Fransoufer inaugura exposição “Maranhão Meu Maranhão” em duas etapas

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60 telas inéditas poderão ser visitadas pelo público, na Procuradoria-Geral de Justiça, em São Luís, e no Centro Cultural Casa Gamela, em São José de Ribamar

O artista Fransoufer em ação. Divulgação
O artista Fransoufer em ação. Divulgação

Em 8 de junho de 1958, na Suécia, o Brasil estreou na Copa do Mundo de futebol com um sonoro 3×0 sobre a seleção austríaca, começando a pavimentar o caminho até o primeiro título mundial. No dia seguinte, no povoado Mojó, em Bequimão/MA, nascia o menino Francisco de Souza Ferreira, em meio aos batuques de um grupo de bumba meu boi de zabumba que brincava em um terreiro da vizinhança – seu pai integrava o cordão.

Como se vê, o menino parecia predestinado. Ainda criança, perambulando por olarias de sua cidade natal, começou a brincar de esculpir usando o barro. Levava jeito para a coisa e isso não passou desapercebido por uma tia, que o levou para estudar na capital; com o tempo o Brasil e o mundo ouviriam falar e reconheceriam o talento de Fransoufer, o nome artístico de sotaque francês que adotou, inventado por amigos, que uniram as sílabas iniciais de seu nome de pia.

Fransoufer foi discípulo do húngaro radicado em São Luís Nagy Lajos (1925-1989), influência definitiva em sua carreira, que não tardaria a ganhar reconhecimento: em 48 anos de trajetória, entre coletivas e individuais, o artista já expôs em vários estados brasileiros e participou do V Salão Internacional de Artes Plásticas, na Bélgica, com a obra “Bumba Meu Boi”, exposta permanentemente no Museu de Arte Moderna de Bruxelas. A sede do Instituto Fransoufer, instalada na Fazenda Canaã, em seu município natal, é um verdadeiro museu a céu aberto e abriga uma série composta por mais de 200 esculturas em tamanho natural.

O ambiente da infância e as origens ajudam a entender os rumos tomados por Fransoufer em seu fazer artístico. O menino que inventava os próprios brinquedos acabou transformando isso em profissão. Devoto de São Francisco de Assis, sua obra é marcada por traços geométricos bastante característicos e pelo uso de cores vibrantes para retratar temas da religiosidade e da cultura popular, além do povo simples do Maranhão, equilibrando-se entre o sagrado e o profano, inspirações e temáticas que predominam em suas telas. Os maranhenses têm nova oportunidade de apreciar a beleza de sua arte.

No próximo dia 13 de setembro, às 10h, Fransoufer inaugura a exposição “Maranhão Meu Maranhão”, com 30 telas inéditas, pintadas especialmente para a ocasião. O vernissage acontece no Espaço de Artes Márcia Sandes, na sede da Procuradoria Geral de Justiça do Estado do Maranhão (Av. Carlos Cunha, 3261). Dia 16, às 16h, a exposição vai até o Centro Cultural Casa Gamela (Rua Maj. Pirola, Praça da Matriz, 131, Centro, São José de Ribamar) – cada endereço abrigará 30 telas diferentes.

“Maranhão Meu Maranhão”, a exposição, tem curadoria de Silvânia Tamer, produção e coordenação geral de Lena Santos, assessoria de comunicação de Paula Brito e Zema Ribeiro, projeto gráfico e identidade visual de Carlos Costa, monitoria de Gina Tavares, fotografias de Carlos Foicinha, e tradução e revisão textual de Rodrigo Oliveira. O patrocínio é do Governo do Estado do Maranhão, Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão e Grupo Mateus, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão, com apoio cultural do Ministério Público do Estado do Maranhão, Centro Cultural Casa Gamela e AD Fontes Advocacia. A realização é do Instituto Fransoufer.

Uma das telas da exposição "Maranhão Meu Maranhão", de Fransoufer. Reprodução
Uma das telas da exposição “Maranhão Meu Maranhão”, de Fransoufer. Reprodução

Serviço

O quê: exposição “Maranhão Meu Maranhão”
Quem: o artista plástico Fransoufer
Onde/quando: Procuradoria Geral de Justiça do Estado do Maranhão (Av. Carlos Cunha, 3261), dia 13 (quarta-feira), às 10h; e Centro Cultural Casa Gamela (Rua Maj. Pirola, Praça da Matriz, 131, Centro, São José de Ribamar), dia 16 (sábado), às 16h
Quanto: a visitação é gratuita
Patrocínio: Governo do Estado do Maranhão, Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão e Grupo Mateus, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão
Apoio cultural: Ministério Público do Estado do Maranhão, do Centro Cultural Casa Gamela e da AD Fontes Advocacia
Realização: Instituto Fransoufer

Edvaldo Santana faz curta temporada em São Luís

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O cantor e compositor Edvaldo Santana em show comemorativo dos 30 anos de "Lobo Solitário", mês passado, no Sesc Pompéia. Foto: Milton Michida/ Divulgação
O cantor e compositor Edvaldo Santana em show comemorativo dos 30 anos de “Lobo Solitário”, mês passado, no Sesc Pompéia. Foto: Milton Michida/ Divulgação

Artista celebra 30 anos de “Lobo Solitário” (1993), seu disco solo de estreia

"Lobo Solitário" (1993). Vinil. Capa. Reprodução
“Lobo Solitário” (1993). Vinil. Capa. Reprodução

O cantor e compositor paulista Edvaldo Santana já tem quase 50 anos de carreira, se contarmos a partir do disco de estreia da banda Matéria-Prima, que integrou, lançado em 1975. Sua estreia solo aconteceu em 1993, com o lançamento de “Lobo Solitário”, que trazia parcerias com Ademir Assunção, Arnaldo Antunes, Glauco Mattoso, Haroldo de Campos (1929-2003) e Paulo Leminski (1944-1989), além de releituras de Raul Seixas (1944-1989) e Tom Zé.

Valendo-se da máxima punk “faça você mesmo”, com ousadia, coragem e esperança, Edvaldo Santana botou o violão nas costas e já se apresentou por Piauí e Ceará, reafirmando sua ascendência nordestina – é filho de pai piauiense e mãe pernambucana –, bastante perceptível em sua música, marcada pelo cruzamento destas raízes com o blues norte-americano.

Ao longo da carreira, Edvaldo Santana soma oito discos solo, os mais recentes “Edvaldo Santana e Banda Ao Vivo 2” (2017) e “Só Vou Chegar Mais Tarde” (2016) – neste, canta “Ando Livre” (Edvaldo Santana) em dueto com a maranhense Rita Benneditto; a música foi composta após o autor conhecer São Luís e visitar o Bar do Léo, citado na letra. Versado também nas coisas do Maranhão, canta, na faixa-título de “Jataí” (2012): “para cantar um reggae-xote com pandeiro de Salim/ que um negro da Jamaica foi baixar em São Luís/ Ê, São Luís, tambor de crioula”. Ano passado lançou os singles “Vuelo Iluminado”, “Eu Quero É Mais (Humanidade)”, “E aí, José?” e “Irmãos Ciganos”, disponíveis nas plataformas de streaming.

