O Cabra

depoimento de José Patrício Neto (link ao lado, de volta à blogosfera, via orkut)

José Maria Ribeiro Jr., o Zema, traz na alcunha a ternura das amas-negras de Gilberto Freyre , que fizeram com as palavras o mesmo que com a comida: machucando-as, tirando-lhes as espinhas, os ossinhos, as durezas; só deixando para a boca do nhonhô as silabas moles.

Daí esse nosso português de menino do norte, sem rr, sem ss, as sílabas finais leves e palavras que só nos faltam desmanchar-se na boca. Faça-se justiça! a “ama negra” de Zé Maria foi Gildomar Marinho que lhe domou o antigo nome, ofertando-lhe lindo poema, rebatizando-o Zema.

Zema é desses caras que nos ganham fácil. Em meia hora de conversa, em meia dúzia de e-mails é nosso amigo de infância.

Será o cabra: um falso. Eu afirmo que não. Longe disso, sua delicadeza habitual, sua pochete de “homem cordial”, sua polidez desenfreada; antes de parecerem uma cápsula deixam transparecer certa dose de indefectível ingenuidade. Agradeçamos a Jah por isso!

diga lá! não precisa concordar com o blogue. comentários grosseiros e/ou anônimos serão apagados