Festival João do Vale — Revival acontece em Pedreiras neste sábado (6)

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Data marca os 29 anos de falecimento do maranhense do século XX. Evento reunirá nove artistas que participaram das três edições do Festival João do Vale, em 2000, 2001 e 2008

O compositor João do Vale - foto: reprodução
O compositor João do Vale – foto: reprodução

Quase 30 anos após seu falecimento, o legado de João do Vale (1934-1996) continua a inspirar artistas país afora, para muito além de Teresina a São Luís. Gravado e regravado por grandes nomes da música popular brasileira — Alcione, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Irene Portela, Maria Bethânia, Tião Carvalho e Tom Zé, entre outros —, o pedreirense ganhou projeção nacional ao participar do espetáculo “Opinião”, ao lado de Nara Leão (1942-1989) e Zé Keti (1921-1999), nos primórdios da ditadura militar brasileira. É autor de clássicos do quilate de “Carcará”, “Pisa na fulô”, “Peba na pimenta”, “Na asa do vento” e “O canto da ema”, entre inúmeros outros.

Entre 2000 e 2008 o músico Wilson Zara produziu três edições do Festival de Música Popular João do Vale, movimentando a cena autoral do Maranhão e ajudando a revelar diversos talentos.

Parte deste elenco se reúne no Festival João do Vale — Revival, que acontece no próximo dia 6 de dezembro (data que marca os 29 anos de falecimento de João do Vale), às 20h, no Parque João do Vale (Av. Rio Branco, s/nº., Centro, Pedreiras/MA), com entrada franca.

Sexta-feira passada (28 de novembro), o Miolo Café Bar (Av. Litorânea, 100, Calhau) foi palco do reencontro de Alberto Trabulsi, Bruno Batista e Cláudio Leite. Era a Chegança do Revival, reunindo artistas que participaram (e foram premiados) nas três edições do Festival João do Vale.

O cantor e compositor Chico Nô - foto: divulgação
O cantor e compositor Chico Nô – foto: divulgação
A cantora Dicy - foto: Laila Razzo/ divulgação
A cantora Dicy – foto: Laila Razzo/ divulgação
O cantor e compositor Elizeu Cardoso - foto: divulgação
O cantor e compositor Elizeu Cardoso – foto: divulgação
A cantora e compositora Lena Garcia - foto: divulgação
A cantora e compositora Lena Garcia – foto: divulgação
O cantor e compositor Zé Lopes - foto: divulgação
O cantor e compositor Zé Lopes – foto: divulgação

Em Pedreiras será a vez do encontro dos cantores e compositores Chico Nô, Dicy, Elizeu Cardoso, Lena Garcia, Helyne, Zé Lopes, Itamar Lima, Herbeth Luiz e Davi Faray, que se apresentarão acompanhados de banda formada por Fleming (bateria), Hugo César (violão), Natanael Fernandes (sanfona) e Jeff Soares (baixo).

“O Festival João do Vale teve um papel significativo na minha carreira. Porque além da visibilidade, visto ser um festival na capital e que reunia muita gente já com trabalho consolidado, me apresentou outros compositores e cantores de todo o Estado. A própria canção com que participamos, “Redemoinhos”, uniu Dicy, Lena Garcia e Helyne, artistas grandiosas e com trabalho duradouro e único. Estar presente agora, tantos anos depois, no João do Vale — Revival é maravilhoso. De lá pra cá, muita coisa aconteceu nas carreiras de todo mundo. Será uma celebração com o público e com gente que se tornou amigo e parceiro. João do Vale é, sem dúvida, a nossa maior referência. A poesia que está nas ruas e nas bocas, todo mundo canta e assobia. Isto é muito, muito difícil. Tanto que João não nasce todo dia, é um assombro! Se o Maranhão tem uma alma, ela é negra, de pés no chão e nasceu em Pedreiras”, afirma o cantor e compositor Elizeu Cardoso.

“O festival equilibra tradição e contemporaneidade. João do Vale representa um Brasil que se reinventa — e é isso que queremos celebrar: o diálogo entre a memória do passado e a vitalidade do presente. É um ato de pertencimento e resistência cultural”, afirma Wilson Zara, idealizador e realizador das três edições do Festival João do Vale e deste Revival.

O Festival João do Vale — Revival é uma realização da Zarpa Produções Artísticas, com recursos da Lei Paulo Gustavo (Lei complementar nº. 195/2022) do Governo Federal, operacionalizada pelo Governo do Estado do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão (Secma). O evento tem apoio da Prefeitura Municipal de Pedreiras, Rodrigo Iluminações, Parque João do Vale e Fundação Pedreirense de Cultura e Turismo.

Serviço

O quê: Festival João do Vale — Revival.
Quem: os cantores e compositores Chico Nô, Dicy, Elizeu Cardoso, Lena Garcia, Helyne, Zé Lopes, Itamar Lima, Herbeth Luiz e Davi Faray e banda.
Quando: sábado (6), às 20h.
Onde: Parque João do Vale (Av. Rio Branco, s/nº., Centro, Pedreiras/MA).
Quanto: grátis.
Realização: Zarpa Produções Artísticas.
Patrocínio: Lei Paulo Gustavo (Lei complementar nº. 195/2022) do Governo Federal, operacionalizada pelo Governo do Estado do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão (Secma).
Apoio: Prefeitura Municipal de Pedreiras, Rodrigo Iluminações, Parque João do Vale e Fundação Pedreirense de Cultura e Turismo.

Joãozinho Ribeiro celebra a vida e a arte em dois shows no Teatro Arthur Azevedo

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Apresentações acontecem dias 3 e 4 no Teatro Arthur Azevedo, com participações especiais de Adler São Luiz, Adriana Bosaipo, Alê Muniz, Aziz Jr, Chico Saldanha, Daffé, Josias Sobrinho, Maria Spíndola, Paulo Pirata, Rosa Reis e Sérgio Habibe

O poeta e compositor Joãozinho Ribeiro - foto: divulgação
O poeta e compositor Joãozinho Ribeiro – foto: divulgação

O poeta e compositor Joãozinho Ribeiro completou, em 2025, 70 anos de idade e 60 de uma vitoriosa batalha contra um câncer. Uma de suas frases de cabeceira, do pintor italiano Amedeo Modigliani (1884-1920), diz que “o dever do artista é salvar o sonho”. O artista entende que a celebração da vida passa pela celebração da arte.

Estes são os motes do show “Canções da Vida e da Arte”, que Joãozinho Ribeiro apresenta nos próximos dias 3 e 4 de outubro, às 20h, no Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol, Centro), com as participações especiais de Adler São Luiz, Adriana Bosaipo, Alê Muniz, Aziz Jr, Chico Saldanha, Daffé, Josias Sobrinho, Maria Spíndola, Paulo Pirata, Rosa Reis e Sérgio Habibe.