Foto: Edson Kumasaka/ Divulgação
Foto: Edson Kumasaka/ Divulgação

Edvaldo Santana estará em São Luís entre os dias 29 de agosto (terça-feira) e 2 de setembro (sábado) e cumpre agenda em diversos espaços na cidade (veja programação abaixo). Guiado pelos versos de Milton Nascimento e Fernando Brant (1946-2015) em “Nos Bailes da Vida”, “todo artista tem de ir aonde o povo está”, suas apresentações terão preços populares. “É uma viagem sem patrocínio, eu quero cantar e tocar, e espero encontrar com quem quer me ouvir. No fundo, quero me divertir e espero que quem chegar junto por estas noites, se divirta também”, convida o artista.

No repertório das apresentações, acompanhando-se ao violão, Edvaldo Santana passeará por canções de “Lobo Solitário” e de outros álbuns de sua discografia, bem como clássicos da música popular brasileira que gosta de interpretar.

SERVIÇO

O quê: show “30 anos de Lobo Solitário, voz e violão”
Quem: o cantor e compositor Edvaldo Santana
Quando: de 29 de agosto a 2 de setembro
Onde: ver agenda abaixo
Quanto: idem
Informações: (98) 99166-8162
Apoio cultural: Hostel dos Poetas

AGENDA

29 de agosto (terça-feira), 20h: Quintal da Sol (Rua Edson Brandão, quadra 1A, casa 8, Alemanha), R$ 15,00

30 de agosto (quarta), 20h: Hostel dos Poetas (Rua da Montanha Russa, Centro, em frente ao Icbeu), R$ 15,00

31 de agosto (quinta), 19h, Solar Cultural da Terra Maria Firmina dos Reis (Rua Rio Branco, 420, Centro, atrás da Caixa Econômica Federal da Praça Deodoro), R$ 10,00

1º. de setembro (sexta), Miolo Café Bar (Av. Litorânea, nº. 100, Calhau), R$ 15,00

2 de setembro (sábado), Amabile Cozinha (Rua Projetada, 17, Solar dos Lusitanos, Turu), R$ 15,00

“O legado de Raul permanece vivo”, afirma Wilson Zara

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Neste sábado (19) o cantor apresenta mais uma edição do tradicional tributo com que reverencia o artista baiano desde 1992

O cantor Wilson Zara. Foto: divulgação

Considerado um dos pais do rock brasileiro e até hoje um de seus nomes mais importantes, o baiano Raul Seixas (1944-1989) deixou um vasto legado que vai além da música: a filosofia raulseixista influencia artistas surgidos após sua passagem por este planeta e também gente comum, que se afina com as ideias do “maluco beleza”, assim chamado em referência a um de seus maiores sucessos.

Toda essa herança cultural será celebrada em mais uma edição do já tradicional “Tributo a Raul Seixas”, que o maranhense Wilson Zara apresenta ininterruptamente desde 1992 – durante a pandemia de covid-19 o evento teve edições online.

“A gente costuma fazer um show longo, eu e a banda que já está comigo na missão há algum tempo, passeando pelos diversos álbuns e fases da carreira de Raul Seixas, artista que se aventurou por diversas veredas da música brasileira, muitas vezes abrindo-lhes as picadas, para que depois a gente pudesse passear. O legado de Raul permanece vivo”, afirma Zara, que costuma alinhar grandes hits de Raul Seixas, até hoje presença marcante em programas de rádio, mas também lados b do roqueiro baiano, que iniciou sua trajetória ainda na década de 1960, em Salvador/BA, à frente do seminal Os Panteras, quando ainda assinava Raulzito, e com quem lançou um único disco (1969).

Foi como Raulzito, aliás, que Raul Seixas assinou composições e produções para artistas como Balthazar, Diana, Odair José, Edy Star, Jerry Adriani (1947-2017), Miriam Batucada (1947-1994) e Sérgio Sampaio (1947-1994) – os três últimos, seus colegas de Sociedade da Grã Ordem Kavernista, que gravou o disco “Apresenta Sessão das 10” (1971).

Este ano o “Tributo a Raul Seixas” acontecerá dia 19 de agosto (sábado), às 22h, no Soul Lounge (Av. Litorânea). Na ocasião, Wilson Zara (voz e violão) estará acompanhado por Mauro Izzy (baixo), Moisés Ferreira (guitarra), Marco Moraes (teclados) e Marjone (bateria). A noite contará ainda com a participação especial da Durrock Band. Os ingressos custam R$ 30,00, à venda no local e na Bilheteria Digital (meia para estudantes com carteira e demais casos previstos em lei somente no local).

Serviço

O quê: show “Tributo a Raul Seixas”
Quem: o cantor Wilson Zara e banda
Quando: dia 19 de agosto (sábado), às 22h
Onde: Soul Lounge (Av. Litorânea, Calhau)
Quanto: R$ 30,00. Ingressos no local e na Bilheteria Digital (meia para estudantes com carteira e demais casos previstos em lei somente no local).
Informações: (98) 99975-3999

SaGrama celebra 25 anos (+2) com circulação musical e pedagógica

O grupo SaGrama. Foto: divulgação

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Grupo pernambucano chega à São Luís este mês, com oficina e espetáculo musical em duas sessões

O grupo pernambucano SaGrama, um dos mais importantes da música instrumental brasileira em atividade, chega à São Luís nos próximos dias 26 e 27 de maio, em circulação originalmente programada para 2020 – quando completou 25 anos de atividade –, interrompida pela pandemia de covid-19.

A circulação inclui espetáculos musicais e atividade formativa, e é patrocinada pelo Instituto Cultural Vale, com incentivo do Ministério da Cultura (MinC), através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e apoio do Sesc Maranhão, Rádio Universidade e Rádio Timbira. A realização é da Atos Produções, Ministério da Cultura e Governo Federal – União e Reconstrução.

História – O SaGrama surgiu em 1995, por iniciativa do flautista e professor Sérgio Campelo, no Conservatório Pernambucano de Música. O grupo se equilibra na linha tênue entre a música erudita e a música popular, valorizando as tradições culturais nordestinas.

Em 1998 o grupo gravou a trilha sonora original da série/filme “O Auto da Compadecida”, de Guel Arraes, baseada na obra de Ariano Suassuna (1927-2014), veiculada pela Rede Globo. O SaGrama realizou diversas outras trilhas sonoras, dividiu palcos no Brasil e no exterior, com artistas como Alceu Valença, Antonio Nóbrega, Maestro Spok, Silvério Pessoa, Quinteto Violado e Elba Ramalho – cujo cd/dvd “Cordas, Gonzaga e Afins” (produzido por Sérgio Campelo e Tostão Queiroga), de 2015, venceu o 27º. Prêmio da Música Brasileira nas categorias melhor álbum e melhor cantora no ano seguinte e foi indicado ao Grammy latino na categoria Música de raízes em 2017.

