A CULTURA É A MÃE!

Joãozinho Ribeiro (*)

Retorno a São Luís, cidade dos meus pertencimentos e paixões, após três dias em Rio Claro/SP, onde participei do III Fórum Regional de Políticas Culturais, compartilhando com outras figuras ilustres da cultura brasileira o maior evento preparatório ao Fórum Cultural Mundial, que acontecerá de 26 de junho a 04 de agosto na cidade de São Paulo. Retorno também com algumas reflexões sinceras e decisões tomadas em relação ao contexto político e cultural em que vivemos e sobrevivemos:

1)No atual processo eleitoral não serei candidato a cargo nenhum, pois tenho a plena convicção que posso dar uma contribuição muito maior para a minha cidade e ao Partido dos Trabalhadores, do qual me orgulho de pertencer e ser fundador, fazendo da minha arte, das minhas ações culturais, um instrumento mais amplo de exercício da cidadania, a serviço da ética na política e da responsabilidade social e cultural, juntamente com milhares de companheiros e companheiros habitantes de várias comunidades, que hoje comungam comigo a construção de um mundo responsável e solidário, atuando em vários outros movimentos: negros, mulheres, ambientalistas, educadores, indígenas, hip hop, religiosos, etc.;

2)A grande tarefa de 2004 é colocar em primeiro plano, nas plataformas eleitorais, nos programas de governo e nas agendas dos candidatos a prefeito e a vereadores, a Cultura como política pública central, tal como se encontra contemplada na AGENDA 21 DA CULTURA PARA AS CIDADES, aprovada este ano no Fórum Universal das Culturas, em Barcelona, e que tem sido incorporada em centenas de debates que vêm acontecendo pelo Brasil afora, envolvendo artistas, produtores e agentes culturais, gestores públicos, professores, pesquisadores, etc., trazendo para os governantes do planeta importantes recomendações a respeito;

3)Contribuir decisivamente para a realização do V FÓRUM MUNICIPAL DE CULTURA DE SÃO LUÍS, em setembro, com encontros preparatórios em 10 comunidades estratégicas (já fizemos o primeiro na área Itaqui-Bacanga), culminando com um grande debate com toda a cidade de São Luís visando a construção democrática de uma proposta de política cultural para o município.

O momento exige atitudes e responsabilidades específicas para que possamos superar essa discussão desqualificada e sem rumo que hoje ganha as páginas dos nossos principais jornais em torno da competição entre a secretaria primeira-dama – Alexandra Tavares – e a senadora que ainda se acha governadora – Roseana Sarney – sobre quem de fato é mais ou menos madrinha, mãe ou madrasta das nossas manifestações culturais. Resultando tudo isso numa verdadeira “guerra de arraiás” que nada contribui para a valorização do nosso patrimônio cultural.

Estou retornando de um fórum de cultura cujo tema foi “A CULTURA É A MÃE!”, em que o Ministro da Cultura, Gilberto Gil, mais uma vez em brilhante performance, recorreu em sua fala a uma citação de um pesquisador americano, solicitando atenção para o uso das palavras no momento adequado: “O silêncio é a linguagem do divino; o resto é má tradução!”.

Talvez as nossas damas em evidência necessitem aprender um pouco mais com estas palavras e extrair deste episódio um ensinamento bastante pertinente: Cultura não tem mãe, pelo contrário, é a mãe de todos, conjunto de crenças, mitos, conhecimentos, instituições e práticas, por meio dos quais uma sociedade afirma sua presença no mundo e garante sua reprodução e permanência no tempo.

A professora Ecléa Bosi nos ensina que “Quando duas culturas se defrontam, não como predador e presa, mas como diferentes formas de existir, uma é para a outra como uma revelação. Mas essa experiência raramente acontece fora dos pólos submissão-domínio. A cultura dominada perde os meios materiais de expressar sua originalidade”.

