Festival João do Vale — Revival acontece em Pedreiras neste sábado (6)

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Data marca os 29 anos de falecimento do maranhense do século XX. Evento reunirá nove artistas que participaram das três edições do Festival João do Vale, em 2000, 2001 e 2008

O compositor João do Vale - foto: reprodução
O compositor João do Vale – foto: reprodução

Quase 30 anos após seu falecimento, o legado de João do Vale (1934-1996) continua a inspirar artistas país afora, para muito além de Teresina a São Luís. Gravado e regravado por grandes nomes da música popular brasileira — Alcione, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Irene Portela, Maria Bethânia, Tião Carvalho e Tom Zé, entre outros —, o pedreirense ganhou projeção nacional ao participar do espetáculo “Opinião”, ao lado de Nara Leão (1942-1989) e Zé Keti (1921-1999), nos primórdios da ditadura militar brasileira. É autor de clássicos do quilate de “Carcará”, “Pisa na fulô”, “Peba na pimenta”, “Na asa do vento” e “O canto da ema”, entre inúmeros outros.

Entre 2000 e 2008 o músico Wilson Zara produziu três edições do Festival de Música Popular João do Vale, movimentando a cena autoral do Maranhão e ajudando a revelar diversos talentos.

Parte deste elenco se reúne no Festival João do Vale — Revival, que acontece no próximo dia 6 de dezembro (data que marca os 29 anos de falecimento de João do Vale), às 20h, no Parque João do Vale (Av. Rio Branco, s/nº., Centro, Pedreiras/MA), com entrada franca.

Sexta-feira passada (28 de novembro), o Miolo Café Bar (Av. Litorânea, 100, Calhau) foi palco do reencontro de Alberto Trabulsi, Bruno Batista e Cláudio Leite. Era a Chegança do Revival, reunindo artistas que participaram (e foram premiados) nas três edições do Festival João do Vale.

O cantor e compositor Chico Nô - foto: divulgação
O cantor e compositor Chico Nô – foto: divulgação
A cantora Dicy - foto: Laila Razzo/ divulgação
A cantora Dicy – foto: Laila Razzo/ divulgação
O cantor e compositor Elizeu Cardoso - foto: divulgação
O cantor e compositor Elizeu Cardoso – foto: divulgação
A cantora e compositora Lena Garcia - foto: divulgação
A cantora e compositora Lena Garcia – foto: divulgação
O cantor e compositor Zé Lopes - foto: divulgação
O cantor e compositor Zé Lopes – foto: divulgação

Em Pedreiras será a vez do encontro dos cantores e compositores Chico Nô, Dicy, Elizeu Cardoso, Lena Garcia, Helyne, Zé Lopes, Itamar Lima, Herbeth Luiz e Davi Faray, que se apresentarão acompanhados de banda formada por Fleming (bateria), Hugo César (violão), Natanael Fernandes (sanfona) e Jeff Soares (baixo).

“O Festival João do Vale teve um papel significativo na minha carreira. Porque além da visibilidade, visto ser um festival na capital e que reunia muita gente já com trabalho consolidado, me apresentou outros compositores e cantores de todo o Estado. A própria canção com que participamos, “Redemoinhos”, uniu Dicy, Lena Garcia e Helyne, artistas grandiosas e com trabalho duradouro e único. Estar presente agora, tantos anos depois, no João do Vale — Revival é maravilhoso. De lá pra cá, muita coisa aconteceu nas carreiras de todo mundo. Será uma celebração com o público e com gente que se tornou amigo e parceiro. João do Vale é, sem dúvida, a nossa maior referência. A poesia que está nas ruas e nas bocas, todo mundo canta e assobia. Isto é muito, muito difícil. Tanto que João não nasce todo dia, é um assombro! Se o Maranhão tem uma alma, ela é negra, de pés no chão e nasceu em Pedreiras”, afirma o cantor e compositor Elizeu Cardoso.

“O festival equilibra tradição e contemporaneidade. João do Vale representa um Brasil que se reinventa — e é isso que queremos celebrar: o diálogo entre a memória do passado e a vitalidade do presente. É um ato de pertencimento e resistência cultural”, afirma Wilson Zara, idealizador e realizador das três edições do Festival João do Vale e deste Revival.

