Livro traça vasto panorama sobre a Rede Mandioca do Maranhão

“Rede Mandioca do Maranhão: perfil socioeconômico, práticas produtivas e de comercialização” foi lançado sexta-feira passada (14), na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UEMA

TEXTO: ZEMA RIBEIRO
FOTOS: BIG

O professor Marcelo Carneiro (ao centro) e parte da equipe de pesquisadores
O professor Marcelo Carneiro (ao centro) e parte da equipe de pesquisadores
A secretária executiva da Cáritas Brasileira Regional Maranhão Lucineth Machado
A secretária executiva da Cáritas Brasileira Regional Maranhão Lucineth Machado

A compreensão da agricultura familiar como um modo de vida, mais que um modo de produção, e a reivindicação de políticas públicas que reafirmem sua importância e relevância para o conjunto da sociedade deram o tom dos discursos durante a cerimônia de lançamento do livro “Rede Mandioca do Maranhão: perfil socioeconômico, práticas produtivas e de comercialização”, realizada na última sexta-feira (14), no auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).

A obra é fruto de pesquisa interinstitucional que reuniu professores e estudantes da instituição e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), que revela diversos aspectos de grupos produtivos filiados à Rede Mandioca, articulação fundada em 2008, com apoio e assessoria da Cáritas Brasileira Regional Maranhão, como uma estratégia de combate ao trabalho escravo contemporâneo.

Estiveram presentes representantes das citadas instituições de ensino superior, da Cáritas Brasileira (Secretariado Nacional, Regional Maranhão e Cáritas Diocesanas), o Bispo Referencial da Cáritas no Maranhão, representantes da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar e de grupos produtivos filiados à Rede Mandioca.

“É inaceitável e repugnante que em pleno século XXI ainda tenhamos trabalhadores escravizados após a vergonhosa experiência do Brasil colônia”, pontuou Lucineth Machado, secretária executiva da Cáritas Brasileira Regional Maranhão, referindo-se às origens da Rede Mandioca, que desde sua fundação têm se expandido, atuando em cerca de 50 municípios nas diversas regiões do estado, congregando grupos produtivos para muito além de seu nome, entre agricultores familiares, piscicultores, criadores de pequenos animais, extrativistas, artesãos, pescadores e catadores de materiais recicláveis, todos pautados, como preconiza a carta de princípios da articulação, por princípios da agroecologia e da economia popular solidária.

“Estamos vivenciando algo muito grande, mas ainda pouco conhecido. É um pouco dessa história o que se colocou nesse livro”, continuou Lucineth. “Nós precisamos dar visibilidade à nossa riqueza, aos nossos saberes. A juventude nas universidades colocou seu saber a serviço de quem mais precisa”, disse.

O livro traça um vasto panorama sobre a Rede Mandioca e sua produção sustentável, em contraposição ao agronegócio e aos agrotóxicos. Fruto de mais de 400 questionários aplicados em 23 municípios, a obra aborda aspectos como o perfil dos filiados à rede, características das famílias, situação fundiária e dos sistemas produtivos, comercialização de produtos, participação em diferentes tipos de mercados, práticas produtivas, utilização de insumos agropecuários, características do processamento de derivados de mandioca e perspectivas de investimentos futuros.

“O livro cumpre o propósito de dar visibilidade para a sociedade em geral, mas também entre os próprios integrantes da articulação, de se verem e reconhecerem a importância de seu fazer. É importante fazer o livro circular nas escolas, entre os jovens”, afirmou o professor Evaristo José de Lima Neto, um dos coordenadores da pesquisa. “Rede Mandioca do Maranhão: perfil socioeconômico, práticas produtivas e de comercialização” teve tiragem de 1.000 exemplares impressos e terá versão e-book.

O professor Marcelo Sampaio Carneiro, outro dos coordenadores da pesquisa, lembrou o que o motivou a realizar o trabalho. “Eu percebi estar diante de experiências sofisticadas e diversificadas que deveriam ser conhecidas pelo conjunto da sociedade”, afirmou. E continuou: “a pesquisa sobre a Rede Mandioca deve continuar”.

