Maracatu Quebra-Baque celebra 20 anos “Pelos Trilhos da Vale”

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O Maracatu Quebra-Baque. Foto: divulgação
O Maracatu Quebra-Baque. Foto: divulgação

O projeto “Quebra-Baque – 20 Anos – Pelos Trilhos da Vale”, celebra os 20 anos de trajetória do grupo pernambucano Maracatu Quebra-Baque. A circulação é apresentada pelo Ministério da Cultura (MinC), com patrocínio do Instituto Cultural Vale (ICV), através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e é uma realização da Atos Produções Artísticas, de Recife/PE.

A cada cidade por que passar, será realizada uma oficina de três horas de percussão em material reciclável – com tradução simultânea em Libras, a Língua Brasileira de Sinais – e um cortejo aberto ao público. O Quebra-Baque inicia a circulação por São Luís, no próximo dia 10 de abril – depois o grupo vai ao Pará (Parauapebas, dias 12 e 13; Marabá, 16 e 17; e a capital Belém, 19 e 20). Toda a programação é gratuita.

A oficina ensina a transformar material reciclável em instrumentos de percussão. O material é fornecido pelo projeto aos inscritos (basta chegar ao local com meia hora de antecedência) e alunos da oficina participam do cortejo a cada cidade visitada. O projeto alia entretenimento, formação de plateia, educação musical e ambiental, envolvendo crianças e adolescentes de escolas públicas.

O Grupo de Percussão Maracatu Quebra-Baque está em atividade desde 2003 e por suas fileiras já passaram mais de 900 pessoas. Apesar do gênero musical genuinamente pernambucano que lhe dá nome, o grupo tem sido importante no resgate de ritmos tradicionais como coco de roda, caboclinho, xaxado e ciranda, além do maracatu.

O percussionista Tarcísio Resende à frente do Maracatu Quebra-Baque. Foto: divulgação
O percussionista Tarcísio Resende à frente do Maracatu Quebra-Baque. Foto: divulgação

O Quebra-Baque foi fundado por Tarcísio Resende, um dos mais destacados percussionistas da cena pernambucana, autor dos livros “Batuque Book Maracatu”, “Batuque Book Cacoclinho” e “Batuque Book Forró”, frutos de sua pesquisa voltada a ritmos da cultura popular de Pernambuco.

O grupo tem se mostrado um importante veículo de inclusão sociocultural através da música, além de ser responsável também pela difusão de ritmos pernambucanos no Brasil e no mundo – já tendo se apresentado em países como Áustria e França. Os ensaios regulares do grupo acontecem sempre no segundo semestre, aos sábados, na Rua Tomazina, 129, no bairro do Recife Antigo.

Em São Luís, a oficina acontece dia 10 (quarta-feira), às 9h, no Auditório do Convento das Mercês (Rua da Palma, Desterro); o cortejo tem início às 18h, com concentração também no Convento das Mercês. A programação completa da circulação pode ser conferida no instagram @quebrabaque.

Serviço

O quê: “Quebra-Baque – 20 Anos – Pelos Trilhos da Vale”
Quem: Grupo de Percussão Maracatu Quebra-Baque
Quando: dia 10, às 9h (oficina) e 18h (cortejo)
Onde: Convento das Mercês (Rua da Palma, Desterro)
Quanto: grátis
Patrocínio: Instituto Cultural Vale e Ministério da Cultura, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura

Tribo musical em palco da cidade

Conheci Ronaldo Rodrigues há mais de 10 anos, envergando uma guitarra numa das formações que teve o Som do Mangue, que depois se tornaria a Negoka’apor – já sem ele entre os membros.

Em minha memória o nome não se apagou, mesmo o músico tendo morado um tempo em Londres, voltado, e ido embora para o Rio de Janeiro: vez por outra eu ouvia demos da Som do Mangue a que tive acesso. Lá estava sua guitarra. No entanto, somente numa tarde quente de um sábado em agosto do ano passado nossos caminhos de talentoso instrumentista e ouvinte curioso, ele e eu, respectivamente, tornariam a se cruzar.

Os irmãos Almeida Santos, Ricarte e Rivânio, e este que vos perturba fomos entrevistá-lo na Barraca Paradise (Av. Litorânea). Na ocasião tocaria ali o Regional Tira-Teima, integrado por Francisco Solano (violão sete cordas), tio do entrevistado. Ronaldo já havia trocado a guitarra pelo bandolim e o rock e o blues pelo choro. Trocar é força de expressão, que vez ou outra ele volta a um e outro ou, melhor ainda, mistura tudo duma vez. A entrevista, para a série Chorografia do Maranhão, foi publicada nO Imparcial em 1º. de setembro de 2013.

Integrante do Novos Chorões, o moço começou bem na terra de Noel, referendado por Ricardo Cravo Albin, o homem-dicionário musical. Entre o bacharelado no instrumento de Jacob na UFRJ e o grupo, ainda arranja tempo para a Tribo de Jorge Amorim, baterista consagrado que já acompanhou nomes como Archie Shepp, Baden Powell, Dom Um Romão, Graham Haynes e Sivuca, entre outros.

Jorge Amorim e Tribo é um grupo formado pelo baterista, percussionista e compositor com Ronaldo Rodrigues (bandolim e guitarra), Bruno Makenzie (saxofones e flauta), Régis Alves (contrabaixo) e Wiliam Belle (guitarra). Em São Luís os dois primeiros tocarão acompanhados por Sávio Araújo (saxofone), Davi Oliveira (contrabaixo) e Tony Araújo (percussão). O show acontece nesta terça-feira (28), às 19h, no Teatro da Cidade de São Luís (antigo Cine Roxy). Os ingressos estão à venda na bilheteria do teatro e custam R$ 20,00.

Sobre o repertório, autoral, Jorge Amorim afirma, em vídeo de divulgação do grupo: “É samba, forró, xote, xaxado, jazz, fusion, hard. A música orgânica sempre estará presente!”. No show o público ouvirá músicas dos dois discos do grupo, além de inéditas que estarão no terceiro, que já está sendo gravado.

Versátil e incansável, Ronaldo Rodrigues tocará antes do grupo: entre o choro e o jazz, fará um show de abertura, entre bandolim solo, e duos com Francisco Solano e Morais (violão).