O Festival João do Vale — Revival é uma realização da Zarpa Produções Artísticas, com recursos da Lei Paulo Gustavo (Lei complementar nº. 195/2022) do Governo Federal, operacionalizada pelo Governo do Estado do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão (Secma). O evento tem apoio da Prefeitura Municipal de Pedreiras, Rodrigo Iluminações, Parque João do Vale e Fundação Pedreirense de Cultura e Turismo.

Serviço

O quê: Festival João do Vale — Revival.
Quem: os cantores e compositores Chico Nô, Dicy, Elizeu Cardoso, Lena Garcia, Helyne, Zé Lopes, Itamar Lima, Herbeth Luiz e Davi Faray e banda.
Quando: sábado (6), às 20h.
Onde: Parque João do Vale (Av. Rio Branco, s/nº., Centro, Pedreiras/MA).
Quanto: grátis.
Realização: Zarpa Produções Artísticas.
Patrocínio: Lei Paulo Gustavo (Lei complementar nº. 195/2022) do Governo Federal, operacionalizada pelo Governo do Estado do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão (Secma).
Apoio: Prefeitura Municipal de Pedreiras, Rodrigo Iluminações, Parque João do Vale e Fundação Pedreirense de Cultura e Turismo.

Emaranhando em Fortaleza

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Caravana com 11 artistas maranhenses participa da Virada Cultural no CCBNB na capital cearense

Invariavelmente apontado como um dos estados de maior riqueza e diversidade cultural do país, o Maranhão terá uma caravana na Virada Cultural promovida pelo Centro Cultural Banco do Nordeste, em Fortaleza/CE, no próximo dia 8 de dezembro. A apresentação acontece às 19h, na sede do CCBNB, com entrada franca.

Camila Reis, Dicy, Elizeu Cardoso, Klícia, Lena Garcia, Regiane Araújo, Santacruz, Wilson Zara e Zeca Tocantins, acompanhados por Isaías Alves (bateria) e João Simas (violão, guitarra e direção musical), além do baixista cearense Lucas Arruda, irão se apresentar no Palco Papete, montado no CCBNB, cujo nome homenageia o cantor, compositor e percussionista José Ribamar Viana (1947-2016), um dos mais destacados artistas da música maranhense em todos os tempos.

Os 11 artistas, um time de craques, selecionados pela curadoria do evento representam diversos segmentos da música popular brasileira produzida no Maranhão. “Levamos em conta, além da qualidade artística, obviamente, questões de representatividade: há artistas da capital e do interior, homens e mulheres, negros, artistas consagrados e revelações em seus modos diversos de fazer música”, afirma Gildomar Marinho, gerente do CCBNB.

O repertório da apresentação passeará por temas autorais e clássicos de compositores maranhenses, revelando um amplo leque tanto em se tratando de estilos quanto de tempo, abordando clássicos que vão de João do Vale (1934-1996), considerado o maranhense do século XX, a Josias Sobrinho – um dos compositores gravados por Papete em “Bandeira de Aço” (Discos Marcus Pereira, 1978), considerado um divisor de águas na música popular brasileira produzida no Maranhão –, que completou ano passado 50 anos de carreira.

“Emaranhando em Fortaleza”, o título do espetáculo, brinca com um verso de “Devoluto”, poema de Sérgio Natureza musicado por Kléber Albuquerque gravado por este com o homenageado Celso Borges (1959-2023) em seu livro-disco “Música” (2006). À época, o poeta morava em São Paulo e um dos versos do poema diz “emaranhando em Sampa” – a escolha é também uma homenagem dos artistas ao poeta, cuja obra também inclui letras de música.

Jhoie Araújo celebra retorno aos palcos

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O cantor é uma das atrações do sarau RicoChoro ComVida, que acontece neste sábado (6), no Museu Histórico e Artístico do Maranhão. As outras atrações são a cantora Lena Garcia, o Regional Caçoeira e o dj Victor Hugo

O cantor Jhoie Araújo. Foto: divulgação

“Estou muito feliz pelo convite. O RicoChoro ComVida, além de ter se tornado um evento necessário para o calendário de São Luís, é um importante marco como difusor de cultura e artistas maranhenses. O projeto está me permitindo cantar um repertório que gosto muito e quase não tenho oportunidade de apresentar, por conta das proposições dos locais e eventos que me disponho a cantar pra ganhar a vida”.

