[QUE EU (OU)VI AO VIVO]
Manhã de sol, uma senhora caminha pela estreita calçada da Rua de São Pantaleão. Na esquina com a Rua da Misericórdia, já pisando a aprazível praça do boteco, cujo nome não sei, onde em frente há uma funerária (e assim chamávamos o restaurante onde íamos almoçar, “funerária”, eu à época trabalhando no Sindicato dos Ferroviários), ela avista o simpático senhor funcionário da funerária, que lavava um veículo, desses que transportam caixões e cujo nome (do carro) me foge à memória.
Ela diz, cumprimentando-o:
“Lavando aí nosso transporte, hein?”
Ele solta uma sonora gargalhada, como a responder-lhe um bom dia.
