Seguinte:

 

1. sexta-feira, dia 11/3, encerra-se o prazo para inscrições de projetos culturais no Programa BNB de Cultura, que tem R$ 1.000.000,00 (hum milhão de reais) para o financiamento de projetos culturais. Mais informações nohttp://www.bnb.gov.br;

2. dia 16/3, encerra-se o prazo para inscrições de projetos no Instituto Telemar. O foco prioritário do programa Novos Brasis 2005 é a transformação social de comunidades de baixo IDH. As inscrições podem ser feitas (somente) pelo site http://www.institutotelemar.org.br;

3. tô na 18ª edição da revista O Caixote, que comemora seis anos na internet; Leia minha resenha na seção Artigos, emhttp://www.ocaixote.com.br.

É isso! E grand’abraço!

AMÁLIA, SENHORA DO MEU DESTINO

Abaixo um texto de Joãozinho Ribeiro, publicado hoje no Jornal Pequeno; o texto chegou-me ainda ontem por e-mail. (Re)Publico-o aqui como forma de homenagear todas as mulheres do mundo, pelo seu dia internacional (mas todo dia não é dia internacional da mulher?…); que seria de nós sem elas…

Especial carinho para

Solange de Fátima, minha mãe, aniversariando hoje;

Maria Lindoso, minha vó, e como toda vó, segunda mãe;

Graciana Rodrigues, que será mãe em breve – Fred, vamos escolher o nome? – e, de certa forma, já o é, vez em quando me dando merecidos puxões de orelha, recompensados com o carinho de sua sincera amizade;

Joisiane Gamba, definitivamente moradora do meu coração;

e Vivi Queiroz, ela sabe o porquê,

todas elas, de uma forma ou de outra, muito importantes na vida deste sonhador, que como um Paquito/Quixote, quer transformar o mundo num lugar melhor para se viver…

 

AMÁLIA, SENHORA DO MEU DESTINO

por Joãozinho Ribeiro (*)

“Gente modesta, gente boa deste mundo, que só comete distúrbio se alguém menosprezar. E aquela gente, que mora na zona norte, até hoje chora a morte da estrela do lugar”

 

Estes versos, da composição popular “Madureira chorou” eram repetidas vezes recitados por meu pai; talvez retratando com a sua sincera cumplicidade, a condição humana da nossa família. Mas não é de meu pai, João Situba, caboclo arrancado das praias de Genipaúba para ser internado nos azulejos e ladeiras da Cidade de São Luís, nos idos dos anos 40, que eu queria me reportar agora. Mas sim, de Amália, a Maria – amante e mulher – minha mãe e de meus dois amados irmãos: Graça e Sebastião.

Exemplo de vida, que neste dia 8 de março, desejo homenagear, num pequeno e simplório depoimento recolhido da nossa breve estação terrena.

Década de 60: morávamos na 18 de Novembro, descendo o Canto da Fabril, antes do asfalto rasgar a “Quinta do Barão” e a geografia urbana arrancar dos meus cinco anos de idade as touceiras de agrião, que nasciam sem serem plantadas, regadas pelas águas da minha precoce infância.

Naquele tempo, éramos uma família como tantas outras da cidade. Gente humilde, do subúrbio, da subsistência arrancadas das peças de lona, tecidas pelas mãos operárias de D. Amália, nos teares da Fábrica Santa Isabel. Seu João/meu pai vendia frutas na Feira do Galpão (onde fica hoje uma imponente caixa d’água da CAEMA) e trocava parte do apuro das vendas pelas doenças das mariposas da Rua 28.

Um episódio ainda hoje permanece projetado na tela da minha memória. Meu pai acordava cedinho, todos os dias, às 4 da manhã, e ia armar a sua banca na feira do Galpão, para assegurar o sustento das bocas famintas dos meninos (nós). D. Amália, encostada pelo IAPI – Instituto de Assistência e Previdência dos Industriários, pela invalidez dos olhos, às 6 da matina, acordava os meninos, meus irmãos mais velhos, que eram logo despachados para a escola primária, enquanto eu lhe seguia os passos até a chegada na feira, onde construíamos, literalmente, a feira do dia.

A essas alturas, meu pai já tinha apurado alguns trocados com a venda de laranjas e bananas, e D. Amália saía, de banca em banca, pechinchando a compra de legumes, uns peixinhos ou uma carne mais em conta. Dentre outras personagens, podíamos encontrar S. Cecílio, pai do extraordinário Canhoteiro, vendendo mingau de milho em sua barraca, bastante visitada. Eu, menino maroto, maravilhado com o universo do mercado e com as canecas de mingau, numa destas incursões, aproveitei a deixa para ir, disfarçadamente, surrupiando limões, tomates e outros hortifrutigranjeiros, pensando estar contribuindo, espertamente, para aliviar o orçamento doméstico.

