Joãozinho Ribeiro celebra a vida e a arte em dois shows no Teatro Arthur Azevedo

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Apresentações acontecem dias 3 e 4 no Teatro Arthur Azevedo, com participações especiais de Adler São Luiz, Adriana Bosaipo, Alê Muniz, Aziz Jr, Chico Saldanha, Daffé, Josias Sobrinho, Maria Spíndola, Paulo Pirata, Rosa Reis e Sérgio Habibe

O poeta e compositor Joãozinho Ribeiro - foto: divulgação
O poeta e compositor Joãozinho Ribeiro – foto: divulgação

O poeta e compositor Joãozinho Ribeiro completou, em 2025, 70 anos de idade e 60 de uma vitoriosa batalha contra um câncer. Uma de suas frases de cabeceira, do pintor italiano Amedeo Modigliani (1884-1920), diz que “o dever do artista é salvar o sonho”. O artista entende que a celebração da vida passa pela celebração da arte.

Estes são os motes do show “Canções da Vida e da Arte”, que Joãozinho Ribeiro apresenta nos próximos dias 3 e 4 de outubro, às 20h, no Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol, Centro), com as participações especiais de Adler São Luiz, Adriana Bosaipo, Alê Muniz, Aziz Jr, Chico Saldanha, Daffé, Josias Sobrinho, Maria Spíndola, Paulo Pirata, Rosa Reis e Sérgio Habibe.

Com produção e coordenação geral de Lena Santos, o show de Joãozinho Ribeiro tem direção geral do artista, que será acompanhado pelos músicos Rui Mário (sanfona, teclados e direção musical), Arlindo Pipiu (violão e guitarra), Hugo Carafunim (trompete), Danilo Santos (saxofone e flauta), Robertinho Chinês (cavaquinho), Carlos Raqueth (baixo), Ronald Nascimento (bateria), Marquinhos Carcará (percussão), Kátia Espíndola (vocal), Raquel Espíndola (vocal) e Renato Serra (teclados).

As celebrações de Joãozinho Ribeiro têm caráter solidário: os ingressos para os shows serão trocados por alimentos, materiais de limpeza e higiene pessoal, pedagógicos, hospitalares, descartáveis, roupas e utensílios domésticos para a Casa de Apoio da Fundação Antonio Dino. A troca pode ser feita no Convento das Mercês (sede da Fundação da Memória Republicana Brasileira, Rua da Palma, Desterro) ou no Teatro Arthur Azevedo (nos dias do espetáculo).

Joãozinho Ribeiro é um dos artistas maranhenses mais gravados, tendo músicas suas em registros de nomes como Betto Pereira, Célia Maria, Chico César, Elba Ramalho, Flávia Bittencourt, Josias Sobrinho, Lena Machado, Olodum, Rita Benneditto, Rosa Reis e Zeca Baleiro, entre outros.

Parte deste repertório autoral será lembrada nas duas apresentações do show “Canções da Vida e da Arte”, que tem patrocínio da Potiguar e Secretaria de Estado da Cultura (Secma), através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão.

Serviço

O quê: show “Canções da Vida e da Arte”
Quem: Joãozinho Ribeiro e convidados
Quando: dias 3 (sexta) e 4 de outubro (sábado), às 20h
Onde: Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol, Centro)
Quanto: os ingressos solidários serão trocados por alimentos, materiais de limpeza e higiene pessoal, pedagógicos, hospitalares, descartáveis, roupas e utensílios domésticos para a Casa de Apoio da Fundação Antonio Dino (a partir do dia 1º. de outubro no Convento das Mercês e nos dias das apresentações também na bilheteria do TAA)
Informações: no instagram @joaozinhoribeiromilhoesdeuns

Joãozinho Ribeiro e grande elenco celebram a paz na terceira edição do show “Com o Afeto das Canções”

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O poeta e compositor Joãozinho Ribeiro. Foto: divulgação
O poeta e compositor Joãozinho Ribeiro. Foto: divulgação

Evento acontece no próximo dia 16 de dezembro (sábado), no Convento das Mercês

A trajetória artística do poeta e compositor Joãozinho Ribeiro se confunde com sua trajetória militante. Desde que estreou na música, num festival universitário em 1979, em que ficou em segundo lugar, sua obra se debruça sobre questões sociais, num fazer artístico de uma consciência raras vezes vista.

