Joãozinho Ribeiro celebra a vida e a arte em dois shows no Teatro Arthur Azevedo

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Apresentações acontecem dias 3 e 4 no Teatro Arthur Azevedo, com participações especiais de Adler São Luiz, Adriana Bosaipo, Alê Muniz, Aziz Jr, Chico Saldanha, Daffé, Josias Sobrinho, Maria Spíndola, Paulo Pirata, Rosa Reis e Sérgio Habibe

O poeta e compositor Joãozinho Ribeiro - foto: divulgação
O poeta e compositor Joãozinho Ribeiro – foto: divulgação

O poeta e compositor Joãozinho Ribeiro completou, em 2025, 70 anos de idade e 60 de uma vitoriosa batalha contra um câncer. Uma de suas frases de cabeceira, do pintor italiano Amedeo Modigliani (1884-1920), diz que “o dever do artista é salvar o sonho”. O artista entende que a celebração da vida passa pela celebração da arte.

Estes são os motes do show “Canções da Vida e da Arte”, que Joãozinho Ribeiro apresenta nos próximos dias 3 e 4 de outubro, às 20h, no Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol, Centro), com as participações especiais de Adler São Luiz, Adriana Bosaipo, Alê Muniz, Aziz Jr, Chico Saldanha, Daffé, Josias Sobrinho, Maria Spíndola, Paulo Pirata, Rosa Reis e Sérgio Habibe.

Com produção e coordenação geral de Lena Santos, o show de Joãozinho Ribeiro tem direção geral do artista, que será acompanhado pelos músicos Rui Mário (sanfona, teclados e direção musical), Arlindo Pipiu (violão e guitarra), Hugo Carafunim (trompete), Danilo Santos (saxofone e flauta), Robertinho Chinês (cavaquinho), Carlos Raqueth (baixo), Ronald Nascimento (bateria), Marquinhos Carcará (percussão), Kátia Espíndola (vocal), Raquel Espíndola (vocal) e Renato Serra (teclados).

As celebrações de Joãozinho Ribeiro têm caráter solidário: os ingressos para os shows serão trocados por alimentos, materiais de limpeza e higiene pessoal, pedagógicos, hospitalares, descartáveis, roupas e utensílios domésticos para a Casa de Apoio da Fundação Antonio Dino. A troca pode ser feita no Convento das Mercês (sede da Fundação da Memória Republicana Brasileira, Rua da Palma, Desterro) ou no Teatro Arthur Azevedo (nos dias do espetáculo).

Joãozinho Ribeiro é um dos artistas maranhenses mais gravados, tendo músicas suas em registros de nomes como Betto Pereira, Célia Maria, Chico César, Elba Ramalho, Flávia Bittencourt, Josias Sobrinho, Lena Machado, Olodum, Rita Benneditto, Rosa Reis e Zeca Baleiro, entre outros.

Parte deste repertório autoral será lembrada nas duas apresentações do show “Canções da Vida e da Arte”, que tem patrocínio da Potiguar e Secretaria de Estado da Cultura (Secma), através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão.

Serviço

O quê: show “Canções da Vida e da Arte”
Quem: Joãozinho Ribeiro e convidados
Quando: dias 3 (sexta) e 4 de outubro (sábado), às 20h
Onde: Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol, Centro)
Quanto: os ingressos solidários serão trocados por alimentos, materiais de limpeza e higiene pessoal, pedagógicos, hospitalares, descartáveis, roupas e utensílios domésticos para a Casa de Apoio da Fundação Antonio Dino (a partir do dia 1º. de outubro no Convento das Mercês e nos dias das apresentações também na bilheteria do TAA)
Informações: no instagram @joaozinhoribeiromilhoesdeuns

Joãozinho Ribeiro e grande elenco celebram a paz na terceira edição do show “Com o Afeto das Canções”

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O poeta e compositor Joãozinho Ribeiro. Foto: divulgação
O poeta e compositor Joãozinho Ribeiro. Foto: divulgação

Evento acontece no próximo dia 16 de dezembro (sábado), no Convento das Mercês

A trajetória artística do poeta e compositor Joãozinho Ribeiro se confunde com sua trajetória militante. Desde que estreou na música, num festival universitário em 1979, em que ficou em segundo lugar, sua obra se debruça sobre questões sociais, num fazer artístico de uma consciência raras vezes vista.

Com um livro – “Paisagem Feita de Tempo” (Edição do Autor, 2006) – e um disco lançados – “Milhões de Uns – vol. 1”, gravado ao vivo no Teatro Arthur Azevedo em 2012 e lançado no ano seguinte – até aqui, sua poesia e sua música invariavelmente alertam para as mazelas que nos cercam.