Com produção e coordenação geral de Lena Santos, o show de Joãozinho Ribeiro tem direção geral do artista, que será acompanhado pelos músicos Rui Mário (sanfona, teclados e direção musical), Arlindo Pipiu (violão e guitarra), Hugo Carafunim (trompete), Danilo Santos (saxofone e flauta), Robertinho Chinês (cavaquinho), Carlos Raqueth (baixo), Ronald Nascimento (bateria), Marquinhos Carcará (percussão), Kátia Espíndola (vocal), Raquel Espíndola (vocal) e Renato Serra (teclados).

As celebrações de Joãozinho Ribeiro têm caráter solidário: os ingressos para os shows serão trocados por alimentos, materiais de limpeza e higiene pessoal, pedagógicos, hospitalares, descartáveis, roupas e utensílios domésticos para a Casa de Apoio da Fundação Antonio Dino. A troca pode ser feita no Convento das Mercês (sede da Fundação da Memória Republicana Brasileira, Rua da Palma, Desterro) ou no Teatro Arthur Azevedo (nos dias do espetáculo).

Joãozinho Ribeiro é um dos artistas maranhenses mais gravados, tendo músicas suas em registros de nomes como Betto Pereira, Célia Maria, Chico César, Elba Ramalho, Flávia Bittencourt, Josias Sobrinho, Lena Machado, Olodum, Rita Benneditto, Rosa Reis e Zeca Baleiro, entre outros.

Parte deste repertório autoral será lembrada nas duas apresentações do show “Canções da Vida e da Arte”, que tem patrocínio da Potiguar e Secretaria de Estado da Cultura (Secma), através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão.

Serviço

O quê: show “Canções da Vida e da Arte”
Quem: Joãozinho Ribeiro e convidados
Quando: dias 3 (sexta) e 4 de outubro (sábado), às 20h
Onde: Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol, Centro)
Quanto: os ingressos solidários serão trocados por alimentos, materiais de limpeza e higiene pessoal, pedagógicos, hospitalares, descartáveis, roupas e utensílios domésticos para a Casa de Apoio da Fundação Antonio Dino (a partir do dia 1º. de outubro no Convento das Mercês e nos dias das apresentações também na bilheteria do TAA)
Informações: no instagram @joaozinhoribeiromilhoesdeuns

Show de encerramento da oficina Trilhas e Tons em Arari acontece neste sábado (12)

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O instrutor Nosly durante abertura de mais uma turma da oficina Trilhas e Tons, hoje, em Arari - foto divulgação
O instrutor Nosly e alunos da oficina Trilhas e Tons em Arari – foto divulgação

O show de encerramento da oficina Trilhas e Tons de Teoria Musical Aplicada à Música Popular, com Wilson Zara, Nosly e alunos da oficina, será realizado neste sábado, 12 de julho, às 18h, na Praça Major Pestana, no bairro Cruzeiro. A entrada é gratuita. Trilhas e Tons tem patrocínio do Instituto Cultural Vale, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e realização de Zarpa Produções, Ministério da Cultura (MinC) e Governo Federal.

“O projeto Trilhas e Tons não é só uma oficina – é um movimento de fortalecimento da nossa identidade musical. Ele mostra para Arari e para o Maranhão que nossa música tem valor, que merece estudo, respeito e investimento. Fico muito feliz com o retorno da oficina ao município e tenho certeza de que os frutos desse projeto vão ecoar por muito tempo por aqui”, afirma a poeta Samara Volpony, coordenadora local do projeto.

Na próxima semana, entre os dias 14 e 18 de julho, a oficina chega ao município de Anajatuba, onde será realizada na na Câmara de Vereadores (Manoel Rosa Mendonça). As inscrições e o material didático utilizado são gratuitos.

Oficina Trilhas e Tons chega à Itapecuru-Mirim e Pindaré-Mirim nas próximas semanas

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O músico Nosly ministra a oficina Trilhas e Tons - foto: acervo do projeto
O músico Nosly ministra a oficina Trilhas e Tons – foto: acervo do projeto

Em sua sétima edição, a oficina Trilhas e Tons de teoria musical aplicada à música popular chega aos municípios de Itapecuru-Mirim e Pindaré-Mirim, nas próximas semanas. Para o primeiro, as vagas já estão preenchidas; para o segundo, as inscrições seguem abertas. Em 2025 o projeto tem patrocínio do Instituto Cultural Vale (ICV) e realização do Ministério da Cultura (MinC) e Zarpa Produções, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Em Itapecuru-Mirim a formação de 20 horas-aula acontece na Escola de Música Joaquim Araújo, de 2 a 6 de junho. A oficina é ministrada pelo músico Nosly, com coordenação de Wilson Zara e assistência de Mauro Izzy. As inscrições e o material didático utilizado são gratuitos.

“A oficina itinerante Trilhas e Tons é um projeto de extrema importância educacional e cultural, à  medida em que une o estudo da teoria musical aliado à prática, tendo como foco a música popular em suas diversas vertentes. Acredito que os alunos de música do nosso município terão uma grande experiência com o professor Nosly”, acredita o professor Márcio Alves Pereira, coordenador local da oficina.

Em Pindaré-Mirim a oficina acontece no Centro Cultural Engenho Central, de 9 a 13 de junho, com coordenação local de Cosme Sat. “O Engenho Central de Pindaré realiza e recebe eventos culturais das mais variadas linguagens artísticas. Receber o projeto Trilhas e Tons, para nós, é potencializar o conhecimento e a prática musical, arte milenar e universal, no Vale do Pindaré. Aproveitamos a oportunidade para agradecer a oportunidade de sediar esta importante oficina e show musical com os artistas Nosly e Wilson Zara. Acrescentamos que estamos sempre disponíveis para possibilitar ao público da região do Vale do Pindaré projetos importantes como o Trilhas e Tons”, pontua Edilson Brito, gestor geral da U. V. Engenho Central de Pindaré.

Cada turma da oficina é encerrada com a certificação dos concludentes e um show que reúne Nosly, Wilson Zara e Mauro Izzy, além de cursistas e artistas locais, oportunizando intercâmbio e mostra de talentos. As apresentações também são gratuitas, oportunizando formação de plateia a cada município porque o projeto passa. Em Itapecuru-Mirim a apresentação acontece no Espaço da Criança (Rua João Pedro Pereira, 55), dia 7 de junho (sábado), às 19h; e em Pindaré-Mirim no Centro Cultural Engenho Central, dia 14 de junho (sábado), no mesmo horário.