Formação – O grupo tem 10 cds lançados, sendo o mais recente “Na Trilha de Uma Missão” (2022), com o cantor Gonzaga Leal, com canções baseadas na pesquisas das Missões Folclóricas (1938) do escritor e musicólogo Mário de Andrade (1893-1945). Atualmente o grupo é formado por Sérgio Campelo (flautas, arranjos e direção artística), Ingrid Guerra (flautas), Crisóstomo Santos (clarinete e clarone), Cláudio Moura (viola nordestina, violão, arranjos e codireção), Aristide Rosa (violão), João Pimenta (contrabaixo acústico), Antônio Barreto (marimba, vibrafone e percussão), Tarcísio Resende (percussão), Dannielly Yohanna (percussão) e Isaac Souza (percussão).

Programação em São Luís – Dia 26 de maio (sexta-feira), das 15h às 18h, o percussionista Tarcísio Resende ministra a oficina “O mundo da percussão reciclável”, no novo prédio do Curso de Música da Universidade Estadual do Maranhão (Uema, Rua da Palma, 316, Praia Grande).

Dia 27 (sábado), é a vez de o SaGrama fazer duas apresentações musicais, no Teatro Sesc Napoleão Ewerton (Condomínio Fecomércio, Av. dos Holandeses, qd. 24, s/nº, Jardim Renascença II): às 16h e às 20h. A primeira sessão é exclusiva para escolas públicas e instituições que trabalhem a inclusão social através da cultura; a segunda, aberta ao público, com o ingresso sendo trocado por um livro (para doação a bibliotecas comunitárias), a partir de duas horas antes do início do espetáculo.

Após a primeira sessão, integrantes do grupo conversam sobre ritmos nordestinos com a plateia (professores e alunos de escolas públicas e instituições que trabalhem com inclusão social através da música), permitindo um maior mergulho do público na obra do SaGrama e nos diversos ritmos tocados pelo grupo. Serão abordados ainda a trajetória, as fontes de referência e a diversidade e riqueza dos ritmos musicais do Nordeste brasileiro. A conversa é, obviamente, ilustrada musicalmente, para identificação e assimilação dos referidos ritmos – o encontro foi pensado como contrapartida social do projeto.

Serviço – SaGrama em São Luís

O quê: Oficina “O mundo da percussão reciclável”
Quem: Tarcísio Resende, percussionista do SaGrama
Quando: 26 de maio (sexta), das 15h às 18h
Onde: novo prédio do Curso de Música da Universidade Estadual do Maranhão (Uema, Rua da Palma, 316, Praia Grande).
Quanto: grátis

O quê: apresentações musicais
Quem: SaGrama
Quando: 27 de maio (sábado), às 16h e 20h
Onde: Teatro Sesc Napoleão Ewerton (Av. dos Holandeses, qd. 24, s/nº, Jardim Renascença II)
Quanto: primeira sessão gratuita (para escolas públicas e instituições que trabalhem a inclusão social através da cultura); segunda sessão, troca de ingresso por um livro (para doação a bibliotecas comunitárias) a partir de duas horas antes do início do espetáculo.

Patrocínio: Instituto Cultural Vale, com incentivo do Ministério da Cultura (MinC), através da Lei Federal de Incentivo à Cultura
Apoio: Sesc Maranhão, Rádio Universidade e Rádio Timbira
Realização: Atos Produções, Ministério da Cultura e Governo Federal – União e Reconstrução.

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Ouça “Na Trilha de Uma Missão”, de SaGrama e Gonzaga Leal:

Afetos e canções: Joãozinho Ribeiro reúne amigos em show plural

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Apresentação acontece sexta-feira (16) no Convento das Mercês, com entrada franca – com sugestão de doação de um quilo de alimento não-perecível para as comunidades carentes do entorno

O compositor Joãozinho Ribeiro. Foto: Murilo Santos. Divulgação

O compositor Joãozinho Ribeiro volta a reunir os amigos no show “Com o afeto das canções II”. Beneficente, o evento – cuja primeira edição aconteceu ano passado – ocupa o pátio do Convento das Mercês (Rua da Palma, Desterro), na próxima sexta-feira, 16, às 20h. A entrada é gratuita, com a sugestão da doação de um quilo de alimento não-perecível; a arrecadação será destinada a comunidades carentes do entorno da Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB), instituição sediada no prédio secular do Centro Histórico da capital maranhense, que completou recentemente 25 anos de inclusão na lista de cidades patrimônio mundial da Unesco.

Joãozinho Ribeiro terá como convidados especiais o Bloco Afro Akomabu, George Gomes, Rosa Reis, Célia Maria, Josias Sobrinho, Rita Benneditto – que gravou em dueto com Zeca Baleiro (que participa virtualmente do show, através de uma mensagem em vídeo), a música que dá título ao espetáculo, cuja produção é assinada por Lena Santos. O espetáculo é uma realização da Dupla Criação e Fundação da Memória Republicana, com patrocínio da Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão (Secma) e Potiguar, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão.

Rui Mário (sanfona, piano e direção musical), Marquinhos Carcará (percussão), Danilo Santos (saxofone e flauta), Hugo Carafunim (trompete), Robertinho Chinês (cavaquinho e bandolim), Arlindo Pipiu (contrabaixo), Tiago Fernandes (violão sete cordas), Ronald Nascimento (bateria), Katia Espíndola (vocal) e Mariana Rosa (vocal) formam a superbanda que acompanhará Joãozinho Ribeiro e convidados em “Com o afeto das canções II”.

O repertório do show alinhava clássicos da lavra de Joãozinho Ribeiro a músicas inéditas. A pandemia de covid-19 e o isolamento social por ela imposto renderam ao artista dezenas de novas composições, sozinho ou em parceria. Entre os gêneros abordados no roteiro figuram baião, balada, bolero, bumba meu boi, carimbó, divino, ijexá, maxixe, merengue, reggae, salsa, samba e tambor de crioula.

“Esse show é uma espécie de exorcismo. Após quatro anos de massacres diariamente desferidos contra a cultura brasileira, para citar apenas uma área, voltamos a respirar ares democráticos e plurais, voltamos a ser um país, feito de nossa diversidade e riqueza culturais, é o que nos propomos a celebrar, com todo afeto das canções”, anuncia o compositor anfitrião.

Serviço

O quê: show “Com o afeto das canções II”
Quem: o compositor Joãozinho Ribeiro e convidados
Quando: dia 16 de dezembro (sexta-feira), às 20h
Onde: Convento das Mercês (Rua da Palma, Desterro, Centro Histórico)
Quanto: grátis. Sugere-se a doação de um quilo de alimento não-perecível, destinada às comunidades carentes do Centro Histórico
Realização: Dupla Criação e Fundação da Memória Republicana
Patrocínio: Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão (Secma) e Potiguar, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão.

