Festa beneficente, Guará Vibes acontece hoje, no Laborarte, com grande elenco

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Há cerca de 10 anos, pais e mães fundaram a Associação Educacional e Sociocultural Guará Mirim, mantenedora do jardim de infância homônimo (que este ano inaugurou sua primeira turma do ensino fundamental), que promove a educação baseada na pedagogia Waldorf, baseada na filosofia da educação do austríaco Rudolf Steiner (1861-1925), fundador da antroposofia.

O objetivo da citada pedagogia é formar seres livres e conscientes em um mundo tão complexo, o que começa na garantia do direito da criança brincar, ser feliz e experimentar o mundo com respeito.

A associação busca atualmente sua regularização junto aos órgãos e autoridades competentes da Educação brasileira (ministério, secretarias, conselhos etc.), um processo que não é rápido, nem barato.

Pais e mães têm se doado na busca de uma educação adequada para seus filhos. A busca de recursos para o citado objetivo envolve outras ações permanentes. Para quem não compreende: não se trata de botar o carro na frente dos bois. Instituições de ensino são fundadas e depois regularizadas (como estudante e, à época funcionário, acompanhei, por exemplo, o processo de regularização da então Faculdade São Luís – hoje Estácio – junto ao MEC).

Mas nem só de trabalho, burocracia e criar/educar os filhos, vivem os homens e as mulheres: hoje (19), a partir das 17h, acontece a festa beneficente Guará Vibes, no Laboratório de Expressões Artísticas do Maranhão, o Laborarte (Rua Jansen Müller, 42, Centro). As atrações são os djs Joaquim Zion e Otávio Rodrigues, o Doctor Reggae, a cantora Dicy e o grupo Forró do Mel. Os ingressos custam R$ 30,00 e o valor arrecadado será inteiramente dedicado ao citado processo.

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No Timbira Cult de ontem (18), na Rádio Timbira FM (95,5), Gisa Franco conversou com as produtoras culturais Raquel Gonçalves e Soraia Sales Dornelles, e a cantora Dicy, mães de estudantes e ex-estudantes do Jardim Guará Mirim. Assista:

Retrospectiva 2022

Balaio Cultural. Aos sábados, das 13h às 15h, na Rádio Timbira AM, com Gisa Franco e este blogueiro: Assis Medeiros, Almeida Marcus, Carlos Rennó, Bárbara Eugênia, Fred Zeroquatro (Mundo Livre S/A), Celso Borges, Carlos Careqa, Pedro Santos, Celia Catunda, Kiko Mistrorigo, Wado, Caetano Brasil, Carolinaa Sanches (Caburé Canela), Jaime Alem, Max Alvim, Fernando Salem, Otto, Angélica Freitas, Vitor Ramil, Péricles Cavalcanti, Gab Lara, Fi Bueno, Héloa, Ubiratã Trindade, Rodrigo Maranhão, Tatá Aeroplano, Maurício Pereira, Xico Sá, Simone Leitão, Luís Filipe de Lima, Pedro Luís, Yuri Queiroga, Zeca Baleiro, Vinícius Cantuária, Cláudio Lima, João Donato, Fernando Abreu, Lívia Mattos, Márcio Vasconcelos, João Cavalcanti, Cesar Teixeira, Rubi, Roberta Campos, Paulinho Moska, Thales Cavalcanti, Hélio Flanders (Vanguart), Lívia Nestrovski, Henrique Eisenmann, Arthur Nestrovski, Carlos Malta, Russo Passapusso, Patrícia Ahmaral, Otávio Rodrigues (Doctor Reggae), Zé Geraldo, Francis Rosa, Ligiana Costa, Bel Carvalho, José Miguel Wisnik, Erasmo Dibell (sábado que vem, 24) e BiD (31 de dezembro). Em 2023 tem muito mais!

Uma masterclass de responsa

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Cansado de telas, com a vida se resumindo a lives e que tais, acabo esquecendo de ver shows, debates, peças, filmes, olimpíadas, seja de gente amiga, seja de artistas de minha admiração, quando não as duas coisas juntas.

Tela, tela, tela sobre tela: a prorrogação indefinida do isolamento social decorrente da pandemia de covid-19 acabou, em certa medida, resumindo a vida a aparelhos de televisão, computadores e smartphones. É por ali que você fica sabendo de tudo, do noticiário sobre o novo (velho?) coronavírus, política, olimpíadas etc.

Até mesmo o chope após essas lives (isto quando não as perdemos), para aquela aguardada e merecida resenha com os amigos, tem sido mediado por uma tela: em geral, trocam-se mensagens comentando tal coisa, um amigo de um lado, outro de outro, cada qual bebericando o que mais lhe agrada no conforto de suas residências.

Já já – sei que escrevo em cima da hora –, às 15h, tem o lendário Otávio Rodrigues, vulgo Doctor Reggae, um de meus professores, de rádio, mas não só, no que eu chamaria de “aula-espetáculo”, sem nenhum receio de exagerar. A masterclass de Doc acontece na twitch @centroculturalolido, com acesso gratuito.

Para quem não conhece, Otávio Rodrigues é um dos pioneiros na divulgação e consolidação da música jamaicana no Brasil. Criou e apresentou programas como “Disco reggae” e “Bumba beat”, além do pioneiro “Roots rock reggae”, em 1982, o primeiro no dial brasileiro dedicado ao gênero from Jamaica, que foi ao ar pela Excelsior FM, de São Paulo, com direção de Maurício Kubrusly.

Foi Otávio Rodrigues quem grafou pela primeira vez na imprensa do Brasil a expressão “Jamaica brasileira”, com que São Luís viria a se tornar conhecida; em 1988 ele veio pela primeira vez ao Maranhão, onde acabaria morando uma época, escrever uma reportagem sobre o reggae por estas bandas para a revista Trip.

Na live de daqui a pouco, Doc vai rolar o fino, com alguns sons que ajudaram a escrever a história de quase cinco décadas de reggae no Brasil.

Que a pandemia seja superada e logo possamos voltar a frequentar os clubes de reggae como estávamos acostumados – até por que, aqui no Maranhão, se dança reggae agarradinho, algo que as regras de segurança sanitária ainda não permitem.

Jah bless!

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p.s.: em tempo: por falar em reggae (e cultura negra), hoje, às 19h, no Giro Nordeste, estarei na bancada, representando a Rádio Timbira AM, integro a bancada do programa, que entrevista Lazzo Matumbi, que amanhã disponibiliza, nas plataformas de streaming, seu novo disco, “Àjò” (lê-se “Ajô”), com que celebra seus 40 anos de carreira. A transmissão do Giro Nordeste acontece pela TVE Bahia e um pool de emissoras públicas nordestinas.