Show de encerramento da oficina Trilhas e Tons em Grajaú tem sabor de memória e reencontro

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A primeira vez que Wilson Zara participou de um festival foi no município; “Zaratustra”, música que defendeu e ganhou prêmio de melhor letra, acabou por lhe dar sobrenome artístico

Até a próxima sexta-feira (21) o Centro Educa + Integral, em Grajaú, recebe a primeira edição da sétima etapa da oficina itinerante Trilhas e Tons, de teoria musical aplicada à música popular. Ministrada por Nosly, com coordenação de Wilson Zara e assistência de Mauro Izzy, a formação tem 20 horas aula.

Trilhas e Tons VII tem patrocínio do Instituto Cultural Vale (ICV), com realização do Ministério da Cultura (MinC) e Zarpa Produções Artísticas, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e conta ainda com apoio da Prefeitura Municipal de Grajaú, através da Secretaria Municipal de Cultura.

Como já é tradição nos municípios por onde passa, o encerramento da oficina, com certificação dos cursistas, será marcado por um show com Nosly, Wilson Zara e Mauro Izzy, além das participações de Luis Carlos Pinheiro e Jessé Zanara, entre outros artistas locais, inclusive cursistas que participaram da formação. A apresentação acontece na Praça Raimundo Simas, às 20h, aberta ao público.

Em Grajaú a apresentação terá um sabor especial: foi lá que Wilson Zara participou pela primeira vez de um festival. No final da década de 1980, sua “Zaratustra” (parceria com Gilvandro Martins e Bebé), inspirada em “Assim Falou Zaratustra”, do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, ficou em terceiro lugar e venceu melhor letra. “Foi a primeira vez que eu participei de um festival, a primeira vez que eu ganhei um prêmio. Eu fiquei feliz”, lembra Zara, que então era bancário e estudante de Letras e, a partir da música, adotou o sobrenome artístico.

Após Grajaú, a oficina passará ainda pelos municípios de Arari, Itapecuru-Mirim, Anajatuba e Pindaré-Mirim, em datas e locais a serem definidos.

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De encher os olhos: “Os Tambores de São Luís” em quadrinhos

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50 anos após seu lançamento, romance histórico de Josué Montello ganha adaptação em quadrinhos

"Os Tambores de São Luís" em quadrinhos - capa/ reprodução
“Os Tambores de São Luís” em quadrinhos – capa/ reprodução

O historiador, escritor e roteirista Iramir Araujo lança no próximo dia 3 de abril a adaptação de “Os Tambores de São Luís” em quadrinhos. O romance histórico de Josué Montello (1917-2006) completa 50 anos em 2025.

A saga de Damião, em seu passeio por São Luís para visitar o trineto recém-nascido, ganha os traços de Ronilson Freire e Rom Freire (a capa é de Marcos Caldas), com roteiro de Iramir Araujo, que tem dedicado sua obra acadêmica e artística à história e cultura do Maranhão.

Com seus parceiros de longa data, Iramir Araujo já publicou, entre outros, “Balaiada – A guerra do Maranhão” (2008), “Ajurujuba – A fundação de São Luís” (2012), “O Mulato” (2019, adaptação do romance de Aluísio Azevedo), “Além das lendas” (2021) e “Úrsula” (2022, misto de adaptação do romance de Maria Firmina dos Reis e biografia da autora).

O historiador, escritor e roteirista Iramir Araujo - foto: divulgação
O historiador, escritor e roteirista Iramir Araujo – foto: divulgação

“Já há mais de 15 anos desenvolvo o projeto de apresentar a cultura do Maranhão em seus diversos aspectos, histórico, literário, da cultura popular e ficcional sob a forma de histórias em quadrinhos. E o faço por entender que esta é uma linguagem que atrai um público bastante amplo e que contribui enormemente para o letramento cultural. Por isso o público prioritário é o estudantil, que às vezes é “obrigado” a ler um clássico, “O Mulato”, por exemplo, e não consegue se interessar pela obra por causa da linguagem, do tema ou outras razões. Entretanto, quando o lê sob a forma de quadrinhos, compreende o romance e há a possibilidade de ele se interessar por conhecer o texto original. Isso tem acontecido. Tenho ouvido depoimentos de professores sobre isso. O que é muito estimulante”, comenta Iramir Araujo.

“Acredito e espero que a quadrinização de “Os Tambores de São Luís” também desperte esse desejo de conhecer o romance e, consequentemente, ampliar o interesse pela literatura de Josué Montello. É uma feliz coincidência que o lançamento da versão em quadrinhos se dê exatamente no ano em que o romance completa 50 anos de lançamento. Eu comecei a planejá-lo em 2021. Uma obra da importância de “Os Tambores de São Luís”, que traça uma epopeia do negro no Maranhão, que se enraíza na História e no imaginário maranhense, precisa ser mais conhecida por mais pessoas no Estado e no País”, continua.

O escritor José Neres, imortal da Academia Maranhense de Letras, sintetiza, no texto de apresentação desta versão em quadrinhos: “Ao longo das últimas cinco décadas, muitos amantes da literatura se acostumaram a atravessar as ruas da capital maranhense guiados pelos passos e pelas palavras de Damião, o notável protagonista de “Os Tambores de São Luís””.

A adaptação em quadrinhos de “Os Tambores de São Luís” tem patrocínio da Equatorial e Ministério da Cultura (MinC), através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Página de "Os Tambores de São Luís" em quadrinhos - reprodução
Página de “Os Tambores de São Luís” em quadrinhos – reprodução

Serviço: O lançamento acontece dia 3 de abril (quinta-feira), às 18h30, na Casa de Cultura Josué Montello (Rua das Hortas, 327, Centro, São Luís/MA). A noite de autógrafo terá mesa com a presença dos autores Iramir Araujo, Ronilson Freire e Rom Freire, dos escritores José Neres e Bruno Azevêdo, além de representantes da CCJM, Equatorial e MinC. Haverá ainda tambor de mina e coquetel.

Panorama da fotografia baiana é apresentado em São Luís

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"Afonjá" - foto: Tacun Lecy/ reprodução
“Afonjá” – foto: Tacun Lecy/ reprodução

Será inaugurada amanhã (19), às 18h30, na galeria Espaço Chão SLZ (Rua do Giz, Praia Grande), a exposição “Panorama da 3ª. Geração da Fotografia da Bahia”, que fica em cartaz até 17 de maio. A coletiva reúne 104 fotos de 26 fotógrafos baianos e integra o projeto Ecologia de Sentidos, que percorre estados nordestinos após premiação com a Bolsa Funarte de Artes Visuais Marcantonio Vilaça 2023.

O panorama é fruto da pesquisa do curador Marcelo Reis, coordenador do Instituto Casa da Photografia, e homenageia o fotógrafo Akira Cravo (in memoriam), neto do escultor Mário Cravo Júnior e filho do também fotografo Mário Cravo Neto.