O depoimento é do cantor Jhoie Araújo, um dos convidados do sarau RicoChoro ComVida que acontece neste sábado (6), às 17h30, no jardim do Museu Histórico e Artístico do Maranhão (MHAM, Rua do Sol, 302, Centro). Ele divide o palco com a cantora e compositora Lena Garcia e os dois terão como anfitrião o Regional Caçoeira, formado por Wendell Cosme (cavaquinho e bandolim), Tiago Fernandes (violão sete cordas), Wanderson Silva (percussão) e Vitor Monteiro (flauta). O dj da noite é Victor Hugo. O evento tem entrada franca, devendo ser observadas as normas de segurança sanitária vigentes. O uso de máscara é obrigatório.

“O projeto está me possibilitando dividir o palco com a Lena, que além de ser minha amiga, me embalou quase toda manhã no programa Santo de Casa. Quando a conheci, por volta de 2015, fiquei emocionado em saber de quem era a voz por trás da música “Nenhuma estrela”, fora a memória afetiva de vê-la interpretando a canção que ficou em primeiro lugar no festival João do Vale. Estou falando tudo isso pra provar o quanto são incríveis os encontros que RicoChoro ComVida proporciona”, continua Jhoie Araújo.

Ele adianta, mas sem entregar completamente, o que está preparando em termos de repertório, para a apresentação: “reuni cações que gosto de cantar e me levam pra lugares e cenas diversas, um panorama que vai de Cesar Teixeira, passa por Cartola e desemboca em “Kumbaya”, que é uma música do meu amigo Sfanio que tive uma grande felicidade em gravar com a minha banda Baré de Casco”.

O cantor, que como todos os trabalhadores e trabalhadoras da cadeia produtiva da cultura, teve que paralisar as atividades em razão do isolamento social imposto pela pandemia de covid-19, comenta a atual realidade brasileira, a importância da arte para atravessar a crise sanitária, e o retorno aos palcos, no projeto RicoChoro ComVida: “acredito que a maior riqueza que a gente pode ter é a arte, não de uma maneira romântica; passamos por uma treva e a possibilidade, mesmo com restrições, de nos apresentarmos, com responsabilidade, é impagável, afinal, fizemos frente a toda essa desgraça que aconteceu; com certeza contribuímos para manter a sanidade mental nesse período e tentamos desde sempre levar alimento a alma”.

As três edições do sarau RicoChoro ComVida em 2021 foram garantidas por meio da emenda parlamentar 39210011 OGU 2021, destinada pelo deputado federal Bira do Pindaré à Prefeitura Municipal de São Luís, através da Secretaria Municipal de Cultura (Secult). O evento tem produção de RicoChoro Produções Culturais, Girassol Produções e Sociedade Artística e Cultural Beto Bittencourt, e conta com tradução simultânea em Libras, a língua brasileira de sinais, banheiros acessíveis e assentos preferenciais próximo ao palco.

Serviço

O quê: sarau RicoChoro ComVida
Quem: DJ Victor Hugo, Regional Caçoeira, os cantores Jhoie Araújo e Lena Garcia
Quando: dia 6 de novembro (sábado), pontualmente às 17h30
Onde: Jardim do Museu Histórico e Artístico do Maranhão (MHAM, Rua do Sol, 302, Centro)
Quanto: grátis
Apoio cultural: emenda parlamentar nº. 39210011 OGU 2021, do Deputado Bira do Pindaré à Prefeitura de São Luís
Informações: facebook: ricochorocomvida; instagram: @ricochoro

Turnê Andarilho Parador, de Djalma Chaves e Nosly, começa por Imperatriz/MA

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Show acontece sábado (14) no Imperial Shopping. Além do município maranhense, músicos percorrerão cinco capitais brasileiras: Teresina, São Luís, Belém, Brasília e Fortaleza

Foto: Fafá Lago
Foto: Fafá Lago

 

A expressão Andarilho Parador carrega em si aparente contradição. Trata-se da junção dos títulos dos mais recentes discos de Djalma Chaves e Nosly, Andarilho e Parador, respectivamente. Com o show, os músicos percorrerão seis cidades brasileiras em novembro e dezembro, lançando os trabalhos.

A turnê começa por Imperatriz/MA, no próximo sábado (14). Lá a apresentação acontece às 19h30, no Imperial Shopping (BR 010, s/n°., Jardim São Luís), com participações especiais de Karleyby Allanda e Lena Garcia, cantoras da cena local.