[texto originalmente publicado na edição impressa do jornal O Imparcial de hoje (20/2/2025)]

Bob and Bob: obra de Marley e Dylan celebrada em mix de show e recital

[release. Da assessoria]

O poeta Fernando Abreu e o guitarrista Lucas Ferreira em apresentação no Teatro Cazumbá, ano passado - foto: divulgação
O poeta Fernando Abreu e o guitarrista Lucas Ferreira em apresentação no Teatro Cazumbá, ano passado – foto: divulgação

Fã incondicional de Robert Nesta Marley e Robert Allen Zimermann, os dois “Bobs” mais influentes da música mundial, o poeta maranhense Fernando Abreu acalentou durante anos a ideia de fazer um recital com canções dos dois artistas entremeados com poemas de sua autoria que de alguma forma dialogassem com as canções. Na cabeça tinha o título e o repertório, faltavam apenas a hora e o lugar certos.

Há três anos, a convite da jornalista, produtora e DJ Vanessa Serra, o poeta levou da cabeça para o palco o recital “Bob & Bob – I and I”, na retomada do projeto Vinil e Poesia, voltado para as conexões possíveis entre o texto poético e a canção popular. O resultado foi animador o suficiente para garantir ímpeto para insistir na proposta.

A segunda apresentação se deu ainda em 2023, no Teatro Cazumbá, onde, tal como na estreia, Fernando Abreu subiu ao palco munido de seu próprio violão, acompanhado pelo jovem guitarrista Lucas Ferreira, sobrinho do poeta, compositor, factotum e vocalista da banda roqueira Babycarpets, ex-garotos de vinte e poucos anos ligados em psicodelia, experimentação, Stooges e – Bob Dylan.

Nesta quarta-feira, ainda no clima das comemorações pelos 80 anos de nascimento de Bob Marley (1945-1981), o showrecital está de volta, dessa vez como atração do projeto Quarta no Solar. Mas o que era uma dupla dessa vez ganha ares de banda folk, com a adição de contrabaixo, cozinha rítmica e um inusitado violino, fazendo referência ao clássico  “Desire”, álbum lançado por Dylan em 1976 onde o instrumento pontifica em todas as nove faixas, pelas mãos da enigmática Scarlet Rivera. O “sarau” conta ainda com a participação especial de Aziz Jr., tocando “Negro Amor”, versão de Péricles Cavalcanti e Caetano Veloso para “It’s All Over Now, Baby Blue”, imortalizada por Gal Costa em “Caras e Bocas” (1977).

Durante cerca de uma hora, a trupe passeia por várias fases da extensa obra de Dylan e Marley, costurando canções e poemas pinçados dos livros do poeta, à exceção de dois inéditos que estarão em um novo livro, a ser publicado ainda neste ano. Além de “Negro Amor”, o repertório ganha também “Señor”, em versão despojada mais próxima da leitura de um Willie Nelson. Na “faixa-bônus” de encerramento permanece a cáustica “Babylon System”, de Marley: “We refuse to be/ what you wanted us to be/ we are what we are/ that’s the way it’s going to be”. (“Nós nos recusamos a ser/ o que vocês querem que a gente seja/ nós somos o que somos/ e é assim que vai ser”).

De um total de 11 canções, oito são cantadas no inglês original. As exceções são “Small Axe”, canção guerreira dos primórdios dos Wailers que virou “Machado Afiado”, na versão livre de Abreu em parceria com o poeta Celso Borges (1959-2023). O célebre refrão do hino imortalizado pela banda The Gladiators ganha sabor marcadamente regional, mas não menos ameaçador: “você me dá pão e circo/ querendo se dar bem/ mas o pau que dá em Chico/ dá em Francisco também”.

