Merecidamente agraciados com o Prêmio da Música Brasileira, na categoria Melhor álbum, em sua 22ª. edição (alô, incautos: é o mesmo prêmio que outrora se chamou Sharp, Tim etc.), o casal Criolina volta ao Maranhão, terra que escolheram para viver e contrariar a “regra” de que para fazer sucesso tem que estar no sul/sudeste “maravilha”.
Mas melhor que este blogue convidá-los à festa são os próprios Alê Muniz e Luciana Simões fazerem-no:
A exemplo de cada faixa de Cine Tropical, o disco premiado, esta festa também tem sinopse:
Agora que você já conhece o script, já sabe: a regra é alegria! Após o show em São Luís a dupla sai em turnê por algumas capitais do Brasil.
Era a primeira vez que o mestre ia ao programa, que já conta mais de duas décadas no ar. Eu, modéstia à parte, já sou figurinha carimbada por ali, “aparecendo” vez por outra.
Ricarte Almeida Santos e este que vos perturba entrevistamos Cesar Teixeira em Chorinhos e Chorões gravado sexta-feira passada (15). Calma! Você não perdeu nada: o programa vai ao ar domingo (24), no horário de sempre: às 9h, na Rádio Universidade FM (106,9MHz).
Além de ditadura militar, censura, Laborarte e a definição de uma estética musical do Maranhão, Bandeira de aço (o disco lançado por Papete em 1978, com três composições suas, entre as quais a faixa-título), o compositor conversou ainda sobre Bandeira de aço, show que apresenta dia 30 (sábado), uma espécie de “saideira das férias”, às 21h, no Circo da Cidade, com produção de Ópera Night e todo o entusiasmo da turma boa do Vias de Fato, que caiu em campo (e ainda está) atrás dos recursos para viabilizar esta empreitada cultural. Pra quem não tá ligado, Cesar Teixeira é também jornalista e coordenador editorial do jornal mensal, de que muito me orgulho estar ocupando as páginas de cultura.
Músicas interpretadas pelo próprio Cesar além de alguns de seus importantes intérpretes estão no roteiro do programa: Flanelinha de avião, Dolores (Flávia Bittencourt), Ray ban (em duas versões: a do compositor e, antes, a de Cláudio Lima), Vestindo a zebra, Lápis de cor (Célia Maria), Botequim (Lena Machado) e Das cinzas à paixão, entre outros clássicos que todo mundo assovia e cantarola aqui e acolá.
Abaixo, dois flagrantes da tarde risonha. Agora é esperar por domingo. E mais, pelo sábado do show. Que venham!
Cesar Teixeira e Ricarte Almeida Santos durante gravação do Chorinhos e ChorõesOs risonhos Ricarte Almeida Santos, Cesar Teixeira e o blogueiro
Poeta e compositor da melhor estirpe, tem canções que já estão cravadas no imaginário do maranhense, tal como as pedras das ruas do Desterro ou como o som das matracas que ecoam no arraial da alma.
Mas não é só isso. Ele é um mestre também ao tentar, com suas atitudes de cidadão arretado, nos fazer ver o mundo com o olhar encantado dos puros.
Seus versos e melodias são assoviados como clássicos, mesmo sem João jamais ter gravado um disco sequer. Não por falta de torcida. Há tempos cobro do homem um registro de sua rica obra, um regalo certamente para fãs apaixonados como eu e outros tantos.
João parece ter ouvido o apelo de seus entusiastas, e agora começa a tramar para gravar seu primeiro disco. Mas, antes disso, fará um fuzuê no Novo Armazém com convidados durante algumas semanas, onde “testará” dezenas de músicas que comporão seu disco, na verdade uma antologia, considerando que João tem já 30 anos de carreira e correria.
Nesses anos, esteve envolvido em muitas lutas, algumas políticas, outras existenciais, algumas vencidas, outras inglórias. Sempre artista inquieto e cidadão íntegro, comprometido com a “felicidade geral da nação”.
Mas eu lhe digo: João, saiba, rapaz, felicidade maior que ouvir suas canções não pode haver.
Texto de Zeca Baleiro, à guisa de apresentação da série Outros 400, que estreia hoje (14), às 21h, no Novo Armazém (Rua da Estrela, Praia Grande), sobre o que você lê mais detalhes na Agenda do Samba & Choro e/ou no Ponte Aérea São Luís.
