Oficina Trilhas e Tons chega à Itapecuru-Mirim e Pindaré-Mirim nas próximas semanas

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O músico Nosly ministra a oficina Trilhas e Tons - foto: acervo do projeto
O músico Nosly ministra a oficina Trilhas e Tons – foto: acervo do projeto

Em sua sétima edição, a oficina Trilhas e Tons de teoria musical aplicada à música popular chega aos municípios de Itapecuru-Mirim e Pindaré-Mirim, nas próximas semanas. Para o primeiro, as vagas já estão preenchidas; para o segundo, as inscrições seguem abertas. Em 2025 o projeto tem patrocínio do Instituto Cultural Vale (ICV) e realização do Ministério da Cultura (MinC) e Zarpa Produções, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Em Itapecuru-Mirim a formação de 20 horas-aula acontece na Escola de Música Joaquim Araújo, de 2 a 6 de junho. A oficina é ministrada pelo músico Nosly, com coordenação de Wilson Zara e assistência de Mauro Izzy. As inscrições e o material didático utilizado são gratuitos.

“A oficina itinerante Trilhas e Tons é um projeto de extrema importância educacional e cultural, à  medida em que une o estudo da teoria musical aliado à prática, tendo como foco a música popular em suas diversas vertentes. Acredito que os alunos de música do nosso município terão uma grande experiência com o professor Nosly”, acredita o professor Márcio Alves Pereira, coordenador local da oficina.

Em Pindaré-Mirim a oficina acontece no Centro Cultural Engenho Central, de 9 a 13 de junho, com coordenação local de Cosme Sat. “O Engenho Central de Pindaré realiza e recebe eventos culturais das mais variadas linguagens artísticas. Receber o projeto Trilhas e Tons, para nós, é potencializar o conhecimento e a prática musical, arte milenar e universal, no Vale do Pindaré. Aproveitamos a oportunidade para agradecer a oportunidade de sediar esta importante oficina e show musical com os artistas Nosly e Wilson Zara. Acrescentamos que estamos sempre disponíveis para possibilitar ao público da região do Vale do Pindaré projetos importantes como o Trilhas e Tons”, pontua Edilson Brito, gestor geral da U. V. Engenho Central de Pindaré.

Cada turma da oficina é encerrada com a certificação dos concludentes e um show que reúne Nosly, Wilson Zara e Mauro Izzy, além de cursistas e artistas locais, oportunizando intercâmbio e mostra de talentos. As apresentações também são gratuitas, oportunizando formação de plateia a cada município porque o projeto passa. Em Itapecuru-Mirim a apresentação acontece no Espaço da Criança (Rua João Pedro Pereira, 55), dia 7 de junho (sábado), às 19h; e em Pindaré-Mirim no Centro Cultural Engenho Central, dia 14 de junho (sábado), no mesmo horário.

Com patrocínio do Instituto Cultural Vale, Oficina “Trilhas e Tons” volta a percorrer municípios maranhenses

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Certificação em Codó, após oficina realizada no município em edição anterior do projeto - foto: divulgação
Certificação em Codó, após oficina realizada no município em edição anterior do projeto – foto: divulgação

A Oficina “Trilhas e Tons”, de teoria musical aplicada à música popular, após três anos, volta a percorrer municípios maranhenses levando formação prática a músicos e curiosos em geral.

Com patrocínio do Instituto Cultural Vale (ICV), através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e realização do Ministério da Cultura (MinC), a oficina é ministrada pelo cantor e compositor Nosly, com coordenação do músico Wilson Zara e assistência de Mauro Izzy, todos eles artistas reconhecidos na cena cultural maranhense.

Com carga horária de 20 horas-aula, distribuídas em cinco encontros ao longo de uma semana, a oficina percorrerá os municípios de Grajaú, Arari, Itapecuru-Mirim, Anajatuba e Pindaré-Mirim, oferecendo 30 vagas em cada um deles.

O projeto retoma uma estrada comprida, que vem sendo pavimentada por experiências de trocas, entre sua equipe e cada um/a que se inscreve para uma nova etapa. Já foram mais de 50 oficinas realizadas, com mais de 1.000 cursistas certificados.

“Estamos muito contentes em poder retomar este trabalho, de voltar a levar uma formação rápida, que estimula o fazer artístico e aprimora o trabalho de quem já tem algum envolvimento com este meio. São números que nos dão orgulho, porque a gente sabe das dificuldades para torná-los realidade. A gente não quer lamentar o tempo em que ficamos parados por motivos de força maior, mas somar mais empenho por mais alunos concluindo esta formação, porque a gente já percorreu uma estrada grande e bonita, mas ainda há muito por fazer”, projeta Nosly.

