10 de setembro é data que certamente não merece comemoração, não aqui no brasil, não aqui no maranhão.
abaixo, minha fala no “etc. e tal” de ontem.
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alô, ouvintes da rádio univima! eu sou zema ribeiro e é um prazer imenso, mais uma vez, estar com vocês aqui no etc. e tal. obrigado, zina, pelo convite, obrigado ouvintes pela atenção.
e então, no último dia dez de setembro, celebramos o dia da imprensa. mas será que temos alguma coisa pra comemorar?
todos sabem no que se transformou, já há bastante tempo, a imprensa brasileira e, em especial, a maranhense, não é mesmo? o que dita seus comportamentos são, meramente, interesses políticos e empresariais.
o interesse público é sempre relegado a segundo, terceiro, quarto, último plano.
aqui no maranhão, historiadores, no futuro, certamente terão dificuldades em seus estudos. de acordo com os impressos locais, parecemos viver duas realidades bem distintas. cada veículo só conta ou mostra o que lhe convém, da maneira que lhe convém.
mas nem tudo é assim tão ruim. ou não tanto quanto parece. e surgem vozes, aqui e ali, contra a corrupção que assola o jornalismo brasileiro – e tantas outras profissões, embora este seja um tema para outra discussão, mais aprofundada.
fred zeroquatro, vocalista, guitarrista e letrista da banda pernambucana mundo livre s/a, é uma dessas vozes. sua banda, no início dos anos noventa, ajudou a consolidar o que mais tarde conheceríamos como movimento mangue beat. e pernambuco falou para o mundo.
a gente fica, pela passagem do dia da imprensa, com a faixa-título do quarto cd da mundo livre s/a, “por pouco”. a frase emblemática da canção é “jornalistas mortos não mentem”. eu diria que não mentem mais.
um grande abraço e até a próxima!