“Canções e paixões” joga luz sobre a trajetória de Célia Maria

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Com seis faixas, a maioria inéditas, novo trabalho da intérprete valoriza o lirismo das letras e a beleza de sua voz

A cantora Célia Maria. Foto: divulgação

A longa espera tem data para acabar: na próxima segunda-feira (14 de novembro) a cantora Célia Maria disponibiliza, no Spotify (e no dia seguinte nas demais plataformas de streaming), seu novo EP, “Canções e paixões” – faça a pré-save aqui.

Em “Canções e paixões” Célia Maria passeia com os habituais talento e elegância por balada, canção e salsa, com pitadas de bolero e samba-canção, tendo sua voz, sempre apontada como uma das mais bonitas da música popular brasileira produzida no Maranhão, emoldurada por Daniel Miranda (trombone), Danilo Santos Costa (saxofone tenor), Diogo Nazareth (guitarra, piano, programações eletrônicas, synths, cavaquinho, violão e arranjos), Emílio Furtado (contrabaixo acústico), Hugo Carafunim (trompete), João Paulo (contrabaixo), Jorlielson (violoncelo), Luiz Cláudio (percussão, bateria, direção e produção musical), Ricardo Sandoval (percussão), Thales do Vale (trompete) e Victtor Sant’Anna (bandolim).

O repertório é quase inteiramente inédito. Abre o EP o “Bolero de Célia”, que Zeca Baleiro compôs especialmente para a diva. “Rua do avesso” (Joãozinho Ribeiro/ Zé Américo Bastos), “Viajante” (Theresa Tinoco) e “Sem despedida” (Adriana Bosaipo) ganham a primorosa interpretação da cantora em suas primeiras gravações. As exceções são o clássico “Manhã de carnaval” (Luiz Bonfá/ Antônio Maria) e “Apelo”, tema de domínio público (eventualmente atribuído a Nhozinho Santos), gravada por Zeca do Cavaco no disco de estreia do Regional Tira-Teima (“Gente do choro”, de 2017).

“Canções e paixões” sucede o homônimo “Célia Maria” (2001), disco de estreia da cantora, lançado pela então Fundação Cultural do Maranhão, com repertório que incluía compositores como Antonio Vieira, Bibi Silva, Cesar Teixeira, Chico Buarque, Chico Maranhão, Edu Lobo, João do Vale, Joãozinho Ribeiro e Luiz Bulcão, entre outros. À época, o disco recebeu diversos troféus no extinto Prêmio Universidade FM.

Célia Maria começou a carreira em programas de auditório na chamada era de ouro do rádio – um de seus epítetos é justamente “a voz de ouro do Maranhão”. Cecília Bruce dos Reis na certidão de nascimento, a cantora adotou o nome artístico que a acompanha até hoje para fugir da vigilância dos pais quando soltou a voz pela primeira vez diante de uma plateia. Chegou a se apresentar nas rádios Nacional e Mayrink Veiga, nos programas então comandados pelos lendários César de Alencar e Abelardo Barbosa, o Chacrinha.

Manteve trajetória discreta, de entrega e amor à música, com um repertório coerente – o novo EP é ótimo exemplo –, valorizando pérolas de compositores brasileiros que marcaram época, mas sem abrir mão de conhecer e interpretar também autores das novas gerações.

“Canções e paixões”, além de satisfazer o exigente fã-clube da cantora, deve conquistar-lhe novos admiradores. Ouçam com os ouvidos, alma e coração!

Quem sabe faz a hora

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Marconi Rezende e convidados realizam show em prol da democracia

“Pra não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré, se tornou um hino contra a ditadura militar brasileira inaugurada pelo golpe de 1964. O clássico é lembrado até hoje em momentos de enfrentamento, por exemplo, greves de trabalhadores reivindicando direitos.

A canção dá título ao show que Marconi Rezende e convidados apresentam – “em prol da democracia”, frisa o artista anfitrião –, na próxima sexta-feira (30 de setembro), às 21h, no Soul Lounge (Av. Litorânea).

O show terá repertório autoral e clássicos da música popular brasileira, com especial atenção às chamadas canções de protesto, numa tomada de posição coletiva, pública e, sobretudo, musical.

Além de Marconi Rezende, sobem ao palco Emanuelle Paz, Joãozinho Ribeiro, Josias Sobrinho, Luciana Pinheiro, Milla Camões, Tássia Campos e Tutuca.

O cenário de autoritarismo e violência no Brasil de 2022 é bastante parecido com o da ditadura. E é contra essa barbárie que estes artistas irão cantar.

O couvert artístico custa apenas 20 reais e pode ser pago antecipadamente pelo pix (98) 99111-9493.

Divulgação

Cesar Teixeira apresenta Samba de Botequim, nesta sexta (23)

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O cantor e compositor Cesar Teixeira. Foto: divulgação

Show no Ceprama será uma grande festa devotada ao samba, na Madre Deus, um dos bairros mais identificados com o gênero

O cantor e compositor Cesar Teixeira tem encontro marcado com seu público: ele apresenta o show Samba de Botequim, na próxima sexta-feira (23), às 19h, no Ceprama (Madre Deus).

Como o título entrega, a apresentação será dedicada ao samba, um dos gêneros musicais de predileção do artista, nascido e criado na Madre Deus, bairro boêmio encravado no coração da ilha, onde passou também parte da idade adulta.

Pelos botequins da Madre Deus – Cesar Teixeira foi frequentador de rodas de samba espontâneas em botequins lendários, como a quitanda de Seu Alfredo, onde pescadores, magarefes, operários e outros personagens se reuniam entre sacas de arroz, farinha e camarão seco, munidos de seus instrumentos. Foi amigo de lendas do bairro, como o compositor Cristóvão Alô Brasil (12/10/1922-19/8/1998), que completaria 100 anos no próximo dia 12 de outubro e de quem se tornaria parceiro, entre outros, e integrou a ala de compositores da Escola de Samba Turma do Quinto, também sediada na Madre Deus. Em 2010 Cesar Teixeira foi homenageado pela rival Favela do Samba.

Para o artista, o show é também uma homenagem às mulheres, “especialmente às mulheres negras, tão sacrificadas pelo atual governo”, afirma. A abertura fica por conta da dj Vanessa Serra, e ele terá como convidadas Rosa Reis, Célia Maria, Flávia Bittencourt, Lena Machado, Fátima Passarinho, Gabriela Flor – todas elas intérpretes de sua obra de longa data, em discos e shows – e o bloco carnavalesco Fuzileiros da Fuzarca, com 86 carnavais no currículo.

Cesar Teixeira será acompanhado por um regional formado por Rui Mário (sanfona e direção musical), Marquinhos Carcará (percussão), Tiago Fernandes (violão sete cordas), Chico Neis (violão), Gabriela Flor (pandeiro), Ronald Nascimento (bateria), Gustavo Belan (cavaquinho), Hugo Braga Reis (trombone), Ricardo Mendes (saxofone, clarinete e flauta), Daniel Cavalcante (trompete), Regina Oliveira (vocais) e Duda Saraiva (vocais). Entre os instrumentistas haverá ainda a participação especial de Victor Oliveira (saxofone). No repertório, clássicos e sambas inéditos da lavra do compositor, além de homenagens à velha guarda madredivina, entre nomes como Cristóvão Alô Brasil, Caboclinho e Patativa.

