LEI SECA

Achei meio (meio?) exagerada a lei 11.705, publicada no Diário Oficial da União do último dia 20 de junho, que dispõe sobre a proibição total da ingestão de bebidas alcoólicas por motoristas (antes de dirigir, diga-se).

Vá lá, conheço bem os malefícios do álcool e se fosse contar histórias, lembraria rapidamente de dúzias delas: acidentes, mortes e o diabo a quatro e a catorze. Mas não creio que duas latas de cerveja façam mal a ninguém. Conheço péssimos motoristas que sequer bebem.

Não, não estou fazendo apologia ao álcool ou a dirigir embriagado.

Gostaria que fosse diferente, mas pensem comigo: isso não gerará uma altíssima carga, uma indústria, digamos, de propina? Sim, sairá bem mais barato molhar a mão de guardas e agentes com, sei lá, cinqüenta reais, que pagar uma multa de mais de 900, além da perda da carteira.

Sobre álcool, acho ridículo, para dizer o mínimo, a proibição da venda de bebidas alcoólicas próximo a estádios de futebol, por exemplo. Parece que dessa já recuaram, não é Susalvino?

Outra ridicularidade anti-alcoólica é a lei seca que impera em dia de eleições. Gosto de votar e dia de eleição para mim é feriado. Vou votar, sempre. E o resto do dia, eu fico fazendo o quê? Manter a lucidez para votar? O que tem de gente que cumpre a lei e vota mal não ‘tá escrito.

Bom, depois dessas, só tomando uma (sem dirigir depois, é claro!). Ou rindo com o sempre ótimo Tulípio. Fiquem com ele!

6 respostas para “LEI SECA”

  1. Bom, você disse tudo, em termos filosóficos: um exagero. Bstava cumprirem com rigor os limites anteriores. Mas acima de tudo tiram do indivíduo a capacidade de se autolimitar, o que é um ingrediente facista. Em termos jurídicos, dizem até que não se pode obrigar o indivíduo a produzir uma prova contra si próprio.

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