inventando gero

desde que ouvi “esteio” e surpreendi-me com, entre outras coisas, as composições de gero camilo (por exemplo, “calendário“, interpretada por ana leite, irmã de zé modesto), passei a indagar-me (e já se vai um tempinho aí) sobre quando poderíamos ouvir gero em disco e/ou onde ouvir mais coisas suas.

ano passado participei do mecenato pós-modernoso, nome carinhoso que o próprio zé inventou para uma compra antecipada, por alguns amigos, que lhe garantiria algum recurso para tocar (literalmente) o segundo disco. “xiló” saiu e é belíssimo (isso de “íssimo” não é exagero!), sob todos os aspectos: musical, plástico.

na boa: quando, em alguns e-mails trocados, modesto (literalmente modesto, meus caros) me dizia que o trabalho ‘tava ficando “bonitinho”, ele só podia estar brincando. na verdade, ao abrir o disco, deparei-me com algo tão bonito, lindo de chorar. arrepiei-me com toda aquela belezura e meu nome em último lugar (ordem alfabética) na lista de agradecimentos. eu é que agradeço, zé! abraço!

além de tudo isso, nos e-mails, sempre lhe perguntava sobre “o disco de gero camilo”. “‘tá fazendo, ‘tá saindo”, eram suas respostas, sempre.

bom, “xiló” merece outro post e, dada a importância e beleza deste disco, eu preferiria que fosse a reprodução de um texto meu publicado em algum veículo de comunicação, ilhéu ou não, mais lido que este blogue, vamos ver o que acontece, alguém aí se interessa, caros editores? por enquanto, resumo dizendo que lá pude ouvir, de novo e mais, outras coisas de gero. (isso de chamar as coisas de coisas é um viva a são moacir santos).

além de, noutros discos, ouvir coisas como “astrolábios” (com o precioso rubi em preciosíssima, deixem-me redundar, interpretação, em seu “infinito portátil”), “prenda minha” e “são genésio” (com ceumar, sem adjetivos, apenas para evitarmos novas redundâncias e exageros, em seu “sempreviva!”).

e como diria um jargão publicitário dos tempos de minha infância, o tempo passa, o tempo voa, e eis que numa recente edição impressa da cartacapital, deparo-me com este texto, do sempre ótimo pedro alexandre sanches.

então o disco havia saído. “canções de invento“. são google me ajudou e, não tão facilmente assim, caí no myspace do ator. ah, vocês até aqui não sabiam quem é gero camilo? ó ele aí, ó!:


[a foto é da olga vlahou e eu pesquei no site da cartacapital]

bom, finalmente havia achado e-mail e telefone [(11) 3641 6471] de sua produção e estou aqui, esperando os dados bancários para proceder a compra.

2 respostas para “inventando gero”

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