BRUNA BARBIERI

 

Sexta passada ela estava lá, na noite de autógrafos. Linda por fora, como percebi de cara. E por dentro, como percebo agora, lendo-a. Levou meu livreto e me presenteou com o livro dela, que ainda não li (não posso fazer isso de forma irresponsável, nem por ela, nem pelas recomendações dos amigos Frederico Luiz e Tarcísio Araújo); vou fazê-lo com carinho e a atenção que ela merece. Só um pouquinho de paciência.

E ela gostou tanto deste espaço aqui, que resolveu criar o blogue dela. E tem competência pra isso. Fiquei emocionado, sinceramente. Profundamente. E emocionadíssimo também com os comentários que ela fez sobre “Uma crônica e um punhado de poemas de amor crônico” e seu autor.

É link novo aí do lado. Visitem e entendam do que estou falando.

ENTREVISTA

 

[Essa entrevista deveria ter ido para o sítio da Faculdade São Luís. Não rolou. A quem interessar possa, publico-a aqui.]

ESTUDANTE DA FACULDADE SÃO LUÍS LANÇA LIVRETO COM POEMAS

 

Zema Ribeiro, 23, estudante de Comunicação Social (Jornalismo) da Faculdade São Luís, estará autografando seu livreto de estréia na próxima sexta-feira, dia 5/8, às 20h30min, na Praça da Faustina (Praia Grande, esquina de Rua do Giz com Beco da Alfândega). Sobre o lançamento de “Uma crônica e um punhado de poemas de amor crônico” conversamos com o autor.

FACULDADE SÃO LUÍS – O que representa lançar um livro de poemas em São Luís, cidade sempre lembrada como terra de poetas?

ZEMA RIBEIRO – Até hoje não sei se sou poeta. Alguns amigos dizem que sim, eu não sei. Esta coleção de poemas, a que chamo carinhosamente de (s)obra, fecha um ciclo. Lançá-lo representa cantar publicamente um amor. Como na música brega: “quero bem alto ao mundo inteiro gritar, que sou feliz e tenho alguém para amar”.

FSL – “Uma crônica e um punhado de poemas de amor crônico”. O título é forte…

ZR – E real. Aí estão colecionados uma crônica e diversos poemas que escrevi para uma garota entre abril e julho deste ano. A crônica será publicada na revista Almanaque JP Turismo, onde assino a coluna Quintal Poético desde março do ano passado. O Almanaque inclusive patrocinou parte da tiragem, o Instituto UniSãoLuís também; o resto da grana consegui com alguns amigos, esses que acreditam que sou poeta [risos]…

FSL – Porquê a opção pelo formato cordel?

ZR – Vejo o seguinte no Brasil como um todo: você pode até não ser poeta ou escritor, mas se for famoso lança um livro fácil, fácil. No entanto se você é poeta ou escritor e não é famoso, a “ralação” é grande. Tem muita gente boa escondida, engavetada por aí. Então, cansei de ficar reclamando e resolvi fazer algo barato. A opção pelo formato cordel é uma maneira de baratear os custos de edição – o livro sai mais barato para o autor e seus patrocinadores – e venda – o livro sai mais barato para os leitores. Acredito que a literatura ganha com isso. Outro detalhe importante é que o formato cordel tornou-se famoso em São Luís, pela obra de Marco Pólo Haickel, que já lançou assim diversos de seus folhetins. Ninguém diz, mas meu editor já vendeu perto de dez mil livros.

FSL – Um número surpreendente para o mercado ludovicense.

ZR – Sim. Mas ninguém diz nada. O “cabra” vendeu cinco mil exemplares só de “O funcionário”. Depois foi selecionado para uma mostra da UNE com “O amor de Mariano”, outro sucesso. Aí concorre para um concurso literário em São Luís, para publicar um livro, e a turma diz que “não há qualidade”. Estranho isso, não?

FSL – A noite de autógrafos será conjunta. Porque a opção pela Praça da Faustina?

