Apesar do Cine Praia Grande ser o cinema que eu mais gosto nessa cidade – e nisso não pesa o fato de eu, hoje, estar trabalhando na Secretaria de Estado da Cultura; a opinião é mais velha que isso – tenho grandes hiatos dele. Passo semanas, meses, às vezes, sem assistir um filme sequer, na sala do Centro de Criatividade Odylo Costa, filho.
Apesar de todas as dificuldades enfrentadas pela atual gestão e anteriores, é, ainda, o cinema mais charmoso da cidade, onde ainda é pequeno – e espero que neste aspecto o cenário não mude tão cedo – o número de “engraçadinhos” que riem de coisas “engraçadinhas” como dois homens ou duas mulheres trocando beijos, e/ou dos que vão ao cinema envoltos em pesadas jaquetas, celulares nos bolsos, a tocar, incomodando os que realmente estão interessados em ver o que se passa ali, diante de seus narizes, digo, na tela do cinema.

O triângulo protagonista de “Uma cama para três”
Ontem, fui ver “Uma cama para três” [“Gazon Maudit”, França, 1994], filme exibido dentro do Cine France, mostra de comédias francesas ora em cartaz no Cine Praia Grande. Com bom humor, o filme de Josiane Balasko toca em temas “engraçadinhos” – olha as aspas, aí, gente!, sorri, cavaco! – como os supracitados. “Laurent e Loli formam um casal feliz que vive de modo burguês em uma pequena cidade do Sul da França. Até o dia em que o trailer de Marijo quebra bem diante da casa deles. Laurent e Marijo têm apenas uma coisa em comum: ambos amam as mulheres…”, no resumo obtido na página da mostra na internet.

Cartaz da mostra, em cartaz (parece redundância, mas não é!) no Cine Praia Grande até a próxima quinta-feira.
O filme é engraçadíssimo e garante boas risadas do início ao fim. “Humor à francesa!” – a mostra – segue em cartaz até quinta-feira, 8, sempre às 18h e 20h30min, com ingressos a R$ 4,00 (metade para estudantes). A julgar por este “Uma cama para três”, os leitores deste blogue que seguirem a indicação (sem contra-indicação), irão rir bastante.
Nota desafinada: espero que o público visto por este blogueiro ontem no Cine Praia Grande – razoável para a “sessão das seis” – não estivesse lá apenas pelo “modismo” que se cria sempre que se realiza um “festival” de cinema (ou de qualquer outra “coisa”) na Ilha.