Com um livro – “Paisagem Feita de Tempo” (Edição do Autor, 2006) – e um disco lançados – “Milhões de Uns – vol. 1”, gravado ao vivo no Teatro Arthur Azevedo em 2012 e lançado no ano seguinte – até aqui, sua poesia e sua música invariavelmente alertam para as mazelas que nos cercam.

“A função do artista é salvar o sonho” e a frase do pintor italiano Amedeo Modigliani (1884-1920) há algum tempo martela o juízo de Joãozinho como um mantra. Notícias de guerras distantes pedem paz, pão e poesia. E música.

É pensando e motivado por isso que Joãozinho Ribeiro, ser gregário, como já sabemos, se reúne com uma constelação de primeira linha da música popular brasileira produzida no Maranhão para o show “Com o Afeto das Canções III – A Festa da Paz”, que acontece no próximo dia 16 de dezembro (sábado), no Convento das Mercês (Rua da Palma, Desterro), a partir das 18h.

“A gente enxerga esta realização como uma grande festa de confraternização, típica do período, mas pautada por muito profissionalismo e solidariedade. É um espaço do acontecer solidário, reunindo cerca de uma centena de envolvidos, desde instrumentistas, convidados especiais, produtores, grupos de cultura popular da comunidade do Desterro, bairro onde me criei e onde está localizado o Convento das Mercês, cartão postal da capital maranhense que é sede da Fundação da Memória Republicana Brasileira, em cujas festas de fim de ano a gente se insere, colaborando também com a Campanha Natal Sem Fome. Música na existência, para alimentar os espíritos! Dança nos corpos, para liberar as energias positivas! Eparrei! Aleluia! Shalom! Saravá!”, resume Joãozinho Ribeiro.

A música começa com apresentações de grupos de cultura popular do entorno: Tambor dos Onças, Zumba da Negra Zete, Capoeira do Mestre Bamba e os Blocos Tradicionais Os Foliões e Os Guardiões. Na sequência, tendo como mestre de cerimônias o poeta e cordelista Moizes Nobre, Joãozinho Ribeiro será acompanhado por Rui Mário (sanfona, teclados e direção musical), Hugo Carafunim (trompete), Danilo Santos (saxofone e flauta), Ronald Nascimento (bateria), Tiago Fernandes (violão sete cordas), Marquinhos Carcará (percussão), Robertinho Chinês (cavaquinho), Katia Espíndola (vocal), Raquel Espíndola (vocal). O anfitrião terá como convidados o Bloco Afro Akomabu, Anastácia Lia, Andréa Frazão, Ronald Pinheiro, Josias Sobrinho, Zé Heitor (vencedor do concurso de toadas dos sotaques da baixada e costa de mão, promovido pela FMRB), Chico Saldanha, Bicho Terra, Allysson Ribeiro, Anna Cláudia e Fátima Passarinho – os três últimos, sob a batuta do maestro Arlindo Pipiu, irão comandar o Baile da Paz, antecipando o carnaval, apresentando um repertório de frevos e marchinhas, incluindo composições inéditas que estarão no EP carnavalesco que o compositor lançará no início de 2024.

“Com o Afeto das Canções III – A Festa da Paz” tem produção e coordenação geral de Lena Santos e patrocínio da Potiguar e Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão (Secma), através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão. O acesso se dará mediante a troca de um quilo de alimento não perecível, no local. A arrecadação será destinada à Campanha Natal Sem Fome.

Serviço

O quê: show “Com o Afeto das Canções III – A Festa da Paz”
Quem: o poeta e compositor Joãozinho Ribeiro e convidados
Quando: dia 16 de dezembro (sábado), às 18h
Onde: Convento das Mercês (Rua da Palma, Desterro)
Quanto: os ingressos serão trocados por um quilo de alimento não perecível

Joãozinho Ribeiro e grande elenco apresentam “Canções de Amor e Paz”

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O poeta e compositor Joãozinho Ribeiro. Foto: divulgação
O poeta e compositor Joãozinho Ribeiro. Foto: divulgação

Espetáculo poético-musical acontece nesta sexta-feira (22), no Teatro Arthur Azevedo

Diariamente somos bombardeados pelo noticiário e pelas redes sociais com notícias desagradáveis. São fartos os casos de desastres (supostamente) naturais, violências de toda ordem e assassinatos, não raro os três se relacionando.

Na contramão disso, temos as artes, para servirem não como alienação, alheamento ou fuga da realidade, mas também para nos ajudar a refletir sobre a quadra histórica que atravessamos.

“O dever do artista é salvar o sonho”, sentenciou o artista plástico italiano Amedeo Modigliani (1884-1920), frase que se tornou um mantra para o poeta e compositor maranhense Joãozinho Ribeiro.

