imbecilidade genérica

“com tanta coisa menos tóxica para fazer na vida, dedicá-la inteira à suposta imbecilidade genérica dos outros não é uma das atitudes mais inteligentes, é? estranho que essa postura, a um só tempo arrogante e obtusa, parta de sujeitos que se consideram tão inteligentes. mainardi não está sozinho. gente como nelson ascher ou reinaldo azevedo engrossam a prole convencida e chorona de paulo francis na mídia brasileira. e o mandamento central de sua jihad ressentida quer ser inspirado naquela brincadeira de nelson rodrigues, de que “toda unanimidade é burra”. é uma idéia instigante, engraçada, mas improvável. unanimidades não existem. se alguma existisse, o próprio nelson rodrigues seria contra ela. e mainardi ou ascher, com muito menos brilho, também. qualquer unanimidade deixaria de ser unânime. “unanimidade” só existe restrita, mesmo que por aspas. significa maioria. e nem todas são burras, obviamente. dos momentos de nelson rodrigues, gênio teatral, prefiro vários outros, como aquele em que ele colocou “sujeito inteligente” entre as dez coisas que mais odiava. já dos colunistas paulistas, esses sujeitos inteligentes, os melhores momentos são aqueles em que estão em férias”.

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trecho de “um minuto de silêncio pelas antas queimadas”, trecho da coluna “homem de mídia”, assinada por carlos nader na trip de março (nº. 164).

reflexão para começo de semana (útil) neste maranhão onde tanta gente (jovens ainda na faculdade ou “velhos” com uma “carreira”) quer ser mainardi ou reinaldo azevedo. no texto de nader, há um subtítulo (de onde o trecho acima foi retirado). aqui, é o título do post.

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