Quando, ao final do feito, fui fazer o balanço do meu particular “apuro” para D. Amália, qual não foi a minha surra/surpresa. Puxado pelas orelhas, de banca em banca, fui obrigado a pedir, humilhantemente, para cada feirante, desculpas pelo ato, e devolver o produto do pequeno delito que a minha inocência não conseguia compreender a dimensão. Somente as palavras da boca semi-analfabeta daquela senhora do meu destino permanecem, até hoje, servindo de baliza para a formação do meu caráter: “Devolve, moleque, porque somos pobres, mas lá em casa não estamos criando nenhum filho para se tornar um futuro ladrão!”

Lição de ética e honestidade, nunca consegui melhor em toda minha vida. Nem nos cursos universitários por onde passei (Engenharia, Economia e Direito), nem no convívio com diferentes grupos e organizações sociais, públicas e privadas, por onde tenho compartilhado a minha existência.

Foi dos lábios de uma operária de fábrica, D. Amália, Maria, mãe, e, mais do que tudo, mulher, de onde brotaram estas palavras, que até hoje servem de bússola para orientar as intenções e gestos deste poeta, que neste artigo dedica a todas as mulheres, da vida, da cidade e do mundo, este exemplo de decência e dignidade humana.

 

(*) poeta, compositor, técnico da Receita Federal, professor da disciplina propriedade intelectual, do 8º período do Curso de Direito da Faculdade São Luís.

Essa você só lê aqui!

 

FINALMENTE o Banco do Nordeste irá promover (onde isso ainda não aconteceu) o lançamento do livro NOVA GEOGRAFIA DA FOME, de Xico Sá e Ubirajara Dettmar, além da exposição com fotos feitas pelo segundo nos mais de 60.000km de andanças Nordeste adentro. Xico virá à Ilha (muito provavelmente ainda em março) para uma palestra/debate e já acertou uns choppinhos com o blogueiro que vos escreve. Mais detalhes por aqui, em breve.

A VILA DOS SONETOS

Um dos projetos em que ora estou envolvido é o lançamento das Obras Completas de J. M. Cunha Santos. Como bem disse Luiz Pedro na orelha de “Odisséia dos Pivetes”, “Cunha é um dos Santos de minha devoção”. Grande poeta, amigo e ídolo. Transcrevo abaixo um capítulo de “Paquito, o Anjo Doido”, livro cuja leitura me impressiona até hoje. E para sempre. De doido, aquele anjo não tem nada. (Talvez nós tenhamos, poeta! Um abraço! E um brinde, claro!).

(como a mensagem é grande para os padrões do uol, quebrei em vários posts…)

Fiquem com Cunha!

 

A VILA DOS SONETOS

 

A Vila dos Sonetos é um lugar onde só cabe a morte, onde as pessoas gostariam de viver para sempre, tentando deter o que quer que já tenha tido um ar bonito, ou de amor. Aqui, a humanidade conclui o destino do verso; sofre sim, e vive disso, porque disso, de sentimentos retidos, de paixões quase siderais, constroem a angústia e a solidão responsáveis pela beleza de tudo que fazem. Paquito, sozinho, dentro do espaço, sente que poderia mudar o movimento dos planetas, sente-se alçado ao desejo supremo de ir além dos seus próprios desejos, em busca de não sabe o quê e, assim, deixa demorar suas lágrimas no céu, fazendo com os olhos, chover no mundo. Num repente começa a sentir coisas incompreensíveis, saudade… mas de quê?, angústia, paixões violentas, instantâneas e solidão. Ao invés de lágrimas, chora luz. Lá embaixo está a Vila dos Sonetos.

Uma cidade simples. Desce e, de pronto, nota o silêncio a sua volta. Dirige-se às pessoas tentando falar-lhes, fazendo perguntas, mas elas nada dizem, olham-no apenas e continuam paradas, os olhos fixos em nada que interesse. Alguma coisa lhe morde o peito: “de tão reprimidas, a maioria das pessoas já não sabe mais pensar e os poucos que pensam não conseguem concluir e os raros que concluem, já não podem decidir”.

Ele caminha, precisa encontrar os poetas desta terra por julgar que aos poetas, qualquer que seja a situação, sempre resta alguma coisa para dizer, embora doa. E, Paquito, a primeira pessoa que encontra e pode falar é um homem aos gritos, rolando pelo chão de um para outro lado, parecendo, claramente, sentir uma dor profunda, muito aguda. Seus olhos são vermelhos, sua pele intimamente pálida e Paquito parece compreender o que ele sente. Ao ver o anjo o homem pára e contempla. Paquito lhe indaga:

– O que sente, por que chora tanto e se contorce todo?

O homem responde em voz gutural:

DESCONHECIDO

 

Se é de dente, se é física ou d’alma

se é íngua, se é fígado, mazela

se é falta de paz, se é de calma

se é cancro, é ânsia, ou berinjela

 

se é saudade, é ressaca, ou é azia,

pólio, tifo, arteriosclerose,

desespero, venérea, distonia,

congestão, estupor, tuberculose

 

não direi, é voraz, vil, deprimente,

sanguessuga tenaz, aqui-ausente

se não sei, ou melhor, se não pressinto

 

o que faz esta dor mais inclemente

é senti-la assim tão profundamente

e, por fim, não saber o que é que eu sinto.