Nesta cruzada quase quixotesca em busca de salvar o sonho, Joãozinho Ribeiro apresenta nesta sexta-feira (22), às 20h, no Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol, Centro), o espetáculo “Canções de Amor e Paz”, reunindo um grande elenco da música e poesia cometidas por estas plagas.

Desfilando um repertório autoral, Joãozinho Ribeiro agrega como convidados/as o Coral Infantil Batucando Esperança, Elisa Lago, Emmanuel Ferraro, Adriana Bosaipo, Anna Cláudia, Fátima Passarinho, Zeca Baleiro – que fará uma participação especial virtual, apresentando uma parceria inédita deles em vídeo –, Ivandro Coelho, Gisele Vasconcelos, Marconi Rezende, Rosa Reis, Leda Nascimento, Elizandra Rocha, Gilson César, Rosa Ewerton, Uimar Junior, Moizes Nobre e Tatiane Soares.

O anfitrião e a constelação que o acompanha terão seus feitos musicais e poéticos emoldurados pelos talentos de Rui Mário (sanfona e direção musical), Arlindo Pipiu (baixo), Hugo Carafunim (trompete), Danilo Santos (saxofone e flauta), Robertinho Chinês (cavaquinho e bandolim), Tiago Fernandes (violão sete cordas) e Marquinhos Carcará (percussão). A produção é de Lena Santos e a direção geral de Joãozinho Ribeiro.

Os ingressos custam R$ 50,00 (R$ 25,00, a meia-entrada para estudantes com carteira e demais casos previstos em lei) e estão à venda na Bilheteria Digital e na bilheteria do Teatro Arthur Azevedo.

Serviço

O quê: show “Canções de Amor e Paz”
Quem: Joãozinho Ribeiro e convidados
Quando: sexta-feira (22), às 20h
Onde: Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol, Centro)
Quanto: R$ 50,00 e 25,00

Fransoufer inaugura exposição “Maranhão Meu Maranhão” em duas etapas

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60 telas inéditas poderão ser visitadas pelo público, na Procuradoria-Geral de Justiça, em São Luís, e no Centro Cultural Casa Gamela, em São José de Ribamar

O artista Fransoufer em ação. Divulgação
O artista Fransoufer em ação. Divulgação

Em 8 de junho de 1958, na Suécia, o Brasil estreou na Copa do Mundo de futebol com um sonoro 3×0 sobre a seleção austríaca, começando a pavimentar o caminho até o primeiro título mundial. No dia seguinte, no povoado Mojó, em Bequimão/MA, nascia o menino Francisco de Souza Ferreira, em meio aos batuques de um grupo de bumba meu boi de zabumba que brincava em um terreiro da vizinhança – seu pai integrava o cordão.

Como se vê, o menino parecia predestinado. Ainda criança, perambulando por olarias de sua cidade natal, começou a brincar de esculpir usando o barro. Levava jeito para a coisa e isso não passou desapercebido por uma tia, que o levou para estudar na capital; com o tempo o Brasil e o mundo ouviriam falar e reconheceriam o talento de Fransoufer, o nome artístico de sotaque francês que adotou, inventado por amigos, que uniram as sílabas iniciais de seu nome de pia.

Fransoufer foi discípulo do húngaro radicado em São Luís Nagy Lajos (1925-1989), influência definitiva em sua carreira, que não tardaria a ganhar reconhecimento: em 48 anos de trajetória, entre coletivas e individuais, o artista já expôs em vários estados brasileiros e participou do V Salão Internacional de Artes Plásticas, na Bélgica, com a obra “Bumba Meu Boi”, exposta permanentemente no Museu de Arte Moderna de Bruxelas. A sede do Instituto Fransoufer, instalada na Fazenda Canaã, em seu município natal, é um verdadeiro museu a céu aberto e abriga uma série composta por mais de 200 esculturas em tamanho natural.

O ambiente da infância e as origens ajudam a entender os rumos tomados por Fransoufer em seu fazer artístico. O menino que inventava os próprios brinquedos acabou transformando isso em profissão. Devoto de São Francisco de Assis, sua obra é marcada por traços geométricos bastante característicos e pelo uso de cores vibrantes para retratar temas da religiosidade e da cultura popular, além do povo simples do Maranhão, equilibrando-se entre o sagrado e o profano, inspirações e temáticas que predominam em suas telas. Os maranhenses têm nova oportunidade de apreciar a beleza de sua arte.

