“Chorografia do Maranhão” estreia amanhã (3) em O Imparcial

Ideia acalentada há um tempinho, a série Chorografia do Maranhão chega amanhã ao papel. Mais precisamente às páginas do jornal O Imparcial, onde será publicada quinzenalmente aos domingos.

Este blogueiro e Ricarte Almeida Santos entrevistam chorões maranhenses, fotografados por Rivânio Almeida Santos. O objetivo principal é registrar as histórias e memórias destes grandes mestres. Depois de publicadas no jornal, Chorografia deve virar um livro, talvez algo mais.

A jornalistamiga Patrícia Cunha fez uma bela matéria nO Imparcial de hoje (2), divulgando a iniciativa. Continue Lendo ““Chorografia do Maranhão” estreia amanhã (3) em O Imparcial”

Contradição e vacilos: Pelé e nossos meios de comunicação

“Pelé calado é um poeta”, afirmou há algum tempo o hoje deputado estadual carioca Romário sobre o rei do futebol. Tem razão! O talento que sobrava aos pés do mineiro de Três Corações falta-lhe ao usar a boca. A cabeça só não é de todo desprezada pelos muitos gols que fez usando-a.

“Pelé pede que brasileiros deixem rivalidades de lado e torçam pelo Corinthians”, diz a manchete do ESPN/MSN Esportes. Trecho da matéria, mais à frente: “Para justificar o seu ‘pedido’, Pelé ressaltou a rivalidade entre Brasil e Argentina”.

O “poeta” caiu em contradição.

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PUXANDO A BRASA PRA SEU JACARÉ

O projeto Música e Memória terá mais uma edição realizada amanhã no Teatro Apolônia Pinto, no Museu Histórico e Artístico do Maranhão (MHAM, Rua do Sol, 302, Centro), a partir das 19h30min, com entrada franca. Quem se apresenta por lá é o Instrumental Pixinguinha.

O release da Secretaria de Comunicação do Governo do Estado correu redações e a blogosfera. Ontem mesmo este blogue recebeu e-mail da direção do MHAM e quase imediatamente respondeu, perguntando se se trataria de uma apresentação do Instrumental Pixinguinha, único grupo de choro da Ilha com disco gravado, ou uma homenagem coletiva a um dos pais da música brasileira. O texto recebido não deixava clara coisa ou outra e não obtivemos resposta até agora.

Diversos veículos, como de praxe, copiaram e colaram o texto sem se preocupar com nada. Na página da Elo, catei dois vacilos, se é que podemos dizer assim. Vejamos: “Atualmente, músicos como Paulinho da Viola, Paulo Moura e Turíbio Santos, e grupos de música instrumental preservam o choro, renovando constantemente este estilo musical”. Quase nenhum problema, não fosse o “Paulo Moura”: o exímio clarinetista faleceu em 12 de julho de 2010.

E Abraçando Jacaré, homenagem de Pixinguinha ao cavaquinista pernambucano Antônio da Silva Torres (o Jacaré abraçado pelo mestre, que inspirou ainda o nome do grupo carioca homônimo à música); no release copied and pasted, a música virou Abrasando Jacaré. Eu nem vou botar o sic entre parênteses.

Trapixixita

É certeira a afirmação do músico Chico Nô em e-mail recebido pelo blogue, ao classificar a Tribo do Pixixita, que completa nove edições hoje, como “uma mostra da música maranhense contemporânea”, ele um dos discípulos do homenageado, o evento já cravado no calendário musicultural da Ilha.

Tribo é corruptela de tributo a este “artista quase sem obra”, conforme me confidenciou Nelsinho Martins, filho de José Carlos Martins, o Pixixita. “Ele era sobretudo um cara que gostava de brincar, de música e de ser amigo. Gostava de tocar sem compromisso, tipo, no teu quintal, numa farra; se tu chamasse ele pro palco, pra tocar no teu show, aí ele já ficava envergonhado, era muito tímido”, lembra o professor de capoeira do Laborarte.

Um time de bambas de primeira linha da música produzida hoje no Maranhão ocupará o Trapiche Bar, na Ponta d’Areia, mesmo em caso de chuva, a partir das 21h: Ângela Gullar, Célia Leite, Chico Maranhão, Criolina, Dicy Rocha, Erivaldo Gomes, Gerude, Instrumental Pixinguinha, João Madson, Nosly, Rosa Reis, Tutuca e Zé Maria Medeiros, além do citado Chico Nô e dos poetas Celso Borges, Moisés Nobre e Paulo Melo Sousa. Direto de São Paulo, o maranhense de Cururupu Tião Carvalho fará o show de encerramento da noite. Mas certamente muitos artistas não anunciados devem dar o ar da graça e arte nesta noite que promete.

Engenheiro civil de formação, Pixixita teve na música sua grande paixão: figura querida por quantos o conheceram, foi professor da Escola de Música do Maranhão. Falecido em 2002, tem sido lembrado anualmente por esta festa que cresce a cada edição. Os ingressos custam apenas R$ 20,00 e podem ser adquiridos no local. Abaixo, alguns momentos da edição de 2009, pra você entrar no clima, sacar qual é e ter desperto o desejo de pintar por lá mais tarde: