Alê Muniz e Luciana Simões em passeio sonoro universal pelos tambores do Maranhão/Mundo.
por Zema Ribeiro*
Sob o batismo conjunto de Criolina, já faz algum tempo que a dupla Alê Muniz e Luciana Simões vem se apresentando pelos mais diversos palcos do Brasil, a exemplo do Baile do Baleiro (com Zeca Baleiro, em São Paulo) e de um concurso nacional de marchinhas carnavalescas (no carnaval de 2007, quando a dupla ficou entre os três primeiros colocados, no Rio de Janeiro).
Criolina, o nome de um poderoso solvente, lembra crioula (ou o seu diminutivo, crioulinha, que aqui nada tem de pejorativo), cujos tambores são fortíssima(s) referência(s) para os sons ouvidos em sua estréia em disco homônimo [Independente, 2007, R$ 20,00].
Paisagens, sons e outras (porções de) influências maranhenses ocupam as faixas do trabalho mixado no Estúdio Saravá (de Zeca Baleiro), em São Paulo. O próprio Zeca participa do disco, tocando piano acústico em “Lonely girl”, juntando-se a nomes como Erivaldo Gomes (percussão), Beavis (teclados), Gerson da Conceição (baixo), Eliézio (acordeon), Marcos Lussaray (guitarra), George Gomes (bateria) e João Paulo (baixo), entre outros.
Alê Muniz e Luciana Simões assinam, sozinhos ou em parceria, todas as 15 faixas do disco – um bonus track se esconde na última. Há parcerias com César Nascimento, Celso Borges e Mano Borges. Quebra-potes, baladeiras, banguelas, gatos pretos, carapinhas, amores, fogos, santos, zé bedeus e garotas solitárias passeiam pela bolachinha.
Tambores de crioula e mina, rock, cool-brega, maranhensidade e latinidade – aquilo que se convencionou chamar de world music: a Criolina universal.
*correspondente para o Maranhão do site Overmundo, escreve no blogue http://zemaribeiro.blogspot.com
[texto publicado na primeira classe, jp turismo, jornal pequeno, sexta-feira, 23/3]

muito massa essa capa!!! =)
lembra-me umas salas de minha infância, risos. abraço!