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Não é de hoje que mariposas embelezam com seu voo a música popular brasileira. De Heitor Villa-Lobos (1887-1959) a Adoniran Barbosa (1910-1982), passando por Francis e Olivia Hime e Gonzaguinha (1945-1991), não poucos teceram loas à exuberância das asas do inseto, também conhecido como borboleta noturna.
O pinheirense Elizeu Cardoso adotou e foi adotado por São Luís, onde vive, sempre às voltas com o fazer criativo, nos diversos ofícios que desempenha: é cantor, compositor, escritor, professor e mantém no ar a radioweb Todas as Tribos, cuja excelência na programação é referendada por um séquito fiel de ouvintes.
Mas é do cantor e compositor Elizeu Cardoso que quero falar. Entre as águas doces do Pericumã e as salgadas da Baía de São Marcos, sua obra se banha e é impregnada pelos ritmos da cultura popular do Maranhão e da herança ancestral africana, temas tão caros ao artista.
Justamente no dia do aniversário de São Luís, nesta sexta-feira, 8 de setembro, ele lança novo single, “Mariposa”, um verdadeiro presente para a cidade e seu fã-clube.
A inspiração, ele conta, foi um par de olhos, azuis que ele conseguiu perceber em meio ao estampado florido das saias das coreiras, em uma roda de tambor de crioula na Praia Grande, observando tudo com atenção e encantamento. No entanto, distraiu-se com um dose de cachaça oferecida, o tempo perdeu-se numa ampulheta imaginária e quando ele procurou-a novamente, ela já não estava ali.

“Mariposa” é sobre esse desencontro e essa procura. “E você onde é que está?/ Em que beco se escondeu?/ Me deixou na madrugada,/ os tambores, minha amada,/ solidão dos olhos teus”, diz um trecho da letra, em que Elizeu Cardoso (voz) está acompanhado por Luiz Cláudio (percussão, arranjos e produção musical), João Paulo (baixo), João Simas (guitarra), Renato Serra (teclados), Daniel Nóbrega (beats e efeitos eletrônicos, mixagem e masterização), Anna Cláudia (vocais) e Dicy (vocais). A capa do single é de Napoleão Filho e a gravação aconteceu no estúdio Zabumba Records.
Mariposas têm atração por luz e os quereres se atraem no amor. Que se encontrem e sejam felizes para sempre! E que a “Mariposa” de Elizeu Cardoso encontre tantos ouvidos interessados e dispostos quanto sua obra merece.
