Garantia da vinda da ministras (sic) de Direitos Humanos e da Igualdade Racial a (sic) São Luís, além do encaminhamento de alguns itens da pauta de reindivicações (sic), levou ao fim do acampamento e do protesto realizados na sede do Incra, situado no bairro do Anil
Da Redação
O anúncio da visita das ministras de Direitos Humanos e da Secretaria de Promoção de Políticas de Igualdade Racial, além de representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário, à São Luís suspendeu, ao menos até o próximo dia 22 de junho o Acampamento Negro Flaviano e a greve de fome a que se submeteram 18 lideranças e simpatizantes.
Na data acontecerá uma audiência na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, na capital maranhense, para tratar da pauta de reivindicações dos manifestantes. O anúncio da visita foi feito pela própria ministra de Direitos Humanos Maria do Rosário, por telefone – colocado em modo viva voz e ao microfone o compromisso foi assumido perante a plenária que lotava o auditório do Incra. Ela estava no vizinho Pará tratando de questões relativas ao assassinato de lideranças camponesas naquele estado.
Maria do Rosário também se prontificou a negociar com o Governo do Maranhão para que fossem assegurados o retorno dos quilombolas às suas comunidades, bem como a garantia de vida e segurança dos mesmos. Lideranças entenderam que a suspensão do acampamento não é uma derrota. “A ministra coloca o Maranhão na pauta e nos pede um prazo. Veremos que providências serão tomadas até e na audiência do dia 22. Não é o que queremos, mas dependendo dos resultados, o acampamento e as greves de fome serão retomadas”, afirmaram.
No último sábado dia 11, em reunião coordenada pelo vice-governador, Washington Luiz Oliveira, e com presença de secretários estaduais e de lideranças das comunidades do quilombo do Charco, de São Vicente Férrer, foram apresentados e discutidos os próximos pontos da pauta acertada e que ajudou a pôr fim à greve de fome dos quilombolas. Estiveram presentes as secretárias de estado de Direitos Humanos, Luiza Oliveira; de Desenvolvimento Agrário, Conceição Andrade; de Igualdade Racial, Claudett Ribeiro; e o delegado-geral de Polícia Civil, Nordman Ribeiro, representando o secretário de Segurança, Aluisio Mendes. Também participaram, a convite do vice-governador, os representantes da Associação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas do Maranhão (Aconeruq), Reinaldo Sales Avelar, e Maria José Palhano.
Chupa! – O Imparcial, Urbano, p. 2, hoje. O trecho em itálico é o texto que este blogueiro publicou no site da SMDH e no blogue do Tribunal Popular do Judiciário, sábado (11): um “com informações da assessoria” não cairia mal. Apenas o título e o sutiã foram modificados, além de acrescido um quarto parágrafo, fazendo com que o jornal entre em contradição: uma coisa é acabar, outra coisa é ser suspenso (temporariamente). Torço para que o acampamento tenha, de fato, acabado; mas disso só se saberá dia 22: jornalismo deve informar, não torcer, nem distorcer.

