Domingo

[O Diário Cultural que fiquei devendo. Com atraso, culpa minha, embarquem na Nave Maria…]

Quantas orações pela chegada de Nave Maria?

Nave Maria, único disco de Tom Zé ainda não reeditado em cd, acaba de chegar ao mercado em formato digital. Agora é esperá-lo no mercado ludovicense, que recebe uns sopapos do colunista. Por enquanto, vale a pena apelar para a internet; e a coluna recomenda aos leitores o blogue de Mauro Ferreira.

Nave Maria

Charles Gavin – para muitos, infelizmente, apenas o baterista d’Os Titãs – continua com seu projeto de relançar em cd, diversos títulos da música popular brasileira. Entre obscuros, esquecidos e outros que ninguém entende por que é que nunca haviam sido relançados. Acabam de chegar às lojas – alô mercado ludovicense! – vinte e cinco títulos, resultados do mais recente trabalho de pesquisa empreendido por Gavin. Entre eles, vale destacar “Nave Maria” (1984), único disco lançado por Tom Zé na década de oitenta do século passado, e seu único trabalho ainda não relançado em formato digital depois que o Talking Head David Byrne o re-descobriu, começo dos anos noventa. E o único título do gênio de Irará que ainda não figura em minhas torres (de cds).

Ao saber da notícia, esta coluna manteve contato, via e-mail, com D. Neusa Martins, esposa e assessora do compositor baiano, mas eles ainda não tinham visto como ficou o disco, que traz canções como a faixa título (dos versos “quando eu cheguei / entrei na terra / por uma cratera / chamada nascer”, que entrou na coletânea “The Best Of Tom Zé”, lançada no mercado ianque em 1990 por David Byrne), “Conto de Fraldas” (regravada por Tom Zé em seu “Jogos de Armar – Faça Você Mesmo”, e pelos mineiros do Tianastácia) e “Identificação” (que virou “1, 2, Identificação” em “Imprensa Cantada”).

Em tempo, uma informação “sugada” do blogue de Mauro Ferreira (dica abaixo): “Mr. Tom Zi” (assim o chamam nos Estados Unidos) participará do próximo disco do Cake, grupo liderado por John McCrea, fã confesso do baiano.

O colunista continua tentando contato com o titã, para sugerir-lhe o relançamento de algumas pérolas de Chico Maranhão.

Alô, mercado ludovicense! Aqui ou na internet?

A Coyote nº 14 sai em março. Para quem não sabe, trata-se de excelente revista editada por Ademir Assunção [link ao lado], Marcos Losnak e Rodrigo Garcia Lopes. É distribuída pela Iluminuras. Os ilhéus que gostam de poesia e literatura de qualidade poderão comprá-la em alguma livraria daqui ou terão que apelar para a internet?

Marisa Monte acaba de lançar dois discos. Um de linhagem pop, outro de sambas. Os ilhéus fãs da cantora poderão comprá-los em lojas locais ou terão que apelar para a internet?

Aos renitentes: não é o caso de eu me mudar já que acho o mercado lento, ruim ou coisa parecida etc., amém! É, sim, o caso de eu tentar contribuir para mudá-lo (para melhor). Eis (aqui) a minha modestíssima contribuição.

E por falar em internet: navegar é preciso!

Voltamos a arriscar recomendar alguns sites/blogues que merecem visitas. Da série “Navegar é preciso!”, capítulo perdi as contas. Vale a pena o blogue de Mauro Ferreira[aqui, na versão impressa, o vacilo: o endereço não foi publicado, falha nossa]. Música para os olhos. Atualizadíssimo. Plural. Lá é possível saber de Ben Harper a Babado Novo. De Alcione a Bruce Springsteen. De Tom Zé a Detonautas. Da portelense Marisa Monte a Velha Guarda do Império Serrano. Confira!

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