COMO EU IA DIZENDO…

Elogiado por pessoas elogiáveis, perdão da intimidade, Edinho Kumasaka é um baita fotógrafo. Vez em quando descubro uma foto dele ali, outra acolá, nas esquinas incertas da internet — você nunca sabe o que encontrará quando virar. Sua série mais conhecida é Bibelôs em transe, de onde peguei, via Montenegro, a foto aí de cima. Uma imagem dessas já ilustrou capa da Coyote e parte da série foi publicada na revista, que soltou, duma tacada só os números 16 e 17, já encomendáveis no Sebo do Bactéria.

Mas nem era sobre isso que eu ia falar. Não ainda. Ia postar outra coisa quando toca o celular. Era Ramon Bezerra checando uma informação: “Zema, morreu alguma líder da Casa das Minas?”. “Rapá, não sei, mas ‘tou perto, posso ir checar”, disse, já me levantando. Fui e lá, Dona Celeste me deu a informação correta, pendurada no post anterior.

A bruxa ‘tá solta: figuras importantes subindo. O mundo perdendo um pouco da graça, por um lado.

Quase nada a ver umas coisas com as outras, outro dia desliguei telefones e cortei os cabos da internet: um fim de semana prolongado, longe do stress cotidiano. Alívio imediato. Não escrevi nenhum poema, como fez, certeiro como sempre, Ademir Assunção. E, por esse lado, o mundo recupera um pouco da graça. Ele finalmente volta de um auto-exílio necessário, enquanto eu fuçava-lhe o blogue todos os dias, na esperança de um retorno antecipado, tanta falta fazem seus dedos de prosa. Era isso que eu queria avisar: ele voltou.

Aproveitando o ensejo: não quero ser Kumasaka, estou longe de sua magnitude, reconheço-me um péssimo fotógrafo, mas, quando em vez — “falta do que fazer”, diz Venas –, fotografo brinquedos de Andrezza e Mayara, minhas sobrinhas. Abaixo, um abraço dos bonecos, aproveitando para abraçar você, caro leitor, certamente já de saco cheio de ler tudo isso aqui.

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