ZR – A noite será conjunta. Marco Pólo autografa “O segredo de um mistério”, eu autografo “Uma crônica e um punhado de poemas de amor crônico”. Músicos e poetas tomam conta do espaço. A Praça da Faustina é como foi rebatizada informalmente a Praça do Seresteiro pelos boêmios de plantão, inclusive eu. Fica na esquina da Rua do Giz com o Beco da Alfândega, uma área, digamos assim, menos famosa da Praia Grande. Faustina é uma das últimas resistências da Zona do Baixo Meretrício. É um Patrimônio Humano. Quando morrer vai virar azulejo, como diz a canção de Joãozinho Ribeiro.

FSL – Ele que a propósito participará do acontecimento.

ZR – Joãozinho é outro patrimônio. A cidade precisa ouvi-lo. A cidade precisa amá-lo. Temos uma ligação muito forte, e o mesmo sobrenome [risos]. Digo sempre que somos parentes de copo e alma. Outros que estarão lá são Cesar Teixeira, outra referência, mais um parceiro de copo e alma, também lançou seu disco lá na Faustina e ainda colocou a musa na contracapa. Chico Nô, que já musicou poemas meus. E outros parceiros que com certeza irão pintar, compondo essa bela paisagem, feita de tempo e poesia.

FSL – Como surgiu a idéia de fazer o livreto?

ZR – A idéia é presentear publicamente à Ellen Carol, musa de todos os poemas e da crônica que aí estão. E também fortalecer a Vírus Editora, que já batalha pela popularização da literatura e leitura há tempos.

FSL – Um recado final?

ZR – Moçada: apareçam na sexta! A poesia vai obstruir a via pública. Até lá!

UMA CRÔNICA E UM PUNHADO DE POEMAS DE AMOR CRÔNICO

 

Mágica. Não há outra palavra para definir a noite de sexta-feira passada, quando Marco Pólo Haickel e eu autografamos “O segredo de um mistério” e “Uma crônica e um punhado de poemas de amor crônico”. Voltarei ao assunto aqui, em breve.

Em São Luís, o livreto estará à venda na Banca de Daço [Praia Grande, no estacionamento, ali próximo ao Shopping do Cidadão], no Sebo Papiros do Egito [Rua da Cruz, ou Sete de Setembro, fone (98) 3231-0910], no Sebo Chico Discos [Rua do Ribeirão, próximo à fonte homônima] e no Ateliê de J. Júnior [Rua do Giz, Praia Grande, próximo à Faustina]. Verei com Marco Pólo como fazer uma distribuição mais abrangente, mas de início são estes os pontos de venda.

Para quem não está na Ilha, basta depositar R$ 4,00 (quatro reais, valor do livro + correio) na conta abaixo e esperar “o carteiro chegar e seu nome gritar com uma carta na mão”:
Banco Real, Agência 0313, Conta 07457605, em favor de José Maria Ribeiro Júnior(o nome não-artístico de Zema). Não esqueça de enviar um comprovante de depósito para o e-mail zemaribeiro@gmail.com ou para o fax (98) 3231-1601.

Por enquanto é isso, mas fiquem de olho por aqui.

FAUSTINA

 

Tudo pronto para a reinauguração da Faustina, agora lanchonete, provavalmente “Pele Morena”. Belíssima matéria escreveu Eduardo Júlio para O Imparcial de hoje.

Nas colunas “1ª classe” e “Diário de Bordo”, esta última editada por Vanessa Serra, oJornal Pequeno também dá o recado.

E por aqui, vocês já devem estar carecas de saber, mas nunca é demais repetir:

HOJE

Noite de autógrafos de “O segredo de um mistério”, de Marco Pólo Haickel e “Uma crônica e um punhado de poemas de amor crônico”, de Zema Ribeiro. Às20h30min, na Faustina (Praia Grande, esquina de Rua do Giz com Beco da Alfândega).