A cada município, encerrando as oficinas, Nosly, Wilson Zara e Mauro Izzy apresentarão um show, gratuito e aberto ao público em geral, com a participação de artistas locais e de cursistas que concluíram as atividades, num momento de comunhão e demonstração prática dos conhecimentos adquiridos.

A primeira oficina desta nova etapa acontecerá em Grajaú/MA, entre os dias 17 e 21 de março – o local de inscrições e realização da oficina serão divulgados em breve. As inscrições, oficinas e material didático são gratuitos.

divulgação
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Habemus Cultura

A fachada do Engenho Central no fim da tarde…

… e à noite, durante o video mapping, já com a chaminé anunciando a inauguração.

O governador Flávio Dino, o secretário de Estado de Cultura e Turismo Diego Galdino, o prefeito de Pindaré-Mirim Henrique Salgado e a diretora do Engenho Central Amélia Cunha cortam faixa inaugurando o equipamento. Fotos: Zema Ribeiro

 

Foi concorrida a solenidade de inauguração do Engenho Central de Pindaré-Mirim, sexta-feira passada (25), no centro da cidade, às margens do rio que lhe batiza. Artistas locais se apresentaram no palco que aguardava as presenças do governador Flávio Dino, do secretário de Estado da Cultura e Turismo Diego Galdino, do prefeito de Pindaré-Mirim Henrique Salgado e da diretora deste novo equipamento cultural maranhense Amélia Cunha, entre outras autoridades.

À medida em que as cadeiras iam sendo ocupadas por quem desejava guardar o lugar para prestigiar o espetáculo Pão com Ovo, da Cia. Santa Ignorância, um grupo de capoeira se apresentava na calçada do Engenho e uma turma de samba – cujos brincantes dizem “vamos fazer um maracatu” ao se referirem ao próprio som – animava à praça em frente.

A estrutura física do Engenho Central foi mantida. É um galpão enorme, com biblioteca, cineteatro e pavilhão de exposições – a inaugural é composta por fotos de Catarino Fotógrafo, como ficou conhecido Manoel Catarino de Andrade (29/11/1920-8/12/1993), “pioneiro da fotografia no Vale do Pindaré”, conforme sinaliza o texto de apresentação da exposição, entre retratos da gente do lugar, da construção de ruas, do próprio Engenho Central e da estrada, então de areia, que liga Pindaré a Santa Inês.

“Construído a margem direita do rio Pindaré, em terras pertencentes à extinta colônia de São Pedro, habitada por índios Guajajaras, o Engenho Central de Pindaré-Mirim ou companhia Progresso Agrícola, foi criado no início do século XIX. Todo maquinário e aparelhagem necessários à sua instalação foram importados da Inglaterra pela quantia de 28$000 réis e executado pelo técnico Robert Collond, da firma inglesa Fawcet Preston & Cia.

O Engenho Central, um dos melhores do Brasil, possuía 500 carros de boi, 35 carroças, cerca de 50 casas de madeira, três léguas de terra apta à lavoura e 10 km de via férrea. Hoje este secular monumento, com sua tradicional chaminé, seus paredões em alvenaria, seu teto laminado sobre custosa estrutura de ferro é um dos últimos representantes do sistema de engenhos centrais instalados no Brasil durante o Império”, diz o texto que li na porta de vidro da biblioteca.

Por ocasião da inauguração do equipamento cultural de multiuso que atenderá a população do município e adjacências, o reitor do Iema [Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão] Jonathan Almada assinou um edital para o oferecimento de curso de inglês com 80 vagas, para adolescentes a partir de 13 anos, cujas aulas acontecerão no local.

Após os discursos das autoridades e uma grandiosa queima de fogos, uma fumaça multicolorida passou a sair da chaminé sinalizando estar oficialmente inaugurado o Engenho Central. O cerimonialista não hesitou e vibrou: “habemus arte, habemus cultura!”.

O vídeo mapping exibido na fachada da construção contou a história do Engenho Central, passeando por manifestações culturais do Maranhão. Foi difícil conter as lágrimas ao ver projetado um bumba-meu-boi ao som da toada Urro do Boi, de Coxinho, eterno amo do Boi de Pindaré.

O Maranhão está na contramão do Brasil. E pela primeira vez os maranhenses dizemos isto com orgulho. Enquanto em Brasília se fecha o Ministério da Cultura e no Rio de Janeiro se incendeia museu, aqui equipamentos culturais são reformados e inaugurados.