 

Depois de algum silêncio o homem voltou a gritar delirantemente. Paquito deixou-o ali mesmo, para encontrar, adiante, uma igreja de muitos séculos. Nela, um homem cantava seu soneto de amor preferido, falando para uma multidão de surdos-mudos:

TROCADILHO

 

A calçada da igreja, ela sabe

nosso sono cortado por assaltos

no furor da pobreza com que eu babe

desde o baixo-leblon até os altos

 

Desta ilha que fica sem seu olho

esquerdo, que são tu e algumas aves

a catar flor e febre enquanto encolho

 

e teus dedos desenham miseráveis

ou aprendem meus cancros sem motejo

ou suportam a querer, como querias

o etílico bafo do meu beijo

 

não vais ver São Luís por tantos dias

que se tu não vês as coisas que eu vejo

não vês tu que eu vejo só o que tu vias.

 

É neste lugar estranho, em meio a poetas que sabem dizer coisas tão bonitas, tão tristes e tão bonitas, que o anjo se sente quase desmaiar. Em frente, encontra o cemitério onde a única inscrição é uma imensa placa de bronze que parece convidar as pessoas a morarem no Campo Santo. Nesta placa, um soneto faz Paquito pensar como é maravilhoso este lugar. Escreveu assim o autor desconhecido:

CAMPO SANTO

 

De morte e vida falo com enfado

mesmo co’os lábios roxos deste vinho

porque um morto já quedou, parado,

enquanto um vivo se move sozinho.

 

Ora, são elas quase a mesma cousa

infanticídio lúgubre de gralhas

esfinges prévias, ínfimas mortalhas

de um urubu que em nosso corpo pousa.

 

Mas mesmo tendo esta semelhança

mais perecível a vida nos alcança

porque sem foices faz sua ferida.

 

Temes morrer? Por que? é a melhor sorte

o sofrimento que lhes causa a morte

nem chega aos pés do que me causa a vida.

 

Na saída de uma viela escura, Paquito depara com um poeta que parecia ter ficado louco. Enlouquecera porque, inclusive, jamais aceitara qualquer relação com uma mulher, mas também não era homossexual. Na verdade, toda sua vida fora dedicada a contemplar a lua. Apenas a ela amara e somente a ela fizera seus poemas, a mais nada nem a ninguém. E era assim, cantando que fazia valer a sua

DISCUSSÃO CIENTÍFICA

 

O homem nunca alcançou a lua

é minha amante, amor deste poeta,

houve um engano, ou é mentira sua

é minha musa e sideral esteta.

 

Tentaram, sim, roubar da serenata,

a moça rubra cujo coração

é do amante uma medida exata

e é do poeta uma fugaz paixão.

 

Mas se é destino, que destino reste

eu lá da lua vi pelo oeste

toda ciência evolando em aços

 

oh, não duvides, todo mal é este

quando eles vinham com os seus foguetes

eu fui embora com a lua nos braços!

 

E foi assim, ressentido com a imagem impossível deste amante que Paquito resolveu dar-se por vencido por tanta beleza. Naquela terra, onde poucos sabiam pensar, em meio a um povo mudo e estático, perdido entre os olhos mais esquisitos do mundo, olhos que não afirmavam nem negavam nada, o anjo ainda pôde ouvir o amante da lua chorar.

Paquito foi à prisão e lá deparou com um estranho personagem de três cabeças que tinham o mesmo rosto e, no entanto, expressões diferentes. A primeira era uma expressão triste, profundamente triste; a segunda tinha olhos ávidos de um alguém querendo saber tudo, mas revoltado consigo mesmo, com a obrigação de mentir e enganar a população para satisfazer os poderosos; a terceira era a expressão carregada de um homem entendido em leis. Ao ver o anjo, o homem pôs-se a girar em sua volta:

TRIPÉ

 

Do que quis ser, meu pai, sou quase nada

um bacharel em briga com a norma

um jornalista com as tintas paradas

e um poeta sem sonhos nem forma

 

Porque advogar pelos exploradores

ser jornalista escondendo os fatos

ou um poeta esbagaçando flores

é iniqüidade, é xila e desacato

 

São três denúncias que de mim enfronho

neste papel de luz de eternidade

qual mosqueteiro em céus enfadonhos

 

um advogado cujas leis deponho

um jornalista escondendo a verdade

e um poeta a sufocar seus sonhos.