Trajetória – Com uma carreira iniciada ainda na década de 1960, em festivais estudantis de música, Cesar Teixeira foi um dos fundadores do Laboratório de Expressões Artísticas do Maranhão (Laborarte), em 1972, e um dos quatro compositores gravados por Papete no elepê “Bandeira de aço” (1978), lançado pela gravadora Discos Marcus Pereira e considerado um divisor de águas na música popular brasileira produzida no Maranhão. É também jornalista e artista plástico. Lançou dois discos solo: “Shopping Brazil” (2004) e “Camapu” (2018). O show “Samba de Botequim” será gravado e o material audiovisual deve ser disponibilizado em breve.

“Samba de Botequim” é uma realização da Pitan Produções e Coletivo Apoena, com patrocínio do Governo do Estado do Maranhão e Grupo Mateus, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Entre os objetivos da iniciativa está a formação de plateia. Os ingressos serão trocados por um quilo de alimento não-perecível e a arrecadação será destinada ao Natal Solidário das Mercês e para a Associação das Profissionais do Sexo no Maranhão (Aprosma), com atuação na área do centro histórico da capital maranhense.

Serviço

O quê: show Samba de Botequim
Quem: Cesar Teixeira e convidados
Quando: dia 23 (sexta-feira), às 19h
Onde: Ceprama (Madre Deus)
Quanto: um quilo de alimento não-perecível
Realização: Pitan Produções e Coletivo Apoena
Patrocínio: Governo do Estado do Maranhão e Grupo Mateus, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura
Informações: no instagram @showsambadebotequim

Lances eternos

O ótimo público presente ao Largo da Igreja do Desterro, sábado passado (27). Foto: Rivânio Almeida Santos

Certas coisas, de tão mágicas, não têm explicação. “As retas mais curvas que o mundo tem” parecem convergir em uma só direção. O sarau de encerramento da temporada 2022 do projeto RicoChoro ComVida na Praça, idealizado e coordenado por Ricarte Almeida Santos, é um destes acontecimentos. A coincidência geográfica e temporal, para celebrar um disco atemporal: a comunidade do Desterro, no Centro Histórico da capital maranhense, celebrava Nossa Senhora do Desterro e a procissão chegou em meio aos paralelepípedos quando o dj Jorge Choairy já preparava o terreno – modo de dizer, que a agricultura de seu set list já colhia os frutos plantados desde algum tempo –, numa convergência saudável e respeitosa entre o sacro e o profano. Exatamente como aconteceu há 44 anos, quando Chico Maranhão e o Regional Tira-Teima, a convite da gravadora Discos Marcus Pereira, ocuparam a sacristia da Igreja do Desterro para registrar o antológico elepê “Lances de agora”, de cuja “Ponto de fuga” pinço as aspas com que quase abro este texto.

O lance de agora era a homenagem que o cantor Cláudio Lima prestaria a Chico Maranhão, compositor que chegou aos 80 anos neste agosto, cantando quase a íntegra do citado disco e duas pérolas de outros momentos da carreira de Francisco Fuzzetti de Viveiros Filho, nome de pia do homenageado: “Rapaziada, o tempo mudou” e “Diverdade”. “Eu sei que você fica preso no ar quando eu canto”, diz a letra desta última, metáfora possível para a apresentação do cantor.

Acompanhado do Quarteto Crivador, Cláudio Lima era pura entrega no palco. Brincava, mas trabalhando sério, como é de seu feitio, com a própria voz e com a obra de Chico Maranhão. Prendia a atenção do público presente, devotos da boa música tal qual os admiradores das obras de Chico Maranhão, de Cláudio Lima e de choro em geral.

Cantar como quem reza: o sublime encontro de Cláudio Lima e Dicy, reverenciando Chico Maranhão. Foto: Rivânio Almeida Santos

O nome do grupo anfitrião, tomado emprestado de um dos três tambores da parelha de tambor de crioula, parecia também remeter a outra fase da carreira de Chico Maranhão, quando ele comandou a Turma do Chiquinho, registrado em sua “Ópera Boi – O sonho de Catirina”, de meados da década de 1990. Rui Mário (sanfona e direção musical), Tiago Fernandes (violão sete cordas), Marquinhos Carcará (percussão) e Wendell de la Salles (bandolim) – que se lamentou quando em meio à apresentação inicial do grupo, arrebentou uma corda de seu instrumento, o que nem de longe tirou o brilho do espetáculo – trajaram de personalidade tanto o repertório instrumental do primeiro bloco de sua apresentação, quanto o acompanhamento luxuoso que prestaram a Cláudio Lima e sua convidada especial, a cantora Dicy – que cantou sozinha “Ponta d’areia” e dividiu com ele os vocais em “Vassourinha meaçaba”.

Em respeito às tradições e à religiosidade do local, a passagem de som atrasou. Mas até isso parecia contribuir para o brilho da noite: quem chegou no horário, acabou ouvindo Cláudio Lima cantar “Meu samba choro”, entrada de um delicioso cardápio musical. O público aplaudiu, antes mesmo de o show começar. Era o coroamento de uma ideia que começou há algum tempo: Cláudio Lima, o mesmo cantor e compositor que estava ali, no palco, é designer de formação e assina a capa e o tratamento de imagens do livro “Lembranças, lenços, lances de agora: memórias e sons da cidade na voz de Chico Maranhão” (Palavra Acesa, 2022), que o poeta e jornalista Celso Borges autografou na mesma ocasião. Foi a partir da pesquisa que o multi-artista mergulhou de cabeça no universo do filho de dona Camélia. O resto é história que ficará na memória dos presentes.

Em meio a tudo isso, ainda teve o poeta Fernando Abreu, brindando a plateia com um poema (“Ladainha”, que cita Allen Ginsberg e Chico Maranhão e suas lágrimas com novos poemas e canções) de seu novo livro, “Esses são os dias” (7Letras, 2022), que terá lançamento muito em breve.

Para não dizerem que não aponto defeitos: a temporada foi curta e só retorna às praças da ilha ano que vem.

RicoChoro ComVida na Praça homenageia Chico Maranhão

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Repertório do disco “Lances de agora” (1978) será lembrado em frente à igreja onde foi gravado; compositor completou 80 anos neste agosto

Uma viagem no tempo. É o que promete o último sarau da temporada 2022 do projeto RicoChoro ComVida na Praça, que acontece este sábado (27), às 19h, no Largo da Igreja do Desterro, no Centro Histórico da capital maranhense, em meio aos festejos de São José do Desterro.

A sacristia da secular igreja foi palco, em junho de 1978, das gravações do antológico elepê “Lances de agora”, do compositor Chico Maranhão, com o acompanhamento do Regional Tira-Teima. O disco foi lançado pela gravadora Discos Marcus Pereira, do incansável pesquisador do cancioneiro de um Brasil desconhecido pela maioria dos brasileiros.