Da fase cristã de Dylan, “Um dia você vai servir a alguém” é a segunda canção entoada na língua pátria, versão de outro convicto dylanófilo, Vitor Ramil, para “Gotta serve somebody”.

A trinca se completa com a longa “Simple Twist of Fate”, onde a dupla de poetas se permitiu um nível tal de liberdade a ponto de homenagear o cantor Chico Maranhão, que aparece citado na música. Libertinagens à parte, os poetas acreditam ter se mantido fiel ao espírito da canção gravada por Dylan em “Blood on the tracks”, de 1975.

Além de reafirmar conexões entre poesia e música popular, o recital presta um despretensioso tributo a dois heróis culturais do século XX. Dylan, um dos construtores do rock como obra de arte, ganhador do Nobel, e Marley, o único superstar mundial egresso de um país na periferia do capitalismo, autor de “Exodus”, disco considerado o mais importante do século XX pela revista Time. “Não tenho conhecimento de nenhuma iniciativa que una a obra desses dois bardos pop, que tem muito mais a ver entre si do que seus primeiros nomes: uma obra capaz de despertar identificação com pessoas do mundo inteiro em gerações diferentes. É isso que celebramos sempre que subimos ao palco com essas canções”, pontua Fernando Abreu.

Roots, rock, reggae! – Quando o rasta diz “I and I”, está dizendo: eu, meu espírito em unidade com o sagrado e com todas as coisas. Quando Bob Dylan gravou  “Infidels”, em 1983, levou dois rastamen da gema para o estúdio: os lendários Sly Dunbar e Robbie Shakespeare (1953-2021). A presença da dupla garantiu que o reggae se insinuasse por todas as oito faixas, a partir do baixo e da bateria, incluindo a clássica “Jokerman”. Quem tiver ouvidos que ouça. Mas não é tudo: o disco, que pode ser chamado (com algum exagero, claro), de o disco “rasta” de Bob Dylan, traz ainda uma canção de complexo misticismo, chamada justamente “I and I”, uma canção que ameaça se transformar em reggae a cada virada de bateria.

Dylan deve ter sacado que a expressão rasta traduz o mesmo sentimento de comunhão universal a partir da experiência individual experimentado, por exemplo, por Walt Whitman (1819-1892), e que resultou em “Folhas de Relva”, especialmente no poema “A Canção de Mim Mesmo”. O mesmo que termina dizendo “sou amplo, contenho multidões”. Pois não custa lembrar que o último disco do agora octogenário bardo, “Rough and Rowdy Ways”, lançado em 2022, traz uma canção calcada na obra de Whitman, chamada “I Contain Multitudes” (Eu Contenho Multidões). I and I. O Ciclo se fecha.

Fruto de pesquisa interinstitucional, livro traça perfil da Rede Mandioca

[release]

Os dados da pesquisa começaram a ser apresentados durante a VII Plenária Estadual da Rede Mandioca realizada em Vargem Grande em 2023 - foto: Zema Ribeiro/ divulgação
Os dados da pesquisa começaram a ser apresentados durante a VII Plenária Estadual da Rede Mandioca realizada em Vargem Grande em 2023 – foto: Zema Ribeiro/ divulgação
VII Plenária Estadual da Rede Mandioca - fotos: divulgação
VII Plenária Estadual da Rede Mandioca – fotos: divulgação

A Rede Mandioca surgiu em 2008, nas comunidades Riacho do Mel e Vila Ribeiro, na zona rural de Vargem Grande/MA, como uma estratégia de enfrentamento ao trabalho escravo contemporâneo, chaga social que ainda assola o Brasil e o Maranhão.

Com apoio e assessoria da Cáritas Brasileira Regional Maranhão, a Rede Mandioca passou a congregar grupos produtivos, associações, sindicatos e comunidades, pequenos produtores rurais, extrativistas e artesãos, pautados por princípios da agroecologia e da economia popular solidária.