 

Naquela mesma prisão, um lugar sujo e bolorento, cheirando a mofo e a medo, ocupada por celas imundas, sem banheiros, e onde os presos faziam suas necessidades físicas no mesmo lugar em que comiam, quando a fome não lhes obrigava a comer essas necessidades, Paquito encontrou um homem que fora preso por crime sexual. E ele falava sozinho e sempre a mesma coisa, como se para uma mulher que ninguém via, só ele, alisando-lhe os cabelos imaginários, beijando-lhe a boca impossível:

FLORES BRANCAS

 

Quanto mais eu desejo a flor que escondes

no jardim de cabelos desta praia

mais enfias a flor não sei por onde

mais oprimes a flor dentro da saia

 

Mais escondes a flor que eu desejo

e nem queres também, tu, flor de homem

ah! se unimos nossas flores num só beijo

serão só duas flores que se comem

 

Dá-me a flor, não reflete, dá-me agora

quer nas praças, escolas, cines, bondes

dá-me a flor, sem moral, dá-me sem pejo

 

que não entendo a razão dessa demora

quanto mais eu desejo a flor que escondes

mais escondes a flor que eu desejo.

 

Na cela seguinte um jovem preso por bigamia, por sua vez, imaginava duas mulheres em sua cela:

DE UM MODO ANTIGO

 

Ter um só coração é um defeito

para quem dois amores quer amar

como posso esconder em um só peito

dois divisos amores a queimar

 

Ter um só coração indefinido

dedicado, assim, a dois amores

é agir como um beija-flor perdido

a sugar, num só tempo, duas flores

 

é talvez a intriga mais singela

não sei mesmo, amor, qual a mais bela

entre as duas, por qual devo decidir

 

que só uma verdade me cancela:

se estou contigo, sofro de amor por ela

se estou com ela, sofro de amor por ti.

 

À frente é um homem que ri, gargalha, sentado em sua cela, como se fosse um trono e Paquito indaga-lhe como pode demonstrar tanta felicidade sabendo-se encarcerado pelo resto da vida:

INVERSÃO

 

Lentas fagulhas do céu encarnado

meu desespero não é fantasia

eu vejo a noite só enquanto é dia

eu falo apenas quando estou calado

 

Meu ideal sustenta-se de agruras

minha ternura é feita de pancadas

eu desço apenas quando subo escadas

e fico alegre em frente às amarguras

 

E mais que em mim eu penso no que faço

só me iludo com a realidade

se não me mudo a vida passo a passo

 

só me disperso diante do embaraço

e enquanto olho, cego, esta cidade

morro de rir, enquanto me desgraço.

 

Ao deixar a prisão Paquito vai pensando no poder dos corações tresloucados da Vila, presa de uma imensa vontade de libertar aquela gente, de uni-los em torno de sua luta pela inauguração de um novo homem. Lembra os pintores carcomidos, seus sonhos molhados de tinta, a perenidade de suas artes. Sobe os morros da cidade, volta a passar no cemitério, na igreja e pergunta a si mesmo que lugar é aquele, a Vila dos Sonetos, que momento exato da vida está vivendo, qual o século, que dia e, enquanto se prepara para regressar a Mirna, uma voz cheia de ecos, vinda não sabe de onde, lhe afirma:

Aqui, onde o instante soou

e a dor nos glorifica

não sei a hora e o meu coração fica

sem saber onde o tempo parou

 

Febril instante que a vida vasou

minuto estranho meu, depois de todos,

os minutos a pastar no lodo

hora nenhuma que o tempo marcou

 

A voz humana tudo eletrizou

n’algum relógio, alguma história braba.

Essa é a hora em que tudo passou?

 

Não sei ao certo – me sentenciou –

mas é aqui, oh! vil, que o tempo acaba

nesse instante o Nunca começou!

Clique aqui e leia uma ótima entrevista com o sempre ótimo Xico Sá. Imperdível!

OS DEZ MELHORES DISCOS DA MÚSICA BRASILEIRA (1950 – 2005)

 

É fato: quase diariamente – a não ser quando não posso mesmo! – visito a lista (completa) dos blogs linkados aí ao lado. E navegando pelo Liberal Libertário Libertino, descobri uma eleição bastante interessante, que ocorrerá na próxima segunda-feira, 7/3, véspera do aniversário de mamãe: os dez melhores discos de música brasileira, entre 1950 e 2005. A iniciativa é do blog “O biscoito fino e a massa”, já devidamente linkado.

Segue a minha lista, bastante questionável e apaixonada, com breves comentários.

 

Shopping Brazil – Cesar Teixeira (2004)

Eu já disse isso várias vezes, mas não canso de repetir: Cesar é o maior compositor vivo do Maranhão.

Lances de Agora – Chico Maranhão (1978)

Grande disco de Chico Maranhão. Gravado na Igreja do Desterro, com a percussão de Mestre Antonio Vieira.

Samba Esquema Noise – mundo livre s/a (1994)

Um dos discos fundamentais para se entender o manguebit.

Beleléu, leléu, eu – Itamar Assumpção (1980)

Itamar Assumpção é um desses caras que não morrem. Nunca.