Ambas talentosíssimas e inéditas em disco, mas já com relativo sucesso na noite e no rádio maranhense. Falo de Milla Camões e Tássia Campos, que se apresentam juntas, hoje, no Let it Beer Legendary Music Hall (o nome correto, enorme e gringoso da antiga Flamingo, ali por baixo do Rio Poty Hotel), a partir das 20h (se começar no horário, dá pra correr pro show que anuncio post que vem), detalhes abaixo:
Sobre A palavra voando, ontem (12), 21h, Cine Ímpar (sede do Jornal O Imparcial)
“Todo mundo que se veste com a roupa da utopia/ sofre tanto, sofre muito/ Eu estava nu e não sabia/ Eu e minha namorada/ eu nu e ela nua/ vestidos de utopia/ fomos passear na rua/ tropeço, tombo fatal/ meio fio, meia lua/ baque lindo”.
Os versos de Utopia (Chico César) são os únicos cantados por Celso Borges em A palavra voando, espetáculo poético-musical que apresenta ao lado de Beto Ehongue, vocalista/letrista das bandas Negoka’apor e Canelas Preta – com esta última o poeta se apresentará em agosto, detalhes acá em breve.
Celso Borges, vestido de utopia, desnudou letras de música de suas melodias, as letras, poesia, como a querer responder a um dos grandes dilemas da humanidade, pergunta que ecoa, sample bem humorado, na abertura e no encerramento do espetáculo de cerca de uma hora.
A palavra voa e ecoa por universos distintos, os de Caetano, Gil, Chicos Buarque, César e Maranhão, Torquato Neto, Paulinho da Viola, Vitor Ramil, Milton Nascimento, Zé Ramalho, Lula Cortes, Alceu Valença, Zeca Baleiro, Josias Sobrinho, Sérgio Natureza, Sérgio Sampaio, Raul Seixas – “sem Paulo Coelho”, frisa Celso Borges ao dizer Ouro de tolo em base de samba – entre outros, além de seu mundo próprio, por exemplo trechos do poema Matadouro: “quase nada do boi é do boi/ quase tudo do boi é do homem/ e o que é do homem o bicho não come”.
Beto Ehongue, sentado em frente a um(a) laptoparafernália eletrônica, usa um engraçado óculos escuro e balança as pernas ininterruptamente, como se marcasse os não poucos ritmos que tira de seus equipamentos. As trilhas inventadas por ele ruminam os poemas-ex-letras tornando-lhes outra coisa que ainda não sei o que é: música? Poesia? Outras músicas? Outros poemas? As (letras de) músicas transformando-se em poemas?
É um espetáculo performático em que as palavras voam, alcançando lugares inimaginados. Celso Borges e sua sombra deslocam-se pelo palco e telão. Ecos reverberam propositalmente. A palavra palavra, a sombra da palavra, a sombra do poeta, a asa da palavra, palavra não para fazer literatura, mas para um show de literatura, uma literatura particular. Um show de poesia. E uma poesia de show!
Ecoam em minha cabeça os versos lidos-ditos-cantados pelo poeta em A palavra voando. Letra de música é poesia? Para mim a resposta sempre foi/é/será “depende”. As letras de músicas e trechos usados por Celso Borges no espetáculo são letras e poemas ou ambos, “sim”, a depender da leituraudição que cada um faz delas/deles. Devemos nos fazer, pois, algumas perguntas: toda letra de música é poesia? Toda letra de música é letra de música? Todo poema é poema? Aí a resposta sempre será “não”.
Uma não-resposta à pergunta pode ser conferida no show A palavra voando, em que o poeta Celso Borges retira a melodia de 20 letras da música popular brasileira e as (re)lê/(re)diz/recita com trilhas criadas pelo músico/DJ Beto Ehongue.
A famosa Av. Beira Rio, em Imperatriz/MA, é palco do reveillón mais famoso da cidade. Como tal, deve ser palco de promessas infinitas, que virão a ser cumpridas ou não ao longo do ano. Algo comum em viradas. Nas proximidades da Beira Rio fica o Boteco do Frei, bar charmosíssimo com palco idem.
