PROPAGANDA, SERVIÇO, "BICO"

Nunca ganhei dinheiro com campanha política. Nem com política partidária de forma nenhuma. Nas últimas eleições, fui procurado por um candidato para um trabalho. Fiquei de pensar e dar a resposta no dia seguinte. Dei meu preço. E não fiz o serviço, acho que ele achou caro, sei lá, nunca me disse (ele não foi eleito).

Declaro votos de acordo com convicções. E só. No mais, procuro manter-me afastado. O quanto posso, se é que vocês me entendem. A música que ouço em casa é interrompida constantemente por foguetes ao longe. Carros de som. Ao sair de casa, deparo-me com a sujeira de muros e vias entupidas com panfletos.

Eu, particularmente, preferiria um tempo de campanha menor (assim como um intervalo menor entre o resultado das eleições e a posse dos eleitos). Prefiro não acreditar que alguém vote em fulano ou beltrano por conta da carreata ou caminhada deste ou daquele ser mais bonita ou organizada ou ter mais carros e pessoas. Ou pela música deste ou daquele ser uma paródia do sucesso do momento. Ou por combinarem uma com a outra as cores da bandeira do partido deste ou daquele candidato.

Aguardo ansiosamente o início do horário eleitoral gratuito. Quer programa de humor melhor? Nem bem a propaganda (ainda não a de rádio e tevê) começou e já vemos aberrações por aí (talvez este blogue traga algumas, em breve): declarações em entrevistas, erros grotescos no material de campanha, o escambau.

Ontem, após ler panfleto que recebi enquanto caminhava rumo à merecida cerveja de fim de expediente de sexta-feira, pensei em colocar meus serviços de revisão à disposição de candidatos. É honesto e os créditos do trabalho não apareceriam na folhetaria. E nossas risadas ficariam guardadas para as sessões diárias via rádio e televisão – em tese, já que eu revisaria apenas o texto, não o “conteúdo” do mesmo e, para além, há coisas que o photoshop não resolve.

É isso. Se alguém precisar/quiser (ou conhecer alguém que precisa/quer), é só escrever ou ligar: zemaribeiro@gmail.com, (98) 9153-5194. Em tempo: meu lance é só com a redação – nada mudarei de sua “ideologia”, mesmo quando discorde completamente dela. Adianto que não sei usar photoshop (que, aliás, nem sei se se escreve assim, palavra que você certamente não usará em seu texto “publicitário”). Ah, e só mais uma coisinha: nada de fiado ou “quando eu for eleito a gente acerta”.

diga lá! não precisa concordar com o blogue. comentários grosseiros e/ou anônimos serão apagados