Acabou Chorare – Novos Baianos (1972)

Clima descontraído de Moraes, Baby, Galvão e cia. Aqui caberia qualquer um dos discos seguintes.

Tudo Azul – Velha Guarda da Portela (1999)

Com produção de Marisa Monte, um ótimo disco de samba. Turma boa: Monarco, as tias, Argemiro, Jair e participações especialíssimas da própria Marisa, Zeca Pagodinho, Paulinho da Viola e mais.

Dindinha – Ceumar (1999)

A melhor cantora do mundo em todos os tempos. Isso diz tudo.

Informal Ao Vivo – Liga Tripa (1988)

A melhor banda já surgida em Brasília. Um disco alegre, pra cima, e de imagens fortíssimas. Infelizmente Carrapa e cia. são pouco conhecidos fora dos circuitos da UnB.

Esteio – Zé Modesto (2004)

Belas letras em belas melodias. Com participações especiais de Ceumar (em Diadorando) e Kleber Albuquerque (500 réis de estrelas), entre outros.

Olho de Peixe – Lenine e Suzano (1993)

Lenine em sua melhor forma; Suzano idem.

Depois de uma semana afastado por motivos de força maior, estou de volta (*).



QUE MERDA!

Nota pescada do eraOdito, blog do amigo Marcelino Freire, linkado aí do lado:

1.3.05

FESTA LITERÁRIA DE PORTO DE GALINHAS

Isso mesmo, amigos: começa agora, dia 4, e vai até 6 de março, a primeira FLIPORTO, Festa Literária acontecida na praia de Porto de Galinhas, em Pernambuco. Mas atenção: a programação, tocada pela UBE local, escolheu como principal atração o José Sarney. Eta porra! Fazer o quê? Sei lá, não sei. Fui ali, no Guarujá, tomar uma agüinha de coco.

Não tinha um escolha pior para fazer não?

Parabéns ao amigo Reuben da Cunha pelo belíssimo texto sobre o Itamar publicado no blog do Ademir Assunção (link ao lado).

(*) Tô fazendo um esforço para me re-organizar e voltar a escrever aqui com regularidade.

DE “FOLGA”!

 

De volta a este espaço, estamos de folga do trabalho. Do emprego, pois o trabalho por aqui não para.

Aos que enviam e-mails, continuarei com a leitura diária, com uma pequena alteração no horário, até segunda ou terça-feira, quando acaba a “folga”.

Na verdade, esses dias terão nada de folga: nesse período, estarei envolvido com dois projetos importantíssimos: o “50 & Tantas”, que celebrará, a partir de abril, em momentos distintos, os cinqüenta anos de idade do poeta, compositor e militante cultural Joãozinho Ribeiro, com lançamentos de livro, disco e dvd; e o projeto que reunirá num livro as “Obras Completas” do poeta J. M. Cunha Santos. Sobre tudo isso, maiores detalhes em breve, por aqui.

MARCOS FÁBIO

Agora além de amigo, professor (sou seu aluno em uma cadeira do curso de Jornalismo da Faculdade São Luís); além de professor,blogueiro. O texto continua ótimo. Vale uma visita (depois da primeira, eu sei que vocês voltarão). Link ao lado.

PARALELOS

Presentaço da editora Agir: a revista-livro PARALELOS (link ao lado), que reúne dezessete contos da nova e novísima literatura brasileira. A festa de lançamento acontece hoje (3/3), a partir das 19h, na Mercearia São Pedro – Vila Madalena.

A VIDA É UMA FESTA!

Se fosse aqui, o lançamento com certeza seria na Cia. Circense, palco que abriga agora a edição semanal d’A Vida é uma Festa!, show com diversos artistas maranhenses capitaneado por Zé Maria Medeiros. Estaremos de volta ao cenário, após uma falta semana passada, uma gripe e cinco injeções ozonyl. Até lá!

ESPARADRAPOS CULTURAIS

por Joãozinho Ribeiro (*)

 

Fora de combate!

Aproveitando uma expressão muito própria utilizada pelo camarada de vida & arte, César Teixeira, assim passei a última semana do janeiro último, que se estendeu a toda temporada carnavalesca, acometido por uma inflamação no peito do pé esquerdo (logo esse!), de origem então desconhecida, cuja dor ia da titela até o pensamento.

Custaram-me caro a peça e a paca: a ausência em importante atividade agendada para o V Fórum Social Mundial de Porto Alegre, que tinha por tema específico “O Fazer Cultural nos Municípios: criação, mobilização e economia solidária”. Só pelo título, imperdível. O convite me fora gentilmente enviado, ainda no início de dezembro de 2004, pela Secretaria Executiva do Fórum Intermunicipal de Cultura, responsável pela organização da referida atividade.