O problema não é de xenofobismo, bairrismo, ou estrelismo (chega de darlenes! Até “Celebridade” finalmente acabou), porém de tirar São Luís deste eterno festival de mediocridade cultural: mais do mesmo e do pior. Isso sim é que deve ser honestamente debatido. Dez anos de Marafolia, Forró Fest, Sítios Siqueiras … o ano todo! Que valores humanos e culturais agregam a nossa cultura? Que danos irreparáveis causam ao nosso patrimônio cultural (só pensamos no ambiental)? Que riquezas são geradas e distribuídas? Qual o montante de trabalho e renda que proporcionam aos nossos artistas e a nossa população como um todo?

De todo o Brasil, esses tipos de eventos sofrem críticas de múltipla espécie, pois acabam por abocanhar grande soma de patrocínios e incentivos públicos e privados, relegando a planos inferiores as manifestações culturais locais. Imaginem isso acontecendo na Bahia!

A continuar assim, em breve já não faremos por merecer o pomposo título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Que patrimônio? Que cultural? Que humanidade? Um dos mais jocosos exemplos desta visão míope, na contramão de tudo que está acontecendo no mundo hoje, está aqui, bem próximo: a “suspensão” da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, e a “desativação” do Conselho Municipal de Cultura e Patrimônio Histórico, fatos geradores de danos culturais irreparáveis aos nossos produtores culturais. Onde estão nossos políticos, artistas, jornalistas, intelectuais? E o Maranhão, parece-me ser o único estado da Federação sem Conselho de Cultura em funcionamento? E os teatros, quase todos fechados ou dirigidos sem nenhuma transparência, sem publicação de editais licitando as respectivas pautas, sem uma gestão compartilhada dos seus usos com artistas e produtores culturais, os diretamente interessados?

Creio ser este o debate que interessa. Só espero que tenhamos todos comedimento e generosidade para enfrentá-lo neste ano eleitoral, independentemente das nossas opções políticas, religiosas, partidárias e ideológicas. Vamos aproveitar o momento para acender a verdadeira fogueira da nossa mais legítima manifestação cultural que é o São João, e apagar a das vaidades. Persistindo os sintomas, chamem o Wladimir!

(*) poeta/compositor

Secretaria Executiva do V Fórum Municipal de Cultura

O ANJO DA GUARDA E A PRIMEIRA REUNIÃO PREPARATÓRIA PARA O

V FÓRUM MUNICIPAL DE CULTURA

por Zema Ribeiro (*)

Ainda me pergunto o por que de quando se necessita cortar gastos em determinada publicação, as primeiras “vítimas” são as páginas do caderno de cultura; assim acontece também com investimentos estatais e privados e, se fôssemos citar mais exemplos, o texto se prenderia a isto, o que não é nossa intenção.

A “cultura”, que não é só “coisa de artistas” – como bem frisa o tema do V Fórum Municipal de Cultura – ainda desperta – e muito – o interesse de pessoas ditas “comuns”.

O Fórum Municipal de Cultura é um espaço democrático e apartidário para a discussão de políticas públicas para a cultura, nunca a dissociando de temas como economia, políticas sociais, comunicação e educação.

A primeira reunião preparatória para este acontecimento ímpar – o V Fórum, que se realizará nos dias 1, 2, 3 e 4 de setembro – serviu-nos como um belo exemplo: durante o último sábado, dia 12 de junho, inúmeros interessados ocuparam as “arquibancadas” do Teatro Itapicuraíba, no Anjo da Guarda para tecer discussões em torno do tema. A repercussão superou as expectativas dos membros da comissão organizadora do evento, representada na ocasião, por Joãozinho Ribeiro (Secretaria Executiva), Itevaldo Jr. e Zema Ribeiro (Assessoria de Imprensa).