Na coleção de imagens é possível perceber influências decoloniais, de resistência contra violências de gênero e raça, atravessando as temáticas do corpo, da memória e do sagrado. A mostra é organizada em três núcleos temáticos: corpo (com obras de Akira Cravo, Alex Oliveira, Ananda Nunes, Edgar Azevedo, Emanoel Saravá, Isabel Ramos, Lucas Moreira e Renan Benedito), memória (Adalton Silva, Adriano Machado, Cristina Cenciarelli, Helen Salomão, Juh Almeida, Ivã Coelho, Paulo Coqueiro, Raimundo Cavalhier e Shai Andrade) e sagrado (Andrea Fiamenghi, Arthur Seabra, Elis Tuxá, Ismael Silva, Gilucci Augusto, Hugo Martins, Leila Chandani, Tacun Lecy e Vinicius Xavier).

Após o vernissage, a programação da exposição inclui as oficinas “A costura da memória: um fio enorme para puxar” e “Fotografia de terreiro”, ministradas por Shai Andrade e Arthur Seabra, respectivamente, que acontecem também no Espaço Chão SLZ, quinta (20) e sexta-feira (21), das 9h às 12h e das 14h às 18h, com 20 vagas cada. Informações e inscrições pelo telefone (98) 98116-8844.

Os embaixadores da Baixada Maranhense

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No Convento das Mercês Mostra Cultural Embaixadeiros reúne nove artistas e um grupo oriundos de municípios da Baixada Maranhense radicados em São Luís

Os cantores e compositores Aziz Jr., Josias Sobrinho e Elizeu Cardoso, idealizadores da Mostra Cultural Embaixadeiros - foto: Leo Amorim/ divulgação
Os cantores e compositores Aziz Jr., Josias Sobrinho e Elizeu Cardoso, idealizadores da Mostra Cultural Embaixadeiros – foto: Leo Amorim/ divulgação

A área geográfica do Maranhão é maior que a de muitos países europeus. É quase impossível falar em Maranhão no singular: cada região com suas complexidades e diversidades. A Baixada Maranhense, bastante conhecida por suas belezas naturais, com destaque para os campos alagados, ganha uma mostra artística que reunirá talentos oriundos de seus municípios.

No próximo dia 21 de março (sexta-feira), a partir das 19h, o Convento das Mercês (Rua da Palma, Desterro, Centro Histórico de São Luís) será palco da Mostra Cultural Embaixadeiros, com o desfile dos talentos de Aziz Jr., Célia Leite, Elizeu Cardoso, Josias Sobrinho, Osmar do Trombone, Ronald Pinheiro, Serrinha do Maranhão, Zé Olhinho, Zeca Melo e o Tambor de Crioula do Mestre Felipe, que abre a noite. A entrada é gratuita.

Os nove artistas solo e o grupo dão conta de amplo arco musical, do bumba meu boi e tambor de crioula passando por pop, rock, samba e choro, entre outras vertentes abrigadas no generoso guarda-chuva que se convencionou chamar de música popular brasileira.

Os artistas serão acompanhados por uma banda formada por Sued Richarllys (guitarra, direção e regência), Samir Aranha (baixo), Cassiano Sobrinho (bateria), Luiz Cláudio (percussão), Rui Mário (sanfona e teclado) e Ricardo Mendes (sopros). O evento terá como mestre de cerimônias o poeta, cordelista e pesquisador Moizes Nobre.

“Há bastante tempo pensava em um projeto que reunisse os compositores e grupos da Baixada, porque mesmo radicados aqui, as nossas obras refletem muito o território de onde viemos. Paisagens, ritmos, palavras, festas, etc. Então, inicialmente comentei com Josias Sobrinho, que gostou muito da ideia. Depois, convidei Aziz, que também se entusiasmou. Assim que foi lançado o edital da Lei Paulo Gustavo, nos reunimos e começamos a escrever o projeto. Em seguidas reuniões, fomos amadurecendo a configuração. Esta primeira edição será bem experimental, porque o nosso intuito é que seja futuramente um projeto itinerante pelos municípios da Baixada, incorporando outras linguagens artísticas e segmentos, como poesia, artesanato, gastronomia e artes plásticas, entre outros, dos artistas locais”, comenta Elizeu Cardoso, sobre as origens e futuras possibilidades da Mostra Cultural Embaixadeiros.

A Mostra Cultural Embaixadeiros é uma iniciativa de Elizeu Cardoso, Aziz Jr. e Josias Sobrinho, com apoio institucional do Instituto de Estudos Sociais e Terapias Integrativas (Iesti), realizada através da Lei Paulo Gustavo e Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão (Secma).

Conheça um pouco mais os embaixadeiros

Aziz Jr. – Iniciou a vida artística no convívio com nomes como o capoeirista Mestre Patinho e Mestre Felipe do Tambor de Crioula, agregados ao redor do Laboratório de Expressões Artísticas do Maranhão (Laborarte). Participou ativamente do happening A Vida é uma Festa, em suas origens, capitaneado pelo poeta e músico ZéMaria Medeiros, primeiro no Bar de Seu Adalberto, depois na Companhia Circense de Teatro de Bonecos, na Praia Grande. Em 2022 lançou o álbum “DiAziz”.

Célia Leite – A cantora e compositora penalvense tem formação em Turismo. Iniciou sua carreira na década de 1980. Tem três cds lançados e está gravando o quarto, com lançamento previsto para ainda este ano.

Elizeu Cardoso – Cantor, compositor e professor, o pinheirense mudou-se para a capital para estudar Geografia na Universidade Federal do Maranhão. Em sua terra natal, a veia artística já falava e ele iniciou sua trajetória no então prestigiado Festival de Música Popular de Pinheiro, o Fesmap. Em 2008, “Redemoinhos”, de sua autoria, venceu o Festival João do Vale de Música Popular e em 2020 sua “Bela princesa” foi aclamada pelo júri popular no XI Festival de Imperatriz. Tem lançados os álbuns “Todos os cantos” (2005) e “Alma negra” (2010).

Josias Sobrinho – Com a carreira iniciada em 1972, nas fileiras do Laborarte, em 1978 teve quatro composições gravadas por Papete no antológico “Bandeira de aço” (Discos Marcus Pereira), considerado um divisor de águas na produção fonográfica do Maranhão. Tem 15 álbuns gravados, disponíveis nas plataformas de streaming e é autor de músicas gravadas por nomes como Alcione, Ceumar, Diana Pequeno, Leci Brandão, Márcia Castro, Rita Benneditto e Xuxa, entre outros.