“A função do artista é salvar o sonho” e a frase do pintor italiano Amedeo Modigliani (1884-1920) há algum tempo martela o juízo de Joãozinho como um mantra. Notícias de guerras distantes pedem paz, pão e poesia. E música.

É pensando e motivado por isso que Joãozinho Ribeiro, ser gregário, como já sabemos, se reúne com uma constelação de primeira linha da música popular brasileira produzida no Maranhão para o show “Com o Afeto das Canções III – A Festa da Paz”, que acontece no próximo dia 16 de dezembro (sábado), no Convento das Mercês (Rua da Palma, Desterro), a partir das 18h.

“A gente enxerga esta realização como uma grande festa de confraternização, típica do período, mas pautada por muito profissionalismo e solidariedade. É um espaço do acontecer solidário, reunindo cerca de uma centena de envolvidos, desde instrumentistas, convidados especiais, produtores, grupos de cultura popular da comunidade do Desterro, bairro onde me criei e onde está localizado o Convento das Mercês, cartão postal da capital maranhense que é sede da Fundação da Memória Republicana Brasileira, em cujas festas de fim de ano a gente se insere, colaborando também com a Campanha Natal Sem Fome. Música na existência, para alimentar os espíritos! Dança nos corpos, para liberar as energias positivas! Eparrei! Aleluia! Shalom! Saravá!”, resume Joãozinho Ribeiro.

A música começa com apresentações de grupos de cultura popular do entorno: Tambor dos Onças, Zumba da Negra Zete, Capoeira do Mestre Bamba e os Blocos Tradicionais Os Foliões e Os Guardiões. Na sequência, tendo como mestre de cerimônias o poeta e cordelista Moizes Nobre, Joãozinho Ribeiro será acompanhado por Rui Mário (sanfona, teclados e direção musical), Hugo Carafunim (trompete), Danilo Santos (saxofone e flauta), Ronald Nascimento (bateria), Tiago Fernandes (violão sete cordas), Marquinhos Carcará (percussão), Robertinho Chinês (cavaquinho), Katia Espíndola (vocal), Raquel Espíndola (vocal). O anfitrião terá como convidados o Bloco Afro Akomabu, Anastácia Lia, Andréa Frazão, Ronald Pinheiro, Josias Sobrinho, Zé Heitor (vencedor do concurso de toadas dos sotaques da baixada e costa de mão, promovido pela FMRB), Chico Saldanha, Bicho Terra, Allysson Ribeiro, Anna Cláudia e Fátima Passarinho – os três últimos, sob a batuta do maestro Arlindo Pipiu, irão comandar o Baile da Paz, antecipando o carnaval, apresentando um repertório de frevos e marchinhas, incluindo composições inéditas que estarão no EP carnavalesco que o compositor lançará no início de 2024.

“Com o Afeto das Canções III – A Festa da Paz” tem produção e coordenação geral de Lena Santos e patrocínio da Potiguar e Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão (Secma), através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão. O acesso se dará mediante a troca de um quilo de alimento não perecível, no local. A arrecadação será destinada à Campanha Natal Sem Fome.

Serviço

O quê: show “Com o Afeto das Canções III – A Festa da Paz”
Quem: o poeta e compositor Joãozinho Ribeiro e convidados
Quando: dia 16 de dezembro (sábado), às 18h
Onde: Convento das Mercês (Rua da Palma, Desterro)
Quanto: os ingressos serão trocados por um quilo de alimento não perecível

Joãozinho Ribeiro e grande elenco apresentam “Canções de Amor e Paz”

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O poeta e compositor Joãozinho Ribeiro. Foto: divulgação
O poeta e compositor Joãozinho Ribeiro. Foto: divulgação

Espetáculo poético-musical acontece nesta sexta-feira (22), no Teatro Arthur Azevedo

Diariamente somos bombardeados pelo noticiário e pelas redes sociais com notícias desagradáveis. São fartos os casos de desastres (supostamente) naturais, violências de toda ordem e assassinatos, não raro os três se relacionando.

Na contramão disso, temos as artes, para servirem não como alienação, alheamento ou fuga da realidade, mas também para nos ajudar a refletir sobre a quadra histórica que atravessamos.

“O dever do artista é salvar o sonho”, sentenciou o artista plástico italiano Amedeo Modigliani (1884-1920), frase que se tornou um mantra para o poeta e compositor maranhense Joãozinho Ribeiro.

