Um fim de semana com diversos motivos para celebrar: uns com alegria – 27 anos da SMDH (hoje), 70 dos Fuzileiros da Fuzarca (ontem) – outros nem tanto – um ano do assassinato de Irmã Dorothy (hoje).
[Diário Cultural de ontem]
SMDH: 27 anos em defesa da vida
A Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH), completa hoje 27 anos de fundação. Em 1979, o Maranhão vivia um cenário que apresentava a greve estudantil da meia-passagem, a mobilização contra a implantação de grandes projetos na Ilha de São Luís (atualíssimo!) e, entre outros, a luta do comitê maranhense pela anistia.
É nesse contexto que surge a SMDH que, ao longo de todos estes anos tem tido um papel exemplar na luta para que a Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela assembléia geral da Organização das Nações Unidas em 1948, e outros documentos que buscam/busquem a promoção e proteção desses direitos, ratificados ao longo dos tempos e das geografias mundo afora, não sejam apenas letras mortas.
Entre os itens da carta de princípios da SMDH, podemos destacar: “Prestar decidido apoio moral, jurídico e material àqueles que forem violados em seus direitos”; em âmbito estadual, a entidade tem procurado fazer valer o seu lema: “Em defesa da vida”. Parabéns à SMDH e a todos que a fazem! A vocês e aos leitores, abaixo, um trecho do poema “A pedagogia dos aços”, de Pedro Tierra (Hamilton Pereira):
“(…)
Hoje, o silêncio pesa
como os olhos de uma criança
depois da fuzilaria (…)
Se calarmos
as pedras gritarão…
(…)”
Hoje
Hoje, às 11h, na Igreja de São João (Centro), acontece missa em celebração por “Um ano da nova vida de Irmã Dorothy”. A missionária foi assassinada no Pará, numa tentativa dos “poderosos” de silenciar àqueles que lutam pela reforma agrária e, por extensão, por um mundo mais justo.
Ontem
O Bloco Fuzileiros da Fuzarca completou, ontem, 70 anos de fundação. Consiste hoje num dos raros focos de resistência cultural – em se tratando de carnaval – em São Luís, mantendo a autenticidade do batuque dos antigos e verdadeiros carnavais ludovicenses. Parabéns, Fuzileiros!
Errata
Em “Maria Aragão – a verdadeira guerreira”, texto de Ironildes Vanderlei, publicado sexta-feira passada, no espaço ocupado por esta coluna, o jornal Diário da Manhã errou: Maria Aragão teria completado 96 anos, no último dia 10, e não 98, como publicado.