As discussões realizadas trataram do coletivo. Os presentes tentavam mostrar que o Anjo da Guarda não pode – nem deve – ser lembrado apenas por ocasião da encenação da Paixão de Cristo; inúmeras outras manifestações culturais “povoam” o bairro. A Lei Municipal de Incentivo à Cultura – ora paralisada – também foi debatida.

Este primeiro encontro foi marcado por belos momentos. As pessoas não se incomodaram em perder o dia dos namorados para discutir um tema como cultura, quase sempre posto em um plano de importância inferior na cesta de necessidades básicas à condição humana. Durante o acontecimento, relatos, trocas de experiências e apresentação da peça “João Boa Morte: Cabra Marcado pra Morrer”, do poeta Ferreira Gullar, com o Grupo Grita.

A segunda reunião preparatória ficou agendada para o dia 26 de junho, em local ainda a ser definido, e a terceira, em 3 de julho, na comunidade de Rio dos Cachorros. Lá, nesta data, estarão acontecendo diversas atividades artísticas. O encontro terá início às 8h e, a exemplo do Anjo da Guarda, deve durar todo o dia, entre as discussões e as atividades culturais.

“A idéia de organizar o fórum maior em prévias reuniões preparatórias é a de descentralizar, até fazendo jus ao tema proposto, que diz que ‘cultura não é só coisa de artistas’”, diz Joãozinho Ribeiro, nome maior do fórum ludovicense, e que o estará representando em Rio Claro-SP, onde acontece entre os dias 17 e 19 de junho, o III Fórum Regional de Políticas Culturais. Esta será a mais importante discussão sobre cultura antes da realização do Fórum Cultural Mundial, que acontecerá em São Paulo entre os dias 26 de junho e 4 de julho.

Críticas, sugestões, dúvidas? Entre em Linha Direta com o Fórum: (98) 9609-8139, 9114-2769 e/ou forummunicipaldecultura@pop.com.br

(*) da Assessoria de Imprensa do Fórum Municipal de Cultura

PREPARANDO O V FÓRUM MUNICIPAL DE CULTURA

Joãozinho Ribeiro (*)

O Fórum Municipal de Cultura é uma articulação apartidária, que visa construir a cidadania cultural no município. O seu objetivo maior é reunir atores para pensar e intervir na cidade, propondo políticas culturais democráticas e valorizando o desenvolvimento humano e solidário. Durante seus oito anos de existência tem promovido trocas de experiências sobre a ação cultural, a democratização da gestão, processos

participativos e proposto políticas de cultura para o município, além de debates sobre os desafios do desenvolvimento e sua relação com a questão cultural. Desta forma, tem possibilitado a discussão das questões nacionais e regionais da cultura sob o ponto de vista local, contribuindo para a construção da esfera pública e democrática da cultura.

O Fórum tem possibilitado a aproximação de agentes culturais públicos e privados, técnicos de governo, artistas, produtores culturais, pesquisadores e professores universitários e especialistas da cultura e serviços voltados para a cultura e o lazer.

Foi por iniciativa do Fórum que dois importantes instrumentos de política cultural transformaram-se em diplomas legais, aprovados pela Câmara de Vereadores de São Luís: A Lei de Incentivo à Cultura (hoje abandonada pela atual gestão municipal) e o Conselho Municipal de Cultura e Patrimônio Histórico (igualmente desativado). Através também do Fórum, quatro grandes encontros culturais foram realizados (1997, 1998, 2000 e 2001) em

São Luís, abordando temáticas relacionadas com a nossa herança cultural e com a gestão pública e democrática da cultura, culminando com um memorável debate entre os candidatos à Prefeitura de São Luís, realizado em 2000, no Teatro Alcione Nazaré, onde, pela primeira vez, expuseram para a população seus Planos de Governo para a Área da Cultura.

Este ano o V Fórum Municipal de Cultura será realizado nos dias 1, 2, 3 e 4 de setembro, tendo como tema principal “Cultura não é só Coisa de Artista!”, devendo ser precedido de vários encontros preparatórios, que devem privilegiar bairros localizados em dez regiões

estratégicas de São Luís, além de articular-se com os movimentos culturais das cidades de Alcântara, Paço do Lumiar, Raposa e São José de Ribamar.

