(OU: QUANDO UMA NOTA VIRA UM POST)
Não chego a chorar, mas casamento é coisa que sempre me emociona. Sábado passado fui no do amigo Anderson, que casava com Suely. Ele, na genealogia básica para o entendimento do leitor deste blogue, vem a ser irmão de Andréia, que namora Salim e por aí segue a quadrilha drummondiana, no caso, com finais (mais no caso ainda, inícios) mais felizes.
Entre cervejas, salgados, comida (ou vocês queriam ler buffet aqui?), bom papo e tudo o mais que rola num jantar de casamento, fiz umas fotos para consumo do casal e de seus familiares. E para um dia mostrarem ao guri (bruguelinho, como Anderson chamou em emocionante discurso antes de cortar o bolo), já encomendado à cegonha.
O natural, em qualquer lugar (e ocasião) onde estejamos bebendo, é este blogueiro ficar aporrinhando Salim. Minha namorada costuma contar a história de um careca amigo do pai dela, que de tanto ser aporrinhado (biscas na cabeça, entre outros “carinhos”, como os que faço em nosso personagem), um dia se vingou: desengatou o carro e o empurrou até uma rua próxima, onde meu sogro não via o veículo. Após muita procura, e já quase decidido a ligar para a polícia, o susto foi explicado e a aporrinhação continuou comendo solta.
Depois de paulinhos-da-viola, marisa-montes e outros discos que levei, Salim resolveu lembrar-se de seus tempos de dj e botou pra rodar um disco com aqueles clássicos de pista que eu nunca sei o nome nem quem canta (vá lá, um I will survive aqui, um It’s raining men acolá, além das coisas do Bee Gees d’Os embalos de sábado à noite), revelando os john-travoltas ali presentes (eles sempre estão presentes quando esse som rola). Uma música emendava na outra e eu mandava, minuto a minuto, um “Dj Salim”, carregando nas últimas sílabas, imitando a voz de djs de radiolas de reggae ou vocalistas de grupos de forró, que chateiam festas a noite inteira anunciando o “dj fulano de tal” ou “a radiola não sei das quantas” ou o “caralho de asas do forró”.
Depois, botei outra alcunha em Milas (o nome de Salim ao contrário) e anunciava para ele e quem mais estava na mesa: “dj Careca!” E nos fotografávamos fazendo caras e bocas e caretas e… epa!… e o papo continuava, divertido.
A semana em que já anunciei várias coisas para amanhã (aqui e no Rio, vide posts abaixo) começou e Salim me ligou: “dá um toque na galera que sou o dj convidado de uma festa sexta-feira [dia 18, amanhã, galera!] na Flamingo (Rio Poty Hotel) e vou botar uns sons good-times, anos 70 e 80. 23h“.
Fiz uma notinha e encaminhei aos amigos, imprensa e mais uma pá de e-mails. Então, o blá-blá-blá todo aí em cima, é só para avisá-los disso. Detalhes: 9969-6984.