Nesta cruzada quase quixotesca em busca de salvar o sonho, Joãozinho Ribeiro apresenta nesta sexta-feira (22), às 20h, no Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol, Centro), o espetáculo “Canções de Amor e Paz”, reunindo um grande elenco da música e poesia cometidas por estas plagas.

Desfilando um repertório autoral, Joãozinho Ribeiro agrega como convidados/as o Coral Infantil Batucando Esperança, Elisa Lago, Emmanuel Ferraro, Adriana Bosaipo, Anna Cláudia, Fátima Passarinho, Zeca Baleiro – que fará uma participação especial virtual, apresentando uma parceria inédita deles em vídeo –, Ivandro Coelho, Gisele Vasconcelos, Marconi Rezende, Rosa Reis, Leda Nascimento, Elizandra Rocha, Gilson César, Rosa Ewerton, Uimar Junior, Moizes Nobre e Tatiane Soares.

O anfitrião e a constelação que o acompanha terão seus feitos musicais e poéticos emoldurados pelos talentos de Rui Mário (sanfona e direção musical), Arlindo Pipiu (baixo), Hugo Carafunim (trompete), Danilo Santos (saxofone e flauta), Robertinho Chinês (cavaquinho e bandolim), Tiago Fernandes (violão sete cordas) e Marquinhos Carcará (percussão). A produção é de Lena Santos e a direção geral de Joãozinho Ribeiro.

Os ingressos custam R$ 50,00 (R$ 25,00, a meia-entrada para estudantes com carteira e demais casos previstos em lei) e estão à venda na Bilheteria Digital e na bilheteria do Teatro Arthur Azevedo.

Serviço

O quê: show “Canções de Amor e Paz”
Quem: Joãozinho Ribeiro e convidados
Quando: sexta-feira (22), às 20h
Onde: Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol, Centro)
Quanto: R$ 50,00 e 25,00

Afetos e canções: Joãozinho Ribeiro reúne amigos em show plural

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Apresentação acontece sexta-feira (16) no Convento das Mercês, com entrada franca – com sugestão de doação de um quilo de alimento não-perecível para as comunidades carentes do entorno

O compositor Joãozinho Ribeiro. Foto: Murilo Santos. Divulgação

O compositor Joãozinho Ribeiro volta a reunir os amigos no show “Com o afeto das canções II”. Beneficente, o evento – cuja primeira edição aconteceu ano passado – ocupa o pátio do Convento das Mercês (Rua da Palma, Desterro), na próxima sexta-feira, 16, às 20h. A entrada é gratuita, com a sugestão da doação de um quilo de alimento não-perecível; a arrecadação será destinada a comunidades carentes do entorno da Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB), instituição sediada no prédio secular do Centro Histórico da capital maranhense, que completou recentemente 25 anos de inclusão na lista de cidades patrimônio mundial da Unesco.

Joãozinho Ribeiro terá como convidados especiais o Bloco Afro Akomabu, George Gomes, Rosa Reis, Célia Maria, Josias Sobrinho, Rita Benneditto – que gravou em dueto com Zeca Baleiro (que participa virtualmente do show, através de uma mensagem em vídeo), a música que dá título ao espetáculo, cuja produção é assinada por Lena Santos. O espetáculo é uma realização da Dupla Criação e Fundação da Memória Republicana, com patrocínio da Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão (Secma) e Potiguar, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão.

Rui Mário (sanfona, piano e direção musical), Marquinhos Carcará (percussão), Danilo Santos (saxofone e flauta), Hugo Carafunim (trompete), Robertinho Chinês (cavaquinho e bandolim), Arlindo Pipiu (contrabaixo), Tiago Fernandes (violão sete cordas), Ronald Nascimento (bateria), Katia Espíndola (vocal) e Mariana Rosa (vocal) formam a superbanda que acompanhará Joãozinho Ribeiro e convidados em “Com o afeto das canções II”.

O repertório do show alinhava clássicos da lavra de Joãozinho Ribeiro a músicas inéditas. A pandemia de covid-19 e o isolamento social por ela imposto renderam ao artista dezenas de novas composições, sozinho ou em parceria. Entre os gêneros abordados no roteiro figuram baião, balada, bolero, bumba meu boi, carimbó, divino, ijexá, maxixe, merengue, reggae, salsa, samba e tambor de crioula.

“Esse show é uma espécie de exorcismo. Após quatro anos de massacres diariamente desferidos contra a cultura brasileira, para citar apenas uma área, voltamos a respirar ares democráticos e plurais, voltamos a ser um país, feito de nossa diversidade e riqueza culturais, é o que nos propomos a celebrar, com todo afeto das canções”, anuncia o compositor anfitrião.

