A leitora Eliane, de Brasília, solicitou-me a letra de Antífona, de Zé Modesto. Dada sua beleza, em vez de mandar-lhe por e-mail, transcrevemos abaixo, tal como no encarte de Xiló. Enquanto digitava, foguetes da coroação de Nossa Senhora me invadiam o apartamento, uma procissão passando lá embaixo. Ler não é nada, tem que ouvir: quem canta Antífona em Xiló é Ceumar.
ANTÍFONA
Zé Modesto
Nossa Senhora, Mãe Preta do Paraíba
Dá tua bênção pra gente ir cantando em frente
E pela frente põe gente em nosso caminho
Pra nóis cantá e ter sempre alguém ouvindo
Nossa Senhora vigia
Esparrama o teu amor
Pra que na vida a poesia
Nos seja causa maior
Não seja a raspa do tempo
Que ele voa ligeirinho
Seja a poesia o alimento
A sustança no caminho
Cuida que haja o afago
E todo amor que ele tem
Que os corações que andam vagos
Encontrem logo o seu bem
Nessa vida sem carinho
O nosso destino é vão
Que é que na vida sozinho
Tem feliz seu coração?
Sinhá Preta seja abrigo
Nas horas de precisão
Que a gente saia do umbigo
E viva mais comunhão
Batendo menos cabeças
Fica leve a nossa cruz
Tua bênção Sinhá nas encrenca
Tua glória nos dias de luz!

Essa música tem uma leveza.
Trás em si fé…esperança
“sustança no caminho”!!
Nessa Antífona de poesia e música
que encontrei essa figura Zema Ribeiro!
Obrigada pelo carinho!
Abraços,
Eli
não há de quê, eliane. o prazer é meu. estou às ordens. abração!