Osmar do Trombone – Nascido em berço musical, Osmar do Trombone rebatizou uma de suas composições mais conhecidas, o choro “Quatro gerações” virou “Cinco gerações”, após ele descobrir, em sua árvore genealógica, mais um avô que tocava. É um dos 54 bambas do choro entrevistados para o livro “Chorografia do Maranhão” (Pitomba!/ Edufma, 2018), de Ricarte Almeida Santos, Rivânio Almeida Santos e Zema Ribeiro.

Ronald Pinheiro – Tocou bandolim no antológico “Lances de agora” (Discos Marcos Pereira, 1978), de Chico Maranhão, parcialmente gravado na sacristia da Igreja do Desterro. “Mimoso”, uma de suas canções mais conhecidas, foi gravada por Alcione e Papete, entre outros.

Serrinha do Maranhão – À frente do grupo Serrinha e Companhia, Serrinha do Maranhão foi um dos maiores fenômenos do samba e pagode no estado. O grupo lançou o álbum “Na palma da mão”, com a participação especial de Jorge Aragão – o título do álbum é verso de “Uns e alguns”, faixa que abre o trabalho, de autoria do carioca. Com Chico Chinês atualmente lidera o Samba de Iaiá, que costuma reunir multidões onde se apresenta.

Zé Olhinho – José de Jesus Figueiredo é amo do bumba meu boi Unidos de Santa Fé. “Guerreiro Valente”, uma das mais conhecidas toadas do batalhão, é cantada a plenos pulmões pelo público, que vibra com o refrão: “é tchun, é tchan/ eu vou até de manhã”.

Zeca Melo – Nascido em Penalva, mudou-se para São Luís, onde descobriu sua veia artística, com pendores poéticos e musicais que evidenciam a valorização da cultura popular maranhense e das raízes ancestrais africanas.

Tambor de Crioula do Mestre Felipe – Felipe Neres Figueiredo (1924-2008), popularmente conhecido como Mestre Felipe é praticamente sinônimo de tambor de crioula. Toadas como “Maranhão sou eu”, “Vila de São Vicente”, “Mangueira” e “Galo boiou”, de sua autoria, são algumas das mais conhecidas do segmento.

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Serviço: Mostra Cultural Embaixadeiros, com Aziz Jr., Célia Leite, Elizeu Cardoso, Josias Sobrinho, Osmar do Trombone, Ronald Pinheiro, Serrinha do Maranhão, Zé Olhinho, Zeca Melo e o Tambor de Crioula do Mestre Felipe. Dia 21 de março (sexta-feira), às 19h, no Convento das Mercês (Rua da Palma, Desterro, Centro Histórico de São Luís). Entrada franca.

Grajaú é a primeira parada da sétima etapa da oficina Trilhas e Tons

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O cantor e compositor Nosly ministra a oficina Trilhas e Tons de teoria musical aplicada à música popular - foto: divulgação
O cantor e compositor Nosly ministra a oficina Trilhas e Tons de teoria musical aplicada à música popular – foto: divulgação

A primeira parada da sétima etapa da oficina itinerante Trilhas e Tons é o município de Grajaú. As inscrições para a oficina de teoria musical aplicada à música popular já estão abertas e podem ser feitas no Centro Educa + Integral (antigo Colégio Mecenas Falcão, localizado na Praça Hilda Falcão, Porto das Pedras), em horário comercial. Qualquer interessado/a pode se inscrever, tendo ou não conhecimento prévio de música. Menores de 18 anos devem ser inscritos por seus pais ou responsáveis legais.

Com 20 horas aula de duração, a oficina acontece de 17 a 21 de março, ministrada por Nosly, com coordenação geral de Wilson Zara, assistência de Mauro Izzy e coordenação local de Luiz Carlos Pinheiro – todos artistas reconhecidos na cena cultural maranhense.

Trilhas e Tons VII tem patrocínio do Instituto Cultural Vale (ICV), através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e realização do Ministério da Cultura (MinC) e Zarpa Produções Artísticas Ltda. 

Servidor da secretaria de cultura do município de Grajaú, o cantor e compositor Luiz Carlos Pinheiro, coordenador local da oficina, relembra passagens importantes da vida cultural da cidade e destaca a importância de o município receber um evento como a oficina Trilhas e Tons VII. “Grajaú é uma cidade centenária que sempre cultuou arte, inclusive com a influência dos frades franciscanos. Possui a Banda Municipal, fundada em 10 de janeiro de 1985, ainda em atividade, sendo também Escola de Música. O Projeto Trilhas e Tons vem iniciar alunos na leitura e prática musical e incrementar a didática dos alunos da Escola de Música”, afirma o artista, que lançou o cd “O Grajaú da gente” (2017) e tem três livros publicados. 

“O projeto Trilhas e Tons VII tem grande importância para Grajaú  por promover o intercâmbio cultural, a integração social e, sobretudo, revelar talentos musicais adormecidos ou mesmo invisíveis”, destacou o secretário municipal de Cultura de Grajaú Sérgio Limeira, que tem dado todo o apoio para tornar a iniciativa possível.

Após Grajaú, Trilhas e Tons VII passará ainda pelos municípios de Arari, Itapecuru-Mirim, Anajatuba e Pindaré-Mirim, em datas e locais a serem definidos.

Fruto de pesquisa interinstitucional, livro traça perfil da Rede Mandioca

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Os dados da pesquisa começaram a ser apresentados durante a VII Plenária Estadual da Rede Mandioca realizada em Vargem Grande em 2023 - foto: Zema Ribeiro/ divulgação
Os dados da pesquisa começaram a ser apresentados durante a VII Plenária Estadual da Rede Mandioca realizada em Vargem Grande em 2023 – foto: Zema Ribeiro/ divulgação
VII Plenária Estadual da Rede Mandioca - fotos: divulgação
VII Plenária Estadual da Rede Mandioca – fotos: divulgação

A Rede Mandioca surgiu em 2008, nas comunidades Riacho do Mel e Vila Ribeiro, na zona rural de Vargem Grande/MA, como uma estratégia de enfrentamento ao trabalho escravo contemporâneo, chaga social que ainda assola o Brasil e o Maranhão.

Com apoio e assessoria da Cáritas Brasileira Regional Maranhão, a Rede Mandioca passou a congregar grupos produtivos, associações, sindicatos e comunidades, pequenos produtores rurais, extrativistas e artesãos, pautados por princípios da agroecologia e da economia popular solidária.

A articulação vem fazendo um trabalho significativo, dinamizando processos produtivos e inserindo pequenos produtores em redes e estratégias de comercialização antes inimagináveis, contribuindo para mudanças de perspectivas quanto à agricultura familiar.

A Rede Mandioca mereceu a atenção da academia, e uma pesquisa interinstitucional, reunindo pesquisadores das Universidades Federal (UFMA) e Estadual do Maranhão (UEMA), buscou conhecer melhor suas dinâmicas. A pesquisa de campo foi interrompida pelas restrições impostas pela pandemia de covid-19 e retomadas tão logo possível.

