imortalizada por Elis Regina, de quem Natureza foi assessor de imprensa pouco antes da subida da Pimentinha. Com Sampaio é autor de Velho bode e Roda morta (Reflexões de um executivo). Além de Raul Seixas, foi o único parceiro gravado pelo capixaba. Elba Ramalho, Zeca Baleiro, Fagner, Gal Costa, Paulinho da Viola e Luiz Melodia, entre outros, foram algumas das vozes que deram vida a suas criações.

Mas outros Sergio Natureza habitam o homem: é ele o coordenador da programação musical da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, sua cidade natal. Também é poeta, dos bons, e é disso que nos ocuparemos. Minimal necessário [Booklink, 2009] é livro ligeiro. Seus poemas – haicais? –, de leitura rápida, tem leveza e bom humor e dizem tudo com quase nada.

“Exílio/ lá doce lá” (p. 15, para ser tão repetido quanto o “minha pátria é minha infância/ por isso eu vivo no exílio” de Cacaso). “Forró do bão!/ Roça-roça na roça” (p. 17). “Xote italiano/ pizza na fulô” (p. 21). “Na orla…/ coletivo/ de donos de cachorros:/ Catel de Merdelin” (p. 61). “Script-tease/ o escritor/ desnudou-se/ para seus leitores” (p. 97). Poucas amostras da pena certeira – pouca tinta para dizer muita coisa – de Sergio Natureza, que em Minimal necessário ganham o traço de Chico Caruso para ilustrar seus poemas.

À poeta Lúcia Santos, ele dedica um Haicai: “Ao ler-te, enfim/ um Bashô/ baixou em mim”, alusão a Uma gueixa pra Bashô (2006), livro da maranhense cujas orelhas Natureza divide com Chico César e Celso Borges. Com bagagem – literária ou não – grande ou pequena, vale levar o Minimal necessário – cabe no bolso ou na mão. E que este Natureza seja preservado escrevendo bem assim, para olhos ou ouvidos – para a alma, enfim.

[Tribuna do Nordeste, Tribuna Cultural, ontem]

CONSULTÓRIO SENTIMENTAL – FINANCEIRO, NÃO! – DE NOIVOS

“Casar é bom”, afirma e recomenda o consultor sentimental de Noivos.

POR ZEMA RIBEIRO*

Dia desses sentei com a esposa na calçada de um pé-sujo. Sempre admirei pés-sujos, desde os tempos de solteiro – ou diria principalmente? – e não havia opção melhor para um casal com pouquíssimo dinheiro: algumas cervejas e um filé com fritas para jantar.

Na pauta, justamente uma crise financeira do par. Pela primeira vez ela me sentiu realmente preocupado com o assunto, ela que, descabelada, sempre se irritava quando eu, ar de malandro, retrucava que “Deus sempre dá um jeito”, “Ele nunca me faltou”, logo eu, católico menos praticante do que deveria. Ou ainda o verso de Lobão, o roqueiro-VJ, não o ministro: “ainda não inventaram dinheiro que eu não pudesse ganhar”.

Vida bandida, vida “marvada”, antes de casarmos fazíamos cálculos, todos os possíveis. Temíamos quebrar a cara e pedir arrego na casa dos pais dela ou na da minha mãe. Seguimos adiante, um ano e pouco depois, uma grana emprestada aqui, outra acolá, como da mesma forma emprestamos, quando/se sobra.

É claro que dinheiro não deve ser a primeira preocupação dos que pensam em juntar as escovas de dente, dividir o mesmo teto, a mesma cama. O mais importante é o amor, quão piegas parece minha barata psicologia de botequim? – literalmente.

Irritava-nos, à época do namoro, dividir a mesa do bar com este ou aquele casal, recém-casado ou não, e ouvi-los falar apenas de contas: telefone, água, luz, cartão de crédito, aluguel ou prestação do apê e o escambau atrasados. É só isso a vida? “Aprender com os erros alheios já que não teremos tanto tempo para cometer os nossos próprios” é ditado válido.

Não, não é só isso a vida. Casar é renunciar, mas é receber renúncias. Sem a piada machista do “arrumar alguém para ajudá-lo a resolver os problemas que você não teria se fosse solteiro”. Por vezes é ser escravo, por outras é ter uma, para além de fetiches e fantasias.

