sangue

a queridamiga luciana brandão, jornalista, está com a mãe internada, carecendo de sangue. já doei. quem puder doar também (qualquer tipo de sangue), deve se dirigir à hemomar (rua 5 de janeiro, s/nº, jordoa), dando o nome de maria de lourdes frazão brandão, hospital são domingos, quarto 222. contatos com luciana, para maiores informações e/ou entrega dos créditos de sangue, pelo telefone (98) 3227-3644. fineza multiplicar esta mensagem. obrigado!

um convite do professor

tenho andado meio sem tempo para postar. mas, também, quando não se tem o que dizer, o melhor é calar. quando pintam as coisas, vou dizendo. dias corridos, fodidos, doidos, doídos. penduro abaixo o convite do professor wilson marques para o lançamento de seu novo livro. e mais não digo. ao menos não por enquanto. em breve, espero normalizar a atenção dada a este importante espaço (importante ao menos para mim).

nome sagrado

mesa de bar, acalorada discussão sobre meu texto em homenagem às mulheres (posts abaixo). houve quem achasse lindo, houve quem (me) achasse machista ou um mero reprodutor de estereótipos. no fundo, eu não sei de nada. quem sabia era nelson cavaquinho. e cristina buarque, que lhe cantava, com o próprio ao violão, aquele violão doido e doído. e lindo.

às mulheres, mais esta homenagem.

*

nome sagrado
(josé ribeiro/ josé alcides/ nelson cavaquinho)

o nome de mulher é tão sagrado
mulher é nome pra ser respeitado
a cobra não morde uma mulher gestante
por que respeita seu estado interessante

minha mãe também tem nome de mulher
tenho que defender
eu choro quando vejo ela sofrer

deus, nosso senhor, devia castigar
o infeliz que faz uma mulher chorar

inventando gero

desde que ouvi “esteio” e surpreendi-me com, entre outras coisas, as composições de gero camilo (por exemplo, “calendário“, interpretada por ana leite, irmã de zé modesto), passei a indagar-me (e já se vai um tempinho aí) sobre quando poderíamos ouvir gero em disco e/ou onde ouvir mais coisas suas.

ano passado participei do mecenato pós-modernoso, nome carinhoso que o próprio zé inventou para uma compra antecipada, por alguns amigos, que lhe garantiria algum recurso para tocar (literalmente) o segundo disco. “xiló” saiu e é belíssimo (isso de “íssimo” não é exagero!), sob todos os aspectos: musical, plástico.

na boa: quando, em alguns e-mails trocados, modesto (literalmente modesto, meus caros) me dizia que o trabalho ‘tava ficando “bonitinho”, ele só podia estar brincando. na verdade, ao abrir o disco, deparei-me com algo tão bonito, lindo de chorar. arrepiei-me com toda aquela belezura e meu nome em último lugar (ordem alfabética) na lista de agradecimentos. eu é que agradeço, zé! abraço!

além de tudo isso, nos e-mails, sempre lhe perguntava sobre “o disco de gero camilo”. “‘tá fazendo, ‘tá saindo”, eram suas respostas, sempre.

bom, “xiló” merece outro post e, dada a importância e beleza deste disco, eu preferiria que fosse a reprodução de um texto meu publicado em algum veículo de comunicação, ilhéu ou não, mais lido que este blogue, vamos ver o que acontece, alguém aí se interessa, caros editores? por enquanto, resumo dizendo que lá pude ouvir, de novo e mais, outras coisas de gero. (isso de chamar as coisas de coisas é um viva a são moacir santos).

além de, noutros discos, ouvir coisas como “astrolábios” (com o precioso rubi em preciosíssima, deixem-me redundar, interpretação, em seu “infinito portátil”), “prenda minha” e “são genésio” (com ceumar, sem adjetivos, apenas para evitarmos novas redundâncias e exageros, em seu “sempreviva!”).

