EM COMPANHIA DA MÚSICA DE SÉRGIO SAMPAIO


[Depois de escrever o texto abaixo, achei a foto que cito. O texto já ‘tava pronto. A foto, tirei daqui]

Hoje às 20h participo do Companhia da Música com meu amigo Gilberto Mineiro. O programa vai ao ar ao vivo na Rádio Universidade FM, 106,9MHz, e pode ser ouvido no site da emissora.

Entre um monte de ideias que tive sobre o que tocar no programa de um cara antenado como é Gilberto Mineiro, optei por prestar (novamente) um tributo a um dos mais geniais nomes da música brasileira: Sérgio Sampaio, que exatamente amanhã (15) completará 15 anos de falecido.

Em abril de 2007, quando Sampaio teria completado 60 anos se fosse vivo, entrevistei diversos nomes ligados ao universo do gênio de Cachoeiro do Itapemirim (a mesma cidade capixaba que também deu ao Brasil Roberto Carlos): Rodrigo Moreira (autor da biografia Eu quero é botar meu bloco na rua, Edições Muiraquitã, 2001, esgotada), Sérgio Natureza (amigo e parceiro), Zeca Baleiro (que por sua Saravá Discos lançou o póstumo e belíssimo Cruel, 2005), Celso Borges (poeta maranhense confessadamente influenciado por Sérgio Sampaio) e Bruna Beber (poeta carioca idem). A ideia era escrever sobre Sampaio aproveitando aquela data. Acabou não rolando e as entrevistas estão guardadas para um texto quando do lançamento de Sinceramente (1982), o último disco lançado por Sampaio, o único que ainda não chegou ao formato digital (embora todos os outros estejam esgotados). Já está tudo pronto e a Saravá Discos deverá (re-)lançá-lo em breve.

Ainda lembro o dia em que, com 12 ou 13 anos, lendo uma revista semanal, deparei com uma foto em p&b de Sérgio Sampaio: camisa de botão meio aberta no peito, cabelos ao vento, calça e chinela de dedo, talvez um cigarro na mão ou na boca. Havia ali algo de rebeldia, o que me levou a “ir com a cara” daquele sujeito de quem, até então, eu não havia ouvido música nenhuma. Ou talvez já tivesse ouvido Eu quero é botar meu bloco na rua, erroneamente tida como “a única música de Sérgio Sampaio”. Talvez tenha sido de fato seu único sucesso radiofônico. Talvez.

Bom, não sei ainda exatamente o que vou tocar. Isso a gente vê na hora. Mas vou levar todos os discos de Sampaio pro estúdio: Sociedade da Grã Ordem Kavernista apresenta Sessão das Dez (1971, com Edy Star, Míriam Batucada e Raul Seixas), Eu quero é botar meu bloco na rua (1973), Tem que acontecer (1976), Sinceramente (1982), Cruel (2005, póstumo) e uma coletânea de raridades que tenho, incluindo as músicas que ele fez para Roberto Carlos, “reclamando” que o ídolo nunca gravou uma música dele e a que ele fez para Nelson Gonçalves, outro ídolo, chamada História de boêmio.

Ouçam (Sérgio Sampaio)!: Companhia da Música. Tributo a Sérgio Sampaio. Com Gilberto Mineiro e este blogueiro, hoje (14), às 20h, na Rádio Universidade FM, 106,9MHz.

5 respostas para “EM COMPANHIA DA MÚSICA DE SÉRGIO SAMPAIO”

  1. Ouvi vocês na Universidade FM.
    Quase sempre estou ouvindo a rádio nesse horário e vi você falando sobre os comentários.
    Realmente, às vezes nós, público, passamos pelo blog, gostamos e não deixamos feedback algum.
    Sobre as novas ferramentas da internet, como Blogs, Facebook (nunca fui lá), Orkut e Twitter (oco), vc conhece a last.fm?
    Lá vc coloca um ritmo, uma palacvra chave (tag) ou mesmo uma banda ou artista que começa a tocar músicas “parecidas”. Aï você descobre muita coisa diferente.
    Tenta lá!

  2. luís, a música pro “rei” não foge à regra da obra de sérgio sampaio como um todo.

    mola, conheço a last e, antes, a pandora. o grande lance é saber o que extrair de cada uma dessas ferramentas e fugir do cerco imposto pelos grandes difusores (de porcaria, na maioria das vezes).

    abraços!

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