No próximo dia 13 de setembro, às 10h, Fransoufer inaugura a exposição “Maranhão Meu Maranhão”, com 30 telas inéditas, pintadas especialmente para a ocasião. O vernissage acontece no Espaço de Artes Márcia Sandes, na sede da Procuradoria Geral de Justiça do Estado do Maranhão (Av. Carlos Cunha, 3261). Dia 16, às 16h, a exposição vai até o Centro Cultural Casa Gamela (Rua Maj. Pirola, Praça da Matriz, 131, Centro, São José de Ribamar) – cada endereço abrigará 30 telas diferentes.

“Maranhão Meu Maranhão”, a exposição, tem curadoria de Silvânia Tamer, produção e coordenação geral de Lena Santos, assessoria de comunicação de Paula Brito e Zema Ribeiro, projeto gráfico e identidade visual de Carlos Costa, monitoria de Gina Tavares, fotografias de Carlos Foicinha, e tradução e revisão textual de Rodrigo Oliveira. O patrocínio é do Governo do Estado do Maranhão, Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão e Grupo Mateus, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão, com apoio cultural do Ministério Público do Estado do Maranhão, Centro Cultural Casa Gamela e AD Fontes Advocacia. A realização é do Instituto Fransoufer.

Uma das telas da exposição "Maranhão Meu Maranhão", de Fransoufer. Reprodução
Uma das telas da exposição “Maranhão Meu Maranhão”, de Fransoufer. Reprodução

Serviço

O quê: exposição “Maranhão Meu Maranhão”
Quem: o artista plástico Fransoufer
Onde/quando: Procuradoria Geral de Justiça do Estado do Maranhão (Av. Carlos Cunha, 3261), dia 13 (quarta-feira), às 10h; e Centro Cultural Casa Gamela (Rua Maj. Pirola, Praça da Matriz, 131, Centro, São José de Ribamar), dia 16 (sábado), às 16h
Quanto: a visitação é gratuita
Patrocínio: Governo do Estado do Maranhão, Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão e Grupo Mateus, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão
Apoio cultural: Ministério Público do Estado do Maranhão, do Centro Cultural Casa Gamela e da AD Fontes Advocacia
Realização: Instituto Fransoufer

Afetos e canções: Joãozinho Ribeiro reúne amigos em show plural

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Apresentação acontece sexta-feira (16) no Convento das Mercês, com entrada franca – com sugestão de doação de um quilo de alimento não-perecível para as comunidades carentes do entorno

O compositor Joãozinho Ribeiro. Foto: Murilo Santos. Divulgação

O compositor Joãozinho Ribeiro volta a reunir os amigos no show “Com o afeto das canções II”. Beneficente, o evento – cuja primeira edição aconteceu ano passado – ocupa o pátio do Convento das Mercês (Rua da Palma, Desterro), na próxima sexta-feira, 16, às 20h. A entrada é gratuita, com a sugestão da doação de um quilo de alimento não-perecível; a arrecadação será destinada a comunidades carentes do entorno da Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB), instituição sediada no prédio secular do Centro Histórico da capital maranhense, que completou recentemente 25 anos de inclusão na lista de cidades patrimônio mundial da Unesco.

Joãozinho Ribeiro terá como convidados especiais o Bloco Afro Akomabu, George Gomes, Rosa Reis, Célia Maria, Josias Sobrinho, Rita Benneditto – que gravou em dueto com Zeca Baleiro (que participa virtualmente do show, através de uma mensagem em vídeo), a música que dá título ao espetáculo, cuja produção é assinada por Lena Santos. O espetáculo é uma realização da Dupla Criação e Fundação da Memória Republicana, com patrocínio da Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão (Secma) e Potiguar, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão.

Rui Mário (sanfona, piano e direção musical), Marquinhos Carcará (percussão), Danilo Santos (saxofone e flauta), Hugo Carafunim (trompete), Robertinho Chinês (cavaquinho e bandolim), Arlindo Pipiu (contrabaixo), Tiago Fernandes (violão sete cordas), Ronald Nascimento (bateria), Katia Espíndola (vocal) e Mariana Rosa (vocal) formam a superbanda que acompanhará Joãozinho Ribeiro e convidados em “Com o afeto das canções II”.

O repertório do show alinhava clássicos da lavra de Joãozinho Ribeiro a músicas inéditas. A pandemia de covid-19 e o isolamento social por ela imposto renderam ao artista dezenas de novas composições, sozinho ou em parceria. Entre os gêneros abordados no roteiro figuram baião, balada, bolero, bumba meu boi, carimbó, divino, ijexá, maxixe, merengue, reggae, salsa, samba e tambor de crioula.