A articulação vem fazendo um trabalho significativo, dinamizando processos produtivos e inserindo pequenos produtores em redes e estratégias de comercialização antes inimagináveis, contribuindo para mudanças de perspectivas quanto à agricultura familiar.

A Rede Mandioca mereceu a atenção da academia, e uma pesquisa interinstitucional, reunindo pesquisadores das Universidades Federal (UFMA) e Estadual do Maranhão (UEMA), buscou conhecer melhor suas dinâmicas. A pesquisa de campo foi interrompida pelas restrições impostas pela pandemia de covid-19 e retomadas tão logo possível.

Mais de 400 questionários foram aplicados em 23 municípios de atuação da Rede Mandioca, entre outubro de 2022 e agosto de 2023, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema).

O resultado da pesquisa poderá ser conhecido no livro “Rede Mandioca do Maranhão: perfil socioeconômico, práticas produtivas e de comercialização”, organizado pelos professores Marcelo Sampaio Carneiro, Evaristo José de Lima Neto e José Sampaio de Mattos Junior, coordenadores da pesquisa.

“Esse momento é importante, porque vamos compartilhar com o conjunto da sociedade os resultados do trabalho dos pesquisadores sobre a ação desenvolvida pela Cáritas com a Rede Mandioca. Dar visibilidade para essa atividade que ao longo de décadas vem padecendo de invisibilidade no Maranhão. Fala-se muito em desenvolvimento, em grandes projetos, mas muito pouco no trabalho que é desenvolvido pelo povo maranhense através da agricultura familiar e suas diversas cadeias produtivas. Mais do que atividades produtivas, estes são modos de vida do povo maranhense. Padecem também da falta de apoio, da falta de políticas públicas concretas, de investimentos, de assistência técnica. Compartilhar essas informações com a sociedade é chamar a atenção para esse horizonte da agricultura familiar como uma perspectiva de vida, de trabalho, de geração de renda, de alimentos saudáveis. Neste momento em que o mundo está discutindo mudanças climáticas, a gente sabe que a agricultura familiar é a atividade que tem garantido alimento na mesa associada à sustentabilidade do planeta. Esses dados também apontam desafios para nós enquanto organização, e para os gestores públicos para que olhem com maior atenção e priorizem esses segmentos no estado do Maranhão”, pontua Aurilene Machado, da coordenação colegiada da Cáritas Brasileira Regional Maranhão.

“O lançamento do livro representa um momento importante da restituição dos dados coletados pela pesquisa. A primeira etapa foi a apresentação dos resultados no encontro dos 15 anos da Rede Mandioca. Agora, com o livro, oferecemos à sociedade uma visão sobre o perfil dos participantes da Rede, bem como de suas atividades de produção e comercialização. Ao apresentarmos essas informações, oferecemos também uma visão da grande diversidade que caracteriza a agricultura familiar no estado do Maranhão, uma vez que a Rede está presente em quase todas as regiões do estado”, avalia o professor Marcelo Carneiro, um dos coordenadores da pesquisa.

A obra será lançada na próxima sexta-feira, 14 de fevereiro, às 15h, no auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UEMA (Rua da Estrela, 472, Praia Grande). O evento contará com as presenças dos coordenadores da pesquisa, pesquisadores, representantes das universidades participantes, representantes de grupos produtivos da Rede Mandioca e representação institucional da Cáritas do Maranhão e Cáritas Nacional. A entrada é franca.

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Bloco dos Alvoradeiros congrega equipe e ouvintes do programa “Alvorada – Memórias e Paisagens Sonoras”

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A jornalista e DJ Vanessa Serra comandará o Bloco dos Alvoradeiros no próximo dia 15 - foto: divulgação
A jornalista e DJ Vanessa Serra comandará o Bloco dos Alvoradeiros no próximo dia 15 – foto: divulgação

Como na letra de “Ponto de fuga”, clássico de Chico Maranhão, a jornalista e DJ Vanessa Serra trilhou “as retas mais curvas que o mundo tem” até consolidar o programa Alvorada – Memórias e Paisagens Sonoras no coração dos maranhenses. O programa é um sucesso, veiculado todos os domingos, às sete da manhã, na Rádio Timbira FM (95,5).

