Quererei tudo
depois da morte.
Até lá,
quero apenas ressuscitar.
Em cada dia,
ressurgir dos mortíferos desfechos.
Lá vem o poeta, dizem.
E abrem alas, receosos.
Não me importa:
de vivo não quero memória.
Medo tenho
é de ser enterrado sem história.
Maputo, 2006
O poetaço Mia Couto em Idades cidades divindades (2007, p. 31), na edição moçambicana da Ndjira, que o queridamigo Novarck Oliveira me trouxe numa de suas andanças por lá. Gracias!

