Ontem foi aniversário da Bruna Beber. E do Zara. Dia 8 é o de mamãe. E é Dia Internacional das Mulheres. Feriado. Sábado. Hoje, no trabalho, fizeram uma festinha para as mulheres. E a Cristina Leite pediu para eu escrever um texto que as homenageasse. Deixei para a última hora, como sempre. E cometi o ligeiro, abaixo. Mulheres, vocês merecem. Mais. Em especial, você, mulher que eu amo. Beijão!
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ÀS MULHERES, POR SEU DIA, POR TODOS OS DIAS
Leio nos jornais, diariamente, notícias que trazem mulheres vítimas de violência. Os algozes, na maioria das vezes, dividem com elas o mesmo teto. O há muito esquecido dito de que “em mulher não se bate nem com pétala de flor” parece hoje só valer para comerciais. Falando em comerciais, é ridícula a exposição de mulheres “beldades” em propagandas de cerveja. Primeiro, o consumo de álcool não é exclusividade masculina; segundo, nós, homens, não gostaríamos de ver propagandas com homens semi-nus direcionadas às nossas mulheres.
“Por trás de todo grande homem, há sempre uma grande mulher”. Este, outro dito que parece esquecido, infelizmente. Eu, que o corrigiria, permitam-me: “por trás de todo homem, há sempre uma grande mulher”. Sim, tanto faz o homem, grande ou pequeno, é preciso rever nossos conceitos e admirar as mulheres – a começar por nossas mães –, por tudo o que elas têm de melhor: as olheiras, por noites de sono perdidas acalentando-nos ou tratando de nossas piores dores; os cabelos brancos, em grande parte adquiridos por preocupações às vezes desnecessárias que lhes propiciamos; as varizes, por tanto tempo em pé, cozinhando, lavando, passando.
É preciso respeitar as mulheres. Silêncio na hora da novela, paciência enquanto co-pilotos, lealdade e fidelidade, características que não deviam ser exclusivamente femininas. É preciso tornar os homens mais femininos: experimentar as tarefas domésticas mantendo a elegância e a calma, uma tensão pré-menstrual e a própria menstruação agüentando nossas aporrinhações e, perdão do trocadilho, encheções de saco.
Nem seria necessário um oito de março, um dia internacional: todo dia é dia da mulher, das mulheres. Todo dia é dia de devotarmos nossos amores em seus variados graus: amor de filho, de marido, de pai, de irmão, de amigo, de colega de trabalho.
Já que existe, uma data especial, façamos dela um marco importante e celebremos juntos, homens e mulheres, o dia delas. E, amor, me perdoe a pressa, mas na correria acabei não te comprando um presente, me perdoa? Só sendo mulher para entender e aceitar uma desculpa esfarrapada como esta.

belas reflexões!
Obrigada Zema pela homenagem! e parabéns a todas nós que em nossa essência guerreira lutamos em meio a fraldas,mamaderias ,livros e triplas jornadas de trabalho ,por nossas convicções ideológicas na contruimos um mundo melhor!bjos>Andréia Everton
Olá Zema,>>Estava navegando pela internet e achei o seu blog na lista de amigos de um conhecido. O seu texto é muito pertinente… Acrescento que apenas nós, mulheres temos a capacidade de fazer duas ou mais coisas ao mesmo tempo com zelo e exercer mais de três papéis sociais ao mesmo tempo.>Um abraço carinhoso,>Jô
meus obrigados a todas. abraços!
Querido Zema,>>Obrigada pela homenagem. Apenas recoloco o lugar das mulheres neste dito popular. Talvez fique melhor: ao lado de grandes mulheres tem sempre grandes homens ou vice-versa. Penso que refletirá melhor o que idealizamos para uma sociedade que queira ser plural, mas igualitária.>>Com carinho >>Rogenir
verdade, rogenir. para além da correção que fiz no ditado, mais esta, justíssima. obrigado! grande abraço!