Talvez tenha sido o único encaminhado ao Maranhão referente a tão relevante assunto. Mais ainda, por ter sido esta edição do FSM a mais simbólica e marcante de todas já realizadas, considerando o grande momento de efervescência política, econômica, social e cultural a que se encontra submetido o Planeta, o País e o nosso sofrido Estado: eleições no Iraque ocupado pelas tropas americanas, na Palestina pós Arafat; Bush eleito para um segundo mandato; 2 anos de governo Lula; a fúria das águas do Tsumani; o papa moribundo; 60 anos do martírio dos judeus na Polônia invadida pelas tropas nazistas; a possibilidade de implantação de um pólo siderúrgico na cidade Patrimônio Cultural da Humanidade; a guerra aberta e declarada entre o clã Sarney e o governo Zé Reinaldo; as eleições para as presidências da Assembléia legislativa do Maranhão e para a Câmara dos Deputados, o fenômeno Severino, etc.

Aproveitei estes dias no “estaleiro” para iniciar a feitura de uma série de artigos intitulados “Esparadrapos Culturais”; imbuído do sincero propósito de provocar alguma luminosidade neste cenário de apagões da Cemar e de completa miopia política, acentuada pela artificializada contenda maniqueísta entre os “do contra” e os do “a favor”, os “do bem” e “os do mal”, ofuscando qualquer tentativa de participação inteligente dos nossos mais ilustres jornalistas, artistas e intelectuais, quase todos calados, sem nenhuma manifestação sobre estas questões que integram o nosso cotidiano, onde nem tudo, necessariamente, é carnaval.

Escusam-se de fazer uso daquilo que respeitáveis pensadores, tanto da esquerda quanto da direita, mesmo nos momentos dos maiores cataclismos sociais, nunca abriram mão: a liberdade de pensamento, através da crítica ao adesismo oportunista e à unanimidade emburrecida. Assim na Rússia stalinista, na Alemanha nazista, no Brasil Getulista, militarista e lulista; no Maranhão vitorinista, sarneysta e , agora, reinaldista???

A perda da capacidade crítica se manifesta principalmente nos editoriais dos matutinos e nos respectivos “espaços alugados” das demais colunas, colocando em xeque a tão invocada “liberdade de imprensa” (ou dos donos da imprensa?). Honrada exceção, ao lúcido artigo do amigo João Bentivi, publicado no JP, de esmerada lucidez, intitulado “Água benta não mata vampiro”.

Na área cultural, algumas boas novas iluminam o cenário de 2005: Em Cururupu, o poeta Feitosa, assumindo o órgão de cultura municipal, inicia a gestão dando uma excelente lição de democracia, amiga inseparável das administrações culturais bem sucedidas, realizando o I Seminário de Cultura Popular do município, dando espaço para os cidadãos da arte e da vida da localidade construírem coletivamente um programa decente de cultura para a cidade. Em âmbito nacional, destacamos a abertura do I Seminário de Políticas Públicas para as Culturas Populares, nesta 4ª feira (23/02), uma iniciativa da Secretaria de Identidade e Diversidade Cultural, da Fundação Palmares (ambas do Ministério da Cultura) e do Fórum das Culturas Populares.

Uma delegação com 45 representantes maranhenses, escolhidos durante a oficina realizada em dezembro de 2004 no Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho, partiu de São Luís com a responsabilidade de defender as propostas que foram democraticamente formuladas e aprovadas no seminário-oficina acima mencionado. Algumas cidades do interior do Estado também enviaram representantes, como é o caso de Pedreiras, Caxias, Guimarães, Mirinzal … Pena que os órgãos de cultura do Estado e da maioria dos municípios, São Luís entre eles, não tenham se empenhado o suficiente para tornar essa discussão mais democrática e representativa, inclusive alvo de muitas reclamações pela falta de informações aos interessados (artistas, grupos folclóricos, pesquisadores, etc.)

No final das contas, merecem ser louvados os esforços de Maria Michol, da turma do Minc, do Fórum das Culturas Populares/RJ, da direção do Teatro José de Alencar/CE, que aqui estiveram, colaborando com as discussões, e o pessoal do Instituto Pólis/SP, que elaborou a metodologia aplicada nas oficinas. De bom alvitre, seria que a nossa delegação aproveitasse o evento para participar o máximo dos debates, e não transformar a oportunidade num convescote turístico.

De lamentar, a ausência do Maranhão, que tem a única capital fundada por franceses, na programação cultural do projeto “Ano do Brasil na França”, objeto de críticas bem construídas pelo violonista João Pedro Borges, um dos maiores expoentes da nossa cultura, dentro e fora do país. Mais uma vez venceu a miopia cultural e a falta de sensibilidade dos nossos gestores, que não conseguiram, ou não quiseram, compreender a grandiosidade do evento para a oportuna divulgação dos nossos encantos turísticos e das nossas mais expressivas manifestações culturais.

Sem planejamento e transparência, nunca haverá esparadrapo capaz de remendar as camisas puídas das gestões culturais divorciadas dos sujeitos da cultura e das suas respectivas produções, tão festejadas pela mídia e pelos governantes, que chegam a confundir as suas caras com a cara da cultura do Maranhão, no afã atabalhoado de legitimarem as suas respectivas administrações.

