por Zema Ribeiro
ENTRE O TERREIRO E A PISTA
Segundo disco solo de Luciana Oliveira transita entre a eletrônica e a tradição afro. Sem choques.
Uma ponte Brasil-África se ergue no canto de Luciana Oliveira. O segundo disco solo da cantora, que traz apenas seu nome na capa, transita sem choques entre a eletrônica e a tradição: terreiro afro contemporâneo, pista de dança nada convencional. Para ouvir algumas faixas, acesse http://www.myspace.com/lucianaoliveira; para comprar, escreva para lucianaoliveira02@gmail.com
Sambas, afoxés e cocos se unem a funk e jazz, enquanto Jackson do Pandeiro e João Donato, relidos, juntam-se a Renato Matos, Wilson Bebel, Nelson Oliveira, Gabriel Moura (Farofa Carioca), Sérgio Magalhães e à própria Luciana Oliveira, entre outros, compositores desta pérola negra em tempos não de vinil.
O culto a divindades como Oxum e Iemanjá e a geografias como Angola, Luanda, África, além de sereias e mares, sincretizam/liquidificam a paisagem sonora de Luciana Oliveira, cantora inspirada que integra também a banda Natiruts (com quem está em turnê nacional).
Em Marujá (Luciana Oliveira), a cantora explica a inspiração: “Me guio pelas estrelas/ pra encontrar um lugar/ onde o escuro do céu/ se funde ao escuro do mar/ o mistério da noite/ é que me faz navegar”. Embarquemos – cantemos e dancemos – com a moça.
[Tribuna do Nordeste, hoje]


Grande Zema!
Grande Zema!
grandes são vocês, nelson. abração!