Mas por que o blogueiro estaria falando em reveillón em pleno meio de ano? Para avisar-lhes que hoje à noite quem toca no Boteco do Frei é o mui talentoso Djalma Lúcio, que apresenta o show Conforme prometi no reveillón, em que canta coisas de seu ótimo epônimo, dos tempos de Catarina Mina (banda que integrou com Bruno Azevêdo e Eduardo Patrício), inéditas e covers.
Hoje, Djalma Lúcio (voz, guitarra) será acompanhado por Thierry Castelli (bateria) e Sandoval Filho (contrabaixo). Aos que me leem da capital do Maranhão do Sul fica a dica, imperdível, detalhes abaixo:
Agendinha de Beto Ehongue, vocalista do grupo, em projetos paralelos: dia 12, às 20h, no Espaço Ímpar (Jornal O Imparcial, Rua Assis Chateaubriand, nº. 1, Renascença), com o poeta Celso Borges, no show A palavra voando, recentemente apresentado por eles nos três Centros Culturais Banco do Nordeste (mais detalhes por aqui em breve); e dia 14, com os Canelas Preta (sic, grupo do qual também é vocalista) às 22h no Odeon Sabor & Arte (Rua da Palma, Praia Grande).
Os ingressos custam R$ 20,00 para ambas as apresentações.
Já conhecia e gostava bastante de DonaZica quando ouvi o primeiro disco solo de Andreia Dias, lançado depois dos dois trabalhos da banda em que ela dividia os vocais com Iara Rennó e Anelis Assumpção. Boas letras em melodias idem, opinião que mantive quando tempos depois a moça botou o segundo filho na rua. Parece haver três donazicas agora, com os muito interessantes trabalhos solo de suas três cantoras, embora isso pareça diminuir muito a questão, e não é o que se quer aqui.
A notícia dada por Alê Muniz por msn me entusiasmou: Andreia Dias faria um show em São Luís. Data, horário, local, preço do ingresso, o homem Criolina passou-me todos os detalhes e o blogueiro tentou logo cavar uma entrevista com a cantora paulista, por e-mail.
Ela só me responderia após o show, enxuto – “não deu tempo de ensaiar”, ela me justificaria depois, no bate papo do facebook –, em que cantou apenas três músicas de sua lavra (Asas, O fio da comunicação e Seu retrato), reverenciando grandes mestres: Sérgio Sampaio (Que loucura!), Roberto e Erasmo (Mesmo que seja eu), Cláudio Zoli (À francesa, sucesso de Marina Lima), Benito de Paula (Do jeito que a vida quer) e Zeca Pagodinho (Maneiras, composição de Silvio da Silva).
Andreia Dias iniciou a turnê Fora do Eixo por Belém, no mesmo esquema de São Luís, seu segundo palco na jornada: ao todo serão dez cidades brasileiras, ela viajando sozinha, se aliando a uma produção local e tocando acompanhada por uma banda idem. Ao palco do Novo Armazém na última quarta-feira (15), subiram com ela Edinho Bastos (guitarra), George Gomes (bateria) e João Paulo (contrabaixo). “Com uma banda dessas fica até fácil”, brincou a certa altura.
Os DJs Pedro Sobrinho e Natty Dread foram os pães da noite-sanduíche, cujo recheio contou ainda, além de Andreia Dias, com o casal Criolina Alê Muniz e Luciana Simões, indicados ao 22º. Prêmio da Música Brasileira, na categoria Canção popular, sobre o que falaremos em hora oportuna. Confira a seguir a entrevista que a cantora paulista concedeu com exclusividade, sem pudores nem papas na língua, a este modesto blogue.