A partida para esta inusitada caravana cultural acontecerá neste sábado, 12 de junho, no Teatro Itapicuraíba, no Bairro do Anjo da Guarda, onde artistas, gestores, produtores e agentes culturais em geral debaterão questões de relevante importância para a construção de uma política decente e democrática para o município de São Luís, Patrimônio da Humanidade.

2004: Ano da Cultura

2004 está sendo considerado o ano dos fóruns culturais. Em âmbito mundial, dois grandes eventos estão mobilizando agentes culturais de todo o planeta: o Fórum das Culturas de Barcelona, com duração de cinco meses (maio a setembro) e o Fórum Cultural Mundial, que

será realizado na cidade de São Paulo, de 26 de junho a 04 de julho. Antecedendo estes eventos, vários outros aconteceram e estão por acontecer.

Exemplificando:

– III Fórum Internacional Arte sem Fronteiras; 31 de março a 02 de abril em SP, que reuniu representantes da América Latina e Europa. Tema: “Diversidade e Direitos Culturais – Cultura e Políticas Públicas para o Desenvolvimento;

– Fórum Brasileiro de Cultura; RJ, dias 19, 20 e 21 de maio. Tema: Diversidade Cultural e

Igualdade Social: promovendo novos valores, novos comportamentos e oportunidades”;

– III Fórum Regional de Políticas Culturais; Rio Claro/SP, de 17 a 19 de junho.

Tema: Cultura é a Mãe!”; (o missivista estará participando deste encontro; grifo do editor)

No período de 12 a 15 de novembro de 2003, na cidade do Rio de Janeiro, artistas, escritores e poetas, agentes e produtores culturais, gestores de governo, redes de

cultura e cidadania de todo o país já haviam se reunido no “Encontro de Cultura das Cidades”, evento associado ao Fórum Cultural Mundial (com participação do missivista; novamente grifo do editor)

O Fórum das Culturas de Barcelona, que tem como foco maior a gestão municipal e local das políticas públicas para a cultura, em sua abertura, teve como principal novidade a aprovação pelo Fórum de Autoridades Locais (Prefeitos, Ministros e Secretários) a Agenda 21 das Cidades para a Cultura.

Acredito que o movimento cultural da Área Itaqui-Bacanga estará dando um precioso exemplo para toda a cidade de São Luís e para todo o Estado do Maranhão, contribuindo, pioneiramente, para uma discussão mais qualificada e democrática das coisas da Cultura, que não interessa somente aos artistas.

Não esqueça: dia 12 de junho, das 9:00 às 18:00, no Teatro Itapicuraíba.

(*) poeta e compositor

Secretaria Executiva do V Fórum Municipal de Cultura

O BOM EXEMPLO DE PEDREIRAS

“toda vez que se agride a cultura de uma cidade, cravamos um punhal afiado no seu coração”

Joãozinho Ribeiro (*)

Foi com muita honra e satisfação que estive no último final de semana (29 e 30 de maio), contribuindo com a realização de um singular evento de relevante interesse para a cultura do nosso Estado como um todo. Refiro-me ao I Festival João do Vale de Música Popular em Pedreiras; uma louvável iniciativa do movimento cultural local, coordenado pelo incansável cantor, compositor e produtor cultural Paulo Pirata, que mereceu expressivas e sinceras manifestações de apoio da população do município e das demais cidades da vizinhança.

Em tempos de massacrante mediocridade cultural, onde uma onda de eventos da pior qualidade artística assola a imaginação e a inteligência dos habitantes da nossa Ilha, é bastante gratificante nos depararmos com decentes exemplos de valorização da produção dos artistas maranhenses, ainda que sejam isolados e tratados com desprezo e arrogância pelos cegos e ignorantes Chefes do Poder Executivo Municipal, que não conseguem perceber que toda vez que a Cultura local é maltratada pelos seus insanos atos, é o coração da cidade que acaba sendo dilacerado.