UMAS…

 

[Formatação prejudicada por conta do micro que estou usando no momento]

É amanhã! O frio na barriga é grande. Marco Pólo Haickel autografando “O segredo de um mistério”. Eu, “Uma crônica e um punhado de poemas de amor crônico”. Sexta, 5/8, 20h30min. Reinauguração do Bar da Faustina (esquina de Rua do Giz com Beco da Alfândega, Praia Grande). Dei entrevistas para o site da Faculdade São Luís (ontem) e para O Imparcial (hoje); O Imparcial e O Estado do Maranhão estão com notas nas agendas culturais. E não pedimos autorização para a prefeitura para usar a praça amanhã. E não adianta policiamento!

E por falar em policiamento, bela matéria de Eduardo Júlio n’O Imparcial de hoje sobre o (im)possível fim d’A Vida é uma Festa! Embasadíssimo o texto. Depoimentos de Carolina Libério, do juiz federal José Carlos Madeira do Vale e meu, entre outros. E vamos lá, hoje, no mesmo horário de amanhã.

E hoje é aniversário de João Paulo Cuenca. Parabéns! O moço é influência constante desde a primeira vez que o li. E por conta dessa influência comecei a ler o João Antonio, que foi epígrafe de Corpo Presente (romance de estréia de JP) e é também do que lançarei amanhã, ao lado de outros, como o parceiro Reuben da Cunha (depois comento mais aqui sobre os ótimos cronistas cariocas).

E pra terminar o post ao estilo do aniversariante:
Ouvindo Bob Dylan e Led Zeppelin.

UM BRINDE!…

O primeiro que comentar este post levará “Uma crônica e um punhado de poemas de amor crônico”. Quem se habilita?

NOITE DE AUTÓGRAFOS

 

Transcrevo aqui o e-mail convite que enviei a todos os contatos que tenho em meu gmail. [Gente, vocês não imaginam a sensação estranha que me dá a auto-publicidade]

Os escritores Marco Pólo Haickel e Zema Ribeiro autografam “O segredo de um mistério” e “Uma crônica e um punhado de poemas de amor crônico” nesta sexta-feira, dia 5/8, às 20h30min, na Praça da Faustina (Praia Grande, esquina de Rua do Giz com Beco da Alfândega). A festa marca a reinauguração do Bar da Faustina, que passou recentemente por uma reforma.

Marco Pólo Haickel lança mais uma obra de uma série já bastante popular em São Luís do Maranhão; Zema Ribeiro faz sua estréia literária com uma coletânea de poemas cometidos para uma musa, todos escritos entre abril e julho deste ano, numa intensa atividade poética e passional.

Estão confirmadas as participações especiais dos compositores Cesar Teixeira,Joãozinho Ribeiro e Chico Nô. Entrada franca.

SERVIÇO
O quê
: Noite de autógrafos dos livretos “O segredo de um mistério”, do escritor Marco Pólo Haickel e “Uma crônica e um punhado de poemas de amor crônico”, do poeta Zema Ribeiro
Quando: sexta-feira, dia 5/8, às 20h30min
Onde: Praça da Faustina (Praia Grande, esquina de Rua do Giz com Beco da Alfândega).
Maiores informações neste blogue ou
zemaribeiro@gmail.com || (98) 9112-1959

ONTEM

Volta às aulas. Uma latinha na Bat-Caverna (em pequena reforma). Panfletagem: A Vírus Editora convida você para a festa de lançamento de “O segredo de um mistério”, deMarco Pólo Haickel, e “Uma crônica e um punhado de poemas de amor crônico”, de Zema Ribeiro. Dia 5/8, às 20h30min, na Praça da Faustina (Praia Grande) [sobre isso darei mais detalhes por aqui em breve]. Aula de Ciência Política [um bate-papo inicial, na verdade]. Saideira noutro barzinho (a Bat-Caverna só reabrirá hoje).