Serviço

O quê: show “Com o afeto das canções II”
Quem: o compositor Joãozinho Ribeiro e convidados
Quando: dia 16 de dezembro (sexta-feira), às 20h
Onde: Convento das Mercês (Rua da Palma, Desterro, Centro Histórico)
Quanto: grátis. Sugere-se a doação de um quilo de alimento não-perecível, destinada às comunidades carentes do Centro Histórico
Realização: Dupla Criação e Fundação da Memória Republicana
Patrocínio: Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão (Secma) e Potiguar, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão.

Luiz Jr. Maranhão homenageia Papete em show

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Repertório prestigia músicas que se tornaram clássicas na voz do artista, mas vai além; apresentação terá participações especiais de Josias Sobrinho, Djalma Chaves, Ribinha de Maracanã, dj Pedro Sobrinho e convidado surpresa

O cantor, compositor e multi-instrumentista Luiz Jr. Maranhão. Foto: Ton Bezerra. Divulgação

O legado de Papete será lembrado em show em homenagem ao artista, falecido em 2016. O bacabalense José de Ribamar Viana, seu nome de batismo, é considerado um embaixador da cultura popular maranhense, que ele ajudou a tornar mais conhecida mundo afora. Em 1978 lançou o elepê “Bandeira de aço” (Discos Marcus Pereira), considerado um divisor de águas na música popular brasileira produzida no Maranhão.

O show “Canta Papete”, do cantor, compositor e multi-instrumentista Luiz Jr. Maranhão acontece neste sábado (4), às 21h, no Estaleiro Gastrobar (Rua do Trapiche, Praia Grande, próximo à Praça dos Catraieiros e Casa do Maranhão). O repertório, além dos clássicos do “Bandeira de aço” – assinados por Cesar Teixeira, Josias Sobrinho, Ronaldo Mota e Sérgio Habibe –, passeia por outros compositores gravados por Papete em sua discografia, por músicas que ele gravaria (caso de “Matraca matreira”, de Joãozinho Ribeiro) e por homenagens (“Terreiro”, que Luiz Jr. Maranhão compôs em homenagem a Papete e gravou em seu disco com a participação do homenageado).

“O repertório consiste nas músicas consagradas pelo Papete, começando pelo “Bandeira de aço”, mas eu dei uma atualizada, fazendo um exercício de pensar também em músicas que Papete poderia ter gravado, músicas atuais da cultura popular do Maranhão, além de três músicas autorais, “Saudade de São João”, que eu lancei o videoclipe ano passado, “Zabumbada na ilha” e “Boizinho guerreiro”, que eu fiz em parceria com Celso Borges”, antecipa Luiz Jr. Maranhão.

Luiz Jr. Maranhão (violão sete cordas, guitarra e viola caipira) será acompanhado por Dark (bateria), Marquinhos Carcará (percussão), Cleuton Silva (baixo), Edinho Bastos (guitarra), Murilo Rego (teclado), Danilo Santos (saxofone e flauta) e Hugo Carafunim (trompete). O show contará ainda com as participações especiais do dj Pedro Sobrinho e dos cantores e compositores Josias Sobrinho, Djalma Chaves e Ribinha de Maracanã, além de uma participação surpresa.

Os ingressos custam R$ 50,00 (individual), R$ 90,00 (casadinha) e R$ 250,00 (mesa) e podem ser reservados ou adquiridos antecipadamente pelo telefone/whatsapp (98) 99112-5481 (Tatiana Ramos). A produção é da RicoChoro Produções Culturais.

Serviço
O quê: show “Canta Papete”
Quem: Luiz Jr. Maranhão e banda. Participações especiais: Josias Sobrinho, Djalma Chaves, Ribinha de Maracanã, dj Pedro Sobrinho e convidado surpresa
Onde: Estaleiro Gastrobar (Rua do Trapiche, Praia Grande; próximo à Praça dos Catraieiros e Casa do Maranhão)
Quando: dia 4 (sábado), às 21h
Quanto: R$ 50,00 (individual), R$ 90,00 (casadinha) e R$ 250,00 (mesa)
Informações, reservas e vendas antecipadas: (98) 99112-5481 (Tatiana Ramos).
Produção: RicoChoro Produções Culturais.

Barulho!