Show de Cláudio Lima será uma homenagem a Chico Maranhão. Foto: divulgação
A cantora Dicy fará uma participação especial durante a homenagem. Foto: divulgação

Chico Maranhão completou 80 anos neste agosto, de modo discreto, como é de seu feitio, ao contrário de outros oitentões ilustres da música popular brasileira. Ele receberá homenagem do cantor Cláudio Lima, convidado desta edição do sarau, que apresentará show com o repertório de “Lances de agora”, com a participação especial da cantora Dicy.

O poeta Celso Borges lerá trechos de “Lembranças, lenços, lances de agora: memórias e sons da cidade na voz de Chico Maranhão” . Foto: Layla Razzo. Divulgação

Ainda na ocasião, o poeta e jornalista Celso Borges fará novo lançamento do livro “Lembranças, lenços, lances de agora: memórias e sons da cidade na voz de Chico Maranhão” (Palavra Acesa, 2022, 265 p.), misto de bastidores da gravação do disco e biografia de Chico Maranhão, com uma boa dose de imaginação poética – ao aproximar Maranhão e Bob Dylan, por exemplo.

Quarteto Crivador. Montagem. Divulgação

Cláudio Lima e Dicy serão acompanhados pelo Quarteto Crivador, formado por Marquinho Carcará (percussão), Rui Mário (acordeom e direção musical), Tiago Fernandes (violão sete cordas) e Wendell de la Salles (bandolim). O nome do grupo é tomado emprestado de um dos tambores da parelha do tambor de crioula, ritmo genuinamente maranhense que também é alvo do interesse do compositor homenageado, seja em músicas que compôs, seja na Turma do Chiquinho, grupo de tambor de crioula que comandou durante a década de 1990.

As atrações se completam com o dj Jorge Choairy, o mais tropicalista de nossos disc-jóqueis, antropofagicamente falando: seu set list é fruto de uma alimentação sonora que não conhece preconceitos, abarcando diversos gêneros, épocas e geografias, numa salada sonora sempre suculenta.

RicoChoro ComVida na Praça é uma realização da Sociedade Artística e Cultural Beto Bittencourt, com produção de Girassol Produções e RicoChoro Produções Culturais, que agradecem ao deputado federal Bira do Pindaré, que tornou possível a realização desta edição do evento, ao destinar emenda parlamentar à Prefeitura Municipal de São Luís, através da Secretaria Municipal de Cultura (Secult).

Acessibilidade cultural – Os saraus RicoChoro ComVida na Praça garantem acessibilidade cultural, com banheiros químicos adaptados, assentos preferenciais, audiodescrição e tradução simultânea em Libras, a língua brasileira de sinais.

Arte na luta contra a fome – O projeto RicoChoro ComVida na Praça é parceiro do “Pacto pelos 15% com fome”, da ONG Ação da Cidadania. Atualmente mais de 33 milhões de brasileiros não têm o que comer. O objetivo da campanha é “promover uma grande aliança entre entidades da sociedade civil e empresas, grupos de mídia, agências de comunicação e publicidade, pessoas físicas, artistas e influenciadores, para atuarem na linha de frente no combate à fome e às desigualdades sociais”. O evento é gratuito e aberto ao público, mas recomenda-se a doação de um quilo de alimento não-perecível, como gesto concreto de engajamento na campanha. O volume arrecadado será destinado a comunidades em situação de vulnerabilidade social.

Divulgação

Serviço

O quê: sarau RicoChoro ComVida na Praça
Quem: dj Jorge Choairy, Quarteto Crivador, o cantor Cláudio Lima, com participação especial de Dicy Rocha, e o poeta e jornalista Celso Borges
Quando: dia 27 (sábado), às 19h
Onde: Largo da Igreja do Desterro, Centro Histórico de São Luís
Quanto: grátis
Informações: @ricochoro (instagram e facebook)

Do Cohatrac ao Desterro: temporada 2022 de RicoChoro ComVida na Praça termina sábado que vem

O encontro de Bia Mar e Carlos Cuíca no palco do RicoChoro ComVida na Praça. Foto: Zeqroz Neto/ Divulgação

O segundo sarau da temporada 2022 do projeto RicoChoro ComVida na Praça ocupou a de Nossa Senhora de Nazaré, no Cohatrac, sábado passado (20) no diálogo saudável e estimulante entre músicos e plateia, com a participação da comunidade, entre os que fruíam a roda de choro e os que aproveitavam a passagem do dj Marcos Vinícius, do Instrumental Tangará e dos cantores e compositores Bia Mar e Carlos Cuíca pelo bairro para fazer um extra, entre vendedores ambulantes e os bares, restaurantes e churrasquinhos do entorno.

Nos 10 anos da lei de cotas e o atual momento de revisão da referida legislação, Marcos Vinícius mandou o recado pela música de Macau interpretada por Sandra de Sá, que canta “todo brasileiro tem sangue crioulo”, em “Olhos coloridos”, hit absoluto desde o lançamento, um dos pontos altos de sua sempre caprichada sequência.

Acompanhados por um Tangará que caprichou na homenagem a Jacob do Bandolim (1918-1969) – o “herdeiro” Hamilton de Holanda estava na cidade para um show na véspera – falecido há 53 anos, num 13 de agosto. Dele tocaram “Noites cariocas” – “hoje vai virar “Noites ludovicenses”, brincou o acordeonista Andrezinho –, “Assanhado” e “Doce de coco”. O grupo se completa com Valdico Monteiro (pandeiro), Gustavo Belan (cavaquinho) e Tiago Fernandes (violão sete cordas).

Bia Mar e Carlos Cuíca fugiram do óbvio em seus repertórios, cujos pontos altos (a escolha não é fácil e essa é uma opinião pessoal) foram, respectivamente “Reconvexo” (Caetano Veloso) e “Mestre Antonio Vieira” (Carlos Cuíca), revelando referências e inspirações.

Sábado que vem (27), às 19h, no Largo da Igreja do Desterro, no Centro Histórico da capital, acontece o último sarau da temporada. As atrações são o dj Jorge Choairy, o Quarteto Crivador – formado por Marquinhos Carcará (percussão), Rui Mário (acordeom e direção musical), Wendell de la Salles (bandolim) e Tiago Fernandes (violão sete cordas) – e o cantor Cláudio Lima, com a participação especial de Dicy, que farão uma homenagem ao repertório do antológico elepê “Lances de agora” (1978), de Chico Maranhão. Na ocasião, o poeta e jornalista Celso Borges fará novo lançamento de seu livro “Lembranças, lenços, lances de agora: memórias e sons da cidade na voz de Chico Maranhão”, com leitura de trechos da obra.

Cohatrac recebe sarau RicoChoro ComVida na Praça

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Segunda noite da temporada 2022 acontece neste sábado (20), às 19h, e tem como atrações o dj Marcos Vinícius, Instrumental Tangará, Bia Mar e Carlos Cuíca

Está chegando a hora: neste sábado (20), a partir das 19h, na Praça Nossa Senhora de Nazaré, no Cohatrac, acontece o segundo sarau da temporada 2022 do projeto RicoChoro ComVida na Praça. O primeiro aconteceu dia 6 de agosto e foi um sucesso absoluto, tendo contado com a participação especial surpresa do cantor e compositor mineiro Paulinho Pedra Azul.