AULA DE EMOÇÃO

 

Sábado: uma farra “do tamanho do mundo”, que reuniu, no quintal de minha casa figuras como Gutemberg Bogéa, Marco Pólo Haickel, Eduardo Júlio, Erivaldo Gomes, Didã, Cesar Teixeira, Kelly Campos, Marcos Fábio, Marla Silveira, Uimar Cavalcante, entre outros, além de alguns familiares meus. Tudo regado à cerveja e delícias preparadas por D. Solange (minha mãe), Luziana (irmã) e Silvandira (tia): caranguejada, creme de camarão, cuxá…

Domingo: encontro Cesar Teixeira logo cedo. Rumo: Bar do Natinho, esquina de São Pantaleão com Beco das Minas. Daqui a pouco chega Cacau Amaral, percussionista, neto de Rozeno Amaral, do bloco Fuzileiros da Fuzarca, falecido semana passada. Cesar pega um papel de cigarro e com um lápis achado na rua por Cacau, anota a letra do samba que compôs em homenagem à Rozeno. Ligo pra casa, a uma esquina. Minha irmã chega com meu gravador (Cacau viaja hoje de volta ao Rio e levará o samba gravado). Logo mais, chega Joãozinho Ribeiro. Está formada a roda de samba: ele no violão, Cacau no pandeiro e Cesar Teixeira no cavaquinho (“presente de Chico Maranhão há vinte anos”, como ele mesmo frisou). Cantamos a plenos pulmões o samba infinitas vezes. Todos os que estavam presentes no bar aprenderam a letra (pode até ser que não lembrem hoje). De lá descemos até a sede dos Fuzileiros, onde integrantes do bloco, vizinhos e D. Rosita (a viúva) emocionaram-se e cantaram também.

Abaixo, a letra do samba:

NA BATUCADA DO CÉU

Cesar Teixeira

Morreu na Madre Deus
mais um sambista
no meu peito
o cavaquinho chora
aquela ritinta de ouro
parou de bater
disse adeus e foi embora

Morre um sambista
porém nasce uma flor
e em louvor
até Deus tira o chapéu
leva o estandarte derradeiro
pra saudar os Fuzileiros
na batucada do céu.

De Moara Gamba, recebi hoje a seguinte mensagem, no celular:

 

“Cada vez que escuto esse cd que tu me deste de aniversário, acho ele mais fantástico”.

Liguei as coisas e lembrei que hoje é aniversário de Zé Modesto, compositor cujo disco de estréia, Esteio, entrou no meu top10 da música brasileira (entre 1950 e 2005), numa blogagem provocada pelo amigo Idelber Avelar (link ao lado). A Zé Modesto os sinceros votos de parabéns deste blogue.

A quem ainda não o ouviu, recomendo. E deixo vocês com a letra de Calendário, uma das belíssimas faixas do disco, parceria de Zé com o brilhante Gero Camilo (desse vocês lembram, né?):

   eu gostaria
já que é sábado de aleluia
aleluiar contigo, amor
descer Cristo da cruz
pra acabar com esta dor

já que é domingo de páscoa
quero pascoar contigo
descer Judas da corda
devolver-lhe o beijo
e pendurar seu mal
já que é terça de carnaval
pular contigo

meu deus-arlequim
teu deus-pierrô
faz que é dia seis
é dia de reis
quero reinar contigo

tocar violão na janela
derrubar vaso de flor

LINKS…

 

Dica muito útil para estudantes de jornalismo (e jornalistas!): leiam o Decálogo do Resenhista, escrito por Nelson de Oliveira. Tá lá na Cronópios (link ao lado). Do homem estou lendo O Século Oculto. Recomendo.

***

Arrebatador! Pra dizer o mínimo. Tô falando de O Adeus de Camila, texto do Bortolotto(link novo aí do lado). Leiam!

***

Conheci Bruno Barata pessoalmente ontem. Já o conhecia virtualmente. Mais um (alô, Rose Ferreira!), mas não “apenas” mais um. E tome link novo aí do lado!

