Parceiro de Tim Maia revive histórias do Síndico em livro; aliás, a obra conta, entre outras coisas, o porquê deste epíteto.
por Zema Ribeiro*
Dois amigos sentam-se, “velhos camaradas”, e revisam suas vidas em um bate-papo alegre, descontraído, animado, espontâneo. Algo como cervejas somando-se às já enxutas, e filmes passando em suas mentes, ligeiros, saudades de um tempo que, sabemos, infelizmente não voltará.
O leitor fica na mesa ao lado, apenas degustando, sorvendo as histórias que Fábio (o músico brasileiro nascido no Paraguai Juan Zenón Rolón) conta ao poeta Achel Tinoco em “Até parece que foi sonho – Meus trinta anos de amizade e trabalho com Tim Maia” [Matrix, 2007, 131 páginas, R$ 23,00 no site da editora].
Histórias hilárias recheiam o livro que não traz em si nenhuma pretensão, além da que cumpre muito bem: prestar tributo ao grande artista que foi o “síndico” – esta, aliás, é uma das “falas” de Fábio. É a revisão emocionada e apaixonada de quem, melhor que ninguém, conheceu plenamente Sebastião Rodrigues Maia, o Tim, que “predestinado ao sucesso, (…) continuou sua caminhada…”, como bem observa o músico Ivan Lins no prefácio da obra.
A sinceridade e leveza trazidas por Fábio em cada história contada – literalmente –, irão emocionar não só fãs de Tim Maia e/ou desse seu parceiro na canção que batiza o livro, mas a todos os que lerem “Até parece que foi sonho”.
*correspondente para o Maranhão do site Overmundo, escreve no blogue http://zemaribeiro.blogspot.com
[texto publicado na primeira classe, jp turismo, jornal pequeno, sexta-feira santa, 6/4]


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