Desta vez as atrações são o dj Marcos Vinícius, o Instrumental Tangará, e os cantores e compositores Bia Mar e Carlos Cuíca. A programação é gratuita e aberta ao público e o evento conta com acessibilidade, com assentos preferenciais, banheiros adaptados, audiodescrição e tradução simultânea em libras, a língua brasileira de sinais.

O dj Marcos Vinícius. Foto: divulgação

Atrações – Uma das vozes mais conhecidas do rádio maranhense, o dj Marcos Vinicius é também um colecionador e pesquisador, além de pioneiro na discotecagem de reggae a partir de discos de vinil. Mas sua atuação inclui também os universos do samba e da black music, entre outros gêneros. “Estamos preparando um repertório bem especial, dançante e pensante, para mais uma participação nesse projeto que é um marco na produção musical da nossa cidade, oportunizando palco e plateia aos nossos artistas e convidados”, promete.

O Instrumental Tangará. Montagem. Divulgação

O Instrumental Tangará é fruto da renovação vivida pela cena choro do Maranhão. Diversos músicos jovens têm se dedicado ao gênero, aprofundando estudos e pesquisas e aprimorando o fazer musical, ratificando a ilha de São Luís do Maranhão como uma importante praça de choro, tanto do ponto de vista da execução quanto da criação. O grupo é formado por Andrezinho (acordeom), Gustavo Belan (cavaquinho), Tiago Fernandes (violão de sete cordas), Valdico Monteiro (percussão) e Victtor Sant’Anna (bandolim).

A cantora e compositora Bia Mar. Foto: divulgação

A cantora e compositora Bia Mar iniciou sua carreira aos 15 anos e com a bagagem acumulada desde então, tornou-se uma das vozes mais conhecidas e respeitadas da cena local quando o assunto é samba. Além da carreira solo, ela também é vocalista do bloco carnavalesco A Escangalhada, que costuma arrastar multidões pelas ruas do Centro Histórico da capital maranhense. Parceira de nomes como Aldair Ribeiro, Allyson Ribeiro e Vicente Melo, ela planeja para breve o lançamento de “Cupuaçu”, seu primeiro single, em parceria com Carlos Boni.

O cantor e compositor Carlos Cuíca. Foto: divulgação

Além de percussionista versátil, batizado por seu instrumento preferido, Carlos Cuíca é também inspirado cantor e compositor. Figura fácil nas rodas de samba da ilha, ano passado ele teve sua “Mestre Antonio Vieira”, homenagem ao saudoso compositor, classificada entre as 12 finalistas do Festival de Música Timbira 80 Anos.

Arte na luta contra a fome – O projeto RicoChoro ComVida na Praça é parceiro do “Pacto pelos 15% com fome”, da ONG Ação da Cidadania. Atualmente mais de 33 milhões de brasileiros não têm o que comer. O objetivo da campanha é “promover uma grande aliança entre entidades da sociedade civil e empresas, grupos de mídia, agências de comunicação e publicidade, pessoas físicas, artistas e influenciadores, para atuarem na linha de frente no combate à fome e às desigualdades sociais”. Por ocasião do sarau, interessados/as poderão se cadastrar como voluntários/as, fazer doações e/ou conhecer melhor a campanha, que busca minimizar os efeitos desta tragédia nacional.

O sarau RicoChoro ComVida na Praça é uma realização da Sociedade Artística e Cultural Beto Bittencourt, com produção de RicoChoro Produções Culturais e Girassol Produções, que agradecem o apoio do Deputado Federal Bira do Pindaré para sua realização, através de emenda parlamentar destinada à Prefeitura Municipal de São Luís, através da Secretaria Municipal de Cultura (Secult).

Serviço

Divulgação

O quê: sarau RicoChoro ComVida na Praça
Quem: dj Marcos Vinícius, Instrumental Tangará, Bia Mar e Carlos Cuíca
Quando: dia 20 (sábado), às 19h
Onde: Praça de Nossa Senhora de Nazaré (Cohatrac)
Quanto: grátis
Informações: @ricochoro (instagram e facebook)

33 anos sem Raul Seixas serão lembrados em São Luís

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Tradicional tributo ao artista baiano será apresentado por Wilson Zara e banda dia 20 de agosto, no Estaleiro Gastrobar

O cantor Wilson Zara. Foto: divulgação

O Estaleiro Gastrobar (Rua do Trapiche, Praia Grande) será o palco do “Tributo a Raul Seixas” deste ano. Wilson Zara e banda se apresentam no próximo sábado (20), às 22h. Os ingressos, à venda no local, custam R$ 30,00

O “Tributo a Raul Seixas” é apresentado anualmente desde 1992 pelo cantor maranhense Wilson Zara, reverenciando o legado do roqueiro baiano, que completa 33 anos de falecido no próximo dia 21 de agosto.

“Raul Seixas é, sem dúvidas, um dos nomes mais importantes da música popular brasileira. Atuou em várias vertentes, compôs em vários gêneros, e a qualidade e o conteúdo de sua obra são inspiradores. Ainda lembro do impacto que me causou ouvi-lo a primeira vez e do quanto isso pesou em minha decisão de optar pela música como profissão”, revela Zara.

O repertório passeia por  todas as fases e estilos da obra de Raul Seixas, entre clássicos e lados b, desde Os Panteras – grupo com quem gravou um elepê em 1968 –, passando por “Sociedade da Grã-Ordem Kavernista apresenta Sessão das 10” – disco que dividiu com Edy Star, Miriam Batucada e Sérgio Sampaio, e lhe custou o emprego na CBS –, de 1971, até o derradeiro “A panela do diabo” (1989), dividido com Marcelo Nova.

Wilson Zara (voz e violão) será acompanhado por Moisés Ferreira (guitarra), Marco Moraes (teclado), Junior Barreto (violão), Mauro Izzy (contrabaixo) e Marjone (bateria).

Serviço: Tributo a Raul Seixas, com Wilson Zara e banda. 20 de agosto (sábado), às 22h, no Estaleiro Gastrobar (Rua do Trapiche, Praia Grande). Ingressos à venda no local: R$ 30,00.

Os presentes da noite

TEXTO: ZEMA RIBEIRO
FOTOS: RIVÂNIO ALMEIDA SANTOS

A dj Josy Dominici
Apresentação da campanha “Pacto pelos 15% com fome”, da Ação da Cidadania
O Regional Caçoeira
O cantor e compositor Vinaa
Os cantores e compositores Paulinho Pedra Azul e Djalma Chaves

Não é apenas o encontro de artistas cantando e tocando e a plateia batendo palmas. Camadas se desdobram e palavras como encanto e magia bem servem para tentar traduzir o que aconteceu na noite de sábado (6), na Praça do Letrado, no Vinhais. Servem, embora eu não saiba se são suficientes. Creio que não, afinal de contas, tudo ali transbordava, seja a qualidade das apresentações, o ambiente aconchegante e afetuoso, o clima de feira com as barracas do entorno, a alegria de encontros e reencontros.