A VIDA É (E PRECISA CONTINUAR SENDO) UMA FESTA!

 

[Antes, um aviso: isso não é jornalismo. É apenas um desabafo de quem compra esta briga e endossa este manifesto]

Há mais de três anos, dois acontecimentos culturais legitimados pelo povo acontecem semanalmente (e por que não dizer religiosamente) na Praia Grande, movidos apenas pela paixão de quem os faz e seu compromisso com a arte e a cultura popular: A Vida é uma Festa!, show musical, poético e performático capitaneado pelo multiartista Zé Maria Medeiros, sempre às quintas-feiras, e o Tambor de Crioula da Feira da Praia Grande, organizado pelos feirantes da antiga Casa das Tulhas, às sextas.

[Vejam bem, eu disse três anos, não três semanas ou três meses. Quem é que estava na administração municipal? Pois é, continua o mesmo! Seja você mesmo, mas não seja sempre o mesmo! Pois ele (ora, vocês sabem de quem estou falando!), se não é o mesmo, fica pior a cada dia que passa.]

Há algumas semanas, numa visível atitude antidemocrática e inconstitucional, o espetáculo das quintas-feiras vem sendo ameaçado por fiscais da SEMTHURB, “cumprindo ordens de um certo Cel. Alcino”, secretário-adjunto do órgão.

Pois bem, caros amigos e leitores: a Cia. Circense de Teatro de Bonecos está devidamente regularizada, tanto do ponto de vista jurídico quanto fiscal. Os que acompanham as duas manifestações aqui citadas mais de perto sabem que, ao término do “tambor na feira”, o grupo sai para dançar em frente à Cia. Circense. Gente, isso é legítimo, o povo vai, o povo vê, o povo participa. É tradição, porque não dizer?

A gota d’água (parte um): o coronelzinho tentou proibir a realização do show de Zé Maria (e cia. ilimitada); não conseguiu, pois sua licença está em dia. Daí proibiu a realização da apresentação do tambor fora da feira (que todos sabem, também, tem hora pra fechar); eles sem autorização tiveram que deixar de realizar a tradicional (repito, tradicional!) apresentação. Agora eu pergunto: por que diabos há a necessidade de (e desde quando?) autorizações para manifestações artísticas naquela área da Praia Grande? “Obstrução da via pública”, dizem os “coronelistas” de plantão. Ora, todos sabemos que por ali não passam automóveis e nunca um pedestre teve sua passagem obstruída. Eu, por exemplo, já atravessei aquela rua quando o(s) show(s) estava(m) acontecendo. E do outro lado, bares “obstruem” a via pública com mesas e cadeiras. Engraçado, não? Contraditório, não?

A gota d’água (parte dois): A Cia. Circense (devidamente regularizada, como já dito aqui) foi pedir ao órgão (ir)responsável, autorização para que o grupo de tambor-de-crioula continuasse a fazer as apresentações ali, ao sair da feira. (Gente, que mal há em se dançar ou tocar uma guitarra ou um saxofone na porta de casa?) A resposta do “coronelzinho”: “Ah! não, aí já é demais… eu já te dei autorização, agora tu queres para o tambor? Pois a tua licença termina em julho, e por isso, eu não vou renová-la” (dirigida à Zé Maria Medeiros).

[Ontem, durante o debate “Liberdade de Pensamento e Expressão Artística”, dentro do ciclo Diálogos Interculturais, organizado pelo Fórum Cultura Cidadã, nem o apagão calou a boca dos que querem discutir para onde a atual gestão municipal está levando a cidade, principalmente no que diz respeito às questões culturais; nem o blecaute nos tirou a liberdade. Só não consigo imaginar que isso tenha sido armação para nos silenciar por ter sabido depois que a cidade toda ficou no escuro. E antes que acusem-me de levantar um falso: do jeito que anda a carruagem, isso não é nada difícil]

Hoje será lido um manifesto durante A Vida é uma Festa! Um manifesto a favor da liberdade. Mas antes de tudo, um manifesto a favor da arte. Vamos lá dizer sim à liberdade e à arte. E dizer não a quem quer nos prender, como nos versos de Cesar Teixeira. Se estamos descontentes, vamos mostrar os dentes. Mas com sorrisos, em vez de mordidas (isso é pra os do outro lado!). Podem vir armados: nós estamos com flores, palavras e notas musicais. Até os dentes!