Não foi diferente na princesa do Mearim. Apesar do quixotesco esforço dos artistas locais, e da grande expectativa gerada na cidade pelo acontecimento, o atual prefeito, Raimundo Louro, presenteou a todos com uma atitude impregnada de tanto autoritarismo, que nem mesmo o nome do poeta João do Vale foi poupado da truculência de sua brutalizada “Excelência”.

O Festival do João, orçado inicialmente em 10 mil reais, tinha tudo para servir de um bom exemplo de parceria estabelecida entre a Prefeitura de Pedreiras e o movimento cultural da cidade; merecedor de ampla divulgação em todo Estado, com direito a um site na internet, cobertura de rádio, jornal e tv, além da premiação de 7 mil reais aos primeiros colocados nas categorias de melhor música e melhor intérprete. Por assumir tal importância, o evento foi integrado ao Plano de Ação da FUP – Fundação Pedreirense de Cultura, principal beneficiária das peças publicitárias.

Às vésperas de sua realização, esta verba foi, inexplicavelmente, reduzida para 7 e 4 mil reais, respectivamente, sendo finalmente descartado, em caráter irrevogável pelo prefeito, o repasse de qualquer centavo. O infame motivo alegado pela autoridade maior do município foi que o evento estava sendo organizado por pessoas que eram “contra ele”. Isso tudo, quando grande parte dos artistas concorrentes oriundos de outras localidades já se encontravam presentes na cidade e todos os serviços de infraestrutura devidamente contratados: sonorização, músicos acompanhantes, transporte, alimentação, divulgação, hospedagem, etc.

Felizmente uma rede poderosa de solidariedade e apoio à comissão organizadora foi constituída, juntando personalidades dos mais diferentes credos políticos e culturais: dos prefeitos das cidades de Caxias e Trizidela do Vale ao pré-candidato do PT à Prefeitura de Pedreiras; dos artistas convidados (Joãozinho Ribeiro, Daffé, Rogério du Maranhão, Nato Silva, Luís Carlos Dias) aos poetas, compositores, componentes da banda e intérpretes locais; dos proprietários dos estabelecimentos comerciais mais modestos àqueles de considerável porte econômico. Neste ponto, merece destaque o importante papel assumido pelo Presidente da Câmara Municipal de Pedreiras, Alan Roberto, responsável, juntamente com a comissão organizadora do Festival, pelas oportunas articulações que evitaram que o I Festival João do Vale de Música Popular se transformasse num tremendo fracasso. O numeroso público que lotou o aconchegante espaço da praça Correia de Araújo durante os dois dias do evento foi quem deu a resposta mais democrática e civilizada aos inesperados desmandos do prefeito Raimundo Louro.

A Cidade ganhou e o arbítrio perdeu. Ganharam os artistas, os cidadãos decentes, a comissão organizadora e o movimento cultural pedreirense, que sai deste episódio bastante fortalecido e credenciado para desenvolver outras ações culturais em prol desta respeitável comunidade do Mearim.

De resto: merecidos aplausos para os premiados e para todos que, mesmo sem premiação, contribuíram com suas presenças e talentos para o sucesso deste memorável evento. Para as atuais autoridades municipais, e para todos os que postulam, este ano, vagas de prefeito e vereadores em nossas cidades, sugiro uma acurada leitura das recomendações expressas no documento “Carta de Pedreiras pela Cultura”, aprovado por aclamação em praça pública pelos participantes do I Festival João do Vale de Música Popular em Pedreiras, a ser brevemente divulgado em todo o Maranhão.

“Carcará, lá no sertão…”

(*) poeta/compositor, presidente da Comissão Julgadora do I Festival João do Vale de Música Popular/2004