e como diria um jargão publicitário dos tempos de minha infância, o tempo passa, o tempo voa, e eis que numa recente edição impressa da cartacapital, deparo-me com este texto, do sempre ótimo pedro alexandre sanches.

então o disco havia saído. “canções de invento“. são google me ajudou e, não tão facilmente assim, caí no myspace do ator. ah, vocês até aqui não sabiam quem é gero camilo? ó ele aí, ó!:


[a foto é da olga vlahou e eu pesquei no site da cartacapital]

bom, finalmente havia achado e-mail e telefone [(11) 3641 6471] de sua produção e estou aqui, esperando os dados bancários para proceder a compra.

mulheres

Ontem foi aniversário da Bruna Beber. E do Zara. Dia 8 é o de mamãe. E é Dia Internacional das Mulheres. Feriado. Sábado. Hoje, no trabalho, fizeram uma festinha para as mulheres. E a Cristina Leite pediu para eu escrever um texto que as homenageasse. Deixei para a última hora, como sempre. E cometi o ligeiro, abaixo. Mulheres, vocês merecem. Mais. Em especial, você, mulher que eu amo. Beijão!

*

ÀS MULHERES, POR SEU DIA, POR TODOS OS DIAS

Leio nos jornais, diariamente, notícias que trazem mulheres vítimas de violência. Os algozes, na maioria das vezes, dividem com elas o mesmo teto. O há muito esquecido dito de que “em mulher não se bate nem com pétala de flor” parece hoje só valer para comerciais. Falando em comerciais, é ridícula a exposição de mulheres “beldades” em propagandas de cerveja. Primeiro, o consumo de álcool não é exclusividade masculina; segundo, nós, homens, não gostaríamos de ver propagandas com homens semi-nus direcionadas às nossas mulheres.

“Por trás de todo grande homem, há sempre uma grande mulher”. Este, outro dito que parece esquecido, infelizmente. Eu, que o corrigiria, permitam-me: “por trás de todo homem, há sempre uma grande mulher”. Sim, tanto faz o homem, grande ou pequeno, é preciso rever nossos conceitos e admirar as mulheres – a começar por nossas mães –, por tudo o que elas têm de melhor: as olheiras, por noites de sono perdidas acalentando-nos ou tratando de nossas piores dores; os cabelos brancos, em grande parte adquiridos por preocupações às vezes desnecessárias que lhes propiciamos; as varizes, por tanto tempo em pé, cozinhando, lavando, passando.

É preciso respeitar as mulheres. Silêncio na hora da novela, paciência enquanto co-pilotos, lealdade e fidelidade, características que não deviam ser exclusivamente femininas. É preciso tornar os homens mais femininos: experimentar as tarefas domésticas mantendo a elegância e a calma, uma tensão pré-menstrual e a própria menstruação agüentando nossas aporrinhações e, perdão do trocadilho, encheções de saco.

Nem seria necessário um oito de março, um dia internacional: todo dia é dia da mulher, das mulheres. Todo dia é dia de devotarmos nossos amores em seus variados graus: amor de filho, de marido, de pai, de irmão, de amigo, de colega de trabalho.

Já que existe, uma data especial, façamos dela um marco importante e celebremos juntos, homens e mulheres, o dia delas. E, amor, me perdoe a pressa, mas na correria acabei não te comprando um presente, me perdoa? Só sendo mulher para entender e aceitar uma desculpa esfarrapada como esta.

notícias de lá e cá

além de todos os motivos que já tinha/tenho para admirar reuben, mais um: sua coragem, que nem ele mesmo sabe (ainda) se tem. meteu o pé na estrada e foi cursar um mestrado em literatura inglesa em santa catarina. “porra, eu cruzei o brasil”, ele me disse, meio apavorado, via msn, instantes antes deste post, na primeira vez em que nos falamos desde sua partida. minha tristezalegria é um sentimento contraditório/confuso que eu não sei se sei e não sei se quero e não sei se tenho que explicar. reuben: meu abraço forte! fica bem. e manda notícias. sempre.