O imorrível Di Melo ontem na Praça da Criança. Foto: Marco Aurélio/ BR 135
O imorrível Di Melo ontem na Praça da Criança. Foto: Marco Aurélio/ BR 135

 

Barulho foi a palavra mais repetida por Di Melo ao longo de seu histórico show, ontem (26), na Praça da Criança (Praia Grande), na segunda noite da programação do Festival BR 135. Era uma saudação, referindo-se ao próprio som: “barulho para estes músicos maravilhosos!”, “barulho para todos vocês que vieram até aqui”.

O pernambucano esbanjou vitalidade, suingue e simpatia e não cansou de agradecer à produção do BR 135, leia-se o duo Criolina, Alê Muniz e Luciana Simões, pela oportunidade de se apresentar pela primeira vez na ilha.

Lenda vivíssima, a história é bastante conhecida: Di Melo lançou um excelente disco de estreia em 1975, mas o álbum demorou décadas para ser cultuado. O show de ontem foi majoritariamente baseado nesse repertório e o ótimo público cantou tudo junto a plenos pulmões.

Di Melo havia sumido do mapa e sido dado como morto. Reapareceu e assumiu a alcunha de Imorrível, título de seu segundo álbum, digamos, oficial, lançado este ano – o site do artista lista outros nove discos caseiros, feitos ao longo destes mais de 40 anos de carreira.

Ontem subiu ao palco trajando boina, óculos escuros e uma camisa com sua própria efígie – anunciando que na banquinha ao lado do palco era possível comprar camisas, CDs e LPs –, acompanhado de uma competentíssima banda local: João Paulo (contrabaixo), Fofo (bateria), Rui Mário (teclado), Hugo Carafunim (trompete), Danilo Santos (saxofone) e João Simas (guitarra). “Músicos maravilhosos, a gente teve 40 minutos de ensaio”, elogiou, tirando onda.

Além de Di Melo [1975] o repertório trouxe quatro músicas de Imorrível [2016]: Dioturno, que ele dedicou ao parceiro Waldir da Fonseca, recém-falecido (o outro parceiro é B.Negão, que no disco participa da faixa), Barulho de Fafá (na sequência de Se o mundo acabasse em mel, do disco inaugural, a música que também tem mel na letra: “Parei na filha da dona Emília e do seu Antônio/ ela é bonita e tem mel de abelha no olhar”, começa), Navalha e Milagre (quando tocou violão), agradecendo novamente ao público e à produção, tocando um reggae (parceria com Larissa Luz, que participa da faixa no disco) justo na Jamaica brasileira.

Não faltaram os hits Kilariô (que abriu e fechou a apresentação, a única do bis), A vida em seus métodos diz calma, Aceito tudo (Di Melo/ Vidal França), Minha estrela, Má-lida e Pernalonga.

Pouco depois da metade do show, Di Melo mandou, outra vez referindo-se ao entrosamento com a banda: “Estamos fazendo o podível e o impodível e nada é impodível para o Imorrível”. Está explicada a magia.

Metais em brasa hoje no Sesc Partituras

O Marabrass em Alcântara. Foto: divulgação
O Marabrass em Alcântara. Foto: divulgação

 

O auditório da Escola de Música do Estado do Maranhão Lilah Lisboa de Araújo (Emem, Rua da Estrela, Praia Grande) recebe hoje (29), às 19h, mais uma edição do Concerto Sesc Partituras – o espetáculo integra a programação de aniversário de 70 anos do Serviço Social do Comércio (Sesc).

Daniel Cavalcante (trompete) regerá o sexteto Marabrass, formado, além dele, por Hugo Carafunim (trompete), Jairo Moraes (trompa), Daniel Miranda (trombone), George Campos (tuba) e Marcel Pereira (percussão).

“Quando eu recebi o convite, pensei em fazer uma formação diferente, mas ao me debruçar sobre o banco de partituras do Sesc, optei por tocar com o grupo que já existia, o Quinteto Marabrass, Mara de Maranhão e brass de metais, que já tem 13 anos tocando junto. É grande a responsabilidade”, contou Daniel Cavalcante ao Homem de vícios antigos.

Ele prometeu “mesclar o repertório [do acervo do Sesc Partituras] de forma que a gente possa transitar entre o erudito e o popular”, destacando, entre os compositores que estarão no repertório do Marabrass na noite de hoje, nomes como “Henrique Alves de Mesquita, Marcílio Onofre, Maestro Duda e Bonfiglio de Oliveira, dentre outros”.

A biblioteca virtual de partituras do Sesc tem acesso gratuito a qualquer interessado/a. O concerto de hoje à noite também.