Mais de 400 questionários foram aplicados em 23 municípios de atuação da Rede Mandioca, entre outubro de 2022 e agosto de 2023, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema).

O resultado da pesquisa poderá ser conhecido no livro “Rede Mandioca do Maranhão: perfil socioeconômico, práticas produtivas e de comercialização”, organizado pelos professores Marcelo Sampaio Carneiro, Evaristo José de Lima Neto e José Sampaio de Mattos Junior, coordenadores da pesquisa.

“Esse momento é importante, porque vamos compartilhar com o conjunto da sociedade os resultados do trabalho dos pesquisadores sobre a ação desenvolvida pela Cáritas com a Rede Mandioca. Dar visibilidade para essa atividade que ao longo de décadas vem padecendo de invisibilidade no Maranhão. Fala-se muito em desenvolvimento, em grandes projetos, mas muito pouco no trabalho que é desenvolvido pelo povo maranhense através da agricultura familiar e suas diversas cadeias produtivas. Mais do que atividades produtivas, estes são modos de vida do povo maranhense. Padecem também da falta de apoio, da falta de políticas públicas concretas, de investimentos, de assistência técnica. Compartilhar essas informações com a sociedade é chamar a atenção para esse horizonte da agricultura familiar como uma perspectiva de vida, de trabalho, de geração de renda, de alimentos saudáveis. Neste momento em que o mundo está discutindo mudanças climáticas, a gente sabe que a agricultura familiar é a atividade que tem garantido alimento na mesa associada à sustentabilidade do planeta. Esses dados também apontam desafios para nós enquanto organização, e para os gestores públicos para que olhem com maior atenção e priorizem esses segmentos no estado do Maranhão”, pontua Aurilene Machado, da coordenação colegiada da Cáritas Brasileira Regional Maranhão.

“O lançamento do livro representa um momento importante da restituição dos dados coletados pela pesquisa. A primeira etapa foi a apresentação dos resultados no encontro dos 15 anos da Rede Mandioca. Agora, com o livro, oferecemos à sociedade uma visão sobre o perfil dos participantes da Rede, bem como de suas atividades de produção e comercialização. Ao apresentarmos essas informações, oferecemos também uma visão da grande diversidade que caracteriza a agricultura familiar no estado do Maranhão, uma vez que a Rede está presente em quase todas as regiões do estado”, avalia o professor Marcelo Carneiro, um dos coordenadores da pesquisa.

A obra será lançada na próxima sexta-feira, 14 de fevereiro, às 15h, no auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UEMA (Rua da Estrela, 472, Praia Grande). O evento contará com as presenças dos coordenadores da pesquisa, pesquisadores, representantes das universidades participantes, representantes de grupos produtivos da Rede Mandioca e representação institucional da Cáritas do Maranhão e Cáritas Nacional. A entrada é franca.

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Com patrocínio do Instituto Cultural Vale, Oficina “Trilhas e Tons” volta a percorrer municípios maranhenses

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Certificação em Codó, após oficina realizada no município em edição anterior do projeto - foto: divulgação
Certificação em Codó, após oficina realizada no município em edição anterior do projeto – foto: divulgação

A Oficina “Trilhas e Tons”, de teoria musical aplicada à música popular, após três anos, volta a percorrer municípios maranhenses levando formação prática a músicos e curiosos em geral.

Com patrocínio do Instituto Cultural Vale (ICV), através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e realização do Ministério da Cultura (MinC), a oficina é ministrada pelo cantor e compositor Nosly, com coordenação do músico Wilson Zara e assistência de Mauro Izzy, todos eles artistas reconhecidos na cena cultural maranhense.

Com carga horária de 20 horas-aula, distribuídas em cinco encontros ao longo de uma semana, a oficina percorrerá os municípios de Grajaú, Arari, Itapecuru-Mirim, Anajatuba e Pindaré-Mirim, oferecendo 30 vagas em cada um deles.

O projeto retoma uma estrada comprida, que vem sendo pavimentada por experiências de trocas, entre sua equipe e cada um/a que se inscreve para uma nova etapa. Já foram mais de 50 oficinas realizadas, com mais de 1.000 cursistas certificados.

“Estamos muito contentes em poder retomar este trabalho, de voltar a levar uma formação rápida, que estimula o fazer artístico e aprimora o trabalho de quem já tem algum envolvimento com este meio. São números que nos dão orgulho, porque a gente sabe das dificuldades para torná-los realidade. A gente não quer lamentar o tempo em que ficamos parados por motivos de força maior, mas somar mais empenho por mais alunos concluindo esta formação, porque a gente já percorreu uma estrada grande e bonita, mas ainda há muito por fazer”, projeta Nosly.

A cada município, encerrando as oficinas, Nosly, Wilson Zara e Mauro Izzy apresentarão um show, gratuito e aberto ao público em geral, com a participação de artistas locais e de cursistas que concluíram as atividades, num momento de comunhão e demonstração prática dos conhecimentos adquiridos.

A primeira oficina desta nova etapa acontecerá em Grajaú/MA, entre os dias 17 e 21 de março – o local de inscrições e realização da oficina serão divulgados em breve. As inscrições, oficinas e material didático são gratuitos.

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“Sereia”, single de Bia Sabino em dueto com Marina do Mar, chega às plataformas 2 de fevereiro, dia de Iemanjá

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Bia Sabino e Marina do Mar - foto: Maíra Kellermann/ divulgação
Bia Sabino e Marina do Mar – foto: Maíra Kellermann/ divulgação

Depois do independente “Ecos”, álbum de estreia lançado em 2018, a cantora e compositora carioca Bia Sabino lançou cinco singles, uma experiência comum a artistas da música, em tempos de plataformas digitais.

Artista plural, Bia Sabino vai além da música: dança, desenha e faz acrobacias para além das metáforas. Tem vivido e amado, e estas experimentações incrementam o cotidiano, ao qual se soma agora outra experiência transcendental: 2025 marcará também sua estreia na maternidade.

"Sereia", single - capa/ reprodução
“Sereia”, single – capa: Bia Sabino/ reprodução

No próximo dia 2 de fevereiro, dia de Iemanjá, aterrissa nas plataformas de streaming mais um rebento musical, seu novo single, Sereia, de sua autoria, cantado em dueto com a potiguar Marina do Mar, gravado em home studio. Bia Sabino (voz, violão, asalato, percussão, instrumentos digitais, gravação, produção e arranjo) está acompanhada por Marina do Mar (voz) e Lucas Nelli (djembe).

