OU: A POSIÇÃO DA POESIA É OPOSIÇÃO
Confesso: sempre senti uma inveja (da boa inveja) da turma de Sampa, que acompanho por alguns dos blogues listados ao lado (Ademir, Joca, Bressane, Xico, Marcelo Montenegro etc., etc.), por conta da movimentação que sempre acontece por lá: lançamentos de livros, recitais, shows de música, peças, mostras etc., etc.
Ainda lembro o dia em que vi CB pela primeira vez: num tempo em que eu ainda usava cheques, quase completamente liso, o poeta estava de passagem pela cidade natal, apresentando XXI, então seu novo livro-disco, deixando alguns exemplares no Poeme-se (Rua João Gualberto, 52, Praia Grande). A obra, de belo projeto gráfico, coletânea de poemas seus com fotografias de Eduardo Júlio e poemas/músicas declamados/cantadas por poetas da terrinha despertou meu interesse. Lembro como se fosse hoje: custava exatamente R$ 21,00, o valor exato que eu trazia na carteira (passe escolar garantiria a minha volta para casa). Paguei à vista (achei que seria sacanagem dar um cheque ao artista) e garanti meu autógrafo, “Pro Zé Maria” etc., que eu só seria Zema dali a um ano, mais ou menos.
Sei lá como, provavelmente pela minha cara de pau de mandar e-mail pra quem eu não conheço, tornei-me amigo de CB. Amizade verdadeira e carinhosa. Um dos caras que eu amo, CB. A notícia de sua volta à Ilha me deixou alegre. Teria o amigo por perto e, finalmente, poderia vê-lo fazendo o que (também) fazia em Sampa.
Pois bem, depois da mudança, de abrir as caixas, de re-arrumar os livros e os discos nas estantes do novo endereço, CB começa a agitar a Ilha: neste sábado (5), às 22h, na Maloca (Lagoa). Maiores detalhes na imagem abaixo, clica que amplia.
Nem na imagem nem no e-mail que recebi há infos sobre o preço do ingresso. Seja lá quanto for, vale muitíssimo a pena. Portanto: não percam!

