sambatatinha

Adriana Moreira estréia em disco tributando o compositor baiano Batatinha.

por Zema Ribeiro*

As composições de Batatinha (o sambista baiano Oscar da Penha, falecido há dez anos) – cuja música mais famosa talvez seja “O circo” (gravada por Maria Bethânia em “Drama”, 1972) – têm uma semelhança temática com a obra de Nelson Cavaquinho. A tristeza está presente, mesmo no carnaval, mas sem comprometer a beleza.

Desta rima, Adriana Moreira formata sua estréia: 14 músicas de Batatinha estão selecionadas em “Direito de sambar[CPC-UMES, 2006, R$ 15,90]. Ao contrário do que se possa pensar, o compositor não é um representante do samba-de-roda baiano: músicas como “Sorte do Benedito” trazem um quê de Cristóvão Alô Brasil.

Acompanhando a bela voz de Adriana Moreira no fino repertório, destacamos as presenças dos músicos Wilson das Neves (bateria), Toninho Carrasqueira (flauta), Jorge Helder (contrabaixo), Edmilson Capelupi e Eduardo Gudin (violões), entre outros.

Abrindo o disco, a letra da faixa-título diz “é proibido sonhar / então me deixe o direito de sambar”. Adriana garante o direito de Batatinha – e nosso – e fica com o ofício de cantar. Muito bem, diga-se.

*Para ler mais Zema Ribeiro, acesse http://zemaribeiro.blogspot.com

[primeira classe, jp turismo, jornal pequeno, hoje]

8 respostas para “sambatatinha”

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