 

(*) poeta, compositor, professor da disciplina Propriedade Intelectual do Curso de Direito da Faculdade São Luís, membro do Fórum Intermunicipal de Cultura e da Rede Artistas em Aliança para um Mundo Responsável, Plural e Solidário.

|| PARALELOS ||

 

Recentemente, li uma entrevista do André Takeda onde o gaúcho afirma que “só a Paralelos.org (link ao lado) conseguiu ser mais legal que a TXTMagazine”. Para quem não lembra – ou nunca ouviu falar – a TXT era uma revista eletrônica mensal, nascida da idéia do Takeda de publicar novos autores brasileiros. O blogueiro aqui foi publicado por lá em abril de 2002 – ao lado da hoje famosa Andréa Del Fuego e Natália Viana, hoje repórter da Revista Caros Amigos – com o conto “Miss Loreto” (republicado tempos atrás n‘A Outra Casa de Zema Ribeiro, link ao lado). Era (infelizmente) a última edição da TXT, a de nº 15, salvo engano.

Pois bem: a Paralelos.org segue firme em seu formato eletrônico e ganha agora uma edição impressa. Ó só o time: Antônia Pellegrino, Augusto Sales, Cecília Giannetti, Crib Tanaka, Flávio Izhaki, Francisco Slade, Gustavo de Almeida, João Paulo Cuenca (link ao lado), Jorge Cardoso, Jorge Rocha, Leandro Salgueirinho, Mara Coradello, Mariel Reis, Pedro Süssekind, Paloma Vidal, Simone Paterman e Tatiana Salem Levy.

A revista-livro será lançada no próximo dia 3 de março, às 19h, naMercearia São Pedro e você pode encomendar a sua clicandoaqui.

TIÃO CARVALHO

O músico maranhense apresenta-se hoje, sábado, 19/2, às 22h no Bagdad Café (Rua Portugal, Praia Grande – Antigo Canto do Tonico). Os ingressos custam R$ 10,00 e estão à venda no local.

Radicado na capital paulista há mais de vinte anos, Tião é líder comunitário no Morro do Querosene, onde desenvolve diversas atividades culturais, entre elas o ótimo Grupo Cupuaçu. Recebeu, por isso, o título de cidadão paulistano outorgado pela Câmara Municipal de Vereadores daquela cidade.

Em tempo: Tião Carvalho é autor de “Nós”, gravada por Cássia Eller. Mas ele é muito mais que isso. Vale a pena conferir!

PARA OUVIR

– Quando Dorme Alcântara, de Tião Carvalho;

– Toadas de Bumba-Meu-Boi, do Grupo Cupuaçu.

ERRATA

“Blood on the tracks”, de Bob Dylan, é de 1974, e não de 1977, como afirmo num post abaixo.

Seus dois seios

Conheci Frederico Luiz ao começar a trabalhar na Faculdade São Luís. O “poetário” (uma mistura de poeta e estagiário, como ele se definia) animava as tardes, quando, em meio ao trabalho, ficávamos fuçando a memória atrás de poemas e sambas antigos, dizendo-os em voz alta. Dele, um poema inédito, abaixo. O garoto é bom! E ponto.

 

Seus dois seios são duas serras

e cada cume tem uma teta

donde o curso de leite escorrega

pr’uma virgem mata preta

 

seus dois seios são dois alvos

e cada cimo tem uma roda

de centro róseo, de bordos alvos

cujo relevo me alegra a foda

 

seus dois seios inconhos

eu dormindo, mordo ambos

achando que são jambos

 

e acordando, lambo os

seus dois seios risonhos

pensando que são sonhos

 

Frederico Luiz

MEMÓRIAS

 

CARNAVAL

Meus carnavais são tranqüilos. Sempre. Meu furdunço é durante o dia: saio de casa ainda antes do almoço, escolho um balcão e me encosto. Adoro quitandas com balcões, tipo os bares americanos de filmes antigos e das revistas de Tex Willer. Breve memória do de 2005:

sexta-feira: desço até o Jornal Pequeno, onde Gutemberg Bogéa me indica onde está Cunha Santos. Acho-o num bar próximo e vamos emendando algumas. Joãozinho Ribeiro se une e descemos até o Restaurante Crioulas (Rua do Giz, Praia Grande). Lá em frente, o Baile do Bigurrilho pegando fogo, no Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho. Joãozinho entra; desço com Cunha até o Koisa Nossa, onde tomo mais algumas e de lá para casa.

sábado: Bira Milhomem chega de Fortaleza; encontro com ele e Gildomar com a esposa. Do Ponto de Fuga (refúgio zêmico madredivino) à Rua do Passeio. O Bira adora aquilo ali; há alguns carnavais agitamos o pedaço com mini-trio-elétrico dele, o BabySauro. O nome do bloco? AlcoolMais.