Sereia foi soprada no meu ouvido. A praia sempre foi um lugar de reconexão com o meu coração, limpeza e renovação de energia. Para mim, o som do mar sempre foi percussivo e sua brisa sempre soprou melodias. Já ouvi muitas músicas do mar e em mais um dia ordinário de conexão mágica, Sereia surgiu inteira. Era de dia mas eu já estava vendo a lua nascendo no horizonte, sentindo uma energia forte ecoar no meu peito. O mar estava agitado no Leme, ondas fortes, bem como a minha vida também estava. Ao mesmo tempo, o calor fazia com que suas águas agitadas se tornassem acolhedoras. A areia brilhava como um grande espelho do céu e senti as águas me chamando. Pensei, será? O mar está forte e tem correnteza, tenho que ficar esperta. Nisso, minha mão começou a bater palmas e uma melodia simplesmente saiu da minha boca. “Se entrega pras ondas do mar, sereia,/ se entrega que o mar quer te encontrar””, cantarola trecho da letra. E continua: “A areia brilhante formava uma passarela, um caminho encantado para sentir a força das águas. Meu corpo balançou involuntariamente até a beira. Volta a cantarolar: “a vizinha do mar, a areia/ dá forma pra esse teu balançar/ o mistério das águas anseia/ e convida a sereia para nadar”. Eu senti um chamado, mas estava com medo das ondas grandes. Imediatamente com os pés nas águas senti uma proteção amorosa muito forte, como quem dizia “pode entrar, pode lavar tudo o que precisar, eu estou aqui com você”. O sol forte também me pediu pra mergulhar, “e num compasso de sol/ sereia mergulha no mar/ e dá as mãos pra Iemanjá”. Eu fui dançando e sendo envolvida por uma energia de força, celebração e maravilhamento. O mar, berço da vida, também estava sendo fonte do meu renascimento”.

Bia Sabino nos fala sobre o processo intuitivo de composição de Sereia, uma espécie de parto com um toque de magia. Mas quem a conhece sabe que, mais que sobre uma música, ela fala sobre seu modus operandi criativo. Ela morou um tempo em Fernando de Noronha/PE e relembra os passos seguintes, o tempo de maturação desde que baixou a Sereia, um exercício de aprendizado e autoconhecimento.

“Sempre quis gravar essa música e, no tempo em que vivi em Noronha, me conectei muito com o arquétipo da sereia. A sereia te leva para o fundo do mar e te ensina a dissolver o seu ego. No fundo do mar existe outro universo. O canto da sereia encanta e te leva para o mistério. É preciso ter coragem para encarar o desconhecido, as ondas grandes, e mergulhar fundo, rumo a um novo eu. Foi nessa época que conheci Marina, outra sereia cantante, e logo começamos a entoar essa músicas juntas”, conta.

Tudo tem seu tempo e Bia Sabino confia nos processos, no destino. “Mesmo assim ainda não havia chegado a hora de gravar Sereia. Anos depois, fui abençoada com uma gestação. As águas da minha vida se agitaram novamente e Sereia começou a ecoar na minha cabeça. O mar é o berço da vida e Iemanjá é conhecida como a Mãe das águas. A grande mãe sereia, rainha do mar, presente em tantas tradições e com tantos nomes diferentes. Iemanjá é símbolo de vida, amor, proteção,  fertilidade, força. Ela protege quem entra e vive no mar. Como grande mãe ela protege seus filhos, protege as gestações. Sereia é uma celebração à liberdade feminina, a essa conexão ancestral com o mar e a profundidade das emoções. A sereia abraça sua essência, suas águas internas e sua força transformadora. Gestar é mergulhar nas águas misteriosas e poderosas do feminino, sem amarras, sem limites. A sereia é aquela que canta e dança ao som das águas, vivendo sua verdade sem medo e abraçando o mistério das profundezas. Hoje, mais sereia do que nunca, senti que era o momento de gravar e convidei Marina para mergulhar comigo no lançamento dessa música, que é uma homenagem ao poder feminino, à beleza da ancestralidade e ao rito de celebração da vida e da liberdade”, afirma.

A escolha não poderia ter sido mais apropriada. A cantora e compositora Marina do Mar, paulista radicada em Fernando de Noronha, é outra artista plural, que busca, entre a música, a dança, a fotografia e os mergulhos, aproximar as pessoas do oceano, fazendo-as perder o medo das ondas e do profundo. Somente alguém assim poderia mergulhar sem temer na nova criação de Bia Sabino. Atleta de bodysurf e apneia, suas músicas trazem estes temas à tona. Seu nome significa “aquela que vem do mar”, não à toa título do álbum cujos singles ela vem disponibilizando nas plataformas, onde estará completo até abril.

Ela relembra o encontro com Bia Sabino: “Conheci a Bia em Noronha, há cinco anos, quando iniciava minha vida aqui na ilha. De imediato a gente se conectou, com conversas cheias de profundezas, insights e irmandade. Nossa conexão com a natureza nos uniu e a harmonia das nossas vozes fez com que tudo fluísse com ainda mais potência. Nossa amizade é um lugar de acolhimento, respeito e muita admiração mútua. Sou extremamente grata à vida por ter trazido uma irmã-espelho com quem eu compartilho os pedacinhos mais verdadeiros da minha essência. Fiquei muito honrada com o convite para gravar Sereia, porque é uma música que resume muito do que a gente acredita: um retrato do poder feminino das mulheres conectadas ao mar”, revela.

Conexão e amizade ganharam um atestado de autenticidade com a gravação. O single Sereia (Bia Sabino), com Bia Sabino e Marina do Mar, chega às plataformas digitais no próximo dia 2 de fevereiro, dia de Iemanjá – faça aqui a pré-save. No próximo dia 12 de fevereiro será lançado o videoclipe da música, registrando o encontro das artistas em Fernando de Noronha. Ouça no volume máximo, dance e mergulhe fundo!

Célia Maria apresenta seu Bolero no Miolo, nesta sexta (29)

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A cantora Célia Maria - foto: Zeqroz Neto/ divulgação
A cantora Célia Maria – foto: Zeqroz Neto/ divulgação

A cantora Célia Maria adotou seu nome artístico para fugir da vigilância dos pais e conseguir cantar (escondida) em programas de auditório em rádios maranhenses. Nos anos 1960 circulou pelo eixo Rio-São Paulo e conviveu com figuras como Cartola (1908-1980), Nelson Cavaquinho (1911-1986), Zé Keti (1921-1999) e o conterrâneo João do Vale (1934-1996).

Considerada a voz de ouro da música do Maranhão, Célia Maria só viria a gravar um álbum, o homônimo Célia Maria, em 2001, com arranjos de Ubiratan Sousa, incluindo o choro “Milhões de Uns”, de Joãozinho Ribeiro, que angariou troféu no Prêmio Universidade FM daquele ano. Nada disso, no entanto, foi capaz de dar a ela o merecido reconhecimento: trata-se de uma das maiores cantoras brasileiras em qualquer tempo.

