coincidência?

com ou sem razão, há quem fale mal de ópera. de ricarte. de vanessa serra. e cito aqui, produtores mais próximos deste que vos escreve. eu mesmo, dando uma de produtor, já armei shows em são luís para platéias de quarenta pessoas. com ou sem razão, há quem fale mal deste blogueiro.

mas, vejamos: dois shows do sepultura (não vou atrás de datas, os dados aqui são de minha pouca e fraca memória), um de marcelo nova (que este blogueiro em contato com a assessoria do líder do camisa de vênus em são paulo, descobriu que nem haviam entrado em contato, quanto mais feito contrato) e, mais recentemente, o segundo show da nação zumbi. todos cancelados.

coincidência? talvez: as cinco promessas de apresentações leva(va)m a assinatura da mesma “produção”.

coincidência? irresponsabilidade? sacanagem? ou o quê?

celso borges no overmundo


[foto: zema ribeiro]

O imponente casarão onde nasceu Celso Borges – “Rua da Paz, 350, Centro de São Luís do Maranhão”, como ele mesmo anuncia/declama em “Celebração”, faixa que encerra seu novo livro-cd – permanece imponente, na esquina de Paz com Antonio Rayol, confluência da Igreja de São João e Faculdade de Farmácia. Hoje, uma clínica odontológica funciona no local.

Celso Borges, poeta e jornalista maranhense (radicado em São Paulo) passou apressadamente por São Luís para lançar “Música[Editora Medusa, R$ 30,00], seu mais recente trabalho. Duas movimentadas, corridas e concorridas noites de autógrafos [19/10 na Escola de Música Lilah Lisboa e 20/10 no Novo Espaço Poeme-se]. “Não sei como o Mick Jagger agüenta vinte shows por mês”, alega cansaço ao citar o stone. E Celso ainda arranjou tempo para um recital informal no Chico Discos (Fonte do Ribeirão) [21/10], com nomes como Hamilton Faria (SP) – de quem descobriu ser quase vizinho em Sampa –, Joãozinho Ribeiro, Moisés Nobre, Eduardo Júlio, Gildomar Marinho e Imira Brito, entre outros.

Os compromissos da agenda de Celso eram os mais diversos: há dezessete anos na capital paulista, é sempre concorrido por familiares, amigos, vento e claridade ludovicenses. Desta vez ele trazia “Música” na bagagem. Bonito livro-disco que com poemas, músicas, um belíssimo projeto gráfico e diversos amigos reunidos, imita um disco compacto de vinil, inclusive furado ao meio.

Vinte e cinco faixas e mais de cinqüenta poetas/músicos/artistas/amigos. Pessoas de várias partes do Brasil, na maioria concentradas em São Paulo, mas com participações também de diversos nascidos/residentes no Maranhão. O disco é, aliás, impregnado de São Luís, cidade que Celso ama/odeia, numa relação nada fácil.

Correndo, o poeta não encontrou tempo de conversar conosco e concedeu a entrevista abaixo por e-mail.

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Para ler a entrevista e ver mais imagens, vá ao Overmundo. A foto que ilustra o post é o casarão 350 da Rua da Paz.