Noite de autógrafos de Joãozinho Ribeiro terá música e cinema

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Apresentação do compositor dá continuidade à temporada de lançamento de Milhões de uns – vol. 1, seu disco de estreia. Na ocasião será exibido curta-metragem integrante da programação do Festival Avanca-São Luís

A cantora Milla Camões aplaude o compositor Joãozinho Ribeiro em edição da temporada Milhões de uns. Foto: Ton Bezerra

 

O compositor Joãozinho Ribeiro volta ao palco do Restaurante Malagueta (Rua das Graúnas, 3, Renascença II) dia 28 de agosto (sexta-feira), às 20h, dando continuidade à temporada de lançamentos e noites de autógrafos do cd Milhões de uns- vol. 1, trabalho que marca sua estreia no mercado fonográfico.

Cinema – A abertura da noite fica por conta da avant-première do festival Avanca-São Luís. Na ocasião Francisco Colombo apresentará um curta-metragem que integra a programação da mostra, que acontecerá dias 2 e 3 de setembro, no Teatro da Cidade de São Luís (antigo Cine Roxy).

O cineasta e professor universitário está cursando mestrado em Comunicação em Aveiro, Portugal, e selecionou alguns filmes de um festival local para mostrar em São Luís. “É uma oportunidade única, já que provavelmente estes filmes não chegarão ao circuito das salas de cinema no Brasil, mesmo as não comerciais”, avisa. O festival também acontecerá em Imperatriz, com produção de Marcos Fábio Belo Matos, professor da UFMA naquele município.

“Quem me conhece e acompanha minha trajetória sabe que sempre gostei de estimular o diálogo entre as mais variadas linguagens artísticas, seja como artista, seja como gestor”, afirmou Joãozinho Ribeiro, que já mesclou poesia à música das noites de Milhões de uns e agora traz o cinema para o centro das atenções.

Participações especiais – Os convidados do show são Milla Camões e Hugo Carafunim. À cantora o artista não poupou elogios quando de sua última apresentação e é conhecida a aclamação da plateia quando ela interpretou o blues Coisa de Deus (Joãozinho Ribeiro e Betto Pereira) no show de gravação do cd: escalada apenas para a primeira noite, acabou participando também da segunda, atendendo ao pedido do público.

O trompetista Hugo Carafunim é sobrinho de Joãozinho Ribeiro. Ex-aluno da Escola de Música do Estado do Maranhão Lilah Lisboa de Araújo (EMEM) e da Banda do Bom Menino do Convento das Mercês – onde hoje dá aula –, suas primeiras aparições públicas foram justamente ao lado do tio, no circuito musical alternativo Samba da Minha Terra, que levou samba e choro a 18 comunidades de São Luís entre 2002 e 2003.

O repertório base da apresentação é o de Milhões de uns – vol. 1, mas Joãozinho Ribeiro deve interpretar ainda composições inéditas, além de outras, já gravadas por diversos artistas – convém lembrar que ele é um dos compositores mais requisitados do Maranhão. Durante a apresentação será acompanhado por Darkliwson (percussão), Elton Nascimento (flauta e saxofone), Luiz Jr. (violão sete cordas e direção musical) e Murilo Rego (teclado). Os ingressos individuais custam R$ 20,00 e podem ser adquiridos no local.

Serviço

O quê: show Milhões de uns – vol 1 e Avant-première do Festival de Cinema Avanca-São Luís
Quem: Joãozinho Ribeiro, com participações especiais de Milla Camões, Hugo Carafunim e Francisco Colombo
Quando: 28 de agosto (sexta-feira), às 20h
Onde: Restaurante Malagueta (Rua das Graúnas, 3, Renascença II)
Quanto: R$ 20,00

Um show de responsa: vai chover pedra!

Luciana Simões volta às origens regueiras em show dedicado ao roots; apresentação acontece nesta quinta, no Amsterdam

Divulgação
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O início da carreira de Luciana Simões remete ao ritmo internacionalmente popularizado por Bob Marley. Ainda menina ela estourou como vocalista da banda maranhense Mystical Roots, que alcançou relativo sucesso fora do estado. O reconhecimento chegou a alçá-la ao posto de vocalista da Natiruts.

Em 2007, com o marido Alê Muniz, lançou o primeiro disco do duo Criolina, formado pelo casal. Dois anos depois foi a vez de Cine Tropical, sucesso de público e crítica, um disco dançante, cujas faixas emulam gêneros cinematográficos.

