Musical, com roteiro e direção de Cesar Teixeira, será apresentado como parte das comemorações pelos vinte e sete anos da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos. Na ocasião, será lançado também o primeiro número da revista Direitos Humanos, periódico editado pela SMDH. Diário Cultural, em edição extra, dá conta ainda, do site da entidade, já no ar: http://www.smdh.org.br; confira!
[Diário Cultural, extra, de hoje]
“Para o povo da Ilha… nada!”, grita o coringa e todos respondem, a certa altura de “O Carnaval do Povo no Reino da Serpente”, espetáculo musical que será apresentado hoje, às 19h, no Teatro Alcione Nazareth (Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, Praia Grande), com entrada franca. A idéia é comemorar os vinte e sete anos da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH).
O espetáculo é resultado de um trabalho desenvolvido ao longo dos últimos seis meses pela SMDH, que coordenou o projeto “Ritmando a Cidadania”, através do Consorcio Social da Juventude da Ilha de São Luis, parceria do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Delegacia Regional do Trabalho/MA, Centro de Cultura Negra do Maranhão (CCN) (entidade âncora), além de um conselho gestor, composto por entidades da sociedade civil.
Vinte e três jovens da Vila Embratel aprenderam, ao longo dessas atividades, a confecção de instrumentos musicais, noções de canto, dança e teatro. Entre agosto e dezembro do ano passado, os participantes do projeto foram contemplados com bolsas mensais de R$ 150,00, além de lanche e vale transporte (para atividades fora do bairro).“O objetivo principal do projeto foi proporcionar a estes jovens a oportunidade de conquistar sua cidadania através do aprendizado de ritmos maranhenses e da confecção de instrumentos regionais, buscando sua inserção em um mercado alternativo de trabalho e a melhoria de sua renda familiar”, afirma Joisiane Gamba, advogada da SMDH e coordenadora do projeto Ritmando a Cidadania.
Diversos artistas participaram da montagem do espetáculo: Cesar Teixeira (roteiro, direção e concepção cenográfica), Kleber “Bamba” Lopes (coreografia), Negreiros Xavier (percussão) e Diego Viegas (confecção de instrumentos), estes, para além do espetáculo, trabalharam com o grupo de jovens como instrutores; ao grupo, soma(ra)m-se Zelinda Lima (fantasia do bloco tradicional), Édson Mondego (painéis de fundo), Paulo César (confecção da serpente), Dida Magalhães e Analice (dança do tambor de crioula).
“Mais que um espetáculo teatral, “O Carnaval do Povo no Reino da Serpente” é um musical”, Cesar Teixeira faz questão de frisar. Mas percebe-se ao longo da apresentação a preocupação com a pesquisa histórica para a produção do mesmo; através da música são apresentadas algumas histórias que compõem a história do Maranhão, numa agradável mistura: a invasão de europeus, a dança de blocos tradicionais que já nem existem, pontos de mina e cantos do tambor de crioula, além, é claro, da conhecidíssima lenda da serpente, que hoje tem, talvez, sua melhor representação, na ameaça da implantação de um pólo siderúrgico na capital patrimônio cultural da humanidade.
Direitos Humanos: em revista e na rede
Aproveitando o clima de festa, será lançado também o primeiro número da revista Direitos Humanos, periódico da SMDH. “O primeiro tema (da revista) é a vida, analisada por sua negação mais violenta: o crime de homicídio”, como nos bem avisa Márcio Thadeu, no texto de apresentação da obra. Textos refletem o tema e é feito um apanhado de crimes dessa ordem, através de notícias publicadas na imprensa maranhense entre agosto de 2004 e junho de 2005, e com base no banco de dados do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), que conta com mais de quatrocentas entidades filiadas no Brasil, a SMDH uma delas.
E já está no ar a página da SMDH na internet: http://www.smdh.org.br. Acessando-a é possível obter informações da entidade, sua atuação e a louvável e difícil luta diária por fazer valer o seu lema maior: “em defesa da vida”.
Serviço
O quê: espetáculo musical “O Carnaval do Povo no Reino da Serpente”, em comemoração aos 27 anos da SMDH.
Quem: 23 jovens do projeto Ritmando a Cidadania, do Consórcio Social da Juventude da Ilha de São Luís. Roteiro, direção e concepção cenográfica: Cesar Teixeira.
Onde: Teatro Alcione Nazareth, Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, Praia Grande.
Quando: hoje, às 19h.
Quanto: entrada franca.
Na ocasião será lançado também o primeiro número da revista Direitos Humanos, periódico da SMDH.
