A professoramiga Carolina Libério postou um vídeo no youtube e teceu alguns comentários em sua conta no facebook sobre a pressão que antigos moradores do novo trecho da avenida Litorânea estão recebendo para abandonar suas casas.
“Segundo a administração pública, a área é de preservação ambiental e por isto eles não poderiam morar ali”, pontua Libério, que questiona algumas contradições do discurso oficial: “se ali é área de preservação ambiental, porque a prefeitura derrubou a duna e construiu uma avenida? Por que ali é área de preservação ambiental e 200 metros depois não é mais? O que muda? O que a prefeitura e a federação esperam fazer com a área quando ela for desocupada?”
Moradora da área há décadas, Flor de Maria responde a última pergunta, apontando interesses privados e especulação imobiliária como sendo os principais motivos para a não permanência dos antigos moradores no que muito em breve se tornará mais um “point” para gente “bonita”, “de fora” e “cheia da grana”.
À denúncia artística de Carolina Libério é preciso que se somem mais vozes indignadas. Progresso não precisa ser sinônimo de violação de direitos.

É de se lamentar ver quem quer ficar ter que sair. Rato de praia mora na praia porque gato não vê? Pobre não tem direito de sair da duna e ver o quanto o mar é belo? O sol amarelo não lhe é permitido por quem controla o sol aqui da Terra. A primavera virá e arrastará para longe o que eles não querem. É possível impedir?
tem que ser possível, meu caro césar. uma questão de justiça! abração!