Enquanto a dupla grava o terceiro disco, Luciana resolveu dar um passeio fora do estúdio e prestar reverência a mestres do gênero a que se dedicou no início da carreira. O nome do show já dá pistas do que será a noite: Bota teu capacete, regueiro. Acompanhada de Isaías Alves (bateria), João Paulo (contrabaixo), João Simas (guitarra), Beavis (teclado), Daniel (trombone) e Hugo Carafunim (trompete), ela desfilará um repertório de clássicos do roots reggae.

O show acontece nesta quinta-feira (9), às 22h, no Amsterdam Music Pub (Lagoa). Os ingressos individuais custam R$ 15,00 (pista) e a mesa para quatro pessoas R$ 80,00. A abertura fica por conta do DJ Misk Brown.

Através de uma rede social, ela conversou com o blogue.

A quantas anda o terceiro disco do duo Criolina? Está em fase de gravação. Em menos de um mês será lançado um EP intitulado Latino americano, com quatro faixas, juntamente com o clipe, captado através do Catarse [site de financiamento coletivo, que arrecadou o dinheiro que viabilizou a realização do clipe], da faixa-título.

Uma das máximas do DJ Neto Miler diz que “reggae é espiritual”. Você concorda com ele? Acredito na espiritualidade que o reggae traz, sim. A música é um veículo condutor das energias. O próprio ritmo já nos convida a mergulhar no íntimo e a expressar nosso contentamento através da dança ou da meditação. A história do reggae na ilha é antiga e cheia de teorias, mas acredito haver uma herança africana que nos atrai para o reggae. Rodei o Brasil cantando reggae e posso dizer que nunca vi essa relação das pessoas com o reggae como vejo aqui em São Luís.

Voltar às origens e ao reggae roots é recarregar as baterias? O que mais você faz para manter as baterias sempre carregadas? Para manter as baterias carregadas tenho que me alimentar do que me desperta interesse. Acho que o olhar curioso me faz ver a beleza das coisas. A música é uma fonte de descobertas que nunca seca. As histórias por trás das músicas também me encantam. O que significa um movimento musical ou uma música [risos].

O que o público pode esperar desta tua apresentação solo, em termos de repertório e energia? O público pode esperar uma entrega porque a saudade de cantar reggae é grande. O reggae que gosto de ouvir e de cantar vem do rhythm’n blues. É old school. Das antigas. Nem na Jamaica se toca mais. Só aqui mesmo que ouvimos essas pérolas. Artistas como [os cantores jamaicanos] Gregory Isaacs, que nos trouxe o lovers rockers, Hugh Mundell com o dub, Dennis Brown, Alton Ellis, Ken Boothe e tantos outros. Vai ser uma noite de entusiasmo, de recordação, de reencontro. Lancei um post e estou colhendo as músicas que as pessoas querem ouvir [em uma rede social, a cantora recebeu sugestões de fãs para compor o repertório].

Temporada celebra 60 anos de Joãozinho Ribeiro

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Compositor realizará shows mensais até o final do ano. Turnê alcançará São Luís e municípios do interior. Nas ocasiões será lançado o disco Milhões de Uns – Vol. 1. Estreia acontece nesta sexta (6), no Bar do Léo

Milhões de Uns - Vol. 1. Capa. Reprodução
Milhões de Uns – Vol. 1. Capa. Reprodução

 

Milhões de Uns – Vol. 1 apresenta uma significativa, embora pequena, parte da obra musical do poeta e compositor Joãozinho Ribeiro, que completa 60 anos de idade no próximo abril. É o primeiro registro lançado com o autor interpretando sua obra, coalhado de participações especiais, gravado ao vivo em duas memoráveis noites no Teatro Arthur Azevedo, em novembro de 2012 – a exceção é a gravação em estúdio de Elba Ramalho para Asas da paixão (Joãozinho Ribeiro).

É que Milhões de Uns não é apenas título de uma das mais conhecidas músicas do artista, vencedora do Prêmio Universidade FM há mais de 10 anos, na magistral interpretação de Célia Maria. A música que batiza o disco de estreia é a mais perfeita tradução do que são a vida e obra do bacharel em Direito, funcionário público e professor universitário nascido João Batista Ribeiro Filho.

A constelação presente ao disco reflete sua importância para a música produzida no Maranhão ao longo dos últimos mais de 30 anos. Ali estão nomes como o Coral São João, Milla Camões, Célia Maria, Zeca Baleiro, Chico César, Alê Muniz, Lena Machado, Chico Saldanha e Elba Ramalho, a interpretar sambas, choros, blues, reggaes, forrós e marchinhas, o que demonstra a versatilidade de Joãozinho Ribeiro.