“Esse show é uma espécie de exorcismo. Após quatro anos de massacres diariamente desferidos contra a cultura brasileira, para citar apenas uma área, voltamos a respirar ares democráticos e plurais, voltamos a ser um país, feito de nossa diversidade e riqueza culturais, é o que nos propomos a celebrar, com todo afeto das canções”, anuncia o compositor anfitrião.

Serviço

O quê: show “Com o afeto das canções II”
Quem: o compositor Joãozinho Ribeiro e convidados
Quando: dia 16 de dezembro (sexta-feira), às 20h
Onde: Convento das Mercês (Rua da Palma, Desterro, Centro Histórico)
Quanto: grátis. Sugere-se a doação de um quilo de alimento não-perecível, destinada às comunidades carentes do Centro Histórico
Realização: Dupla Criação e Fundação da Memória Republicana
Patrocínio: Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão (Secma) e Potiguar, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão.

Joãozinho Ribeiro apresenta seu choro (en)cantado e solidário

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Show acontece sábado (13), no Convento das Mercês; evento é parceiro da campanha “Pacto pelos 15% com fome” e ingressos podem ser trocados por um quilo de alimento não-perecível

O compositor Joãozinho Ribeiro. Foto: Murilo Santos. Divulgação

O compositor Joãozinho Ribeiro apresenta no próximo sábado (13) o show “Choro (en)cantado”, cujo repertório valoriza esta faceta de sua obra.

Invariavelmente, quando ouvimos falar de choro – ou chorinho, como o gênero também é conhecido – assenta-se seu nascimento no Rio de Janeiro, embora pesquisas demonstrem que esta música urbana já era praticada em outras praças, simultaneamente. O inventário do padre João Mohana (1925-1995), por exemplo, inclui diversas partituras de choro, de autores maranhenses, datadas ainda do século XX.

Um dos mais versáteis e gravados compositores do Maranhão, Joãozinho Ribeiro sempre teve um pé no choro, seja por influências percebidas aqui e acolá, seja na criação de choros “puros”, caso, por exemplo, do clássico “Milhões de uns”, de sua autoria, que colecionou prêmios desde seu registro pela cantora Célia Maria, em 2001.

O show que Joãozinho Ribeiro apresentará sábado que vem passeia por sua porção chorão e contará com as participações especiais de Anna Cláudia, Daniel Lemos, Fátima Passarinho, Mariana Rosa e Rose Fontoura. A produção é de Lena Santos.

Joãozinho Ribeiro e convidados serão acompanhados por Arlindo Pipiu (violões de seis e sete cordas e direção musical), Jovan Lopes (trombone), João Neto (flauta), Gustavo Belan (cavaquinho), Carbrasa (pandeiro) e Madson Peixoto (tantan).

A noite musical abrigará também o lançamento do livro “Letras e silêncio: o caos sentimental”, de Camila Cutrim. A solidariedade também vai marcar presença: os ingressos para acesso ao espetáculo se darão mediante a troca por um quilo de alimento não-perecível, que serão doados à campanha “Pacto pelos 15% com fome”, da Ação da Cidadania, que busca minimizar o sofrimento de mais de 30 milhões de brasileiros que atualmente passam fome – e de outros tantos que vivem em situação de insegurança alimentar.

Serviço: Choro (en)cantado, show de Joãozinho Ribeiro e convidados. Dia 13 de agosto (sábado), às 19h, no Convento das Mercês. Ingressos: um quilo de alimento não-perecível

Rosas, Tetés e Joanas

JOÃOZINHO RIBEIRO*

Encantamento de D. Teté, premiação do Rosa Secular como melhor show do ano, posse de Joana Bittencourt no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão… qual assunto tomar como tema desta coluna? A tarefa não parece das mais simples, porém não pode ser excludente, afinal de contas existe uma relação de causa e efeito recíprocos em todos eles, que não nos permite optar deliberadamente por um só, excetuando os demais.

D. Teté virou azulejo na madrugada do último sábado, após uma vida inteira de encantamentos e magias, dedicada ao reforço e valorização das nossas ancestralidades, deixando para todos um legado imenso de cantorias e atitudes que servirão de exemplo para as presentes e futuras gerações. Como mulher, negra, mãe, avó, artista, companheira e pessoa humana, nem física ou jurídica, da maior dignidade.