domingo: a caminho do Bar do Léo, topo com Gildomar em uma roda de samba numa quadra do Vinhais. Aboleto-me por ali. Depois topamos com Cesar Teixeira e Marcio Jerry numa barraca na Litorânea.

segunda-feira: descanso. Cheguei a sair com Vinicius, um primo, mas retornei logo.

terça-feira: cerveja na casa de Gildomar. Depois, Bar do Léo, numa mesa ilustre e rara (pena eu não ter uma máquina fotográfica): Parafuso (memória viva do Rádio maranhense), Bruno Batista e Paulo Gilmar (pai do Bruno), Flávia Bittencourt e seus pais, Márcio Jerry, Irinete e Cesar Teixeira. Na ocasião, Bruno e Flávia trocaram seus excelentes discos de estréia.

quarta-feira de cinzas: o carnaval não acaba na terça. Vou com Bira, Mamãe, Luziana e Vinicius até Rosário, onde ao meio-dia saímos no Mikarroça, tradicional bloco que usa carroças puxadas por jumentos enfeitados como carros alegóricos. Chuva e maisena num encerramento de carnaval em grande estilo.

OUTRAS COISAS QUE FIZ DURANTE O CARNAVAL

Aumentei minha conta (já paga) com Dona Moema, no Papiros do Egito (Rua da Cruz, ao lado da SMDH); alguns livros somaram-se a uma “ruma” por ler que tenho.

Escrevi uma resenha de “Debora fala reservadamente com todos”, bom livro de Ivy Knijinik, para a revista eletrônica O Caixote, cujo próximo número sai em breve. O livro foi lançado ano passado pela Editora Altana, do amigo Xico Santos.

COMPREI ALGUNS DISCOS

Marcelo D2 Acústico MTV – como será um acústico de hip hop e rap? Eu me perguntava. Li uma dica de Reuben na Máquina e levei.

Blood on the tracksBob Dylan é sempre bom. Esse disco de 1977 traz “If you see her, say hello”, regravada por Renato Russo em “The Stonewall Celebration Concert” com a mudança de her para him.

Novos Baianos, Acabou Chorare – êta moçada boa. Ô clima descontraído! Eu já tinha os dois discos seguintes. Ótimo esse de 1972.

Paulinho da Viola, Perfil – eu detesto coletâneas, mas vendo minha modesta coleção de discos, percebi que não tinha as faixas “clássicas” do Paulinho. Vale a pena e o preço é bom.

Flávia Bittencourt, Sentido – esse eu ganhei, autografado pela amiga/ídolo na terça de carnaval. Estão lá, revisitados, Josias Sobrinho (Terra de Noel), Cesar Teixeira (Flor do Mal e a inédita Dolores), Chico Maranhão (Vassourinha Meaçaba e Ponto de Fuga). Vazio e a faixa-título apresentam a compositora Flávia ao público.

OUTRAS MEMÓRIAS

A passagem do amigo carioca Paulo Neves, editor do ótimo sítio Samba-Choro (link ao lado) durante o pré-carnaval. No quintal lá de casa, cerveja e caranguejo, ao som de Chico Maranhão, Cesar Teixeira e outros maranhenses (a gente tinha ido ver o “Brincadeiras de Viola”, mas não se topou por lá); depois, o violão de Gildomar Marinho.

O aniversário da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos – SMDH. Show histórico com Cesar Teixeira, Joãozinho Ribeiro e Gildomar Marinho, com participações especiais de Arlindo Carvalho, Lena Machado, Celson Mendes e Bloco Afro Akomabu. Momentos inesquecíveis: o pandeiro de Arlindo Carvalho em Panderê, de Gildomar (os caras nunca tinham se visto na vida!); Joãozinho brincando com a platéia e esquecendo a letra dum cacuriá recentemente composto; a galera riu e aplaudiu; Cesar Teixeira cantando uma inédita em homenagem a Faustina (Viva o xirizal!, ele cantou no meio da música). O final: todos os artistas juntos, e o público de pé entoando o hino Oração Latina.

Dois links novos aí do lado:

 

O Criticaria, do Dante Ieltsin, pescado do eraOdito(também linkado ao lado). Segundo a definição do próprio Dante: “Um compêndio de crítica literária dedicado aos volumes esquecidos, inusitados, famigerados ou obliterados de bibliografias oficiais, encontrados em minha viagem de dois anos por cinco continentes”. Tirem suas próprias conclusões.

O Entretanto, da Carolina Libério. Ela e Jane Maciel (já linkada desde o início) formam a minha dupla preferida de poetisas ludovicenses contemporâneas (apesar da primeira ter nascido no Rio). E sim, eu disse poetisa! Poeta, para mim, é homem. Sem preconceitos, mas “poetisa” é mais bonito.

DISSONANTE

 

Estamos na mais recente edição do zine eletrônico dos pampas, o DISSONÂNCIA. Lá escrevo sobre o disco d’Os Poetas Elétricos. Confiram, clicando aqui.