LIVRETO E DEBATE

 

Daqui a pouco estarei na platéia dos Diálogos Interculturais. Sobre o assunto, postei nota aqui, dia 25/7. Vejam! E apareçam!

Hoje dei a última olhada para o material que virará “Uma Crônica e Um Punhado de Poemas de Amor Crônico”. Já, já, o amigo Marco Pólo Haickel começa a imprimir tudo. É uma sensação estranha, engraçada, indescritível, ininteligível.

Sobre o lançamento (data, local etc.) volto a postar por aqui, assim que eu tiver informações.

Por enquanto, fiquem com um dos poemas que está lá:

canção para juliana, prima da mulher amada

 

poema cometido na segunda-feira, de ressaca do dia das mães, quando aconteceu o encontro do poeta com a prima da mulher amada.

 

te encontro, prima,

no bar do léo.

o nosso céu

é formado por tarrafas

e capas de discos de vinil.

 

fotografias

traduzem os dias

que contam histórias.

quantas histórias

a gente contará?

 

vestes rosa,

ela, verde,

eu, amarelo.

tudo é tão belo,

brasil, mangueira.

 

e bem podia ser portela:

cartola

ou paulinho da viola.

e o som na vitrola

era elomar.

 

o grupo conversava

assuntos diversos,

e eu pensando nos versos

com que iria escrever

um poema pra agradecer

 

a tua paciência, atenção

e cumplicidade,

pois você sabe da verdade

que eu trago em cada rima

onde canto minha paixão

por tua prima.

 

9/5/2005

DEU N’O IMPARCIAL DE HOJE

 

Ontem foi dia do escritor. O Imparcial de hoje traz em texto de Eduardo Júlio, uma reflexão sobre a “profissão escritor”. Publico abaixo somente o último trecho do texto. Um pouco de autopropaganda, um pouco de preguiça de digitar.

ALTERNATIVA
Para driblar as barreiras editoriais, o estudante de comunicação Zema Ribeiro, 23, optou pelas facilidades da Vírus Editora, coordenada pelo também escritor Marco Polo Haickel, que publica livros de forma artesanal. Zema está prestes a lançar a sua primeira obra, o livro em formato de cordel, intitulado “Uma Crônica e Um Punhado de Poemas de Amor Crônico”.
Ele conta que o fator econômico determinou a escolha de uma forma alternativa de publicação. “Não teria dinheiro para bancar uma edição mais elaborada”. Ao todo, o jovem autor gastou R$ 600, para ver mil cópias do seu livreto (como prefere chamar) chegar ao público leitor. “Dessa forma ganham o autor e o leitor, porque o livro sai barato para ambos. Isso estimula a cultura literária”, conclui.

DIÁLOGOS INTERCULTURAIS, 2ª RODADA

Dando continuidade ao ciclo de debates DIÁLOGOS INTERCULTURAIS, o Fórum Cultura Cidadã discutirá na próxima quarta-feira, 27/7, às 19h, no Teatro Alcione Nazaré (Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, Praia Grande), o tema Liberdade de Pensamento e Expressão Artística. Na mesa: palestrante: José Carlos Madeira (juiz); debatedores: Zé Maria Medeiros (músico, poeta, produtor cultural), Marília Mendonça(vereadora) e Josemar Pinheiro (advogado); mediador: Magno Cruz (engenheiro, Rádio Conquista, SMDH). Haverá apresentações artísticas. Os debates são abertos ao público e têm entrada franca.