A ideia surgiu quando, em meio à pandemia de covid-19, ela teve que interromper o sarau Vinil e Poesia – que logo migrou, como quase tudo, à época, para o formato online. Não demoraria para Vanessa Serra inventar de acordar cedo aos domingos e botar seu público fiel para também fazê-lo, celebrando a cultura do vinil.

“O salão tá bonito, tá florido” é um bordão com que a DJ já é saudada por onde passa e é como ela cumprimenta a audiência, mandando alôs a quem ouve e assiste suas sequências tocadas em um set 100% vinil.

Com produção, pesquisa, seleção musical, roteiro e apresentação de Vanessa Serra e sonorização de Maurício Capella, o Alvorada teve início no canal da jornalista e DJ na plataforma Twitch.TV e simultaneamente pelo instagram. A live semanal estreou no primeiro domingo de maio de 2020, tendo recebido o convite para integrar a programação da Rádio Timbira quando a jornalista Maria Spíndola assumiu a direção da emissora, à época operando ainda em amplitude modulada. A estreia no dial aconteceu exatos quatro anos depois da primeira live, em 2023, também no primeiro domingo de maio. Com a migração para frequência modulada, o sucesso continua.

“Tudo que é bom dura pouco”, diz a famosa marchinha de carnaval. Vanessa Serra ousa contradizê-la em pleno pré-carnaval. Tudo que é bom merece continuar e merece celebração.

No próximo dia 15 de fevereiro (sábado), a partir das 15h, a Monalisa Cervejaria (R. V 13, 17, Parque Shalon) será o palco do Bloco dos Alvoradeiros. As atrações são a DJ Vanessa Serra e o grupo Os Timbiras – formado por músicos que são servidores da emissora: Maria Spíndola (voz), Luiz Barreto (voz), Leônidas Costa (violão) e Mariano Rosa (percussão), além de canjas especialíssimas e o lançamento da “Marchinha da Alvorada”, de Tutuca Viana, outro alvoradeiro sempre de plantão.

O Bloco dos Alvoradeiros, que congrega a audiência cativa do programa, terá Rose Carrenho como porta-estandarte e Paulinho Durans como mestre-sala.

O vesperal tem apoio cultural da Rádio Timbira FM, Metalúrgica Kiola e Capella Sonorizações. O couvert artístico individual custa apenas 15 reais. Vista sua fantasia, leve sua alegria e não perca o Bloco dos Alvoradeiros!

Baile do Parangolé será palco do lançamento de “Bloco Bonito”, de Joãozinho Ribeiro

Acima: Neto Peperi, Alysson Ribeiro, Andréa Frazão, Luiz Cláudio e Dan Nobre; abaixo: Paulinho Akomabu, Chico Saldanha, Joãozinho Ribeiro, Rosa Reis, Fátima Passarinho e Anna Cláudia, as vozes de "Bloco Bonito" - foto: divulgação
Acima: Neto Peperi, Alysson Ribeiro, Andréa Frazão, Luiz Cláudio e Dan Nobre; abaixo: Paulinho Akomabu, Chico Saldanha, Joãozinho Ribeiro, Rosa Reis, Fátima Passarinho e Anna Cláudia, as vozes de “Bloco Bonito” – foto: divulgação

O Baile do Parangolé chega à sua 14ª edição em 2025, celebrando os 46 anos de fundação da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH). O nome do baile toma emprestado o título de um conhecido coco do jornalista e compositor Cesar Teixeira, sócio da SMDH. O evento acontecerá na próxima quarta-feira (12), a partir das 19h, no Bar e Restaurante Pedra de Sal (esquina das ruas da Estrela e de Nazaré, Praia Grande). Os ingressos individuais custam R$ 40,00 e incluem abadá.