“Sou um andarilho por natureza, sempre o fui. Meu trabalho foi forjado nas andanças pelos palcos do mundo. Porém, todo andarilho tem sua parada para o descanso e nada melhor do que as harmonias e canções e a companhia de meu parceiro Nosly para tirar uma “siesta””, comentou Djalma Chaves sobre a apenas aparente contradição.

Como também atesta Nosly: “A contradição, se existe, é mesmo aparente [risos]. Andarilho, um ser que anda; parador, ser que viaja no trem Parador, que liga a estação Central do Brasil à Zona Norte do Rio [de Janeiro]. Ambos estão em movimento, moto contínuo [risos]. A gente achou muito legal essa coisa do antagonismo das palavras, daí deu a liga, os opostos se atraem, não é mesmo?”, revelou.

Recentemente os dois realizaram diversas apresentações em São Luís no projeto Djalma e Nosly Convidam, sempre com convidados especiais. A dupla já conta seis shows realizados no formato. “Esse convívio musical tem nos ajudado a alinhavar o repertório que apresentaremos em cinco capitais brasileiras, além da cidade de Imperatriz. Em São Luís investimos na formação de plateia para música de qualidade, sempre convidando algum nome de destaque da cena cultural local, o que continua fazendo parte desse encontro musical”, explicou Nosly. “Estes shows serviram como aprendizado e entrosamento com a banda que nos acompanhará na turnê”, concordou Djalma.

E que banda! Nosly (voz, violão e guitarra) e Djalma Chaves (voz e violão) serão acompanhados por Murilo Rego (teclados), Sued (guitarra), Mauro Travincas (contrabaixo) e Fleming (bateria).

O repertório de Andarilho Parador é baseado no dos dois discos que dão nome ao espetáculo. Além de composições de Nosly e Djalma Chaves, há espaço para reverências a artistas admirados por eles. No primeiro bloco estão músicas como Aldeia (Nosly e Celso Borges) e Santo milagreiro (Djalma Chaves e César Roberto); no segundo, I’ll be over you, sucesso da banda Toto, e Gata e leoa (Jorge Macau), já gravadas por Nosly e Djalma Chaves, respectivamente, entre outras.

A turnê tem patrocínio da Companhia Energética do Maranhão (Cemar), através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Além de Imperatriz, o show Andarilho Parador será apresentado ainda em Teresina/PI, São Luís/MA, Belém/PA, Brasília/DF e Fortaleza/CE. Em todas as apresentações os ingressos serão trocados por um quilo de alimento não perecível, que serão doados a instituições de caridade locais.

Dicy Rocha no Palco MPB

A cantora Dicy Rocha estreia hoje, no Bombô Thematic Club, o projeto Palco MPB, que levará ao palco daquela casa recém-inaugurada na Praia Grande, shows de música popular brasileira, como lhe entrega o batismo, com artistas locais e de outros cantos do país.

Ainda não conheço o Bombô, mas conheço as pessoas envolvidas na empreitada, e torço por sua longevidade e dos projetos que por ali já estão sendo realizados e por aqueles que ainda serão inventados. Por uma revitalização cultural na Praia Grande, meio abandonada de uns tempos pra cá.

O show de hoje promete ser nada menos que um luxo. A começar pela cantora, que volta aos palcos após o nascimento do filho Sião – uma exceção foi a participação no show comemorativo de 35 anos do LP Bandeira de Aço, em maio passado. A continuar pela banda que lhe acompanha: Fofo (bateria), Hugo Lima (violão e guitarra), João Paulo (contrabaixo), Josemar Reis (percussão) e Rui Mário (teclado e sanfona). E como se já não sobrasse luxo e talento, as participações especiais de Criolina, Preto Nando, Lena Garcia e Lena Machado.

Atenção especial para os dois últimos nomes, o par de Lenas: com a Garcia imperatrizense e Helyne Carvalho, Dicy venceu a terceira edição do Festival João do Vale de Música Popular, organizado pelo cantor Wilson Zara, no Circo da Cidade – este blogueiro integrava o júri. A Machado, hoje ludovicense adotiva, aniversariou na última quinta-feira (15) e promete um presente aos presentes. Pelas presenças – perdoem a redundância – no palco, não só ela.