Casar é bom, Vinicius de Moraes que o diga. E vale o que rezou-nos o padre, seja você católico ou não: na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Que mais posso querer, se seu corpo se achega ao meu como se fôssemos só um ao ver um episódio de House, um filme ou um programa qualquer? – bem, viramos dois corpos quando vejo futebol. Que mais posso querer, além de seu desfile regando plantas à noite ou de manhã cedo enquanto cuida do café?

Grana, meus noivos? Não se preocupem com isso. Contas também entram por debaixo das portas de solteiros. Agora, com licença, que eu vou catar algum para cobrir o cheque sem fundos que dei na revisão do carro.

*ZEMA RIBEIRO, psicólogo de botequim e consultor sentimental nas horas vagas, escreve no blogue http://www.zemaribeiro.blogspot.com

[Este texto deveria sair na revista Noivos, que circulará dia 13, encartada nO Estado do Maranhão. A publicidade (entrou um anúncio de última hora) acabou deixando-o de fora. Para não perdê-lo, e em homenagem a minha esposa, aniversariante neste dia das mães, resolvi postá-lo aqui. É notável a inspiração do sempre mestre Xico Sá, precisava dizer?. Mantive o sutiã (o destaque antes do início do texto propriamente dito) citando o caderno, embora ele já tenha perdido a validade. E um feliz dia das mães a todas as mamães que leem ou não este blogue]

AINDA REVERSO

Certos curtas merecem a vida longa que têm.

Até o próximo dia 9 está acontecendo a Mostra Prêmio ABC 2010, que começa hoje, 4. ABC é a sigla de Associação Brasileira de Cinematografia.

O maranhense Francisco Colombo participa, com seu Reverso.

O filme será exibido no último dia da mostra, cuja programação completa pode ser lida aqui.

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AINDA REVERSO II

Reverso também integra a programação do I Festival de Cinema de Ribeirão Pires/SP.

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AINDA REVERSO III

O curta de Colombo concorre ainda no III Bahia Afro Film Festival, que acontece entre 13 e 23 de maio.

SAUDANDO SALDANHA

Enquanto “no mês de maio tá todo mundo ensaiando”, como diz conhecido verso seu, Chico Saldanha ensaiou ainda em abril, para hoje, 1º. de maio, dia do trabalho, voltar mais uma vez ao palco do Clube do Choro Recebe para nos brindar com seu raro talento, o de um dos maiores compositores do Brasil.

Nascido em Rosário e musicalmente formado na mais que boêmia Madre Deus, onde conviveu com gênios como João Pedro Borges, Cesar Teixeira e Ubiratan Sousa, entre outros bambas do coração de São Luís.

Seus três discos gravados, Chico Saldanha, de 1988, Celebração, de 1998, e Emaranhado, de 2007, demonstram a preocupação de Saldanha com a qualidade de seu trabalho: não há pressa, gastando-se aí cerca de dez anos até o primoroso resultado final. Com isto Saldanha nos brindará agora, interpretando parte de sua obra até aqui registrada e canções de outros compositores que admira, como Sérgio Sampaio, Cristóvão Alô Brasil e algumas surpresas.

Em nome de TVN São Luís, Rádio Universidade FM e Associação do Pessoal da Caixa, o Clube do Choro do Maranhão traz, para apresentar um emaranhado de belas composições, Chico Saldanha!, uma salva de palmas!


[Foto: Ivo Segura]

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Texto escrito por este blogueiro e lido por Ricarte Almeida Santos, que apresentou Chico Saldanha sábado passado (1º.) no Clube do Choro Recebe. O compositor teve como anfitrião o Instrumental Pixinguinha, com formação completamente diversa da original: Juca do Cavaco, Lazico (pandeiro), Marcão (violão e laptop) e Ricardo Foca (bandolim).

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UNISOM

Amanhã (4) o parceiro Josias Sobrinho inaugura seu UniSom, o mais novo estúdio de gravação da Ilha. Horas já podem ser agendadas com preços promocionais de inauguração e maiores informações podem ser obtidas pelos telefones (98) 3238-1931 e/ou 8817-2855.