Um texto “fraquinho”. Não sei se a greve de ônibus atrapalhou a apresentação de ontem; espero que não. Nossa torcida também para que tudo corra bem na de hoje. E que Marcelo Nova chegue logo à Ilha.
Duplo Xangai
Xangai em duas apresentações em São Luís: uma ontem, outra hoje, PUB e Armazém da Estrela, respectivamente. A Ilha, de diversos shows marcados e não-realizados recebe (mais uma vez) o cantador que imortalizou o “ABC do preguiçoso” e “Kukukaya” (de Cátia de França), que não são seus únicos “sucessos”.
Quando São Luís parece ter se transformado na capital brasileira onde mais se marcam shows que não chegam a se realizar – consigo lembrar-me de Cidade Negra, Nação Zumbi, Chico César, Marcelo Nova e Billy Paul –, ouço burburinhos sobre uma apresentação – duas, na verdade – de Eugênio Avelino, mais popularmente conhecido como Xangai, artista importantíssimo na formação “musical” deste que vos escreve. Ele tocaria no PUB, em 10 de maio, ontem, e no Armazém da Estrela (Rua da Estrela, Praia Grande) no dia seguinte, hoje, data desta coluna. A primeira casa, agora em novo endereço (Av. Beira-Mar, próximo ao posto de gasolina, em frente ao plantão central da RFFSA), contribui com a lista acima, já tendo marcado por duas vezes a vinda de Marcelo Nova à Ilha. Para quem não sabe, o roqueiro baiano nunca tocou em São Luís, com ou sem o Camisa de Vênus.
Não sei de quem é a culpa: se falta público (não creio), se falta uma “ajudinha” da mídia para divulgar (estamos aqui, companheiros, o espaço é de vocês!) ou outro motivo qualquer. O fato é que essa rotina já está ficando chata e a coluna (fechada sempre até às 16h do dia anterior à publicação) torce para que o show no PUB tenha acontecido e que o de hoje aconteça e que corra tudo bem em ambas.
Memória ligeira sobre outra apresentação de Xangai na Ilha
Compositor bissexto e intérprete inspirado/ousado, Xangai (Eugênio Avelino) é um artista muito maior que “o ABC do preguiçoso”, adaptação sua para tema de domínio público que muitos chatos insistem em pedir-lhe em shows deste o instante em que ele adentra o palco. Pedido inútil já que ele sempre apresenta a música em questão. O escriba aqui já presenciou o fato (e não só uma vez): em sua última vinda, no Circo da Cidade, Xangai interrompeu o script (lembremos Elomar) – que andava lá pela segunda ou terceira música – e anunciou: “ela é a última música que toco no show; se você quiser, posso tocá-la agora…” O chato teve que calar-se: o povo queria mais. E (muito) mais tinha Xangai a mostrar. De Elomar a Jackson do Pandeiro, de Luiz Gonzaga a Cátia de França, de João do Vale a Renato Teixeira: a arte de Xangai, plural e coerente.
Xangai ganhou projeção nacional a partir dos discos “Cantoria” (1984, Kuarup Discos), gravados por ele com os menestréis Elomar, Geraldo Azevedo e Vital Farias. É certo que ele não vende como quem vai ganhar discos de ouro, mas tem público cativo, se não em quantidade, em qualidade. Fiel, ele – o público – estará lá. Sempre, pois Xangai segue a máxima de outro compositor, Milton Nascimento: “todo artista tem de ir aonde o povo está”.

los hermanos se apresentam no ginásio do dom bosco dia 03 de junho… vc curte?
bruna, devo confessar que conheço pouco o trabalho deles, mas de repente é uma boa pedida. abraço!