Só voltaria a gravar em 2022, por iniciativa de admiradores: lançou o EP Canções e Paixões (ouça acima), cujo repertório traz, entre outras, o “Bolero de Célia”, que Zeca Baleiro compôs especialmente para sua interpretação. É a música do conterrâneo que dá título ao show que a artista apresenta nesta sexta-feira (29), às 21h, no Miolo Bar e Café (Av. Litorânea, nº. 100, Calhau).

Na apresentação, Célia Maria será acompanhada do Regional Seis Por Meia Dúzia (nome tomado emprestado de um choro de Luis Barcelos), que está longe de ser qualquer coisa ou mais ou menos, formado especialmente para a ocasião: Rui Mário (sanfona e direção musical), Wendell de La Salles (bandolim), Gustavo Belan (cavaquinho), Gabriela Flor (pandeiro), Chico Neis (violão) e Mano Lopes (violão sete cordas).

A noite contará ainda com as luxuosas participações especiais de Claudio Lima e Dicy. Os ingressos já estão esgotados. No repertório, além de canções de Célia Maria e Canções e Paixões, a que comparecem nomes como Antonio Maria (1921-1964), Antonio Vieira (1920-2009), Cesar Teixeira, Chico Buarque, Edu Lobo, Chico Maranhão e Luiz Bonfá (1922-2001), entre outros, além de um passeio por clássicos da música popular brasileira, com destaque para boleros, choros e sambas-canções.

“Bolero de Célia”, o show, tem produção de RicoChoro Produções e apoio cultural de Maxx, Potiguar, Gênesis Educacional, Bira do Pindaré, Pró Áudio e Turê.

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Serviço

O quê: show “Bolero de Célia”
Quem: Célia Maria e Regional Seis Por Meia Dúzia. Participações especiais de Claudio Lima e Dicy
Onde: Miolo Bar e Café (Av. Litorânea, nº. 100, Calhau)
Quando: dia 29 (sexta-feira), às 21h
Quanto: ingressos esgotados
Produção: RicoChoro Produções
Apoio cultural: Maxx, Potiguar, Gênesis Educacional, Bira do Pindaré, Pró Áudio e Turê

O plural Claudio Lima é o convidado desta Quarta no Solar

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O multifacetado Claudio Lima - foto: divulgação
O multifacetado Claudio Lima – foto: Cláudia Marreiros/ divulgação

Desde seu álbum de estreia, lançado em 2001, o cantor e compositor Claudio Lima constrói pontes interessantes entre a cultura popular do Maranhão e a obra de grandes nomes do jazz, da bossa nova e da música popular brasileira.

Multifacetado, além de artista da música, Cláudio Lima é também designer (ele mesmo é o autor dos projetos gráficos de seus álbuns), escritor (autor de Esplêndido – o guará que não conseguia ficar vermelho) e artista visual (atualmente com duas exposições em cartaz na Sala Sesc (Condomínio Fecomércio, Av. dos Holandeses, Jardim Renascença): “Pássaras de Upaon-Açu” e “Bicharada Nativa de Upaon-Açu”. Seu quarto álbum está em processo de produção e deve ser lançado muito em breve.

Atualmente considerado uma das grandes vozes da música brasileira em atividade, Cláudio Lima é o convidado desta quarta-feira (28) do projeto Quarta no Solar, evento já integrado ao calendário cultural da capital maranhense, que acontece semanalmente no Solar Cultural da Terra Maria Firmina dos Reis (Rua Rio Branco, 420, Centro). O sarau musical é capitaneado pelos cantores e compositores Aziz Jr. e Chico Nô, além do DJ Pedro Dreadlock.

Em sua apresentação, Cláudio Lima passeará por temas de nomes como Catoni (1930-1999), Cesar Teixeira, Dori Caymmi, Lupicínio Rodrigues (1914-1974) e Mercedes Sosa (1935-2009), entre outros.

O Quarta no Solar começa às 19h e o couvert artístico é colaborativo.

Em sábado intenso, Wilson Zara apresenta 33ª. edição do “Tributo a Raul Seixas”

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O cantor Wilson Zara - foto: divulgação
O cantor Wilson Zara – foto: divulgação

O último dia 21 de agosto marcou os 35 anos do falecimento de Raul Seixas (1944-1989). Neste sábado (24), o cantor Wilson Zara apresenta mais uma edição do já tradicional “Tributo a Raul Seixas”, que apresenta desde 1992 – quando ainda morava em Imperatriz/MA e o show tinha por título “A hora do trem passar”.

Ouvir “Ouro de tolo” (Raul Seixas) foi marcante para Wilson Zara, que chegou a iniciar o curso de Letras e a passar em um concurso para bancário – à época o emprego dos sonhos, que abandonou para viver de música. No final da década de 1990 o artista mudou-se para São Luís, onde tornou-se um dos mais importantes nomes da noite da ilha.

O 33º. “Tributo a Raul Seixas” acontece às 21h, no Mestre Cana (Rua Portugal, 58, Praia Grande) – os ingressos custam R$ 30,00, à venda no local, na Luso Eventos – (98)991519512 – e na loja Ilha da Fantasia no instagram. O evento tem apoio de O Colibri Hotel e Colonial Comunicação Visual.

No palco, Wilson Zara (voz e violão) estará acompanhado por Marjone (bateria e vocais), Mauro Izzy (baixo), Moisés Ferreira (guitarra), Felipe Van Halen (guitarra) e Marco (teclado), e contará ainda com as participações especiais de Beto Ehong, Pedro Cordeiro, Alê Durrock e Thiago Pinheiro. A abertura fica por conta da banda Altas Doses e do DJ Cláudio.

Mas as homenagens a Raul Seixas começam antes. Na data, acontecerá a primeira passeata raulseixista em São Luís, organizada pela Sociedade Ilha da Fantasia, fundada em 2006 por Maidson Machado, Antônio Ednir, Thyago Thardelly e Muchila, todos fãs de carteirinha de Raul Seixas. A concentração acontece na Praça Nauro Machado (Praia Grande), onde Zara dará uma canja, antecipando um pouco do show, cujo repertório é formado por clássicos e lados b do repertório do cantor e compositor baiano. A passeata fará o curto percurso entre a praça e o local do show.

Também sábado, quem homenageia recebe homenagem: Wilson Zara é o convidado da Rádio das Tulhas, evento semanal que acontece de meio-dia às 18h, na Feira da Praia Grande, sob o comando dos DJs Victor Hugo e Lenda Brother.

Aos 35 anos sem ele, nunca foi tão atual o grito de “Toca Raul!”.