Era do que se tratava: após dois anos suspensas em razão do isolamento social imposto pela pandemia de covid-19 (breve exceção se abriu ano passado quando os saraus foram realizados nos jardins do Museu Histórico, com controle de acesso), os chorões e choronas da ilha estavam ávidos por uma roda de choro nos moldes a que estavam acostumados. Mas a de sábado foi além.

O evento abriu espaço para a coordenação estadual da campanha “Pacto pelos 15%”, da Ação da Cidadania, que busca doações e voluntários para amenizar o flagelo da fome, que atormenta mais de 30 milhões de brasileiros, além dos que vivem em situação de insegurança alimentar. Além de falas de representantes da ONG, vídeos da campanha foram exibidos ao longo da programação.

A dj Josy Dominici voltou a se apresentar após cerca de 10 anos dedicando-se a outras frentes. Sua sequência aqueceu o ótimo público presente, com um repertório de muito bom gosto, entre clássicos do samba e choro, música popular brasileira e reggae, além de elementos da cultura popular do Maranhão.

O caminho foi seguido pelo Regional Caçoeira: choro, baião, bumba meu boi e samba, com pitadas jazzy, integraram o cardápio de Ricardo Mendes (clarinete, flauta e saxofones), Wanderson Silva (pandeiro), Wendell Cosme (cavaquinho de seis cordas e bandolim de 10 cordas) e Thiago Fernandes (violão de sete cordas). O virtuosismo e versatilidade do quarteto levaram o público a um passeio por clássicos de Pixinguinha, Severino Araújo, Donato Alves, Raimundo Makarra e Coxinho, entre outros, além de temas autorais de Wendell, como o “Baião das três”, composta por ele especialmente para o sarau.

Vinaa revelou que ansiava estar no palco de RicoChoro ComVida na praça já há algum tempo. Lembrou-se das origens, do acolhimento por nomes como Cury – autor de “O que me importa”, sucesso de Tim Maia que figurou em seu repertório àquela noite – e Zeca Baleiro – com quem gravou “Cicatriz (No regresa)” em “Elementos e hortelãs na terra dos eucaliptos” (2019), seu segundo disco, também presente ao setlist.

“Agora vocês me dão licença para eu botar os óculos de Cartola”, pediu, antes de cantar “O mundo é um moinho”, clássico do repertório do mangueirense, um dos grandes momentos de uma noite para lá de especial.

Também acompanhado pelo Regional Caçoeira, Djalma Chaves, ao violão, iniciou sua apresentação com o clássico absoluto “Aquarela brasileira” (Silas de Oliveira), apresentando um repertório de clássicos que incluiu também, entre outras, “Tristeza” (Niltinho Tristeza). E foi ele o responsável pela grande surpresa da noite, ao chamar ao palco o parceiro mineiro Paulinho Pedra Azul, que de passagem pela ilha, deu uma canja inspirada, elogiando o grupo anfitrião.

“Você já é ludovicense, é o mineiro mais maranhense que eu conheço”, afirmou Djalma Chaves, ao que Pedra Azul retrucou: “só falta oficializar”. Antes da participação musical, leu um poema que havia escrito na manhã de sábado, exaltando as belezas de São Luís, cidade com que mantém estreita e longeva relação – ganhará melodia?

Começou por “Carinhoso” (Pixinguinha), cantada em dueto com Djalma Chaves. Em seguida, provocado pelo grupo, atacou de “Cantar” (Godofredo Guedes) e aos pedidos de mais um e com a capacidade de improviso do Caçoeira (que não havia ensaiado com o convidado surpresa), atendeu com “Jardim da fantasia” (Paulinho Pedra Azul), certamente um de seus maiores clássicos.

Presente à Praça do Letrado, o jornalista e historiador Marcus Saldanha, em uma rede social, sintetizou a noite: “uma noite de presentes para os presentes”.

O próximo sarau RicoChoro ComVida na Praça acontece dia 20 de agosto (sábado), às 19h, na Praça Nossa Senhora de Nazaré (Cohatrac). As atrações são o dj Marcos Vinícius, o Instrumental Tangará, a cantora Bia Mar e o cantor Carlinhos da Cuíca. O evento é uma realização da Sociedade Artística e Cultural Beto Bittencourt, com produção de RicoChoro Produções Culturais e Girassol Produções.

Joãozinho Ribeiro apresenta seu choro (en)cantado e solidário

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Show acontece sábado (13), no Convento das Mercês; evento é parceiro da campanha “Pacto pelos 15% com fome” e ingressos podem ser trocados por um quilo de alimento não-perecível

O compositor Joãozinho Ribeiro. Foto: Murilo Santos. Divulgação

O compositor Joãozinho Ribeiro apresenta no próximo sábado (13) o show “Choro (en)cantado”, cujo repertório valoriza esta faceta de sua obra.

Invariavelmente, quando ouvimos falar de choro – ou chorinho, como o gênero também é conhecido – assenta-se seu nascimento no Rio de Janeiro, embora pesquisas demonstrem que esta música urbana já era praticada em outras praças, simultaneamente. O inventário do padre João Mohana (1925-1995), por exemplo, inclui diversas partituras de choro, de autores maranhenses, datadas ainda do século XX.

Um dos mais versáteis e gravados compositores do Maranhão, Joãozinho Ribeiro sempre teve um pé no choro, seja por influências percebidas aqui e acolá, seja na criação de choros “puros”, caso, por exemplo, do clássico “Milhões de uns”, de sua autoria, que colecionou prêmios desde seu registro pela cantora Célia Maria, em 2001.

O show que Joãozinho Ribeiro apresentará sábado que vem passeia por sua porção chorão e contará com as participações especiais de Anna Cláudia, Daniel Lemos, Fátima Passarinho, Mariana Rosa e Rose Fontoura. A produção é de Lena Santos.

Joãozinho Ribeiro e convidados serão acompanhados por Arlindo Pipiu (violões de seis e sete cordas e direção musical), Jovan Lopes (trombone), João Neto (flauta), Gustavo Belan (cavaquinho), Carbrasa (pandeiro) e Madson Peixoto (tantan).

A noite musical abrigará também o lançamento do livro “Letras e silêncio: o caos sentimental”, de Camila Cutrim. A solidariedade também vai marcar presença: os ingressos para acesso ao espetáculo se darão mediante a troca por um quilo de alimento não-perecível, que serão doados à campanha “Pacto pelos 15% com fome”, da Ação da Cidadania, que busca minimizar o sofrimento de mais de 30 milhões de brasileiros que atualmente passam fome – e de outros tantos que vivem em situação de insegurança alimentar.

Serviço: Choro (en)cantado, show de Joãozinho Ribeiro e convidados. Dia 13 de agosto (sábado), às 19h, no Convento das Mercês. Ingressos: um quilo de alimento não-perecível