O poeta e compositor Joãozinho Ribeiro, sócio da SMDH, lançará, na ocasião, o EP Bloco Bonito (faça aqui a pré-save), com quatro faixas em clima de folia e a participação especial de grandes nomes da música popular brasileira: Allysson Ribeiro, Andréa Frazão, Chico Saldanha, Neto Peperi, Paulinho Akomabu, Rosa Reis e Zeca Baleiro. As gravações aconteceram no Zabumba Records, sob a batuta do percussionista, compositor e produtor Luiz Cláudio.

Uma das faixas de destaque é “Algazarra no quartel”, interpretada por Alysson Ribeiro e Neto Peperi, uma crítica ácida e bem-humorada aos desmandos de um certo capitão que muito aprontou fora da caserna.

"Bloco Bonito" - capa/ reprodução
“Bloco Bonito” – capa/ reprodução

Segundo Joãozinho Ribeiro, o EP é uma homenagem ao cantor e compositor Tadeu de Obatalá (1964-2024), falecido ano passado, um dos fundadores do Bloco Afro Akomabu. A capa de Bloco Bonito, presente do amigo e parceiro Betto Pereira, cantor, compositor e artista visual, faz alusão à estética deste símbolo do carnaval maranhense surgido nas fileiras do Centro de Cultura Negra do Maranhão (CCN).

Joãozinho Ribeiro, seus convidados especiais e os músicos que participaram da gravação de Bloco Bonito são as atrações do 14º. Baile do Parangolé, valorizando a música, a ancestralidade e os direitos humanos.

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Com patrocínio do Instituto Cultural Vale, Oficina “Trilhas e Tons” volta a percorrer municípios maranhenses

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Certificação em Codó, após oficina realizada no município em edição anterior do projeto - foto: divulgação
Certificação em Codó, após oficina realizada no município em edição anterior do projeto – foto: divulgação

A Oficina “Trilhas e Tons”, de teoria musical aplicada à música popular, após três anos, volta a percorrer municípios maranhenses levando formação prática a músicos e curiosos em geral.

Com patrocínio do Instituto Cultural Vale (ICV), através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e realização do Ministério da Cultura (MinC), a oficina é ministrada pelo cantor e compositor Nosly, com coordenação do músico Wilson Zara e assistência de Mauro Izzy, todos eles artistas reconhecidos na cena cultural maranhense.

Com carga horária de 20 horas-aula, distribuídas em cinco encontros ao longo de uma semana, a oficina percorrerá os municípios de Grajaú, Arari, Itapecuru-Mirim, Anajatuba e Pindaré-Mirim, oferecendo 30 vagas em cada um deles.

O projeto retoma uma estrada comprida, que vem sendo pavimentada por experiências de trocas, entre sua equipe e cada um/a que se inscreve para uma nova etapa. Já foram mais de 50 oficinas realizadas, com mais de 1.000 cursistas certificados.

“Estamos muito contentes em poder retomar este trabalho, de voltar a levar uma formação rápida, que estimula o fazer artístico e aprimora o trabalho de quem já tem algum envolvimento com este meio. São números que nos dão orgulho, porque a gente sabe das dificuldades para torná-los realidade. A gente não quer lamentar o tempo em que ficamos parados por motivos de força maior, mas somar mais empenho por mais alunos concluindo esta formação, porque a gente já percorreu uma estrada grande e bonita, mas ainda há muito por fazer”, projeta Nosly.

A cada município, encerrando as oficinas, Nosly, Wilson Zara e Mauro Izzy apresentarão um show, gratuito e aberto ao público em geral, com a participação de artistas locais e de cursistas que concluíram as atividades, num momento de comunhão e demonstração prática dos conhecimentos adquiridos.

A primeira oficina desta nova etapa acontecerá em Grajaú/MA, entre os dias 17 e 21 de março – o local de inscrições e realização da oficina serão divulgados em breve. As inscrições, oficinas e material didático são gratuitos.

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