apesar da belíssima [e hilária, a platéia inteira riu!] interpretação de joão simas, ontem, para meu poema “canção para os dias de tpm da mulher amada”, o poema não foi classificado. mas valeu ter participado. valeu, joão! e valeu, carolina libério, que classificou sua “felícia” para a final. e abaixo, transcrevo meu poema, que js vai musicar:
nem tua tensão pré-menstrual
me tira o bom humor
nada pode fazer mal
ao nosso amor
nem tua chatice
me tira o tesão
eu já te disse:
isso é paixão
nem tua feição zangada
me tira a alegria
já disse: nada
me estragará o dia
nem o teu franzir o cenho
me amedrontará
o gosto bom do vinho
em minha boca há
de chegar à tua
língua que queima
a minha boca nua
que teima
em te cantar em poesia
em dizer-te tão bela
e mesmo “naqueles dias”
sempre, para sempre, tê-la
e após a eliminatória, uma volta pela praia grande, com joão simas e marlementa; joão encontra um trio de amigas e uma delas me diz: “olho de boi ponto zip ponto net; sempre leio teu blogue; através do de jana cheguei ao de jane e ao de reuben, e daí ao teu” [reuben, tu tá em todas, hein?]. a essa belíssima menina-mulher, o poema abaixo, cometido ontem, antes do sono chegar:
toda vestida de preto
como quem estava de luto
pra responder à sua beleza
eu ria o meu riso fajuto
e meio amarelado
como, pelo tempo, um retrato
em minha mente, um quadro
ela, imagem, eu, tato
embora não a tenha tocado
senti sua maciez
ao ver seu belo sorriso
meu cenho, a sua tez
à noite, todos os gatos são pardos
mentira, balela, conversa fiada
alguns se diferenciam
outros, como eu, não são nada
então, penso eu, cá, sozinho
em tê-la, livre, em meus braços
alva, mas suja do vinho
o meu veneno, que a enlaça
24/8/2005