Variedade refletida também no leque de parceiros: Betto Pereira (Coisa de Deus), Alê Muniz (Planos urbanos), Chico César (Anonimato), Marco Cruz (Tá chegando a hora) e Zezé Alves (Rua Grande).

O autor e seus convidados são escudados pela banda Milhões de Uns, outra constelação de craques à parte: Arlindo Carvalho (percussão), Danilo Costa (saxofone tenor e flauta), Firmino Campos (vocal), George Gomes (bateria), Hugo Carafunim (trompete), Klayjane (vocal), Luiz Jr. (violão sete cordas, guitarra semiacústica e viola caipira), Paulo Trabulsi (cavaquinho), Rui Mário (sanfona e teclado), Serginho Carvalho (contrabaixo) e Wanderson Silva (percussão).

Se médicos chegaram a desenganar o moleque João aos nove anos de idade, apostando-lhe cinco anos de sobrevida, o menino cresceu, tornou-se Joãozinho Ribeiro e teima em viver e fazer arte, desde um Festival Universitário de Música na UFMA, em 1979. Com seu otimismo quase insuportável, como gracejou Zeca Baleiro durante a gravação do disco, um de seus bordões é “eu não morro nem que me matem”, frase de quem teima em lutar pelas coisas que acredita, como diz outra conhecida canção sua.

Para festejar os seis ponto zero, Joãozinho Ribeiro, sempre acompanhado de convidados especiais, inicia nesta sexta-feira (6), às 20h, no Bar do Léo, uma temporada que circulará por alguns bares e outros espaços ludovicenses e deve descer também a alguns municípios do interior. A ideia é realizar, a partir deste início de março, shows mensais até o fim do ano.

Para a estreia estão escalados Célia Maria e Chico Saldanha. Os shows terão um formato intimista. As apresentações têm entrada franca. Milhões de Uns – Vol. 1 pode ser adquirido na ocasião, no local, e ainda nos seguintes pontos de venda espalhados pela Ilha: Banca do Dácio (Praia Grande), Livraria Poeme-se (Praia Grande), Rodrigo Cds Maranhenses (Praia Grande), Banca do Valdir (Renascença I), Papos & Sapatos (Lagoa da Jansen), Quitanda Rede Mandioca (Rua do Alecrim), Banca do Mundo de Coisas (Renascença II) e Play Som (Tropical Shopping).

Show Elas cantam Vieira celebrará 94 anos que compositor faria 9 de maio

Falecido em 7 de abril de 2009, obra de Antonio Vieira será lembrada na data em que compositor completaria 94 anos

O compositor em ação no também saudoso Clube do Choro Recebe. Foto: Pedro Araújo

No próximo 9 de maio, o compositor Antonio Vieira completaria 94 anos. “Se vivo fosse não cabe dizer, pois ele está vivo entre nós, através de sua lembrança e principalmente de sua obra”, afirma o percussionista Arlindo Carvalho, músico que privou da amizade do “velho moleque”, um dos organizadores do tributo que celebrará a data em São Luís.

Elas cantam Vieira: conosco não tem mosquito! é o nome do show que será apresentado sexta-feira, 9, às 20h, em frente ao Memorial Maria Aragão, na praça homônima (Av. Beira Mar, Centro). Subirão ao palco Alexandra Nicolas, Anna Cláudia, Camila Reis, Cecília Leite, Célia Maria, Lena Machado, Rosa Reis e Tássia Campos para festejar a obra do autor de clássicos do quilate de Cocada, Banho cheiroso e Tem quem queira, entre mais de 300 outras.

A banda que as acompanhará é formada pelos músicos Arlindo Carvalho (percussão), Caio Carvalho (percussão), Celson Mendes (violão), Danilo Miranda (sax alto e clarinete), Fleming (bateria), Mauro Travincas (contrabaixo), Osmar do Trombone e Paulo Trabulsi (cavaquinho). O espetáculo contará ainda com as participações especiais de Adelino Valente (piano) e Zezé Alves (flauta)

Com apoio da Fundação Municipal de Cultura (Func) e Museu da Memória Audiovisual do Maranhão/ Fundação Nagib Haickel (Mavam), o espetáculo é gratuito, mas recomenda-se a quem for, doar um quilo de alimento não perecível: a arrecadação será destinada a uma instituição de caridade da capital maranhense.

“Celebrar o legado de Vieira é também celebrar suas convicções, ele cuja obra e posturas traduziam diversas preocupações sociais”, finalizou Arlindo Carvalho.

[Este post sofreu correções às 9h15min de 6/5/2014]