Sem papas na língua, ela não poupa ninguém. Sobre a "nova" geração: "tem muita gente mala e bunda mole que acha que 'tá abafando, muita masturbação musical e lixo muito mais pesado sendo consumido"
ENTREVISTA: ANDREIA DIAS POR ZEMA RIBEIRO
Zema Ribeiro – Em fevereiro você reverenciou Sérgio Sampaio no projeto Bendito é o maldito entre as mulheres. Sérgio é um de teus ídolos? Quais as tuas principais influências? Andreia Dias – Acabei conhecendo mais o Sérgio através do convite pra esse show [a série homenageou ainda Jards Macalé, interpretado por Camila Costa com participação do mesmo, Tom Zé por Anna Ratto, com participação de Anelis Assumpção, e Jorge Mautner, que participou do show das Chicas]. Virei entusiasta e desde então tenho que cantar umas músicas dele, elas já fazem parte do meu ser. Me identifico muito com a obra dele. Minhas principais influências vêm do gospel, rock e do samba. Depois passei a assimilar outras linhas, mas essas três são as principais vertentes da minha obra. O gospel ainda de forma bem sutil, nota-se em Astro Rei, O Fio [da comunicação, música já gravada pela DonaZica, retomada por ela em Vol. 2] etc. Um dia pretendo gravar um disco de metal do senhor.
Em que momento você “decidiu” ser artista? Quando descobri que não gostava de estudar nem trabalhar. Com 16 anos.
A relação com as ex-colegas da DonaZica parece ser boa, pelas participações delas em teu disco de estreia. A banda acabou ou continua acontecendo em paralelo à tua carreira solo? DonaZica acabou, mas continuamos amigas e participando das fuleiragens umas das outras.
Em recente entrevista ao caderno Ilustrada, da Folha de S. Paulo, o cantor, compositor e pensador Rômulo Fróes, disse que “essa é uma geração das mais brilhantes da história da música brasileira”. Como você, que faz parte dessa geração, analisa a afirmação? Eu acho essa afirmação muito pretensiosa, quase arrogante. Nem sei mesmo se ele falou isso por que também não confio muito nos jornalistas, Nada pessoal, só acho que alguns filhos de Marat [o jornalista francês Jean-Paul Marat, 1743-1793] distorcem muitas vezes o que dizemos. Se ele disse mesmo, do meu ponto de vista está equivocado. Todas as gerações têm o seu brilho e o seu encantamento, seu peso e sua influência nos costumes e na sociedade como um todo. Nenhuma é mais ou menos que a outra. A nossa tem grande potencial, tem artistas interessantes, mas também tem muita gente mala e bunda mole que acha que ‘tá abafando, muita masturbação musical e lixo muito mais pesado sendo consumido. Falta muita distorção e sangue nos olhos pra muita gente. Acho que essa geração deixa muito a desejar em vários aspectos.
Essa geração, que não dá satisfação, por exemplo, a grandes gravadoras, tem, em tese, mais liberdade para construir sua obra. No entanto, em tempos em que todo mundo é repórter de si mesmo em twitter, orkut, facebook, myspace e toda a internet, “conquistar espaço” parece bem mais difícil. Os discos já não têm mais as vendagens de outrora. Como você enxerga este atual momento da música popular brasileira? Acho que esse é um grande momento pra se saber quem é quem de verdade. A mentira não cabe mais. Tá todo mundo exposto com a cara pra bater. Todo mundo tem potencial artístico e não cabe mais o modelo do artista glamourizado imposto pela grande mídia. A ditadura do super artista, o ser superior e iluminado está ruindo a cada dia. Ninguém mais deixa de cantar ou tocar sax por que não vai fazer sucesso e precisa trabalhar no escritório pra pagar as contas. Todo mundo pode fazer, as armas estão aí; partindo deste princípio saberemos quem sobreviveu daqui há uns dez, vinte anos. Daí saberemos se essa geração foi brilhante mesmo.
Música popular brasileira, um conceito, aliás, cada vez mais contestável. Como você define a música que faz? Música, só. Eu faço música. Antes eu gostava de dizer ‘musica popular contemporânea da América latina’. Mas também já acho isso uma punheta. Música e ponto.
Por que batizar os discos simplesmente de Vol. 1 e Vol. 2? Por que fazem parte de uma trilogia ainda em construção.
Você que tem asas e precisa abri-las, para citar a letra de Asas, que abre teu disco de estreia, em que projetos está envolvida atualmente, incluindo próximos discos? Estou em uma circulação por 10 cidades do Brasil através do coletivo Fora do Eixo. A ideia é percorrer 10 pontos em dois meses de viagem. Estou sozinha na estrada e em cada cidade que chego tem uma banda pra me acompanhar. Comecei por Belém onde já gravamos duas faixas inéditas e um videoclipe em parceria com músicos de lá. Minha segunda cidade está sendo São Luís e já comecei uma faixa com o casal Criolina. A ideia é acabar com um disco e um documentário da expedição, que batizei de tatuducerto.