Da simplicidade de mestra da cultura popular do Maranhão a postura de sacerdotisa africana, quando puxava as ladainhas no Laborarte ou em qualquer outro espaço que exigisse a sua altiva intervenção. Ultimamente, em suas raras aparições públicas, sentada num troninho, armado exclusivamente para a altura da sua majestosa presença, que tanto encantou o mundo, extrapolando as fronteiras do país, sob os auspícios e incentivo do guerrilheiro Nélson Brito.

De sua criativa cantoria ficarão para sempre em minha memória uns versos cantados pelo seu Cacuriá, que parecem ter sido feitos sob encomenda para Amália, minha mãe inesquecível, cujo apelido carinhoso de infância era Mariquinha:

“Mariquinha morreu ontem,
ontem mesmo se enterrou
na cova de Mariquinha
nasceu um pé de fulô”.

Almerice era o seu nome de batismo, que muitos poucos conheciam. Teté, este sim, ganhou o mundo e penetrou os terrenos das nossas imaginações através das danças sensuais do Cacuriá e das inúmeras e insinuantes letras e melodias, que até hoje nos incitam e excitam quando são executadas. Uma delas mereceu o coro das vozes minha, de Josias Sobrinho, Chico Saldanha e de todos os presentes na última edição do show Rosa Secular II, realizada no dia 10/12, no Bar Daquele Jeito, com a plateia de pé, cantando comovida em uníssono:

“Lera chorou, Lera chorou
eu te disse, Lera,
vão te tomar teu amor”.

De Teté para Noel: deu a Rosa Secular na cabeça, como costumam dizer os apontadores do jogo do bicho. Só que a coisa não foi obra de nenhum “palpite infeliz” de alguma pessoa amiga ou das pessoas que detesto, conforme atestam os versos do poeta da vila; porém, o reconhecimento de mais de trezentos jurados que resolveram agraciar o Rosa Secular com o prêmio Universidade FM 2011, na categoria “Melhor Show do Ano”.

Da esquerda para a direita: Joãozinho Ribeiro, Chico Saldanha, Cesar Teixeira e Josias Sobrinho, protagonistas do melhor show do ano para o prêmio Universidade FM 2011

Um justo presente natalino para uma produção eminentemente coletiva, realizada em janeiro de 2011 no Bar Daquele Jeito, encharcada das humanidades e emoções dos compositores Cesar Teixeira, Chico Saldanha, Joãozinho Ribeiro e Josias Sobrinho; dos convidados especialíssimos, Léo Spirro, Célia Maria, Lena Machado e Lenita Pinheiro; dos talentos criativos dos artistas plásticos, Lena Santos e Ton Bezerra; do acompanhamento dos músicos maravilhosos: Arlindo Carvalho, Vandico, Domingos Santos, João Soeiro, João Neto e Juca do Cavaco; do auxílio luxuoso da Sociedade Artística e Cultural Beto Bittencourt e de todos os seus integrantes; da cumplicidade solidária de Zema Ribeiro e Marla Silveira.

Enfim, de todos apoiadores, poucos mas sinceros, e, principalmente, do público que lotou a casa e mostrou que ainda há espaço na cidade para eventos musicais que possam dar vez e voz para as pessoas expressarem seu “direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do progresso científico e de seus benefícios (…)”, como está destacado no artigo XXVII da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Foi respeitando este direito de participação, que o Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão abriu as suas portas na noite do 15 de dezembro último para receber, em seu respeitável quadro de sócios, uma das figuras mais queridas e solidárias, representante legítima do engenho e arte da cultura maranhense, agora confreira – Joana Bittencourt.

Com justiça e mérito intelectual, nossa “mãe” e “irmãzinha” do coração, poeta, escritora, compositora e diretora teatral – Joana Bittencourt -, que transformou sua própria residência num Ponto de Cultura para abrigar a Biblioteca Dinâmica Mário Meirelles, passou a ocupar a cadeira nº. 36 do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, patroneada por Jerônimo Viveiros. Motivo de orgulho e glória para todos nós que a guardamos no lado esquerdo do peito.

Com esta última coluna do ano, agradeço a paciência e desejo a todos os leitores, do fundo deste combalido coração de poeta, um FELIZ NATAL!

*Publicado no Jornal Pequeno do último 19 de dezembro, data em que o blogueiro completou 30 anos de idade.

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Grande notícia!: o show Rosa Secular terá bis dia 14 de janeiro de 2012, no Bar Daquele Jeito (Vinhais), às 22h. Mais detalhes por aqui em breve.