Qual o segredo para tratar dos amores e das inevitáveis rimas para eles, as dores, sem meramente cair no brega, quer coisa mais brega que o amor? Quanto há de autobiográfico e de ficção em tuas letras? O segredo é viajar e se amar acima de tudo. Minha obra é bastante autobiográfica, na música exorcizo meus sentimentos e minhas dores, como também minhas alegrias.
O que você achou do show desta quarta-feira (15) no Novo Armazém? E o que tem achado da cidade? São Luís estava no roteiro desde o começo. Eu, antes de ir pra Belém, já tinha batido uma bola com a Lu [a cantora Luciana Simões], daí então surgiu o convite. Embora aqui não tenha um ponto Fora do Eixo definido, o Criolina atua como representante e através deles foi criada toda a rede de produção e interação com os músicos. Fiquei muito satisfeita com o show e a ideia é voltar em breve e fazer mais shows. Tô amando essa cidade, as pessoas são muito calorosas e a comida muito boa, vou conhecendo aos poucos.
Volto um pouco à questão dos grandes avanços tecnológicos, não só em relação à música: como você enxerga, por exemplo, a questão dos downloads? A seu ver, downloads gratuitos atrapalham ou ajudam as vendas? Acho que deve atrapalhar por que incomoda muita gente. Eu acho massa!! Vamos baixar o universo! Pau no cu das grandes instituições que dependem de vendas, de juros e lucros!! Malditos escravocratas!!!! Tá tudo aí, é só querer pegar. O mundo é nosso e ninguém pode impedir mais a tecnologia. Eles vão tentar, mas a casa deles ‘tá caindo e enquanto isso vamos downloadeando!!
três bons motivos pr’aqueles que ainda não decidiram ir ao show de Andreia Dias, logo mais no Novo Armazém (Rua da Estrela, 401, Praia Grande): Asas, Bode e O fio da comunicação, três músicas dela, as duas primeiras no primeiro vídeo, esta última também já gravada pela Donazica, ótima banda de que faz parte, ao lado das também talentosíssimas Anelis Assumpção (que acaba de lançar disco solo) e Iara Rennó.
Anotem aí o serviço: Show de Andreia Dias, hoje (15), às 21h. Participação especial: Criolina. Discotecagem: Pedro Sobrinho e Natty Dread (não sei se antes, pra criar o clima, ou depois, enquanto pedimos as saideiras). Exposições fotográficas: PanorAMO São Luís, de Ghustavo Távora, e Vibrações, de Marcos Gatinho, além de uma de artes plásticas de Alex Soares. Os ingressos custam apenas R$ 15,00. A apresentação integra o projeto Fora do eixo, com que a cantora está percorrendo o país. A produção local é do Criolina (Alê Muniz e Luciana Simões). Andreia Dias será acompanhada pelos músicos Edinho Bastos (guitarra), George Gomes (bateria) e João Paulo (contrabaixo).
“Leve um boi e um homem a um matadouro. Aquele que berrar mais é o homem, mesmo que seja o boi”.
O autor da frase acima, o piauiense Torquato Neto, é um dos letristas revisitados pelo poeta Celso Borges no espetáculo A palavra voando, em que divide o palco com o músico, compositor e DJ Beto Ehongue, vocalista e letrista das bandas Negoka’apor e Canelas Preta (sic).
Além do jornalista de Geleia Geral, Borges e Ehongue revisitam nomes como Caetano Veloso, Capinam, Chico Buarque, Alceu Valença, Raul Seixas, Ronaldo Bastos, Josias Sobrinho, Vitor Ramil e Gilberto Gil, entre outros. 20 letras de música compõem o show, onde as letras ficam entre o lido e o cantado por Borges, renovadas por loops criados por Ehongue, autor da trilha nervosa de Reverso, premiado curta de Francisco Colombo.
As releituras vão além da discussão “letra de música é poesia?”: Celso Borges privilegia o discurso poético, seja qual for o suporte, seus livros, livros-discos, shows, vídeos, rádio, internet etc.
A palavra voando terá três apresentações, uma em cada Centro Cultural Banco do Nordeste, conforme arte abaixo. De graça!